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terça-feira, 22 de julho de 2014

Guimarães Rosa


João Guimarães Rosa nasceu em 27 de junho de 1908 na cidade de Cordisburgo, Mina Geral. Autodidata, começou ainda criança a estudar diversos idiomas, iniciando pelo francês, quando nem completara sete anos. Em 1925 matriculou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais, formando-se em 1930. No mesmo ano, casou-se com Lígia Cabral Penna, com quem teve duas filhas.

Passou a exercer a profissão de médico no interior de Minas Gerais, onde teve um primeiro encontro com os elementos e a realidade do sertão. Durante a Revolução Constitucionalista de 1932 atuou como médico voluntário. Mais tarde foi aprovado no concurso e ingressou na Força Pública. Em 1934 foi aprovado em um concurso para o Itamaraty e exerceu diversas funções diplomáticas no exterior, tais como a de cônsul em Hamburgo, na Alemanha – onde conheceu Aracy Moebius de Carvalho (Ara), sua segunda mulher. De volta ao Brasil, em 1951, assumiu outros cargos no Itamaraty, sendo promovido em 1958 a ministro de primeira classe, cargo correspondente a embaixador. 

Ao lado de sua atividade profissional, como médico ou como diplomata, Guimarães Rosa nunca deixou de escrever. Tinha também paixão por aprender outros idiomas. Seus conhecimentos nesse campo impressionavam pela amplitude: falava fluentemente alemão, francês, inglês, espanhol, italiano e esperanto, além de um pouco de russo. Lia em sueco, holandês, latim e grego. Havia estudado também a gramática das seguintes línguas: húngaro, árabe, sânscrito, lituano, polonês, tupi, hebraico, japonês, tcheco, finlandês e dinamarquês.

A estreia literária de Guimarães Rosa se deu em 1929, quando a revista “O Cruzeiro” publicou alguns contos seus, vencedores de um concurso literário da edição. Seu primeiro livro, a coletânea de contos "Sagarana", foi publicado em 1946 e chamou muita atenção pelas inovações técnicas e riqueza de simbologias. 

O escritor fez, em maio de 1952, um percurso de 240 quilômetros no sertão mineiro, durante dez dias, conduzindo uma boiada. Na viagem, anotou expressões, casos, histórias, procurando apreender de forma mais profunda aquele universo com o qual tinha contato desde a infância. Seu intuito era recriar literariamente o sertão, dando voz a seus personagens. Dessa viagem resultou seu único romance, "Grande Sertão: Veredas", publicado em 1956 e tido como um dos mais importantes textos da literatura brasileira de todos os tempos.

Em 1961, Guimarães Rosa recebeu da Academia Brasileira de Letras o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra. Candidatou-se à Academia Brasileira de Letras, pela segunda vez, em 1963 e foi eleito por unanimidade. Mas não foi empossado imediatamente, porque adiou a cerimônia enquanto pôde. Dizia ter medo de morrer no dia do evento. Só tomou posse em 16 de novembro de 1967. Três dias depois, em 19 de novembro, morreu subitamente em seu apartamento no Rio de Janeiro, de infarto.

Suas principais obras são: "Sagarana" (1946), "Grande Sertão: Veredas" (1956), "Corpo de Baile" (1956; atualmente é publicada em três volumes: "Manuelzão e Miguilim", "No Urubuquaquá, no Pinhém" e "Noites do Sertão") e "Primeiras Estórias" (1962).


Bibliografia:

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