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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

O jovem como lata de lixo da indústria do consumo

“Vistos cada vez mais como outro encargo social,
os jovens não estão mais incluídos no discurso sobre
a promessa de um futuro melhor. Em lugar disso,
agora são considerados parte de uma população
dispensável, cuja presença ameaça evocar
memórias coletivas reprimidas da responsabilidade
dos adultos.” Assim escreve Henry A. Giroux num
ensaio de 3 de fevereiro de 2011 sob o título “A
juventude na era da dispensabilidade.”
De fato, os jovens não são plena e
inequivocamente dispensáveis. O que os salva da
dispensabilidade total embora por pouco e lhes
garante certo grau de atenção dos adultos é sua real
e, mais ainda, potencial contribuição à demanda de
consumo: a existência de sucessivos escalões de
jovens significa o eterno suprimento de “terras
virgens”, inexploradas e prontas para o cultivo, sem
o qual a simples reprodução da economia
capitalista, para não mencionar o crescimento
econômico, seria quase inconcebível. Pensa-se sobre
a juventude e logo se presta atenção a ela como “um
novo mercado” a ser “comodificado” e explorado.
Por meio da força educacional de uma cultura que
comercializa todos os aspectos da vida das crianças,
usando a internet e várias redes sociais, e novas
tecnologias de mídia, como telefones celulares, as
instituições empresariais buscam imergir o jovem
num mundo de consumo em massa, de maneiras
mais amplas e diretas que qualquer coisa que
possamos ter visto no passado. Um estudo recente,
orientado pela Kaiser Family Foundation, descobriu
que “jovens dos oito aos dezoito anos gastam agora
mais de sete horas e meia por dia com
smartphones, computadores, televisores e outros
instrumentos eletrônicos, em comparação com as
mesmas seis horas e meia de cinco anos atrás.
Quando se acrescenta o tempo adicional que os
jovens passam postando textos, falando em seus
celulares ou realizando múltiplas tarefas, tais como
ver TV enquanto atualizam o Facebook, o número
sobe para um total de onze horas de conteúdo de
mídia por dia.” Pode-se prosseguir acrescentando
um volume crescente de evidências de que “o
problema dos jovens” está sendo considerado clara
e explicitamente uma questão de “adestrá-los para o
consumo”, e de que todos os outros assuntos
relacionados à juventude são deixados numa
prateleira lateral ou eliminados da agenda política,
social e cultural.
De um lado, as sérias limitações impostas pelo
governo ao financiamento de instituições de ensino
superior, acopladas a um aumento também
selvagem das anuidades cobradas pelas
universidades, são testemunhas da perda de
interesse na juventude como futura elite política e
cultural da nação. Por outro lado, o Facebook, por
exemplo, assim como outros “sites sociais”, está
abrindo novíssimas paisagens para agências que
tendem a se concentrar nos jovens e tratá-los como
“terras virgens” à espera de conquista e exploração
pelo avanço das tropas consumistas.
BAUMAN, Zygmunt. Sobre educação e juventude. Tradução Carlos
Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2013. (Adaptado)

Questão 01
Tradicionalmente, e segundo o senso comum, o jovem é visto como aquele que traz em si um potencial
construtivo a ser usado, no futuro, em benefício de sua comunidade.
Considerando o fragmento do ensaio de Henry Giroux com o qual se introduz o Texto I, é válido afirmar, sobre
os jovens na sociedade contemporânea, que
(A) fazem parte de uma população ativa, inequivocamente indispensável.
(B) não são mais considerados como encargos sociais pelos governos.
(C) a dispensabilidade deles resulta da negligência de responsabilidade dos adultos.
(D) são oprimidos pelos adultos para não se tornarem uma ameaça à coletividade.

Questão 02
Se compararmos o argumento utilizado por Henry
Giroux para defender a ideia de dispensabilidade dos
jovens, no mundo contemporâneo, com o
desenvolvimento das ideias de Bauman, no Texto I, é
coerente apontar apenas uma das seguintes proposições
deste último que se contrapõe à do primeiro.
(A) Menciona o crescimento econômico capitalista
como fator de inclusão dos jovens na elite política
e cultural da nação.
(B) Defende o Facebook e outros sites sociais como
novo mercado para a empregabilidade dos
jovens.
(C) Considera a internet uma força educacional que
inclui os jovens na agenda política, social e
cultural.
(D) Encontra no mercado de consumo o caminho
para contrariar a tese de dispensabilidade total
dos jovens.

Questão 03
De fato, os jovens não são plena e inequivocamente
dispensáveis. O que os salva da dispensabilidade total
embora por pouco e lhes garante certo grau de atenção dos
adultos é sua real e [...]
Nesse trecho, os elementos em destaque estabelecem
com o termo os jovens, uma relação de
(A) subordinação.
(B) coordenação.
(C) correlação.
(D) coesão.

Questão 04
Considere o trecho Quando se acrescenta o tempo adicional
que os jovens passam postando textos, [...]
No que se refere à colocação pronominal, pode-se
afirmar que o emprego do pronome SEé
(A) aceitável, pois o autor usou em seu texto a
linguagem informal.
(B) correto, pois essa próclise está de acordo com a
norma padrão.
(C) correto, pois trata-se de uma ênclise autorizada
pela norma padrão.
(D) incorreto, pois a regra geral prescreve a ênclise
como norma padrão.

Questão 05
No trecho [...] concentrar nos jovens e tratá-los como
terras virgens..., ao empregar a expressão terras
virgens, o autor, no que se refere à linguagem, fez uso
de uma
(A) ironia.
(B) conotação.
(C) denotação.
(D) catacrese

Questão 06
Sobre a seleção lexical que compõe o título do ensaio
de Henri A. Giroux - A juventude na era da
dispensabilidade-, é correto afirmar que ele
(A) possui substantivos.
(B) é um período simples.
(C) é um período composto.
(D) possui nomes e verbo.

TEXTO II
[...] ser jovem é não perder o encanto e o susto de
qualquer espera. É, sobretudo, não ficar fixado nos
padrões da própria formação. Ser jovem é ter
abertura para o novo na mesma medida do
respeito ao imutável. É acreditar um pouco na
imortalidade da vida, é querer a festa, o jogo, a
brincadeira, a lua, o impossível, o distante. Ser
jovem é ser bêbado de infinitos que terminam logo
ali. É só pensar na morte de vez em quando. É não
saber de nada e poder tudo...
Arthur da Távola, fragmento.

Questão 07
Relacionando-se a temática do Texto II, escrito nos
anos de 1970, com a do Texto I, de 2013, pode-se
inferir que os jovens
(A) perderam o poder de decisão sobre seus futuros
caminhos.
(B) passaram a conviver com a morte em seu dia a dia
de violência social.
(C) fixaram-se em padrões rígidos para sua própria
formação intelectual.
(D) trocaram a poética bebedeira de infinitos por drogas
reais mais danosas.

Questão 08
A juventude, para o cronista do Texto II, é descrita
como uma fase da vida, cujo principal atributo é
(A) a interpretação paradoxal e lúdica dos fatos da
existência.
(B) a supremacia do conhecimento e do poder
intelectual.
(C) o respeito aos valores hereditários e imutáveis da
família.
(D) o descaso pela imortalidade e pelo imutável da
vida.

gabarito: 1C 2D 3D 4B  5B 6A 7A 8A

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Exercícios sobre acentuação gráfica de acordo com o novo acordo ortográfico



OBS.: Antes de seguir a leitura e tentar realizar os exercícios,sugiro que assista os vídeos sobre Acentuação que veem logo a seguir dessa postagem.

Veremos,agora, as mudanças que ocorreram nas regras de acentuação com o novo acordo ortográfico.
Fique esperto e aproveite para fazer bateria de exercícios com gabarito.

Acentuação Gráfica: nova ortografia

I - Palavras proparoxítonas: continua tudo igual
Todas são acentuadas árvore, chávena, maiúsculo, feiíssimo.

II - Palavras paroxítonas: continua quase tudo igual
2. São acentuadas graficamente as paroxítonas terminadas em:
ÃO(S): bênção(s), órfão(s)
Ã(S): ímã(s), órfã(s)
L: amável, dócil
EI(S): amáveis, dóceis
I(S): táxi, grátis
N: hífen, éden
X: tórax, ônix
R: líder, mártir
UM, UNS: álbum, álbuns
US: bônus, lótus
PS: bíceps, fórceps
Com o novo acordo, não se acentua:
-os ditongos abertos ei,oi, das paroxítonas: assembleia, estreia, jiboia, heroico; 
-o i e o u tônicos, precedidos de ditongo: feiura, baiuca.

III - Palavras oxítonas
Levam acento gráfico as oxítonas terminadas em:
Á(S): sabiá (s)
É(S), Ê(S): café(s)
Ó(S), Ô(S): avó(s), avô(s)
ÉM, ÉNS: refém, reféns
Obs.: A mesma regra serve para:
- as monossílabas tônicas terminadas por á(s), é(s), ê(s) ó(s), ô(s): lá(s), pé(s), pó(s);
- as formas verbais oxítonas do mesmo tipo, seguidas ou não de pronomes: amá-lo, está(s), vendê-lo, propôs, contém, conténs.
*São acentuadas as oxítonas terminadas em ditongo aberto:
ÉIS: papéis, bacharéis
ÉU(S): chapéu, chapéus
Ói(S): herói, heróis

IV – Hiatos
- Acentuam-se o i e o u tônicos, precedidos de vogal, quando sozinhos ou seguidos de s,formando uma sílaba: viúva, saíste, baú,saída.
Obs.:
- Não leva acento gráfico o i, mesmo sozinho, seguido de nh: rainha, moinho.
- Com o novo acordo, não são acentuados graficamente os hiatos oo e ee: voo, creem.

V – Acento nos verbos em guar, quar e quir             
-Não se usa o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles)arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
Obs.:
Os verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir, etc, tem uma variação na pronúncia. Dessa forma, admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e  do imperativo. Então, fique atento:
-  pronunciados com a ou i tônicos, serão acentuados graficamente: enxáguo, enxáguas, enxágue, delínques, delínquem, delínqua;
-  pronunciadas com u tônico,  não serão  acentuadas: enxaguo, enxaguas, delinques, delinquem, delinqua. 
Obs.:
A pronúncia mais corrente, no Brasil, é a primeira, aquela com a e i tônicos.

VI – Acento diferencial: com o novo acordo, não há acento diferencial, exceto com:
- Verbo pôr – para diferenciar da preposição por:
Pedi para ele pôr o copo de suco na pia por causa das formigas.
- Pôde – terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo do verbo poder para diferenciá-lo de pode – terceira pessoa do singular do presente do indicativo do mesmo verbo:
Ela não pôde vir ontem, mas pode vir hoje.
Obs.:
O acento diferencial é facultativo em:
-Dêmos – primeira pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo dar e demos– primeira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo do mesmo verbo;
-Fôrma (substantivo) e forma (substantivo, terceira pessoa do singular do presente do indicativo e segunda pessoa do singular doimperativo afirmativo do verbo formar).

VII – Verbos ter e vir : Fica tudo igual
- com acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo e sem na terceira pessoa do singular do mesmo tempo verbal  : ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm.
Seus derivados(deter,intervir,reter,entre outros) seguem a acentuação das oxítonas terminadas por em.
Obs: 
-na terceira pessoa do singular do presente do indicativo levam acento agudo 
- na terceira pessoa do plural do mesmo tempo levam acento circunflexo.
Exemplos: ele detém, eles detêm; ele intervém, eles intervêm.

VIII – Trema: não há mais o uso do trema, exceto?
-  em nomes estrangeiros e seus derivados: Müller,mülleriano.

OBS.:

"Fluido" e "fluído"

FONTE:http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/fluido-e-fluido.jhtm -Por Thaís Nicoleti

"Felizmente, vivemos num país democrático e, ao contrário da população do Irã, podemos manter um diálogo fluído e livre com o nosso governo."

É das mais frequentes a hesitação quanto à pronúncia de palavras como "fluido", "gratuito", "rubrica", "ínterim", "pudico", "recorde" e diversas outras.

O substantivo "fluido", que nomeia "qualquer substância capaz de fluir como os líquidos e os gases e que não resiste de maneira permanente às mudanças de forma provocadas pela pressão" (Houaiss), pronuncia-se "flui-do", com ditongo, não com hiato, exatamente como "gra-tui-to", "in-tui-to" e "cir-cui-to".

No texto em questão, "fluido" aparece como adjetivo, empregado no sentido figurado. Um diálogo fluido é um diálogo fácil, espontâneo, corrente. É importante, no entanto, observar que a palavra "fluído" (com acento marcando o hiato) existe. Trata-se do particípio passado do verbo "fluir". Assim: "A água tinha fluído pelos canos" etc.

"Rubrica","pudico","recorde" e "filantropo", por exemplo, são palavras paroxítonas, embora sejam ouvidas frequentemente como proparoxítonas. Já "ínterim" é proparoxítona, apesar de alguns a pronunciarem como oxítona (!).

Fique atento não só para evitar a silabada (deslocamento da sílaba tônica da palavra) como também para não errar na acentuação gráfica. Abaixo, o fragmento corrigido:

Felizmente, vivemos num país democrático e, ao contrário da população do Irã, podemos manter um diálogo fluido e livre com o nosso governo.

EXERCÍCIOS
01. Assinale a alternativa corretamente acentuada.
a) Ela mantêm no sótão os três gatinhos de pelo cinzento.
b) Ela mantém no sotão os três gatinhos de pelo cinzento.
c) Ela mantêm no sotão os tres gatinhos dc pêlo cinzento.
d) Ela mantem no sotão os três gatinhos de pelo cinzento.
e) Ela mantém no sótão os três gatinhos de pelo cinzento.

02. Assinale a série em que todas as palavras estão acentuadas corretamente.
a) juíza – urubú – item – tórax
b) ímã – virús – interíni – nínha
c) polén – lons – paúl – bônus
d) climax – saci – almôço – caráter
e) amém – tríceps – jóquei – pôr (verbo)

 03. Os pais_______ na tv que os desenhos animados______ grande influência sobre seus filhos, mas_________ , também, que faz parte da infância.
a) vêm, tem, crêm                              b) veem, tem, creem
c) vem, tem, crêem    d) veem, têm, creem
e) vêm, têm, crêem

04. Assinale o uso correto quanto ao acento diferencial:
a) O menino nervoso pára de repente.
b) Toda manhã, ela côa o café.
c) Gosto de pêra madura.
d) Preciso pôr as coisas em ordem.
e) n.d.a.

05. Assinale a forma incorreta quanto à acentuação:
a) Eles leem o jornal todos os dias.
b) As meninas têm muitos brinquedos.
c) Os jovens crêem no futuro.
d) Sempre que ando de ônibus, eu enjoo.
e) n.d.a.

06. Assinale a alternativa que completa corretamente as frases.
1 – Ele sempre___________a calma.
II – Os turistas_________ informações pela lnternet.
III – As polícias civil e militar_________ nos motins do presídio.
a) mantêm, obtém, intervém
b) mantém, obtêm, intervêm
c) mantêm, obtêm, intervêm
d) mantém, obtêm, intervém
e) mantém, obtém, intervém

07. Assinale a alternativa correta quanto à acentuação:
a) herói                             b) heróico                       c) jóia
d) centopéia                   e) n.d.a.

08. (Med. Barbacena-MG) Assinale a opção em que todas as palavras são acentuadas pela mesma regra de “alguém”, “inverossímil”, “caráter”, respectivamente:
a) hífen, também, impossível
b) armazém, útil, açúcar
c) têm, anéis, éter
d) há, impossível, crítico
e) pólen, magnólias, nós

09. (FESP-SP) Em que alternativa as palavras devem ser acentuadas pelo mesmo motivo?
a) tambem – refém                            b) velocidade – rubrica
c) aniversario – fortuito               d) ceu – tambem

10- Nenhum vocábulo deve receber acento gráfico, exceto:
a) abacaxi b) idéia                         c) assembleia d) heroi                             e) vôo

11.  Identifique a alternativa em que há UM vocábulo cuja grafia não atende ao previsto no Acordo ortográfico: a) aguentar – tranquilidade – delinquente – arguir – averiguemos; b) cinquenta – aguemos – linguística – equestre – eloquentemente; c) apaziguei – frequência – arguição – delinquência – sequestro; d) averiguei – inconsequente – bilíngue – linguiça – quinquênio; e) sequência – redargüimos – lingueta – frequentemente – bilíngue.

12. Identifique a alternativa em que UM dos vocábulos, segundo o Acordo Ortográfico, recebeu indevidamente acento gráfico: a) céu – réu – véu;                             b) chapéu – ilhéu – incréu; c) anéis – fiéis – réis;                       d) mói – herói – jóia; e) anzóis – faróis – lençóis.

13. Preencha as lacunas com as palavras corretas, de acordo com o novo acordo ortográfico.

assembléias|assembleias /idéia|ideia /Müller|Muller /estréia|estreia/Bocaiúva|Bocaiuva platéia|plateia /apóio|apoio heróis|herois troféus|trofeus

Os membros das ________ estaduais do país gostaram da _______ do Harold ________. Um parlamentar aproveitou, inclusive, a ______ de uma peça de teatro que assistia na cidade de _______ para se dirigir à _______, dizendo: “Eu _______ esta ação comunitária. E digo mais: se iniciativa der certo, esses
_______ merecerão ________ como agradecimento de toda a população.”

14. Preencha as lacunas com as palavras corretas, de acordo com o novo acordo ortográfico.
estréia|estreia / vôo|voo / Parnaiba|Parnaíba/  Piaui|Piauí/
lêem|leem/Müller|Muller/crêem|creem/Assembléias|Assembleias/ pôde|pode/  têm|tem / convém|convem

O pronunciamento do parlamentar, na ________ da peça de teatro, teve repercussão na imprensa, de modo que outro Deputado, ao desembarcar do seu ________, rumo à cidade de ________, no estado do ________, também falou sobre o assunto: “Os que ______ jornais já devem saber da iniciativa de Harold ________, e os que _______ em ações dessa natureza devem seguir o exemplo desse cidadão. Precisamos buscar soluções para os nossos problemas, em vez de esperar que tudo seja resolvido pelas_________. Se ele _______ iniciar essa ação e mobilizar o _______ inteiro, todos ______ o mesmo dever. Vamos agir! Isso _________ à sociedade.”

1. E/2. E/3. D/4. D/5. C/6. B/7. A/8. B/9. A/10 D/ 11E/ 12D/
13. assembleias, ideia, Müller, estreia, Bocaiuva, plateia, apoio, heróis, troféus,
14.estreia, voo, Parnaíba, Piauí, leem, Müller, creem, Assembleias, pôde, têm, convém.

Fonte:http://proflilianatoledo.blogspot.com.br/2012/07/veremosagora-as-mudancas-que-ocorreram.html(o exercício foi corrigido,embora tenha sido retirado do blog da fonte citada).

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Argumentando sobre dissertação - modelo simplificado (Você pode fazer melhor)

Redações comentados -O que se espera e se observa nas redações:
– domínio do idioma– adequação ao tema proposto– como argumentar– como apresentar soluções

1." Redes sociais: o uso exige cautela", por Camila Pereira Zucconi Viçosa-MG

É um ótimo TÍTULO e já indica a posição da candidata sobre o tema.

Uma característica inerente às sociedades humanas é sempre buscar novas maneiras de se comunicar: cartas, telegramas e telefonemas são apenas alguns dos vários exemplos de meios comunicativos que o homem desenvolveu com base nessa perspectiva. E, atualmente, o mais recente e talvez o mais fascinante desses meios são as redes virtuais, consagradas pelo uso, que se tornam cada vez mais comuns.

A contextualização desta INTRODUÇÃO é muito boa. A candidata acerta ao citar a evolução sofrida pelos meios de comunicação.

Orkut, Twiter e Facebook são alguns exemplos das redes sociais (virtuais) mais acessadas do mundo e, convenhamos, a popularidade das mesmas se tornou tamanha que não ter uma página nessas redes é praticamente como não estar integrado ao atual mundo globalizado. Através desse novo meio as pessoas fazem amizades pelo mundo inteiro, compartilham ideias e opiniões, organizam movimentos, como os que derrubaram governos autoritários no mundo árabe e, literalmente, se mostram para a sociedade. Nesse momento é que nos convém cautela e reflexão para saber até que ponto se expor nas redes sociais representa uma vantagem.

A autora do texto entendeu satisfatoriamente a proposta. Ao desenvolver sua ideia, mostra um conhecimento de mundo amplo, citando amizades, informações disseminadas e movimento políticos. Cabe destacar um ponto negativo na passagem: o uso do termo "convenhamos", típico da língua falada e que deve ser evitado em textos mais formais.

Não saber os limites da nossa exposição nas redes virtuais pode nos custar caro e colocar em risco a integridade da nossa imagem perante a sociedade. Afinal, a partir do momento em que colocamos informações na rede, foge do nosso controle a consciência das dimensões de até onde elas podem chegar. Sendo assim, apresentar informações pessoais em tais redes pode nos tornar um tanto quanto vulneráveis moralmente.

A primeira frase é bastante adequada. A partir dela, são discutidos prejuízos à integridade do indivíduo em razão do mau uso das redes sociais.

Percebemos, portanto, que o novo fenômeno das redes sociais se revela como uma eficiente e inovadora ferramenta de comunicação da sociedade, mas que traz seus riscos e revela sua faceta perversa àqueles que não bem distinguem os limites entre as esferas públicas e privadas “jogando” na rede informações que podem prejudicar sua própria reputação e se tornar objeto para denegrir a imagem de outros, o que, sem dúvidas, é um grande problema.

O parágrafo relaciona as duas ideias desenvolvidas anteriormente, o que é positivo. Há, contudo, um reparo a ser feito: a utilização de um único e longo período. Essa construção deve ser evitada, pois dá margem a erros e dificulta a leitura.

Dado isso, é essencial que nessa nova era do mundo virtual, os usuários da rede tenham plena consciência de que tornar pública determinadas informações requer cuidado e, acima de tudo, bom senso, para que nem a própria imagem, nem a do próximo possa ser prejudicada. Isso poderia ser feito pelos próprios governos de cada país, e pelas próprias comunidades virtuais através das redes sociais, afinal, se essas revelaram sua eficiência e sucesso como objeto da comunicação, serão, certamente, o melhor meio para alertar os usuários a respeito dos riscos de seu uso e os cuidados necessários para tal.

A solução sugerida nesta CONCLUSÃO é adequada porque procura combater o problema apresentado: a confusão entre público e privado. A autora faz um apelo ao bom senso, acrescentando que estado e comunidades virtuais devem cooperar no assunto. A posição satisfaz a orientação do Enem, que demanda do estudante uma proposta de intervenção específica e realizável.

2. Redação de Alline Rodrigues da Silva (Uberaba-MG)

A crescente popularização do uso da internet em grande parte do globo terrestre é uma das principais características do século XXI. Tal popularização apresenta grande relevância e gera impactos sociais, políticos e econômicos na sociedade atual.

Nesta INTRODUÇÃO, a estudante opta por iniciar tratando do fenômeno da internet, deixando de fora a questão público/privado. Assim mesmo, ela deixa claro que entendeu a proposta, ao abordar o assunto logo no início do parágrafo seguinte. O emprego da expressão "tal popularização" garante a ligação entre as ideias, o que é essencial para a coesão do texto.

Um importante questionamento em relação a esse expressivo uso da internet é o fato de existir uma linha tênue entre o público e privado nas redes sociais. Estas, constantemente são utilizadas para propagar ideias, divulgar o talento de pessoas até então anônimas, manter e criar vínculos afetivos, mas, em contrapartida também podem expor indivíduos mais do que o necessário, em alguns casos agredindo a sua privacidade.

Ao escolher expressões como "uma linha tênue", "propagar ideias" e "vínculos afetivos", a autora expressa visão crítica sobre o assunto. Problemas de pontuação: uso errado de vírgulas nos trechos "Estas, constantemente são..." (seperando sujeito e verbo) e "... mas, em contrapartida também" (falta o sinal após "contrapartida"). Apesar disso, os erros não comprometem a clareza do raciocínio.

Recentemente , ocorreram dois fatos que exemplificam ambas as situações. A “Primavera Árabe”, nome dado a uma série de revoluções ocorridas em países árabes, teve as redes sociais como importante meio de disseminação de ideias revolucionárias e conscientização desses povos dos problemas políticos, sociais e econômicos que assolam esses países. Neste caso, a internet agiu e continua agindo de forma benéfica, derrubando governos autoritários e pressionando melhorias sociais.

O argumento tem estreita relação com a tese defendida e revela um raciocínio lógico da aluna.

Em outro caso, bastante divulgado também na mídia, a internet serviu como instrumento de violação da privacidade. Fotos íntimas da atriz hollywoodiana Scarlett Johansson foram acessadas por um hacker através de seu celular e divulgadas pela internet para o mundo inteiro, causando um enorme constrangimento para a atriz.

Os argumentos são precisos e evidenciam o caráter analítico do texto. Os exemplos escolhidos cumprem o papel de fundamentar as críticas e validar a proposta futura de que há necessidade de conscientização em relação às informações postadas nas redes.

Analisando situações semelhantes às citadas anteriormente, conclui-se que é necessário que haja uma conscientização por parte dos internautas de que aquilo que for uma utilidade pública ou algo que não agrida ou exponha um indivíduo pode e deve ser divulgado. Já o que for privado e extremamente pessoal deve ser preservado e distanciado do mundo virtual , que compartilha informações para um grande número de pessoas em um curto intervalo de tempo. Dessa forma, situações realmente desagradáveis no incrível universo da internet serão evitadas.

Nesta CONCLUSÃO, o mérito da solução não está na inovação absoluta da proposta, mas na articulação clara e coerente com a tese defendida pela candidata desde o início do texto, além do reconhecimento de que o meio virtual é "incrível", ou seja, não representa um mal por si só.

Como Fazer um Texto Dissertativo Argumentativo

O texto dissertativo argumentativo tem como principais características a apresentação de um raciocínio, a defesa de um ponto de vista ou o questionamento de uma determinada realidade. O autor se vale de argumentos, de fatos, de dados, que servirão para ajudar a justificar as ideias que ele irá desenvolver. As três características básicas de um texto dissertativo são:

Apresentação do ponto de vista
Discussão dos argumentos
Análise crítica do texto

A diferença desse modelo para um texto narrativo, por exemplo, é que o texto narrativo descreve uma história, contendo alguns elementos importantes como personagens, local, tempo (intervalo no qual ocorreram os fatos), enredo (fatos que motivaram a escrita). O texto dissertativo, por outro lado, tem como objetivo defender um ponto de vista usando argumentos.

Uma redação dissertativa argumentativa pode ser escrita na terceira pessoa do plural (objetiva) ou na primeira pessoa do singular (subjetiva), veremos a seguir exemplos de cada uma delas:

Dissertação Objetiva

Na dissertação objetiva, o autor não se identifica com o leitor, já que os argumentos são expostos de forma impessoal. Isso, aliás, confere ao texto um ar de imparcialidade, embora se saiba que é a visão do autor que está sendo discutida. Esse procedimento faz o leitor aceitar mais facilmente as ideias expostas no texto.

Dissertação Subjetiva

No texto dissertativo subjetivo, o autor se mostra por meio do uso da primeira pessoa do singular (eu), evidenciando que os argumentos são resultados da opinião pessoal de quem escreve (não que no texto objetivo também não o sejam, afinal, a influência das ideias do autor estão presentes também neste último caso).

Vamos mostrar dois exemplos, o primeiro é um trecho de um texto objetivo e o segundo é um trecho de um texto subjetivo. Repare na diferença que existe entre os dois:

1) “Há tipos diferentes de ruínas. Mas elas são sempre resultado de uma demolição ou desconstrução de edificações. Existe um primeiro tipo que simboliza um tempo passado que evoluiu e foi deixando ruínas devido às mudanças dos gostos e da riqueza dos donos.”
2) “Não sou do tipo que se impressiona com boatos, mas não posso ficar indiferente aos últimos acontecimentos no cenário público do Brasil. Toda essa movimentação em torno dos casos de corrupção que assolam a nação me fez pensar sobre a importância da ética nas relações sociais em todos os níveis. Não quero me convencer de que um valor moral tão importante esteja sendo banido da sociedade, substituído pelo direito de garantia de privilégios pessoais a qualquer custo.”
Podemos notar claramente a diferença no uso da terceira e da primeira pessoa.

Na prática, escrever na primeira pessoa (eu/nós) dá origem a frases do tipo:

– “Precisamos estar conscientes da importância do cuidado ao meio ambiente”
– “Sabemos que o Brasil precisa de mudanças”
– “Tive bons professores, mas nem todo estudante tem esse privilégio”.

As mesmas frases acima escritas na terceira pessoa do plural ficariam:

– “É preciso estar consciente da importância do cuidado ao meio ambiente”
– “Sabe-se que o Brasil precisa de mudanças”
– “Alguns estudantes têm bons professores, mas nem todos têm esse privilégio”.  
   
Repare que quando você escreve na terceira pessoa do plural, nunca utiliza os verbos conjugados pessoalmente (utilizando o “eu” ou o “nós”). As frases sempre ficam impessoais.

Essas duas maneiras de escrita são aceitas, mas é muito importante que você escolha e mantenha o mesmo estilo do início ao fim! Se você escolheu a escrita objetiva, não utilize a subjetiva e vice-versa. É muito comum misturar as duas coisas, a grande maioria dos candidatos mistura esses dois estilos ao longo do texto e são penalizados na nota por isso. Fique atento a esse detalhe. Sempre que você for escrever alguma frase, lembre-se de qual estilo você escolheu e seja fiel a ele até o fim!

O mais recomendado é que você escolha a terceira pessoa do plural, pois essa forma de escrever é mais informal e mais fácil de ser seguida com fidelidade. O texto objetivo também tem a vantagem de dar um aspecto de “autoridade” aos argumentos. Quando se opta pelo texto subjetivo, tem-se uma impressão de que tudo está somente de acordo com a opinião do autor, enquanto que no objetivo tem-se a impressão de que a opinião é de todos. Isso é o que fortalece o caráter objetivo.

Recomendamos também que você pratique suas redações utilizando sempre o mesmo estilo para se acostumar. Isso vai ajudar você a não misturar as coisas depois. Então comece a praticar desde já o texto objetivo para chegar no dia da prova afiado e não colocar traços subjetivos misturados.

A Argumentação do Texto Dissertativo

Um texto argumentativo, como já comentamos, é aquele em que defendemos uma ideia, opinião ou ponto de vista, procurando fazer com que o leitor acredite nele. Para conseguir esse objetivo, utilizamos os argumentos.

A palavra ARGUMENTO tem uma origem curiosa: vem do latim ARGUMENTUM; significa: fazer brilhar, iluminar.

É fácil encontrar os argumentos de um texto, pois basta que se identifique a tese (ideia principal), para então fazer a pergunta “por quê”? Por exemplo: o autor é contra a pena de morte (tese). Porque… (argumentos).
Um bom texto dissertativo deve apoiar-se principalmente em uma boa argumentação (por isso o nome: dissertativo argumentativo). Para que isso ocorra, é preciso que se organizem as ideias que serão expostas. 

Mostraremos abaixo os tipos mais comuns de argumentos que podem ser utilizados em uma redação:

Tipos de argumentos

Argumento de Autoridade: É aquele que se apoia no conhecimento de um especialista da área. É um modo de trazer para o texto o peso e a credibilidade da autoridade citada. Por exemplo: “Conforme afirma Bertrand Russel, não é a posse de bens materiais o que mais seduz os homens, mas o prestígio decorrente dela”.

Argumento de consenso: Alguns enunciados não exigem a demonstração de um especialista para que se prove o conteúdo argumentado. Nesse caso, não precisamos citar uma fonte de confiança. Por exemplo: “O investimento na Educação é indispensável para o desenvolvimento econômico do país”. Repare que essa afirmação não precisa de embasamento teórico, pois é um consenso global.

A Comprovação pela Experiência ou Observação: Esse tipo de argumentação é fundamentada na documentação com dados que comprovam ou confirmam sua veracidade. Por exemplo: “O acaso pode dar origem a grandes descobertas científicas. Alexander Flemming, que cultivava bactérias, por acaso percebeu que os fungos surgidos no frasco matavam as bactérias que ali estavam. Da pesquisa com esses fungos, ele chegou à penicilina”. Observe que, nesse caso, o argumento que validou a afirmação “O acaso pode dar origem a grandes descobertas” foi a documentação da experiência de Flemming.

A Fundamentação Lógica: A argumentação nesse caso se baseia em operações de raciocínio lógico, tais como as implicações de causa e efeito, consequência e causa, etc. Por exemplo: “Ao se admitir que a vida humana é o bem mais precioso do homem, não se pode aceitar a pena de morte, uma vez que existe sempre a possibilidade de um erro jurídico que, no caso, seria irreparável”. Note que a ideia que o leitor tentou passar era: Não se pode aceitar a pena de morte. Para isso, foi mencionado o caso de falha humana na sentença, o que permitiu que se chegasse a tal conclusão.

Qualquer um desses tipos de argumentos citados é válido na construção de um texto argumentativo.

A título de nomenclatura, muitas provas de vestibulares e concursos utilizam o nome “texto dissertativo”, “texto argumentativo” ou ainda “texto dissertativo argumentativo”, mas todos se referem a esse mesmo padrão de texto que mencionamos nesse artigo.

Exemplo de um bom desenvolvimento

Mostraremos um exemplo de desenvolvimento agora para você ver isso tudo que foi ensinado. A introdução está no primeiro bloco/parágrafo, e o desenvolvimento está dividido em 3 parágrafos. A conclusão-último parágrafo.

TEMA: A Presença da Agressividade no Comportamento Humano

Presente nos mais diversos campos de ação, a agressividade acompanha os passos do homem desde a sua existência, influenciando, diretamente, os seus atos. Esse comportamento, manifestando-se de várias maneiras, continua questionável, uma vez que suas consequências não agradam a todos.

A humanidade primitiva conseguiu se desenvolver à medida que o seu domínio sobre os instrumentos de combate aumentava. A sobrevivência do mais forte, ainda hoje, é uma realidade que define o destino da vida, fruto da competitividade que – aliás – sempre existiu. As atitudes agressivas, que garantiram a permanência da espécie humana, são utilizadas, atualmente, por pessoas que querem superar seus adversários a qualquer custo. Nicolau Maquiavel, com sua teoria, influenciou reinos e países a conseguirem o progresso. Evidentemente, existem controvérsias quanto a essa ideologia, dita por muitos como antiética, que – inclusive – é ensinada em cursos como os de administração de empresas, por exemplo.

Entende-se por agressividade qualquer ação que pretende danificar algo ou alguém. É compreensível, portanto, que a ela sejam atribuídas características negativas (solução imoral, recurso deplorável). Esse comportamento precisa ser evitado para que se obtenha uma personalidade pacífica e cortês (ideal para um relacionamento). Na política, por exemplo, é constante a violência verbal, às vezes também física, dos candidatos ao governo, fato que faz a população ter uma aversão a essas atitudes, consideradas falta de controle emocional de quem as pratica. Segundo estudiosos, o que ocasiona esse procedimento de “ataque” é a inconformidade com a situação. Intrigante, porém, é o fato de um comportamento hostil como esse ter o poder de fazer alguém atingir o sucesso. Afinal, ele é ruim até que ponto?

Em âmbito competitivo, agressividade é sinônimo de determinação, que ajuda as pessoas a alcançarem seus objetivos. As constantes manifestações com as quais o homem convive contribuem para a reprodução desse comportamento quando se toma como exemplo o retrospecto dos bem-sucedidos. Para trabalhar em uma empresa é preciso ter atitude, o que explica o fato de empresários contratarem indivíduos de caráter ofensivo quanto a negócios e comércios em geral. Em uma partida de xadrez, o jogador mais agressivo geralmente vence, pois obriga o adversário a permanecer na defensiva, restringindo – cada vez mais – as jogadas do oponente e posicionando-se para dar o esperado xeque-mate. Isso tudo prova que ambição e coragem de atacar são importantes, e talvez até essenciais, para a realização de metas e a superação de desafios.

Apesar das críticas e definições atribuídas à agressividade, ela não pode ser descartada da vivência humana, pois faz parte do caráter do homem. Cabe então à população saber empregar esse comportamento de maneira adequada, ajustando os fatores para, com ética, construir o seu futuro.

Como concluir um texto

Podemos resumir tudo o que foi ensinado nesse capítulo destacando a importância que há no desenvolvimento (e sua argumentação) na formação da conclusão. É dele que vai partir o raciocínio que vai formar a conclusão.

Quando você for concluir seu texto, responda pelo menos uma dessas perguntas sobre sua redação:

– Que lição pode ser tirada disso?
– Como resumir a solução para esse problema?
– O que merece ser destacado nesse raciocínio?

Elabore sua conclusão respondendo essas perguntas em relação ao seu texto e você terá uma boa conclusão.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

SONETO DO AMOR TOTAL
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano amor coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde,
é que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

sábado, 10 de setembro de 2016

Uma reflexão para o grupo de alunos da turma de Formação de professores:


A teoria na prática tem que ser diferente, a teoria na prática 
tem que ser repensada, analisada e reorganizada, dessa forma 
ela tem a possibilidade de assumir sua relevância no processo 
pedagógico. “Ainda bem que a teoria na prática é outra,
 pois permite que o “prático” seja autor de sua prática e
 não mero reprodutor do que foi pensado por outros. 
A prática precisa ser pensante (ou reflexiva)!” 
(CAPARROZ, 2007, p. 27)

A citação de Caparroz faz alusão ao pensamento atual "a escola de hoje não é mais como
antes" "teoria é diferente da prática"

Entre no site abaixo e ouçam no portal sala dos professores 
algumas indagações sobre o despertar do imaginário infantil

https://soundcloud.com/ead-espa-o-educacional

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Contação de história pela professora Netinha...objetivo:apresentação das personagens.

Imagens das  atividades realizadas pelas crianças: reconstrução da história por meio de desenhos e pintura dos persongens...


As crianças se sentiram tão a vontade..









 Houve algumas falhas no nosso primeiro vídeo, mas o próximo sairá melhor...Mas o objetivo foi alcançado.


terça-feira, 23 de agosto de 2016

A casa sonolenta

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Exemplo de história com acumulação.Por meio de textos como esses, é possível estruturar atividades que permitam a construção de diferentes
conhecimentos. As situações de leitura participativa, por exemplo, convidam a criança a assumir o papel de
leitora, desafiando-a para novos aprendizados. Elas experimentam as diferentes maneiras de ler um texto, com
apoio da memorização, antes mesmo de dominar a leitura. Ao convidar as crianças a entrar no texto – para
desvendá-lo aos poucos (ajudando-as a observar a maneira como o texto foi escrito) –, oferecemos uma variedade
significativa de conhecimentos que, a médio prazo, ajudarão a formar leitores autônomos.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

A chuva | Edi Fonseca lê o poema de Arnaldo Antunes



Ler e escrever textos.Começar a ensinar e aprender com textos faz toda a diferença. Ingressar no mundo da leitura e escrita a partir de discursos significativos, como são os textos, contribui para que, ao mesmo tempo que está aprendendo, a criança vivencie situações sociais reais, em que compartilha com um grupo, por exemplo, o gosto por ouvir histórias. Aprender com textos é muito diferente de aprender com palavras soltas. Um texto caracteriza-se por um conjunto de palavras ou frases que tratam do mesmo assunto, portanto, pode-se dizer que ele possui coerência. Além disso, um texto apresenta continuidade, organização e progressão nas informações que contém. Em um texto, as expressões não são postas ali de forma aleatória, mas, pelo contrário, todos os elementos presentes estão a serviço da coesão. Ou seja, deve haver integração tanto no conteúdo abordado quanto na forma como é escrito. O texto se faz com linguagem, mas ela, por si só, não garante uma definição. Isso porque a linguagem que se utiliza para contar uma história é diferente da que usamos nas conversas do dia a dia, ou daquela empregada em um discurso político, por exemplo. Na escrita também há variações que dependem do uso que se faz da linguagem: será diferente ao escrever uma carta, um conto ou uma receita culinária. Portanto, na escola, é importante trabalhar com os textos de forma a garantir situações em que apareçam as diferentes linguagens e seus usos. Assim, o professor deve procurar ler diariamente para as crianças os mais diversos tipos de textos. Um dos mais frequentes, com o qual se trabalha na faixa etária dos 4 aos 6 anos, é tipo narrativo.

a. Como a professora apresenta o livro às crianças? b. Como é a participação e o envolvimento das crianças durante a leitura?


Para formar leitores e escritores, não basta ler histórias. Uma das grandes diferenças que a escola pode fazer na vida futura das crianças é, desde muito cedo, oferecer a possibilidade de aproximação com o universo da escrita. O que isso quer dizer? Que é preciso planejar as intervenções e a distribuição das atividades de leitura de forma a ampliar as experiências e as oportunidades de aprendizagem que as crianças terão ao ler diferentes histórias. Também é necessário pensar as situações de aprendizagem para além da simples leitura da história, tomando o texto como aspecto central das atividades de leitura e escrita. Quanto mais histórias as crianças conhecerem, melhor será o acesso delas ao mundo da leitura. No entanto, é importante criar momentos para que, ao ler e ouvir histórias, as crianças também sejam convidadas a conhecer diferentes aspectos da escrita e a pensar sobre eles. Frequentemente, a experiência oferecida às crianças está relacionada ao conteúdo das histórias. Assim, o foco do trabalho quase sempre recai sobre a compreensão da mensagem que os textos passam. Sem dúvida, essa é uma dimensão importante. No entanto, os autores lançam mão de inúmeros recursos textuais para enfatizar e valorizar outros aspectos do texto que não só o conteúdo e prender a atenção dos leitores como, por exemplo, organizar o texto em versos rimados, favorecer uma complementaridade entre texto e ilustração, estruturar a narrativa em um formato repetitivo etc. Compreender e traduzir esses recursos, tornando visível para as crianças que as histórias têm estilos, que se traduzem em formas de textos que respeitam padrões, é uma das condições para torná-las leitoras qualificadas. Para fazer a diferença nesse sentido, é preciso programar leituras e a exploração de livros a partir de objetivos bem definidos, indo além da compreensão da história. É possível estruturar atividades que permitam explorar os textos lidos, colocando uma “lente de aumento” em variados aspectos: podemos ler para que as crianças memorizem o texto, aprendam alguma informação específica, conheçam as características de um gênero textual ou debatam um tema. Mas o interessante é sempre convidar as crianças a “entrarem” no texto. As situações de leitura devem favorecer que a exploração do texto também seja uma ocasião para que as crianças desenvolvam suas capacidades de pensamento e aprendizagem quanto à escrita.

A Importância do Brincar

sábado, 20 de agosto de 2016

Como se faz um livro?

Tem um monstro no meio da história

Os casos e as fabulações, em que relatos ganham elementos de ficção, são uma marca das narrativas infantis e fazem parte da evolução cognitiva


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"É o King  Kong, um homem que virou monstro. Numa parte, o King Kong
 achava que era comida e pôs  na boca, mas era batom.
 Ele falou: 'Isso tem gosto de maracujá!' 
Na testa, parecia que ele era faixa laranja, tipo lutador de judô." 
Diogo, 5 anos. 
Reprodução/Agradecimento Escola Viva





Viagens supersônicas a planetas distantes. Lutas com gorilas. Bebês que sobem sozinhos no lustre. Cenas como essas só acontecem em filmes, livros e desenhos animados - ou na fala de uma criança pequena que conta sobre sua vida. Ficção e relato de experiências vividas são gêneros diferentes, mas, nos primeiros anos de vida, é comum que se combinem nas narrativas infantis, como apontou a linguista Maria Cecília Perroni no livro Desenvolvimento do Discurso Narrativo. Segundo ela, no entanto, esse recurso não deve ser entendido como um problema de falta de clareza entre o real e o imaginado. Ao contrário: é preciso encará-lo como um dos elementos mais importantes para o desenvolvimento cognitivo e afetivo dos pequenos. O que se testemunha nesse tipo de construção é justamente o nascimento do discurso narrativo - uma das principais estruturas de expressão de qualquer pessoa e uma essencial troca comunicativa.




Esse processo - que se estende até a idade adulta - começa antes mesmo de a criança conseguir falar. Nesse período, ela já é capaz de entender as histórias contadas pelos adultos e o contato com relatos cotidianos ou contos de fadas, por exemplo, faz com que, aos poucos, adquira um repertório de imagens, nomes e roteiros de ações que utilizará mais tarde. Também a compreensão dos usos e do funcionamento da linguagem tem início nessa fase, com o adulto como modelo da forma de se comunicar e como voz da cultura em que está inserida. Assim, quando conquista condições fisiológicas de falar e passa a descrever com palavras um encadeamento de ações que se desenrolam no tempo - uma possível definição de narrativa -, ela acessa todos esses diferentes repertórios acumulados desde os primeiros meses de vida.

Adquirir a fala, por sua vez, é um passo transformador em termos cognitivos, uma vez que é a linguagem que organiza o pensamento. "O pensar não se estrutura internamente, mas no momento da fala", explica Maria Virgínia Gastaldi, formadora de professores do Instituto Avisa Lá, de São Paulo. "A narrativa (primeira estrutura da oralidade com que a criança tem contato em seu cotidiano) é, portanto, o que modela e estimula a atividade mental." A oralidade é, dessa forma, um dos principais motores do desenvolvimento na primeira infância e aspecto-chave da creche e da pré-escola (Veja o vídeo com histórias de crianças de 3 a 6 anos analisadas por Monique Deheinzelin).
Ao construir narrativas, a criança brinca com a realidade e encontra um jeito próprio de lidar com ela
A postura do professor ou da família na interlocução com os pequenos, por sua vez, faz toda a diferença. "O ideal é que ele seja um verdadeiro co-construtor das narrativas, incentivando acriança a avançar nos recursos que utiliza em suas construções", diz Maria Virgínia. "As limitações linguísticas nessa fase são importantes e o adulto deve não só escutar o que ela diz mas também reconhecer sua intenção comunicativa e ajudá-la a expressar-se melhor." Assim, se na hora de recontar a história de um livro conhecido - sobre um personagem que tem medo de ir ao dentista, por exemplo -, a criança diz "o dentista lavou meu dente" (remetendo-se a uma experiência dela mesma, real ou imaginada), o professor pode perguntar se aquilo aconteceu com o personagem do livro também, como é o nome dele, o que ele sentiu quando estava no dentista, o que aconteceu depois etc. Essa co-construção é o chamado "jogo de contar" - situação básica de aprendizagem quando o assunto é oralidade e que envolve uma relação de cumplicidade entre a criança e seu interlocutor.

Em rodas de conversa, é muito comum que os pequenos comecem contando sobre o passeio que fizeram ao zoológico com a família e terminem narrando como quase caíram na jaula do leão ou como o irmão se perdeu e não foi mais encontrado. Esses "causos" têm ligação com a presença do faz de conta no pensamento infantil e a maneira de apreender o mundo e elaborar os sentimentos, que é uma característica marcante nessa faixa etária. "A criança brinca com sua realidade, extravasando-a para experimentar outros papéis e situações", diz Gilka Girardello, professora do Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Segundo ela, ao fazer isso, os pequenos articulam imagens do repertório que conquistaram ao longo de sua vida para explorar futuros potenciais. A criação de papéis e situações de faz de conta nas brincadeiras ("Eu era herói, você, o monstro" e "Eu era a mãe, você, a filhinha") assume a forma de simbolização nas narrativas infantis ("Meu irmão mais velho começou a se afogar e meu pai pediu que eu o salvasse", dito por uma criança de 3 anos, por exemplo).
"Sabe, um dia o Alê se afogou e daí o meu pai ficou lá. Eu disse: "Pai, deixa que eu pulo na piscina. Eu quase que caí... Aí eu pulei lá e salvei o Alê. O Alê ainda era pequeno."
Para o psicanalista e pesquisador da infância Donald Winnicott (1896-1971), as simbolizações se enquadram no que ele chamou de espaço potencial. "Trata-se de uma área de experiência em que os pequenos podem brincar com a realidade, em que dão um sentido pessoal aos elementos do ambiente e os elaboram à sua maneira para com eles poder lidar", explica Ana Paula Stahlschmidt, doutora em Educação e estudiosa da obra do pesquisador. Esse espaço potencial, segundo Winnicott, deve ser garantido pelo adulto para que o pequeno dê liberdade à sua criação - não apenas artística, mas como uma forma autêntica de encarar a vida.

Se, por um lado, fica claro que a criança precisa brincar com os elementos de seu repertório - sem ser reprimida por não estar contando "a verdade" sobre o passeio ao zoológico -, por outro é preciso cuidar para que ela tenha matéria-prima para fazê-lo: um repertório de histórias diversificado. O contato com relatos de experiências nos grupos em que circula (na fala de adultos e também de outras crianças) e com textos literários (lidos e contados) é fundamental para ela se familiarizar com os aspectos estruturais da narrativa, como marcadores de tempo e espaço e a contextualização de situações.
Situações vividas, imaginadas ou presentes em histórias ouvidas se misturam nas narrativas infantis
"Também o elemento da dramatização é incorporado pelos pequenos no contato com narrativas", diz Lélia Erbolato Melo, linguista da Universidade de São Paulo (USP). "Eles vão percebendo e incorporando os ingredientes que tornam as histórias interessantes, como a ação, os conflitos e o inesperado, e trazem isso para aquelas que contam." Além disso, o acesso a textos tem um papel importante no amadurecimento afetivo dos pequenos, garantindo que ampliem seu universo de experiências para além do que podem observar no seu cotidiano. "Ao ouvir histórias, a criança cria hipóteses sobre como se sentiria se estivesse frente aos mesmos dilemas e situações do personagem", diz Gilka. "Para os menores, é natural que essa vivência, tão forte, seja incorporada às narrativas que constroem na forma de casos."

Os fatos e a ficção são separados por uma fronteira flexível
"Aqui é a praia da minha avó e eu com uma prancha, quando vem a onda. Minha avó vai ter dois netos: meu irmão e meu primo. Ela também tinha um cachorro e um gatinho. Uma vez eu vi minha avó costurar uma roupa. Meu pai nunca foi na casa da minha avó." Eric, 4 anos. Reprodução/Agradecimento Escola Viva










A distinção entre ficção e realidade ainda está em desenvolvimento nos anos da Educação Infantil- um aspecto que sempre deve ser considerado nas conversas com os pequenos. Isso se relaciona com uma das características mais vivas do pensamento da criança: o sincretismo, ou seja, a liberdade de associar elementos da realidade segundo critérios pessoais, pautados principalmente por afetividade, observação e imaginação.

É comum, quando se lê uma história como Chapeuzinho Vermelho, que uma criança interrompa para dizer que "a avó também mora perto de uma floresta" ou que ela "viu um cachorro na casa do vizinho" (no momento em que o lobo surge no texto, por exemplo). Quando assume o papel de narrador, essa flexibilidade de fronteiras entre experiência pessoal e situação imaginada se mostra tanto nos relatos reais como nas histórias ficcionais. "O mais comum e saudável é que a criança misture realidade e ficção para mais tarde separá-las", diz Maria Virgínia. Segundo a especialista, o adulto não deve questionar se o que ela conta é verdade ou invenção, mas embarcar na aventura e pedir mais detalhes. "Em muitos casos, ela vai rir ou dizer que o adulto já sabe que aquilo não é verdade." Em geral, a inquietação do professor vem do medo que isso se fixe como um padrão de comportamento - em outras palavras, que a mentira se torne uma constante na vida futura. "Os jogos de contar e a experiência com os usos sociais de comunicação são suficientes para a criança se ater cada vez mais aos fatos 'vividos' em seus relatos", afirma Maria Virgínia.

O único cuidado essencial ao professor é não tirar conclusões precipitadas sobre as narrativas. O aluno falar de uma briga violenta, por exemplo, não quer dizer que isso aconteça na casa dele. "Não é possível saber a quem as crianças se remetem com seus personagens", diz Ana Paula.

Quer saber mais?
CONTATOS
Ana Paula Stahlschmidt
Gilka Girardello
Lélia Erbolato Melo
Maria Virgínia Gastaldi

BIBLIOGRAFIA
Desenvolvimento do Discurso Narrativo
, Maria Cecília Perroni, 248 págs, Ed. Martins
 Fontes (edição esgotada)
Em Busca de Alternativas para a Entrada da Criança na Escrita, Lélia Erbolato Melo,
 Ed. Humanitas, 177 págs., tel. (11) 3091-2920, 20 reais
O Brincar e a Realidade, Donald W. Winnicott, 208 págs., Ed. Imago, tel. (21) 2242-0627,
 45 reais
fonte:http://novaescola.org.br/educacao-infantil/0-a-3-anos/tem-monstro-meio-historia-489258.shtml