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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Busque amor novas artes, novo engenho


Busque amor novas artes, novo engenho,
Para matar-me , e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenha!
Vede que perigosas seguranças1
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido a lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.

Que dias há que nalma me tem posto
Um não sei que, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei por quê.
(Camões)
            O poeta afirma que o amor não pode tirar-lhe as esperanças, porque já não as tem e não teme contraste nem mudanças  pois teve vida perigosa e agitada.Refere-se a seu coração como não tendo  ilusão nenhuma, não pode se desiludir, mas que mesmo assim, o amor põe um mal na alma do poeta, apesar  dessas impossibilidades

4 comentários:

  1. Respostas
    1. Eu que agradeço tua visita. Volte sempre! E desejando, seja nossa seguidora.Até breve!

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  2. ACORDAR, VIVER

    Carlos Drummond de Andrade

    Como acordar sem sofrimento?
    Recomeçar sem horror?
    O sono transportou-me
    àquele reino onde não existe vida
    e eu quedo inerte sem paixão.

    Como repetir, dia seguinte após dia seguinte,
    a fábula inconclusa,
    suportar a semelhança das coisas ásperas
    de amanhã com as coisas ásperas de hoje?

    Como proteger-me das feridas
    que rasga em mim o acontecimento,
    qualquer acontecimento
    que lembra a Terra e sua púrpura
    demente?
    E mais aquela ferida que me inflijo
    a cada hora, algoz
    do inocente que não sou?

    Ninguém responde, a vida é pétrea.

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