e-book "Supere a si mesmo todos os dias"

https://pay.hotmart.com/I84444557Q

quarta-feira, 24 de julho de 2013

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS-TEXTO NARRATIVO




TEXTO NARRATIVO
•• As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ou não, for-
ças naturais ou fatores ambientais, que desempenham papel no desenrolar
dos fatos.
Toda narrativa tem um protagonista que é a figura central, o herói ou
heroína, personagem principal da história.
O personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos designos do prota-
gonista, chama-se antagonista, e é com ele que a personagem principal
contracena em primeiro plano.
As personagens secundárias, que são chamadas também de compar-
sas, são os figurantes de influencia menor, indireta, não decisiva na narra-
ção.
O narrador que está a contar a história também é uma personagem,
pode ser o protagonista ou uma das outras personagens de menor impor-
tância, ou ainda uma pessoa estranha à história.
Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de perso-
nagem: as planas: que são definidas por um traço característico, elas não
alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e
tendem à caricatura; as redondas: são mais complexas tendo uma dimen-
são psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas reações
perante os acontecimentos.
•• Sequência dos fatos (enredo): Enredo é a sequência dos fatos, a
trama dos acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo po-
demos distinguir, com maior ou menor nitidez, três ou quatro estágios
progressivos: a exposição (nem sempre ocorre), a complicação, o climax, o
desenlace ou desfecho.
Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente,
as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre,
na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, a
história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”), ou
seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de inte-
resses entre as personagens.
O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior ten-
são do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho,
ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos.
•• Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens partici-
pam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o gê-
nero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidiano
constitui uma crônica, o relato de um drama social é um romance
social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato central,
que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundários, rela-
cionados ao principal.
•• Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lu-
gares, ou mesmo em um só lugar. O texto narrativo precisa conter
informações sobre o espaço, onde os fatos acontecem. Muitas ve-
zes, principalmente nos textos literários, essas informações são
extensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textos
narrativo.
•• Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num
determinado tempo, que consiste na identificação do momento,
dia, mês, ano ou época em que ocorre o fato. A temporalidade sa-
lienta as relações passado/presente/futuro do texto, essas relações
podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos fatos,
ou sofre inversões, quando o narrador nos diz que antes de um fa-
to que aconteceu depois.
O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tempo
material em que se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela
natureza ou pelo relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões
fixos, porque é aquele que ocorre no interior da personagem, depende da
sua percepção da realidade, da duração de um dado acontecimento no seu
espírito.
•• Narrador: observador e personagem: O narrador, como já disse-
mos, é a personagem que está a contar a história. A posição em
que se coloca o narrador para contar a história constitui o foco, o
aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracteri-
zado por :
-- visão “por detrás” : o narrador conhece tudo o que diz respeito às
personagens e à história, tendo uma visão panorâmica dos acon-
tecimentos e a narração é feita em 3a pessoa.
-- visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o centro da narrati-
va que é feito em 1a pessoa.
-- visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas o que vê, aqui-
lo que é observável exteriormente no comportamento da persona-
gem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narrador é
um observador e a narrativa é feita em 3a pessoa.
•• Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de apre-
sentar um foco narrativo, isto é, o ponto de vista através do qual a
história está sendo contada. Como já vimos, a narração é feita em
1a pessoa ou 3a pessoa.
Formas de apresentação da fala das perrsonagens
Como já sabemos, nas histórias, as personagens agem e falam. Há
três maneiras de comunicar as falas das personagens.
•• Discurso Direto: É a representação da fala das personagens atra-
vés do diálogo.
Exemplo:
“Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono da verd- - - a-
de. Vem a polícia e começa a falar em ordem pública. No carnaaval a cidaade
é do povo e de ninguém mais”.
No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou descendi:
dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de
travessões. Porém, quando as falas das personagens são curtas ou rápidas
os verbos de locução podem ser omitidos.
•• Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas
próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens. E-
xemplo:
“Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passaados, os
meus primeiros passos em liberdade, a fraaternidade que nos re- - - u-
nia naquele momento, a minha literatura e os meenos sommbrios por
vir”.
•• Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se
mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração.
Exemplo:
“Os trabalhadores passavam para os partidos, converrsando alto.
Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles lugares,
ddeeram--me bons--dias desconfiados. Talvez pensassem que est- - - i-
vesse doido. Como poderia andar um homem àquela hora , sem
fazer nada de caabeça no tempo, um branco de pés no chão como
eles? Só sendo doido mesmo”.
(José Lins do Reego)
TEXTO DESCRITIVO
Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais carac-
terísticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc.
As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importantes,
tanto na descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude que
vai determinar a ordem na enumeração dos traços característicos para que
o leitor possa combinar suas impressões isoladas formando uma imagem
unificada.
Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, vari-
ando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a
pouco.
Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra téc-
nica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas:
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização
3
•• Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é
transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa mente
através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a subje-
tiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas preferên-
cias, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o
que vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mundo objeti-
vo, fenomênico, ela é exata e dimensional.
•• Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das
personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos,
pela enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e temperamen-
to, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, so-
cial e econômico .
•• Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o ob-
servador abrange de uma só vez a globalidade do panorama, para
depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as partes
mais típicas desse todo.
•• Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos am-
bientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma visu-
alização das suas particularidades, de seus traços distintivos e típi-
cos.
•• Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada, que
se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de um
incêndio, de uma briga, de um naufrágio.
•• Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características gerais
da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um vocabulário
mais preciso, salientando-se com exatidão os pormenores. É pre-
dominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer con-
vencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanismos,
a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc.
TEXTO DISSERTATIVO
Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação cons-
ta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou ques-
tão, e pressupõe um exame critico do assunto sobre o qual se vai escrever
com clareza, coerência e objetividade.
A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir
o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como
finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão.
A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfatizan-
do o contexto.
Quanto à forma, ela pode ser tripartida em :
•• Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados fundamen-
tais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e objetiva
da definição do ponto de vista do autor.
•• Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colo-
cadas na introdução serão definidas com os dados mais relevan-
tes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de ideias
articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte num
conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e de-
sencadeia a conclusão.
•• Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da ideia
central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retomando a in-
trodução e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto. Para
haver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrer
em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos, hipótese
e opinião.
-
Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; é
a obra ou ação que realmente se praticou.
-
Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou
não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação so-
bre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido.
-
Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou de-
saprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e objetos
descritos, é um parecer particular, um sentimento que se tem a
respeito de algo.

2 comentários:

  1. Ótima postagem sobre os elementos do texto narrativo. Muito bem explicado. Vou usar essas informações com meus alunos!

    ResponderExcluir
  2. Obrigada, Jorge pela visita.Fico feliz que gostou da nossa postagem.Fique a vontade para compartilhar com seu alunos.Aproveite para compartilhá-lo com seus alunos.

    ResponderExcluir

Oi! Deixe aqui seu recadinho, obrigada.