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domingo, 29 de janeiro de 2012

Algumas orientações para o uso de EU e MIM

Quando usar EU e MIM
    Acho que todo mundo deve se lembrar de já ter sido corrigido alguma vez em sua vida a respeito do uso do EU e do MIM, na verdade geralmente quando se usa, erroneamente, o MIM.
    Quando a gente aprende e entende, não consegue mais ouvir e achar normal ouvir um MIM no meio da frase (é horrível). Ouço isso de diretores de empresas, de atendentes, de alunos, de leitores, ou seja, é um erro eclético, que não escolhe classe social, idade, sexo – rs.
    Pra saber se você usa corretamente o EU, ao invés de MIM, basta ver se você tem ciência de “quando” se deve usar o EU (ao invés de MIM) e se percebe, a todo o momento, alguém falando errado. Se você não tem certeza (e se não costuma perceber que os outros usaram de forma errada) provavelmente você também “escorrega” no uso.
Vamos às explicações…
    Vamos ver se vocês conseguem “pegar o fio da meada”, pois quem entende não erra mais: sempre que for utilizar antes de um verbo, determinando uma ação (fazemos isso usando o verbo no infinitivo – a forma original do verbo, terminada em AR, ER, IR, OR e UR), usa-se o EU.

    É ai que entrava a professora e falava: “Quem faz sou EU, porque quem diz MIM faz é índio”. Testemos como fica horrível usar o MIM, substituindo nos exemplos acima:

    Então, não use MIM para conjugar verbos. É só se acostumar que não se erra mais.
Incluído depois:
1. DICA: Como disse os leitores Bárbara e Helison nos comentários abaixo, MIM não conjuga verbo. Notem como aprendemos a conjugar verbos: EU, TU (que é o VOCÊ), ELE, NÓS, VÓS e ELES. Viram? Não tem nenhum MIM, pois o MIM é passivo, MIM é um “cara” preguiçoso, ele não faz nada, só recebe (veja que o verbo vem sempre ANTES de MIM):
•    … veio a MIM.
•    … faça pra MIM.
•    … traga pra MIM.
Quem faz sou EU (ou seja, se o verbo vem depois, determinando uma ação, é sempre EU):
•    … pra EU fazer…
•    … pra EU entregar…
Portanto, risque o MIM de suas frases que sejam seguidas por um verbo no infinitivo:

2. Entre EU e ELE – ou – MIM e ELE? Quando tiver que usar numa frase assim:
•    Isso já está mais do que discutido entre ?? e ELE.
Utilize MIM, pois o EU é utilizado junto com um verbo, que vem na sequência, o que não ocorre aqui. Além disso, o uso de pronomes (no caso o ENTRE) exige o uso do MIM.
•    Portanto sua frase ficará: Isso já está mais do que discutido entre MIM e ELE.
3. NO FINAL DE FRASE / DEPOIS DE PREPOSIÇÃO - o EU é sempre sujeito, então nunca use EU depois de preposição (PARA, DE, POR, A). Isso geralmente acontece no final das frases, mas pode também ocorrer em outras partes:
•    Isso já foi entregue para MIM.
•    Para MIM isso é fato consumado.
•    Não deixarei tirarem isso de MIM.
•    Por MIM seriam todos condenados.
•    Vinde a MIM todas as criancinhas…
Perceba que em todos os exemplos o MIM não é o sujeito executor da ação (não vem antes do verbo, “fazendo” algo, onde se exige o EU). Em alguns casos até podemos ver o verbo aparecer logo depois, mas basta invertermos a frase para notarmos que o MIM não está executando a ação determinada no verbo:
•    Para MIM, resolver estes problemas é coisa simples.
•    Resolver estes problemas é coisa simples para MIM.
                                                                                            
•    Mais explicações:
•   
•    = Aqui ainda podemos aplicar a regra de que não se usa EU depois de preposições (no caso o PARA).
•    É comum surgir equívocos no uso dos pronomes pessoais, principalmente os do caso oblíquo. Contudo, uma dica importante fará com que não haja mais dúvidas a respeito desse assunto:
•    De acordo com a norma culta, após as preposições emprega-se a forma oblíqua dos pronomes pessoais. Veja:
•    1. Isso fica entre eu e ela. (Errado)
•    1. Isso fica entre mim e ela. (Certo) ou
2. Isso fica entre mim e ti.
•    Os pronomes do caso oblíquo exercem função de complemento, enquanto os pronomes pessoais do caso reto, de sujeito. Observe:
•    1. Ela olhou para mim com olhos amorosos (olhou para quem? Complemento: mim.).
2. Por favor, traga minha roupa para eu passar (quem irá praticar a ação de passar? Sujeito: eu.).
•    Vejamos a pergunta que dá título ao texto: Entre eu e você ou entre mim e você? Depois da explicação acima, constatamos que existe uma preposição: entre. Então, o correto é “Entre mim e você”, pois após a preposição usa-se pronome pessoal do caso oblíquo.
•    Da mesma forma será com as demais preposições: para mim e você, para mim e ti, sobre mim e ele, entre mim e ela, contra mim, por mim, etc. Veja:
•    a) Ele trouxe bolo para mim e para ti.
b) Ninguém está contra mim.
c) Você pode fazer isso por mim?
d) Sobre mim e você há uma nuvem de muitas bênçãos.
•    Agora, observe:
•    Preciso dos ingredientes para mim fazer o bolo. (Errado)
•    Existe a preposição “para”, no entanto, o pronome “mim” está exercendo o papel de sujeito da segunda oração: para mim fazer o bolo. Logo, o emprego do pronome oblíquo está equivocado. O certo seria:
•    Preciso dos ingredientes para eu fazer o bolo. (Certo)
•   
•    Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
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Mim e eu
Veja as diferenças de uso
Jorge Viana de Moraes*

As gramáticas da língua portuguesa sempre recomendam que as formas oblíquas tônicas dos pronomes pessoais sejam regidas de preposição. Esses pronomes são: mim, ti, ele, ela, si, você, nós, vós, eles, elas, si, vocês. Assim:
•  Venham a mim.
•  Venham a nós.
•  Minha filha precisa de mim.
•  Ela só pensa em si (mesma).
•  Tudo já foi dito a vocês.
•  O meu ódio a ela crescia dia a dia.

Até aqui parece não haver problemas. Todavia, existe verdadeira confusão em relação ao uso correto (padrão) do pronome pessoal do caso oblíquo tônico "mim" e o pronome pessoal do caso reto "eu". A dificuldade aparece em frases como esta:

a) "No jantar, Lili ficou entre mim e ele, o padrinho, e, coisa incrível, deu-me mais atenção que a ele." (Afrânio Peixoto apud Celso Cunha, 1975, p. 298).

As gramáticas condenariam, por exemplo, o uso de "Lili ficou entre eu e ele...", porque "entre" é uma preposição e exige, como já ressaltado, o pronome na forma oblíqua tônica "mim", e não a forma pessoal do caso reto "eu".

Existe outra confusão, quando há casos como os seguintes:

b) João fez de tudo para eu falar.
c) Não façam nada sem eu saber.

Nesses casos, temos a forma reta depois de uma preposição. Não parece estranha? Parece que os exemplos "b" e "c" contradizem o exemplo "a". Na verdade, não existe contradição, porque as gramáticas dizem que se usam as formas retas, mesmo depois de uma preposição, quando o pronome for sujeito de um verbo infinitivo que vier a seguir. Para ter certeza, façamos o teste. É como se disséssemos:

b.1) João fez de tudo para que eu falasse.
c.1) Não façam nada sem que eu saiba.
Diferentes posições de um mesmo gramático
A Gramática da Língua Portuguesa, de Celso Cunha (1972, p. 296), condenava o uso de "mim" como forma oblíqua ao sujeito do verbo infinitivo. Assim prescrevia o gramático:

"Cumpre evitar-se uma incorreção muito generalizada, que consiste em dar forma oblíqua ao sujeito do verbo infinitivo. Diga-se:
•  Aquela não é tarefa para eu realizar.

e não:
•  Aquela não é tarefa para mim realizar."

Nesta ocasião, Celso Cunha condenava de viciosa tal construção, e dizia que não devíamos confundi-la com outra, segundo ele, "em tudo legítima":
•  Aquela não é tarefa para mim.

Já, na Nova Gramática do Português Contemporâneo, de 1985, escrita em parceria com o filólogo e linguista português Lindley Cintra, Celso Cunha (que também era filólogo e linguista), ao tratar do mesmo assunto, o faz com uma verdadeira mudança de postura. Diríamos mais inovadora (embora Celso Cunha ainda reconheça que seja uma forma condenada por gramáticos e professores). Vejamos seu comentário a respeito do mesmo uso, outrora enfaticamente condenado:

"Do cruzamento das duas construções perfeitamente corretas:
•  Isto não é trabalho para eu fazer

e
•  Isto não é trabalho para mim,

surgiu uma terceira:
•  Isto não é trabalho para mim fazer,

em que o sujeito do verbo no infinitivo assume a forma oblíqua.

“A construção parece ser desconhecida em Portugal, mas no Brasil ela está muito generalizada na língua familiar, apesar do sistemático combate que lhe movem os gramáticos e professores do idioma”. (p. 290)

Como se vê, o gramático ressalta que esta última forma está generalizada na língua familiar, isto é, aquela mais solta, descomprometida, usada normalmente em situações coloquiais.

Diante disso, fiquemos mais atentos quanto ao uso formal, culto e, sobretudo, na modalidade escrita, lugares e situações em que nos é cobrado tal conhecimento.

                *Jorge Viana de Moraes é mestre em Letras pela                         Universidade de São Paulo. Atua como                     professor em cursos de graduação e pós-graduação na área de Letras.
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EU ou MIM, TU ou TI?
31 08 2007
_ Era para mim estudar?
_ Não! Mim não estuda. Quem estuda sou eu.
_ Então, era para eu estudar? Sim, assim está certo!
Grande confusão, não é mesmo?
A gramática exige que só se usem os pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas) quando funcionarem como sujeito de um verbo no infinitivo (nome do verbo, flexionado ou não) .
“Era para eu sair mais cedo hoje”
Obs. O sujeito de sair é o pronome eu.
Atenção! Quando regidos por preposição os pronomes ele, ela, nós, vós, eles, elas, são, também, pronomes oblíquos, e por esta razão é possível dizer-se:
“Envie esta carta para ele.”, “Chegaram coisas para nós.”
Os pronomes oblíquos tônicos (mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas), que só se usam com preposição, funcionam como complemento e não como sujeito do verbo.
“Foi fácil, para mim, conseguir o emprego”
Obs. Conseguir o emprego é o sujeito do verbo ser (Foi) e o pronome mim é simplesmente complemento. Observe a inversão:
“Conseguir o emprego foi fácil para mim.”
“Para mim, foi fácil consequir o emprego”
Então o segredo está em analisar sintaticamente a oração. Caso o pronome funcione como sujeito, usa-se EU ou TU e, em caso contrário, regidos por preposição, usa-se MIM ou TI no papel de complemento.
“Entre mim e ti tudo acabou.”
“Não há mais nada entre mim e ela.”
“Tudo está acabado para mim.“
“Deixaram tudo para mim.”
“Estas frutas são para ti.”
Difícil, não é?
Para facilitar as coisas pode-se generalizar e dizer que todas as vezes em que nas frases ocorrerem verbos no infinitivo (a primeira pessoa do singular é igual ao nome do verbo) usa-se EU ou TU antes desse verbo (geralmente os verbos que denotem uma ação, como Fazer, Conferir, Ler, Contar, Gastar…e até Dormir).
Exemplos:
“Este livro é para eu ler!”
“Manda-me o dinheiro para eu conferir!“
“Comprei o jornal para tu leres!“
“Cante para eu dormir!“
Observe que é impossível fazer-se a inversão das frases:
“Para eu ler este livro é.”
“Para eu dormir cante.”
“Para eu conferir o dinheiro manda-me.”
Excetuam-se deste caso os verbos de ligação (Ser, Estar, Parecer, Ficar, Permanecer, Continuar), e os demais verbos, como Aceitar, Entender, Custar, Bastar, Restar… Faltar, antes dos quais, quando ocorrem na frase, usa-se MIM ou TI.
Exemplos:
“Foi difícil, para mim, aceitar a situação.”
“Basta, para mim, estar ao teu lado”
“Custou, para mim, entender a matéria”
“É difícil, para ti, fazer amizade”
Neste caso não há dificuldade em fazer a inversão:
“Aceitar a situação foi difícil para mim”
“Estar ao teu lado basta para mim”

Fontes: Novo Dicionário Aurélio; Gramática da Língua Portuguesa – Pasquale e Ulisses; Gramática da Língua Portuguesa – Domingos Paschoal Cegalla.
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Para eu ou para mim?

    Usamos o pronome do caso reto (eu, tu, ele (a), nós, vós, eles (as)) quando nos referimos ao a) Se for para eu ficar, então ficarei! (ficar -> sujeito eu; ficarei-> sujeito eu)

b) Ele disse para eu ficar. (disse -> sujeito ele; ficar-> sujeito eu)
c) Ele não disse nada para mim. (disse-> sujeito ele; objeto indireto-> para mim)
d) Para mim, ele está fazendo de conta que não sabe de nada. (fazendo-> sujeito ele; sabe-> sujeito ele; para mim -> objeto indireto)

Atenção: Verifique se há preposição + pronome + verbo porque, nesse caso, o pronome em questão será do caso reto. Se houver preposição + pronome, sem o verbo, então, já sabe, caso oblíquo!Sujeito da oração. Já os pronomes oblíquos tônicos (mim, ti, ele (a), nós, vós, eles (as)) fazem papel de objeto e surgem após uma preposição: para mim, de mim, por mim, e assim por diante.

Veja um exemplo:

a) Ela trouxe o presente para eu desembrulhar.
b) Ela trouxe o presente para mim.

    Observe que na primeira oração temos duas orações: Ela trouxe o presente/para/ eu desembrulhar. “Eu” aqui é sujeito do verbo “desembrulhar”.
    Já na segunda oração, “mim” é complemento e, portanto, objeto indireto (uma vez que vem depois da preposição).

    Na dúvida sempre faça uma pergunta ao verbo: se a resposta tiver um sujeito, então é pronome do caso reto, caso contrário, será objeto. Observe:

a) Ela trouxe o presente: quem trouxe? Ela.
b) Para eu desembrulhar: quem desembrulhar? Eu.

A lógica é simples: geralmente, quando há dois verbos, também haverá dois sujeitos.


Outros exemplos:

a) Se for para eu ficar, então ficarei! (ficar -> sujeito eu; ficarei-> sujeito eu)
b) Ele disse para eu ficar. (disse -> sujeito ele; ficar-> sujeito eu)
c) Ele não disse nada para mim. (disse-> sujeito ele; objeto indireto-> para mim)
d) Para mim, ele está fazendo de conta que não sabe de nada. (fazendo-> sujeito ele; sabe-> sujeito ele; para mim -> objeto indireto)

Atenção: Verifique se há preposição + pronome + verbo porque, nesse caso, o pronome em questão será do caso reto. Se houver preposição + pronome, sem o verbo, então, já sabe, caso oblíquo!

 Por Sabrina Vilarinho

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