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segunda-feira, 1 de março de 2021

Cidadania: origem do conceito

 

Fonte: Unopar março 2020

A palavra cidadania tem origem do latim civitas que quer dizer cidade. Sua origem remonta à Grécia antiga, nas cidades-estados, a polis, ou seja, as cidades-estados gregas, cujas características eram equivalentes ao que conhecemos hoje como cidade. Neste contexto histórico estava relacionado aquele indivíduo que vivia na cidade-estado e gozava de plenos direitos de vida. Era cidadão nas cidades gregas aquele que era livre e podia usar, por exemplo, da palavra em locais públicos, neste caso na ágora, praça pública Grega. A civilização grega inaugurava uma grande revolução na história da humanidade. As decisões eram tomadas publicamente, na ágora, por meio da palavra, do argumento, não mais pela força, pela violência. Trata-se da superação institucional da força em detrimento do argumento. Algo inédito da história da humanidade. Era um modo de diferenciar pessoas gregas das demais, escravizadas em razão da dominação de suas comunidades pelos gregos.  

Mulheres e escravos, os metecos, não podiam fazer uso da palavra, o direito de falar era restrito a homens adultos. Mesmo que nos pareça estranho era um avanço significativo que culminou, gradativamente, com as mudanças que temos hoje.  

São dos gregos e seu sistema político que estruturamos muitas das vivências atuais. Tratavam-se de povos bastante avançados para sua época e guardadas as devidas proporcionalidades históricas, muito avantes em relação ao seu tempo. É deles também a responsabilidade pelo desenvolvimento do conceito de Democracia. Algo que não é tema de nossa aula neste momento.  

Enfim, é na Antiguidade Grega que a humanidade deu um passo importante afim de superar o entendimento da condição de nascimento. Até então, um indivíduo possuía determinadas obrigações e concessões (não podemos falar em direito nesta época, porque esse conceito ainda não existia) em razão do seu nascimento ou por suas conquistas físicas, por meio da força. Inaugura-se uma nova forma de condição no mundo, a capacidade de argumentar, ou seja, um resultado do pensamento, da racionalização da vida humana.  

Portanto, todo homem adulto que pertencia à cidade, e não fosse escravo ou mulher, era igual entre si, e podia ter a mesma condição.  

Ao longo de muitos séculos o conceito de cidadania aprimorou-se e semanticamente não quer dizer atualmente apenas que alguém mora ou pertence a uma cidade, está relacionado à capacidade e à condição de exercer direitos e deveres em uma determinada comunidade e contexto social. Desenvolvemos direitos civis e políticos e todos, indistintamente, sejam mulheres, homens, negros, brancos, crianças, de qualquer nacionalidade ou idade, podem exigir e exercer seus direitos.  

Algo que remonta a milhares de anos atrás, fruto da ação filosófica da humanidade, resultou em algo tão crucial e determinativo para que nossa vida atual fosse mais confortável. Uma das formas de exercer a cidadania é o voto.

CIDADANIA E VOTO

O voto é uma das formas de exercermos a cidadania e é sobre esse exercício que vamos tratar aqui.

VOTE CONSCIENTE. MAS, CONSCIENTE DO QUÊ ?

Uma das frases mais ouvidas em época de eleições é faça um voto consciente. Certamente você já ouviu isso algumas vezes nessa época de campanhas. Mas a verdade é que votar consciente é muito mais fácil falado do que dito. Qual seria a fórmula para votar consciente? Que passos você deve seguir para ter certeza de que está fazendo uma boa escolha? Vamos aqui trazer algumas ideias que você deve ter em mente na hora de escolher seus candidatos.

 

O QUE, AFINAL, É UM VOTO CONSCIENTE?

Quando se fala em votar conscientemente, faz-se referência à importância de um voto tomado a partir de informações adequadas, que apontem ao eleitor que o votado é quem está mais apto a atender às demandas da população. Em certo nível, trata-se também de um voto “desapegado”: antes de pensarem vantagens pessoais, o eleitor deve pensar na coletividade, nas pessoas que o rodeiam: o que elas querem? O que eu acredito que elas precisam? É esse tipo de questionamento que deve estar na mente de um eleitor na hora de definir seu voto.

Um voto consciente é feito com a consciência de que foi feita uma escolha adequada. Você deve ser capaz de dizer: com um conhecimento adequado sobre os candidatos em questão, escolhi aquele que acredito estar mais apto a gerir o patrimônio e o interesse públicos.

 

ALGUNS PONTOS PARA OBSERVAR ANTES DE DEFINIR SEU VOTO

Enumeramos algumas das melhores práticas na hora de definir o voto. Veja:

1) CONHEÇA OS CARGOS A QUE OS CANDIDATOS ESTÃO CONCORRENDO

Em 2016, temos eleições para os cargos de prefeito e vereador. Ambos possuem diferenças entre si. Muitas vezes, um candidato pode ser uma ótima pessoa, mas simplesmente não ter perfil para o cargo a que está concorrendo.

2) CONHEÇA OS CANDIDATOS, PARTIDOS E/OU COLIGAÇÕES

Cada candidato deve elaborar e apresentar um programa de governo. Conheça as propostas principais de cada candidato e veja com quais delas você mais se identifica. A afinidade ideológica é muito importante, afinal existem grandes ideias sobre a melhor maneira de se gerir uma sociedade.

Entretanto, ainda fica faltando considerar um aspecto importante: a lisura do candidato. Seria aquele um candidato corrupto, interessado apenas no que ele pode ganhar para si com a política? Qual o passado desse candidato? Outro ponto importante é perceber se o candidato possui uma vida dedicada à política. Estar envolvido com a política há muito tempo pode ser um sinal positivo –já que pode demonstrar que o candidato realmente se dedica a isso –, como pode também ser um sinal negativo, afinal, existe a possibilidade de ele estar envolvido em negociatas escusas que existem nesse meio.

De qualquer forma, saber a história do seu candidato em detalhes revelará coisas importantes sobre seu passado e suas convicções e lhe dará uma ideia melhor sobre sua aptidão ao cargo em questão. E como ir atrás dessas informações? O Tribunal Superior Eleitoral mantém um site com diversas informações sobre os candidatos durante as eleições. A internet oferece farto material sobre a política brasileira e pode trazer muitas informações sobre os candidatos que você está avaliando.

Além disso, o horário eleitoral gratuito pode ser uma importante ferramenta nessa tarefa, apesar que de que você deve levar em conta que os principais candidatos possuem mais tempo de propaganda, como também são respaldados por equipes profissionais de marketing, que calculam todos os movimentos deles, a fim de torná-los mais agradáveis ao público.

Outro ponto importante é: em que partido ele milita? Esse partido formou coligações com outros partidos? Quais foram eles? Tudo isso é importante, afinal não há candidaturas independentes no Brasil. Assim, todos os candidatos estão inseridos na lógica da política partidária. Quer saber mais sobre os partidos políticos brasileiros?

 

3) CONHEÇA AS REGRAS DO JOGO

As eleições podem ser encaradas como um grande jogo, uma disputa condicionada a um conjunto de regras que as tornam (em teoria) mais justas e democráticas.

· Você sabe como ficaram as regras do financiamento de campanhas?

· Já ouviu falar sobre o quociente eleitoral, que ajuda a definir quem estará na câmara de vereadores da sua cidade?

· Sabe como se divide o tempo no horário eleitoral? E o que é permitido ou proibido como parte de uma campanha política (showmícios, distribuição de brindes, etc.)? Todos esses detalhes contam bastante e é importante que você, como eleitor, os entenda.

 

4) SAIBA EM DETALHES AS OPÇÕES QUE VOCÊ TEM NA HORA DE VOTAR

 

Não esqueça os números de seus candidatos! De preferência, anote-os e leve com você no dia da votação. Você pode anular seu voto ou deixá-lo em branco. É um direito seu, mas lembre-se:  ambos acabam por invalidar seu voto e ter impacto zero na apuração do resultado (apenas dá uma forcinha para o candidato mais votado). Cabe a você decidir se anular o voto é mesmo a decisão mais acertada.

 

5) NÃO VENDA SEU VOTO!

Além de ser obviamente uma prática ilegal, tratar seu voto como mercadoria é de um descaso inadmissível. Ao fazer isso, você já elege uma pessoa que se utilizou de métodos imorais para chegar a um mandato político. Seu trabalho junto ao poder público já nasce manchado e não tem a menor garantia de que será pautado em prol do cidadão. E você abdica de seu papel como cidadão. A democracia é jogada no lixo.

 

6) NÃO SE ESQUEÇA DA IMPORTÂNCIA DO VOTO

Todos estamos carecas de ouvir sobre a importância de votar. Desde pequenos nos falam que votar é uma questão de cidadania; que é um direito social conquistado a duras penas no Brasil; e que é expressão da vontade popular, que é soberana em uma democracia.

Infelizmente, votar parece ser mais uma daquelas situações em que existe uma grande dificuldade de se associar a ação à sua consequência. Muitos acreditam que não faz a menor diferença gastar tempo pensando no melhor candidato –afinal, dizem, eles são todos iguais e no fim das contas sempre se revelam corruptos. Ainda pior do que esse grupo de pessoas descrentes da política são aqueles que negociam seu voto por vantagens pessoais, como cargos comissionados e benesses “informais” (para não dizer ilegais) junto ao poder público –apenas mais um dos traços do patrimonialismo ainda presente no Estado brasileiro. Ainda existem aqueles que acreditam que a política é um jogo de cartas marcadas e que os políticos são apenas fantoches na mão das pessoas e empresas que realmente possuem o poder.

O fato é que um voto consciente sempre será melhor do que um voto não consciente: um voto vendido, anulado, ou feito na brincadeira. Se existem problemas que precisam de uma mudança que vai além da consciência ou da instrução dos eleitores, eles não podem impedir ninguém de exercer sua responsabilidade como cidadão.

CIDADANIA E VOTO

O voto é uma das formas de exercermos a cidadania e é sobre esse exercício que vamos tratar aqui.

VOTE CONSCIENTE. MAS, CONSCIENTE DO QUÊ ?

Uma das frases mais ouvidas em época de eleições é faça um voto consciente. Certamente você já ouviu isso algumas vezes nessa época de campanhas. Mas a verdade é que votar consciente é muito mais fácil falado do que dito. Qual seria a fórmula para votar consciente? Que passos você deve seguir para ter certeza de que está fazendo uma boa escolha? Vamos aqui trazer algumas ideias que você deve ter em mente na hora de escolher seus candidatos.

 

O QUE, AFINAL, É UM VOTO CONSCIENTE?

Quando se fala em votar conscientemente, faz-se referência à importância de um voto tomado a partir de informações adequadas, que apontem ao eleitor que o votado é quem está mais apto a atender às demandas da população. Em certo nível, trata-se também de um voto “desapegado”: antes de pensarem vantagens pessoais, o eleitor deve pensar na coletividade, nas pessoas que o rodeiam: o que elas querem? O que eu acredito que elas precisam? É esse tipo de questionamento que deve estar na mente de um eleitor na hora de definir seu voto.

Um voto consciente é feito com a consciência de que foi feita uma escolha adequada. Você deve ser capaz de dizer: com um conhecimento adequado sobre os candidatos em questão, escolhi aquele que acredito estar mais apto a gerir o patrimônio e o interesse públicos.

 


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