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domingo, 27 de dezembro de 2020

 


DISCALCULIA E INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA


 A palavra discalculia vem do grego (dis, mal) e do latin (calculare, contar) formando: contando mal. Essa palavra calculare vem, por sua vez, de cálculo, que significa o seixo ou um dos contadores em um ábaco.

A discalculia é uma desordem neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa compreender manipular números

A discalculia é diagnosticada quando o aluno tem uma deficiência específica na leitura, na escrita e na matemática, por apresentarem baixo rendimento escolar, lentidão extrema da velocidade de resolução de questões matemáticas, esperado para seu nível desenvolvimento e escolaridade.

De acordo com o National Joint Committee on Learning Disabilities –NJCLD2 , “Dificuldades de aprendizagem” é um termo genérico que diz respeito a um grupo heterogêneo de desordens manifestadas por problemas significativos na aquisição e uso da capacidades de escutar, falar, ler, escrever, raciocinar e fazer cálculos.

A Discalculia é como uma desordem estrutural da maturação das capacidades matemáticas, sem manifestar, no entanto, uma desordem nas demais funções mentais generalizadas. A criança com discalculia enfrenta uma série de dificuldades na prática de lidar com os números, em que os erros com as operações, a confusão de sinais matemáticos, problemas com orientação espacial, entender palavras, dificuldade em lidar com grandes quantidades entre outras.

Os cientistas procuram ainda compreender as causas da discalculia, e para isso têm investigado em diversos domínios.

Neurológico: Discalculia foi associada com as lesões ao supramarginal e os giros angulares na junção entre os lóbulos temporal e parietal do córtex cerebral.

Déficits na memória trabalhando: Adams e Hitch discutem que a memória trabalhando é um fator principal na adição mental. Desta base, Geary conduziu um estudo que sugerisse que era um deficit de memória para aqueles que sofreram de discalculia. Entretanto, os problemas trabalhando da memória não confundidos com dificuldades de aprendizagem gerais, assim os resultados de Geary não podem ser específicos ao discalculia mas podem refletir um déficit de aprendizagem maiores.

Pesquisas feitas por estudiosos de matemática mostraram aumento da atividade de EEG no hemisfério direito durante o processo de cálculo algorítmico. Há alguma evidência de déficits direitos do hemisfério na discalculia.

Outras causas podem ser:

Memória a curto prazo que está sendo perturbada ou reduzida, fazendo-a difícil de recordar cálculos.

Desordem congênita ou hereditária. As indicações da mostra dos estudos desta, mas não são ainda concretos.

Uma combinação destes fatores.

 Quais os sintomas da discalculia?

O aluno com discalculia pode ser capaz de entender conceitos matemáticos de um modo bem concreto, uma vez que o pensamento lógico está intacto, porém tem extrema dificuldade em trabalhar com números e símbolos matemáticos, fórmulas, e enunciados. Ele é capaz de compreender a matemática representada simbolicamente (10 + 3= 13), mas é incapaz de resolver o problema: “Maria tem dez balas e João tem três. Quantas balas eles tem no total?”

Dificuldades freqüentes com os números, confundindo as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão.

Problemas de diferenciar entre esquerdo e direito.

Falta de senso de direção (para o norte, sul, leste, e oeste) e pode também ter dificuldade com um compasso.

A inabilidade de dizer qual de dois números é o maior.

Dificuldade com tabelas de tempo, cálculo mental, etc.

Melhor nos assuntos tais como a ciência e a geometria, que requerem a lógica mais que as fórmulas, até que um nível mais elevado que requer cálculos seja necessário.

Dificuldade com tempo conceitual e julgar a passagem do tempo.

Dificuldade com tarefas diárias como verificar a mudança e ler relógios analógicos.

A inabilidade de compreender o planejamento financeiro ou incluir no orçamento, nivelar às vezes em um nível básico, por exemplo, estimar o custo dos artigos em uma cesta de compras.

Tendo a dificuldade mental de estimar a medida de um objeto ou de uma distância (por exemplo, se algo está afastado 10 ou 20 metros).

Inabilidade de apreender e recordar conceitos matemáticos, regras, fórmulas, e sequências matemáticas.

Dificuldade de manter a contagem durante jogos.

Dificuldade nas atividades que requerem processamento de sequências, do exame (tal como etapas de dança) ao sumário (leitura, escrita e coisas sinalizar na ordem direita). Pode ter o problema mesmo com uma calculadora devido às dificuldades no processo da alimentação nas variáveis.

A circunstância pode conduzir em casos extremos a uma fobia da matemática e de dispositivos matemáticos (por exemplo números).

Quais são os tipos e graus de discalculia?

Temos seis subtipos, podendo ocorrer em combinações diferentes e com outros transtornos:

1.Discalculia Verbal – dificuldade para nomear as quantidades matemáticas, os números, os termos, os símbolos e as relações.

2.Discalculia Practognóstica – dificuldade para enumerar, comparar e manipular objetos reais ou em imagens matematicamente.

3.Discalculia Léxica – Dificuldades na leitura de símbolos matemáticos.

4.Discalculia Gráfica – Dificuldades na escrita de símbolos matemáticos.

5.Discalculia Ideognóstica – Dificuldades em fazer operações mentais e na compreensão de conceitos matemáticos.

6.Discalculia Operacional – Dificuldades na execução de operações e cálculos numéricos.

Dependendo do grau de imaturidade neurológica da criança, a discalculia pode 

ser considerada em distintos graus:

Leve – reagem favoravelmente à intervenção psicopedagógica.

Médio – configura o quadro da maioria dos alunos que apresentam dificuldades específicas em   matemáticas.

Limite – quando apresenta lesão neurológica, gerando algum déficit intelectual.

Quais os comprometimentos?

Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior;

Conservar a quantidade: não compreendem que 1 quilo é igual a quatro pacotes de 250 gramas.

Sequenciar números: o que vem antes dos 11 e depois dos 15 – antecessor e sucessor.

Classificar números.

Compreender os sinais +, – , ÷, ×.

Montar operações.

Entender os princípios de medida.

Lembrar as sequências dos passos para realizar as operações matemáticas.

Estabelecer correspondência um a um: não relaciona o número de alunos de uma sala à quantidade de carteiras.

Contar através dos cardinais e ordinais.

Os processos cognitivos envolvidos na discalculia são:

Dificuldade na memória de trabalho;

Dificuldade de memória em tarefas não-verbais;

Dificuldade na soletração de não-palavras (tarefas de escrita);

Não há problemas fonológicos;

Dificuldade na memória de trabalho que implica contagem;

Dificuldade nas habilidades viso-espaciais;

Dificuldade nas habilidades psicomotoras e perceptivo-táteis.

Os requisitos necessários para o aprendizado de matemática e as dificuldades causadas pela discalculia:


Ter compreensão dos conceitos de igual e diferente, curto e longo, grande e pequeno, menos que e mais que. Classificar objetos pelo tamanho, cor e forma.

Reconhecer números de 0 a 9 e contar até 10.

Nomear formas.

Reproduzir formas e figuras.

Problemas em nomear quantidades matemáticas, números, termos, símbolos.

Insucesso ao enumerar, comparar, manipular objetos reais ou em imagens 6 a 12 anos.

Agrupar objetos de 10 em 10.

Ler e escrever de 0 a 99.

Nomear o valor do dinheiro.

Dizer a hora.

Realizar operações matemáticas como soma e subtração.

Começar a usar mapas.

Compreender metades, quartas partes e números ordinais.

Leitura e escrita incorreta dos símbolos matemáticos 12 a 16 anos.

Capacidade para usar números na vida cotidiana.

Uso de calculadoras.

Leitura de quadros, gráficos e mapas.

Entendimento do conceito de probabilidade.

Desenvolvimento de problemas.

Falta de compreensão dos conceitos matemáticos.

Dificuldade na execução mental e concreta de cálculos numéricos.

Alunos que apresentam os sintomas de discalculia podem frequentar normalmente as salas de aula, pois, esse distúrbio tem um tratamento específico acompanhado por uma equipe de especialistas que tentar minimizar os efeitos dessa dificuldade em manipular os números.

O diagnóstico do aluno com discalculia pode ser notado já na pré-escola, quando ainda estar aparecendo alguns sinais do distúrbio, quando a criança apresenta dificuldade em responder às relações matemáticas, tais como: igual e diferente, maior menor. Mas ainda é cedo para um diagnóstico preciso. É só a partir dos sete ou oito anos, com a introdução dos símbolos específicos da matemática e das operações básicas, que os sintomas se tornam mais visíveis.

É importante chegar a um diagnóstico o mais rapidamente para iniciar as intervenções adequadas. O diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar – Neurologista, Psicopedagogo, Fonoaudiólogo, Psicólogo – para um encaminhamento correto.

Não devemos ignorar que a participação da família e da escola é fundamental no reconhecimento dos sinais de dificuldades.

Deve-se ter muito cuidado ao fazer um pré-diagnostico de uma criança com suspeita de discalculia, pois podemos estar cometendo um erro muito serio, bem como estar rotulando essa criança a um distúrbio que ela não tem, condenando um aluno para o resto de sua vida.

Um fator muito importante é fazer a eliminação de suspeita de outros distúrbios tais como: acalculia é a total falta de habilidade para desenvolver qualquer tarefa matemática, que geralmente indica um dano cerebral. Esse problema afeta a criança a aprender os princípios básicos da contagem.

Intervenções Psicopedagógicas

O tratamento é efeito de forma minuciosa, em que o Psicopedagogo é o protagonista dessa longa e árdua caminhada. A participação de outros profissionais é vista como uma valiosa participação tornando os trabalhos muito mais significativos. Entre eles o acompanhamento de neurologista, de um psicólogo, de um terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e a família. O paciente deve estar inteiramente disposto a aceitar o problema e o seu tratamento que dispõe de muitos custos.

Idealmente, os transtornos de aprendizagem devem ser tratados a partir de um conceito multidisciplinar, biopsicossocial. A avaliação deve ser abrangente e considerar todos os possíveis fatores que possam estar contribuindo para o problema. O cerne do atendimento é psicopedagógico, mas outros profissionais podem contribuir de forma significativa.

O médico neurologista, por exemplo, pode excluir e/ou tratar fatores agravantes, tais como transtornos de ansiedade, depressão hiperatividade, epilepsia etc.

A intervenção psicológica desempenham um papel importante no diagnóstico do potencial intelectual, perfil neuropsicológico bem como diagnóstico e tratamento de fatores motivacionais e afetivos correlatos, como a baixa autoestima, depressão, insegurança, baixa resistência a frustração.

Outros profissionais, como fonoaudiólogas e terapeutas ocupacionais podem contribuir significativamente no atendimento de dificuldades da linguagem e/ou da coordenação motora, atenção etc. O ideal é que o plano de tratamento seja formulado de forma colaborativa entre a criança, os pais, as educadoras e os demais profissionais.

Uma Avaliação Neuropsicológica permite reconhecer os pontos fortes e fracos das crianças contribuindo para o planejamento das estratégias mais eficazes de intervenção.

O tratamento deve focalizar os níveis orgânicos, educacionais e psicológicos. Apesar de o tratamento ser multidisciplinar, nem todas as intervenções devem ser realizas simultaneamente. O tratamento é implementado em longo prazo e envolve um custo enorme em termos de recursos de trabalho e tempo, emocionais, financeiros etc.

Devem ser estabelecidas prioridades, de comum acordo entre os envolvidos. Nenhum tratamento será eficaz se não for aceito pelo cliente principal que é a criança. É preciso considerar também e fazer bom uso dos recursos disponíveis na comunidade.

Pode-se perceber que o tratamento da discalculia é composto por profissionais tanto na área educacional e também de profissionais da área da saúde. Assim, é notória a gravidade e a importância de se conhecer e saber lidar com a discalculia que é cada vez mais presente e cada vez menos difundida.

A ansiedade e a depressão podem estar presentes nos transtornos de aprendizagem, sempre se deve avaliar a importância desses componentes no agravamento dos problemas com a matemática.

O prognóstico dos alunos com discalculia depende de variáveis tais como: severidade do transtorno, grau de deficiência da criança na execução de provas neuropsicológicas, prontidão para iniciar o tratamento e a cooperação dos pais como coadjuvantes do tratamento.

Quando as crianças com discalculia não recebem tratamento de intervenção Psicopedagógica e Psicológica acabam apresentando vários comprometimentos em seu desenvolvimento:

1) contribui para a redução da escolarização profissional e da qualificação profissional;


2) afeta o bem-estar do indivíduo e da família, causando estresse, desmoralizando a criança, diminuído sua auto-estima, a motivação para o estudo e podendo ser um fator contributório para formas de transtornos mentais;


3) a frustração associada às dificuldades crônicas de aprendizagem associa-se ao surgimento de comportamentos desadaptativos do tipo desobediência, agressividade e comportamentos anti-sociais.


De um modo geral, a educação matemática insuficiente compromete o funcionamento do indivíduo na vida cotidiana e social, sendo um dos principais fatores associados com desemprego e renda inferior.

Quanto mais precoce for o diagnóstico, o professor juntamente com a equipe multidisciplinar poderá atuar como minimizadores dos sintomas que a discalculia manifesta.

Sendo assim, a criança com discalculia passa a ter um novo desenvolvimento nas suas práticas educacionais, com menos dificuldades, com um maior desempenho escolar, conforto e acima de tudo proporcionar uma vida cada vez mais próxima da normalidade.

Não se pode apenas pensar em diagnosticar a criança, deve-se também analisar qual é o melhor tratamento e esse deve ser feito de forma sistemática com uma equipe multidisciplinar preparada com total apoio, confiança e com qualificação profissional.


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A Hora do Jogo segundo Sara Pain

A hora do jogo é um importante instrumento de análise e levantamento de dados no diagnóstico psicopedagógico.


Através da mesma é possível observar a dinâmica da aprendizagem, compreender os processos cognitivos, modelos de aprendizagem e as relações vinculares, sendo ainda uma ferramenta de intervenção capaz de desenvolver a percepção, ação, integração, interação, e a autonomia do sujeito.


Quais os objetivos da Hora do Jogo?

Verificar na criança a inter-relação que esta estabelece com o desconhecido e o tipo de obstáculo que emerge dessa relação;

Possibilitar uma leitura dos aspectos relacionados à função semiótica da criança, por meio de símbolos e verificar o nível dos processos acomodativos e assimilativos;

Fazer uma leitura dos conteúdos manifestos pela criança em relação aos aspectos afetivo-emocionais, relacionando-os com a aprendizagem.

Segundo a autora, pode-se aplicar a técnica denominada a Hora do Jogo, até a idade de 9 anos (PAIN, 1985). Para jogar é necessário ter um espaço transicional, um espaço de confiança, de criatividade, o mesmo espaço que se precisa para aprender.


Na hora do jogo são utilizados materiais preponderantemente não figurativos.


Colocam-se dentro de uma caixa, com tampa separável, elementos com as seguintes características: para desenhar, recortar, pegar, costurar, olhar, ler, escrever, caixas de diferentes tamanhos, para modelar, para juntar.

 

Colocam-se diferentes elementos com mesmo fim, cola, durex, grampeador, furador, possibilitando o desdobramento se assim o sujeito quiser. Os papéis devem ser variados, tanto na forma como na cor e tipo.

Podem ser colocados blocos de construção e folhas impressas prontas (de modo a verificar a liberdade ou a submissão), lápis de cor, lápis preto, borracha.

Os materiais não precisam ser novos, mas devem ter uma boa conservação.

A caixa deve ser de fácil acesso e cômoda, estando ela no chão ou na mesa.


A consigna é a seguinte:


“Aqui está uma caixa com muitas coisas e você pode brincar com tudo o que quiser; enquanto isso, eu vou anotar o que você vai fazendo. Um pouco antes de terminar, eu vou te avisar.”

Geralmente procura-se fazer uma sessão de 50 a 60 minutos de duração para a administração dessa técnica.


hora-do-jogo-caixa


Com o auxílio dos dados observados durante a técnica, o terapeuta deve analisar as respostas tanto verbais como gráficas do sujeito, tentando levantar hipóteses da significação do aprender para ele, a mobilidade inter-relacionada com inteligência e desejo, a construção do símbolo, tentar observar as modalidades de aprendizagem que aparecem, ver a capacidade do sujeito para criar, imaginar, refletir, argumentar, etc.

Há alguns momentos da Hora do Jogo que devem ser destacados para facilitar a análise do examinador, como o inventário, a organização e a integração.

O inventário, a organização e a integração.

No inventário a criança classifica os materiais, seja por mera manipulação, seja experimentando o funcionamento, ou seja, olhando dentro da caixa, favorecendo as possibilidades de ação.

O momento seguinte é o da organização, dedicado à postulação de um jogo.

O material passa a ser utilizado para uma ação, uma organização simbólica. Nessa fase a criança combina, ajusta os materiais na busca de um fim antecipado, aceitando e descartando possibilidades.


Depois desses momentos o próximo será o da integração, a aprendizagem propriamente dita, quando o sujeito incorpora o que fez aos seus esquemas anteriores, jogando, brincando com sua confecção.

É o momento em que dá sentido à sua criação. Possivelmente sujeitos com problemas podem apresentar dificuldades em alguma dessas etapas.

O uso de jogos também é sugerido como recurso, considerando que o sujeito através deles pode manifestar, sem mecanismos de defesas, os desejos contidos em seu inconsciente.


Além do mais, no enfoque psicopedagógico os jogos representam situações-problemas a serem resolvidos, pois envolvem regras, apresentam desafios e possibilitam observar como o sujeito age frente a eles, qual sua estrutura de pensamento, como reage diante de dificuldades. O foco de atenção do psicopedagogo é a reação do sujeito diante das tarefas, considerando resistências e bloqueios, lapsos, hesitações, repetição, sentimentos de angústia.

Os profissionais da psicopedagogia que tem como foco o processo de aprendizagem podem acrescentar ainda a essa análise, as modalidades de aprendizagens, ritmo, as áreas de expressão da conduta, o funcionamento cognitivo, os tipos e modos de erros, os hábitos adquiridos, as motivações presentes, as ansiedades, defesas e conflitos em relação ao aprender, além das relações vinculares com os objetos de conhecimento escolar em particular.

Portanto, a hora psicopedagógica do jogo colabora de modo significativo para a compreensão dos processos cognitivos, afetivo-emocionais, sociais e sua relação do sujeito com a aprendizagem.


Através do lúdico o indivíduo alcança a aprendizagem significativa, desenvolve o cognitivo, o afetivo, o social e emotivo.

É nesse contexto que se pode afirmar que jogar e aprender caminham interligados na psicopedagogia e, possibilita, através da hora lúdica ou hora do jogo, observar prazeres, frustrações, desejos, por fim, podemos trabalhar com o erro e articular a construção do conhecimento.


Algumas dicas:

Podemos trabalhar a Hora do Jogo com crianças até os 09 anos, após esta idade, eles preferem jogos de regras;

A participação do psicopedagogo neste momento deve ser mínima, quando a criança não consegue se apropriar dos objetos (caixa) podemos ajudá-la a inventariar o seu conteúdo;


Pergunta-se: O que você pode fazer com isso tudo?


Importante observar como a criança brinca e em casos extremos, em que condições ela é capaz de brincar;

Dados importantes a serem observados na Hora do Jogo:

• A distância do objeto; capacidade de inventário; classificação do conteúdo da caixa;

• Função simbólica, adequação significante/significado; desenvolvimento coerente da hipótese 

escolhida;

• Organização, construção da sequência;

• Integração, esquema de assimilação (falar, utilizar todos os materiais);

• Vinculação do esquema com os anteriores através de uma assimilação coordenadora.

Se você gostou do artigo, comente abaixo, deixa uma sugestão de uso ou método alternativo. Compartilhar ideias é evoluir. Ficamos por aqui, até a próxima!


 REFERÊNCIAS:

PAIN, Sara. Diagnóstico e tratamento de problemas de aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas.

ABERASTURY, A. A Criança e seus jogos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.

BOSSA, Nádia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 2 eds. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

 

 


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