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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Teste de Português oferecido pela Secr. de Est. de Educação em 26/01/14.

Texto
O LADO ESCURO DA FORÇA
O avô de Jabor era uma fi guraça. Quando o neto lhe contava
entusiasmado uma boa novidade, o velho logo o advertia: “Cuidado,
Arnaldinho, nada é só bom”. Sim, tudo também tem um lado ruim,
o das coisas boas que vão ter fi m. A máxima do velho antecipava
o irônico paradoxo da era digital: nunca na história deste planeta
houve algo tão bom para aproximar as pessoas – e nada que as
dividisse tanto – como a internet, onde todos se encontram e cada
um pode mostrar, escondido pelo anonimato, o seu pior.
Chico Buarque, que um dia já foi chamado de maior unanimidade
do Brasil, disse que sempre acreditou que era amado, até
descobrir, na internet, que era odiado. Qualquer assunto ou pessoa
que vá ao ar tem logo dois lados trocando insultos e acusações,
dividindo o que poderia ser multiplicado. No pesadelo futurista, a
diversidade e a diferença são soterradas pela ignorância e o ódio
irracional, que impedem qualquer debate produtivo, assim como
os blackblocks impedem qualquer manifestação pacífi ca.
Na última semana li vários editoriais de jornais e artigos de diversas
tendências sobre o mesmo tema: a internet como geradora
e ampliadora de um virulento e empobrecedor Fla X Flu, ou pior,
de um PT X PSDB em que todos saem perdedores. E como disse
o Pedro Dória: só vai piorar. Todas as paixões e excessos que são
permitidos, e até divertidos e catárticos, nas discussões de futebol
só produzem discórdia, mentiras e mais intolerância no debate
político e cultural. Simpatizantes de qualquer causa ou ideologia
só leem o que dizem o que eles querem ouvir, nada aprendem de
novo, chovem no molhado.
Mas até esse lado ruim também tem um lado bom, de revelar
as verdades secretas, expondo os piores sentimentos de homens
e mulheres, suas invejas e ressentimentos, sua malignidade, que
nenhum regime político pode resolver. Sem o crescimento da
consciência individual, como melhorar coletivamente?
Nelson Motta, O Globo, 29/11/2013.
01. “O avô de Jabor era uma fi guraça. Quando o neto lhe contava
entusiasmado uma boa novidade, o velho logo o advertia: “Cuidado,
Arnaldinho, nada é só bom”. Sim, tudo também tem um lado ruim,
o das coisas boas que vão ter fi m”.
O início do texto de Nelson Motta mostra que a linguagem utilizada
na sua composição:
A) é exclusivamente formal, já que o jornal que o publica é de perfi l
conservador
B) tem um caráter predominantemente literário, pois se fundamenta
prioritariamente em linguagem fi gurada
C) apresenta uma variedade informal, visto que o assunto abordado
no fragmento é de cunho folclórico
D) mostra algumas concessões à variedade familiar, dado que o
tom da crônica é de intimidade entre autor e leitor
E) traz exemplos da linguagem do passado, pois o personagem
citado no fragmento é de idade avançada
02. “O avô de Jabor era uma fi guraça. Quando o neto lhe contava
entusiasmado uma boa novidade, o velho logo o advertia:
“Cuidado, Arnaldinho, nada é só bom”. Sim, tudo também tem
um lado ruim, o das coisas boas que vão ter fi m”.
O segmento destacado nesse trecho inicial tem a seguinte função
textual:
A) situar no tempo o fato narrado
B) comprovar a veracidade de uma informação dada
C) justifi car a qualifi cação atribuída ao avô
D) concluir um raciocínio previamente construído
E) descrever as características de um personagem
03. “Quando o neto lhe contava uma boa novidade...”; nesse
segmento do texto, o autor qualifi ca a novidade como “boa”. Algumas
palavras, em língua portuguesa, já trazem em si mesmas
um sentido positivo, como é o caso de “novidade”, vista sempre
como coisa boa. A frase abaixo que não apresenta um exemplo
de vocábulo semelhante é:
A) Os queijos franceses são produtos de qualidade.
B) Os jornais devem trazer fatos de importância.
C) Antigamente todos se casavam com moças de família.
D) Os cães trazidos para a feira eram de raça.
E) As roupas mostradas no desfi le eram de marca.
04. No primeiro parágrafo do texto, o cronista alude a uma fi gura
de pensamento, que é o paradoxo. Nesse contexto, o paradoxo
aludido é o de algo que:
A) aproxima e divide as pessoas
B) é bom e ruim ao mesmo tempo
C) mostra o bem e o mal da tecnologia
D) se exibe e se esconde simultaneamente
E) demonstra que nada é só bom
05. O segmento do texto em que os elementos ligados pela
conjunção E podem ser considerados sinônimos é:
A) “Qualquer assunto ou pessoa que vá ao ar tem logo dois lados
trocando insultos e acusações, dividindo o que poderia ser
multiplicado”
B) “No pesadelo futurista, a diversidade e a diferença são soterradas...”
C) “...pela ignorância e o ódio irracional, que impedem qualquer
debate produtivo...”
D) “Na última semana li vários editoriais de jornais e artigos de
diversas tendências sobre o mesmo tema...”
E) “...a internet como geradora e ampliadora de um virulento
e empobrecedor Fla X Flu...”
Responda às questões de números 06, 07 e 08 com base no
segmento:
“Na última semana li vários editoriais de jornais e artigos de
diversas tendências sobre o mesmo tema: a internet como geradora
e ampliadora de um virulento e empobrecedor Fla X Flu, ou pior,
de um PT X PSDB em que todos saem perdedores”.
06. Segundo o segmento, “todos saem perdedores” porque:
A) ocorre um apelo à violência
B) se fala sempre a respeito das mesmas coisas
C) se explora somente o lado negativo dos fatos
D) se mostra o ódio como presença social constante
E) se despreza a riqueza contida na diversidade
07. O comentário incorreto sobre um elemento componente
desse fragmento do texto é:
A) “Fla X Flu” funciona como um ponto de referência comparativa
B) “PT X PSDB” repete estruturalmente o termo “Fla X Flu”
C) “vários” e “diversas” funcionam como termos sinônimos
D) “diversas tendências” é o mesmo que “tendências diversas”
E) o vocábulo “mesmo” funciona como um adjetivo
08. “Na última semana li vários editoriais de jornais...”; a referência
temporal no segmento em destaque mostra uma característica
especial, que é a de:
A) variar o referente conforme o momento de leitura
B) modifi car o tempo cronológico para tempo psicológico
C) dar uma localização imprecisa do momento temporal do texto
D) indicar um momento próximo como mais distante
E) destacar a importância do momento histórico da crônica
Professor Docente I - INGLÊS
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - Secretaria de Estado de Educação - SEEDUC 3
Fundação Centro Estadual de Estatística, Pesquisa e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro - CEPERJ
09. “Simpatizantes de qualquer causa ou ideologia só leem o
que dizem o que eles querem ouvir, nada aprendem de novo,
chovem no molhado”.
A forma verbal que não se refere ao mesmo sujeito que as demais é:
A) leem
B) dizem
C) querem
D) aprendem
E) chovem
10. “Todas as paixões e excessos que são permitidos, e até
divertidos e catárticos, nas discussões de futebol só produzem
discórdia, mentiras e mais intolerância no debate político e cultural”.
Nesse segmento do texto, os elementos que não equivalem estruturalmente
são:
A) paixões / excessos
B) permitidos / divertidos
C) divertidos / catárticos
D) discórdia / mentiras
E) político / cultural

01. D
02. C
03. B
04. A
05. B
06. E
07. D
08. A
09. E
10. B

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