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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Afetividade entre professor e aluno revela a essência do que é educação
BY ZENAIDEALVES1950 · 9 JANEIRO, 2015
·         

A afetividade é uma condição indispensável de relacionamento do homem 
com o mundo, a relação humana ainda que totalmente complexada, 
é elemento fundamental na concretização comportamental de um indivíduo.
Desta forma, ao efetuarmos uma análise dos relacionamentos entre
 professor/aluno devemos nos atentar aos itens fazem essa relação
 uma relação tão significativa na construção do ser humano como 
ser social-afetivo. Apesar de não se tratar da única mediação relacional 
onde ocorre ensino e aprendizagem, a relação entre docente/discente
 é ou pelo menos deveria ser a que melhor revelasse a essência do que 
é educação. Desta maneira, o aprender se torna mais interessante quando
 o aluno se sente competente o bastante para participar de maneira ativa 
nas aulas. O gosto pelo aprender não é uma atividade que surge 
espontaneamente nos alunos, pois o conceito de aprender geralmente 
não é entendido como uma satisfação, sendo em algumas vezes entendido
 por obrigação.  Sendo assim a relação entre professor-aluno depende 
fundamentalmente do ambiente estabelecido pelo professor, da relação 
de empática dele com seus alunos, da capacidade de se interessar por 
eles, dando carinho e atenção fazendo dessa relação pontes entre o seu 
conhecimento e o deles. De acordo o dicionário Bueno (2000, p.33)
 entende-se por afetividade, qualidade do que é afetivo; afeição; 
carinho. Segundo Andreazza (1997) etimologicamente “a palavra afetivo 
decorre do latim affectus, que significa capaz de sentimento ou emoção”.
 Para Cabral e Nick (1999), o afeto é qualquer espécie de sentimento e
 (ou) emoção associada à ideia ou aos complexos de ideias. “A afetividade 
é o território dos sentimentos, das paixões, das emoções, por onde transitam
 os medos sofrimentos interesses, alegrias” (FREIRE, 1997, p.170). 
Quando falamos em afetividade devemos levar em consideração as
emoções, elas são expressões da vida afetiva, são acompanhadas 
de reações breves e intensas do organismo em resposta de uma situação
 inesperado. Para Damásio (2000) é o “conjunto complexos de 
químicas e neurais determinadas biologicamente e dependentes de 
mecanismos cerebrais”. As emoções podem ser as mais diversas,
 raiva, medo, tristeza, alegria, entre outras. Podem ser fortes, fracas,
 passageiras duradouras e podem mudar com o tempo, fazendo com 
que uma coisa que nunca nos emocionou passe a nos emocionar. 
Uma mesma reação pode expressar emoções diferentes, exemplo: 
podemos chorar de tristeza ou de alegria. De acordo com as emoções 
que temos, diante de cada situação, podemos avaliar melhor o que nos 
acontece. Sabemos que o afeto é um ingrediente primordial em qualquer 
relação humana, e que este deve estar presente em todas as fases da 
vida do indivíduo. Porém, na atualidade, ao analisarmos essas relações,
 percebemos que há um distanciamento da afetividade, uma banalização 
deste sentimento.
A consequência é visível: crianças se tornam verdadeiros “adultos 
em miniatura”, demonstrando um comportamento precoce, 
antissocial e muitas vezes agressivo. 
De forma que torna se vital, assim, compreender a importância da presença de um 
ambiente propício ao exercício da afetividade na vida desses alunos. A afetividade está 
constantemente presente na vivência da criança, independente de sua origem, gênero ou 
classe social. Porém, ainda encontramos resistência na valorização da mesma em sala de
 aula, visto que aescola ainda é fortemente influenciada por métodos que privilegiam o 
tradicionalismo que, com frequência desvalorizam a importância da vivência na formação 
do aluno. O aluno é convidado a se manter imóvel numa carteira por horas, 
tornando-se mero expectador do processo de ensino-aprendizagem, prática adotada 
anteriormente na tendência tradicional de ensino, onde o discente era visto como um 
depósito de conhecimentos, e o professor evita se – envolver afetivamente com o aluno,
 pensando erroneamente que o excesso de aproximação com o discente levaria a um 
“excesso de confiança” e ao fracasso do processo de aprendizagem. A criança é um 
ser corpóreo e deve ser visto como tal. Para que isso aconteça, o professor precisa assumir 
uma postura crítica de seu trabalho, buscando dentro da ética e cidadania respostas para 
as situações do cotidiano escolar. Durante os seus primeiros anos na escola, a criança 
está iniciando seu ingresso no mundo, pois antes fazia parte de um grupo mais restrito, 
formado por familiares e amigos: um mundo de descobertas, dúvidas, frustrações, alegrias, 
negação de si mesmo e do outro. O ensino nas escolas não pode estar voltado 
restritamente para aspectos cognitivos. O professor deve questionar-se: “Quem é o meu aluno?”
 E a partir de suas conclusões, criar oportunidades significativas de aprendizagem que
 priorizem a reflexão e a criticidade, baseadas numa relação de troca. A escola, portanto, 
deve estar atenta aos aspectos que valorizem a cultura do aluno, fazendo com que o 
discente possa estar relacionando os conteúdos apreendidos com sua vivência, pois como 
afirma Gadotti (2003, p.47), “aprendemos “com” porque precisamos do 
outro, fazemo-nos
 na relação com o outro, mediados pelo mundo, pela realidade em que vivemos”. 
O processo de ensino-aprendizagem precisa favorecer os conhecimentos prévios do 
aluno e suas múltiplas vivências, e o afeto neste contexto proporciona não somente
 um ambiente agradável para professor e aluno, mas sim uma educação humanizadora 
voltada para a transformação, centrada na solidariedade. Sabendo que a construção 
de relações de proximidade, empatia e significado, no processo de ensino-aprendizagem, 
será sempre um desafio, visto que é contextualizada, isto é, precisa considerar 
a história, o ambiente, as trajetórias formativas de professores e alunos, seus saberes
 e experiências, etc., pode-se apontar algumas recomendações que podem contribuir 
na superação do desafio de construir relações de proximidade e empatia, e perseguir a 
excelência no ensinar e no aprender. Destaco, pois, as seguintes:
1 – É preciso adotar uma postura dialógica, fundada na construção parceira do saber e na afirmação da vida de cada ator do processo educativo;
2 – Construir coletivamente um ambiente de aprendizagem onde 
todos possam ser escutados, sentirem se acolhidos e valorizados
 em seus saberes e experiências, implicando o conhecimento das 
histórias, trajetórias, perfil dos alunos, de seus gostos, problemas e 
dificuldades;
3 – Estabelecer, em cada aula ou espaço de ensino-aprendizagem, 
condições alegres e bonitas para se trabalhar, vivenciando momentos
 de inquietação epistemológica, produção individual e coletiva, 
sistematização e valorização das descobertas, procurando identificar 
os significados da convivência pedagógica;
4 – Trabalhar o gosto pela curiosidade e a investigação, motivando e 
fomentando atitudes e práticas produtivas, procurando dar um 
sentido social para a produção do saber;
5 – Criar espaços de avaliação, entendendo-a não só como aferição
 de resultados do ensino-aprendizagem, mas como identificação dos 
sentidos e significados do saber e do fazer epistemológico e social. 
Reforçando a ideia de que não haverá excelência no processo de 
ensino-aprendizagem se não houver uma busca permanente 
por uma excelência nas relações de convivência, no ambiente ou 
espaço de aprendizagem, entre professores e alunos. É no espaço 
da convivência, onde se dá a proximidade e a empatia, que o 
ato de ensinar e aprender efetiva, ganha sentido e significado. 
Referências – Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia: 
Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
(André Junior, membro UBE – União Brasileira 
De Escritores – Goiás –escritorliterario@yahoo.com.br)





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