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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Do Egito ao grafite: conheça os movimentos mais importantes da história da arte




Antigo Egito

Quando nasceu, a arte egípcia –esfinges, estátuas, pinturas, monumentos e obras arquitetônicas -- estava diretamente ligada à vida religiosa.
Grande parte das pinturas era feita nas paredes das pirâmides, retratando a vida dos faraós, ações dos deuses, vida após a morte, entre outros temas. As figuras apareciam sempre de perfil, pois os egípcios não trabalhavam com a técnica da perspectiva. 
Na arquitetura, o bom conhecimento em matemática fez com que os egípcios conseguissem erguer palácios, esfinges e pirâmides suntuosas, homenagens aos faraós que sobrevivem até hoje.


As linhas aparentemente retas do Partenon, em Atenas, são ligeiramente curvas
2000 B.C. — 30 B.C.
Grécia Antiga
A arte grega evoluiu em quatro grandes períodos: o geométrico, oarcaico, o clássico e o helenístico. O antropocentrismo (valorização do homem), a busca da perfeição e a racionalidade são algumas características. 
As estátuas em mármore representam a maior expressão do ideal de beleza mediterrâneo. A pintura é encontrada principalmente na cerâmica, em cenas de rotina e da mitologia grega.
Os teatros e templos com colunas de pedra se destacam na arquitetura, como o Partenon de Atenas.



500 B.C. — 476

Marca do Império Romano, o Coliseu comportava até 55 mil espectadores


Arte Romana

Os romanos continuaram o estilo helenístico da Grécia Antiga. A arquitetura conseguiu grande expressão, combinando beleza e funcionalidade em anfiteatros, arcos e edifícios públicos.
As esculturas com retratos ganham destaque e o estilo é marcado pelo realismo e fidelidade às características físicas, expressões do rosto ou caráter da pessoa retratada.
Na pintura, os murais e mosaicos com cores vivas e fins decorativos se tornam comuns.


Wikicommons

A Catedral de Chartres, na França, é patrimônio mundial da Unesco
500 — 1400
Idade Média
A influência da Igreja Católicaproduziu uma arte com forte temática religiosa que correspondia a uma visão teocêntrica do mundo.
Três estilos marcam o período. O bizantino tem influência oriental (Turquia) e se caracteriza por mosaicos coloridos. O românico apresenta igrejas com arcos cilíndricos e esculturas estilizadas.
A partir do século 12, começam a surgir grandiosas catedrais de estilo gótico, com torres altas, vitrais com efeitos de luz e arcos ogivais, como a Catedral de Chartres (foto), na França.


A Mona Lisa foi pintada por Leonardo Da Vinci entre 1503 e 1506. O quadro está no Museu do Louvre, em Paris

1300 — 1500


Renascimento

Também chamado de renascença, orenascimento foi um movimento intelectual e artístico surgido na Itália, entre os séculos 14 e 16, e difundido por toda a Europa.
A arte deste período revalorizou o pensamento e a arte clássica e a formação de uma cultura humanista.
Destacam-se obras dos pintores Donatello (1386-1466), Botticelli (1445-1510), Michelangelo (1475-1564), Rafael (1483-1520) eLeonardo Da Vinci (1452-1519).

Madonna do Pescoço Comprido (1534). A obra de Parmigianino está na Galeria Uffizi, em Florença

1527 — 1580

Maneirismo

Marca a transição para o barroco. Em busca de criatividade e uma marca mais individual, os artistas começam a abandonar a simetria e racionalidade renascentista. As obras apresentam características como distorção nas figuras e ênfase nos efeitos emocionais.
Os artistas mais conhecidos são o florentino Agnolo Bronzino (1503-1572), conhecido pela sua atenção aos detalhes, o italiano Parmigianino (1503-1540), autor de “Madonna do Pescoço Comprido”, que surpreende pela distorção das formas, e El Greco (1541-1614), famoso pelas figuras alongadas, e o arquiteto Andrea Palladio (1518-1580).

As Meninas (1656), de Diego Velázquez. O quadro está no Museu do Prado, em Madri


1600 — 1750

Barroco

O início da arte barroca divide historiadores: teria surgido no século 16 para uns, enquanto outros apontam o início do movimento no século 17 na Europa.
O estilo se contrapõe ao ideal clássico e mostra uma tendência ao bizarro, ao assimétrico, ao extravagante.
Destacam-se nomes comoCaravaggio (1571-1610), Peter Paul Rubens (1577-1640), Rembrandt (1606-1669)Velázquez (1599-1660) e Gian Lorenzo Bernini (1598-1680).

The Feast of Love (1717), de Jean Antoine Watteau. A obra está na Gemäldegalerie Alte Meister, em Dresden (Alemanha)

1720 — 1780

Rococó

Derivada da palavra francesa rocaille [rocalha], tipo comum de decoração de jardins com conchas e rochas, o termo rococó foi usado para descrever um estilo artístico do século 18 na Europa que surgiu como uma forma de dar sutileza aos excessos do barroco. Mais tarde foi reconhecido como movimento autônomo.
Começou primeiro na França, na época em que Paris havia tomado de Roma o título de capital das artes. Nomes como Jean-Honoré Fragonard e Jean-Antoine Watteau, são alguns dos artistas que se destacaram no período.
 O amor de Helena e Paris (1788), de Jacques-Louis David. O quadro está no Museu do Louvre, em Paris


1750 — 1830

Neoclassicismo

Movimento cultural europeu que ocorreu entre o século 18 e parte do século 19 e que, mais uma vez, se volta para a arte antiga, especialmente greco-romana, que era vista como modelo de equilíbrio, clareza e proporção.
Os neoclássicos valorizam a definição e o rigor formal, assim como a técnica. Entre os principais artistas do movimento na Europa estão Jean Auguste Dominique Ingres (1780-1867) e Jacques-Louis David (1748-1825).

Hamlet e Horácio no cemitério (1839), de Eugène Delacroix. A obra está no Museu do Louvre, em Paris


1780 — 1850

Romantismo

romantismo foi um movimento artístico e filosófico dos séculos 18 e 19, sendo reflexo das fortes mudanças sociais, políticas e culturais na Europa, devido a Revolução Francesa e a Revolução Industrial.
Esse movimento rompe com a estética neoclássica e com a visão racionalista e valoriza o sujeito, o indivíduo e a imaginação.
Os pintores Eugène Delacroix (1798-1863), Théodore Géricault (1791 - 1824) na França,  William Turner (1775 - 1851) e John Constable (1776 - 1837) na Inglaterra, são alguns dos expoentes .
 Detalhe de O Encontro (1854), de Gustave Courbet. A obra está no Museu Fabre, em Montpellier (França)

1848 — 1900

Realismo

Iniciado na França, na segunda metade do século 19, o realismo se contrapunha à artificialidade do neoclassicismo e do romantismo. 
Suas principais características são a necessidade de retratar a natureza como ela é, a inspiração na razão e na ciência, e a referência à vida e aos costumes da classe trabalhadora.
Três pintores franceses podem ser citados como expoentes do movimento: Corot (1796-1875), cujos trabalhos anteciparam o impressionismo; Jean-François Millet (1814-1875) e Courbet (1819-1877), líder do movimento.
Impressão, Sol Nascente (1872), de Claude Monet. O quadro está no Museu Marmottan, em Paris

1860 — 1880

Impressionismo

Os pintores impressionistaspreferiam o registro da experiência contemporânea e observação da natureza com base em impressões pessoais e sensações visuais imediatas.  É considerado o momento inaugural da arte moderna
Édouard Manet (1840-1926), pioneiro em trazer temas da vida moderna para a pintura e Claude Monet (1840-1926) são os mais conhecidos.
Entre 1880 e 1890, chamou-se depós-impressionismo o trabalho de artistas como Cézanne (1839-1906),Van Gogh (1853-1890) e Gauguin (1848-1903).

 Uma das pinturas da série O Grito (1893), de Edvard Munch, que está na Galeria Nacional, em Oslo

1905 — 1930

Expressionismo

expressionismo surgiu como desdobramento do pós-impressionismo, e teve forte influência de Van Gogh e dosimbolismo. Esse movimento teve força principalmente na Alemanha, no início do século 20.
Pretendia realizar uma pintura dramática, angustiante, com sensações dolorosas sobre o destino do homem.
"O Grito", pintura de Edvard Munch, é uma das obras mais importantes do movimento. No quadro há uma figura andrógina (não é possível afirmar se é homem ou mulher), num momento de desespero e angústia .

 Les Demoiselles d'Avignon (1907), de Pablo Picasso. A obra está no MoMA (Museu de Arte Moderna), de Nova York



1907 — 1914

Cubismo

Movimento artístico que surgiu por volta de 1907 com Georges Braque e Pablo Picasso, que naquele ano, lançou uma de suas célebres obras,Les Demoiselles d’Avignon.
Os cubistas consideravam a obra de arte um objeto real. Com a geometrização das formas, os artistas se distanciam de noções tradicionais de perspectiva e modelagem. No Brasil influenciou, entre outros, artistas como Tarsila do Amaral e Cândido Portinari.
Uma réplica da Fonte (1917), de Marcel Duchamp, está exposta na Tate Gallery, em Londres

1916 — 12/1920

Dadaísmo

Também chamado de Dada, surgiu em 1916, em Zurique. Trata-se de um movimento radical de contestação que utiliza variados canais de expressão e suas manifestações são intencionalmente desordenadas e pautadas pelo desejo do choque e do escândalo.
Em Nova York, um grupo liderado por Marcel Duchamp, Francis Picabia e Man Ray se destaca no movimento.
O Dada se irradiou na Alemanha com artistas como Max Ernst, George Grosz, Jef Golyscheff e Kurt Schwitters.

Cadeira Wassily (1925-1927), de Marcel Breuer

1919 — 1934

Bauhaus

Staatliches Bauhaus é o nome da escola de artes criada por Walter Gropius, em Weimar, Alemanha, em 1919. Fundada por arquitetos, nasceu com a intenção de integrar arte e indústria e acabar com a distinção entre artesãos e artistas.
De lá foram criados uma série de objetos produzidos em larga escala, como as cadeiras e mesas de aço tubular, criadas por Marcel Breuer (1902-1981) e Ludwig Mies van der Rohe (1886-1969).
É considerada a primeira escola de design do mundo e foi fechada em 1934, por Hitler, acusada de ser um centro comunista.


Ángelus arquitetônico de Millet (1933), de Salvador Dalí. O quadro está no Museu Reina Sofia, em Madrí

1920 — 1929

Surrealismo

O que não pode ser, a não ser na arte. O surrealismo surgiu em Paris, na década de 1920, na mesma época de outros movimentos modernistas.
Os artistas acreditavam que a arte deveria se libertar das exigências da lógica e da razão, para poder expressar o inconsciente, a imaginação e os sonhos.
Nas artes plásticas, destacam-se nomes como o belga René Magritte (1898-1967), o francês André Masson (1896-1987), o espanhol Joán Miró (1893-1983), o catalão Salvador Dalí (1904-1989), autor de “Angelus” (foto), de 1932, e outros.
100 Latas (1962), Andy Wahrol. A obra está no Metropolitan Museum, de Nova York

1950 — 12/1950


Pop Arte

Obras feitas com imagens que fazem parte da cultura de massa e do cotidiano das pessoas, sempre coloridas. A pop arte incorpora o estilo das histórias em quadrinhos, da publicidade, das imagens televisivas e do cinema, usando como personagens personalidades da cultura pop. Tudo isso para criticar a sociedade consumista que se formava naquela época. 
Alguns artistas de destaque do período são: Andy Warhol (1928-1987), Roy Lichtenstein (1923-1997), Claes Oldenburg (1929), James Rosenquist (1933) e Tom Wesselmann (1931 - 2004).


Mural na 23 de maio, em São Paulo

1960 — 2010

Grafite

grafite é uma forma de arte contemporânea. São pinturas e desenhos feitos nos muros e paredes de espaços públicos, com a intenção de interferir na paisagem da cidade, transmitindo alguma ideia.
As primeiras manifestações dessa arte surgiram em Paris, em 1968. Nos EUA, um importante artista grafiteiro foi Jean-Michel Basquiat (1960-1988), cujos trabalhos também compõem o novo-expressionismo.
Hoje, destacam-se nomes como Banksy, que também trabalha com outras formas de intervenção urbana, e os brasileiros OsGemeos.

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