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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Literatura na escola





Regina Scarpa, especialista em alfabetização, nos instiga a pensar em como podemos propor uma conversa apreciativa após a leitura. No vídeo, ela nos oferece uma dica valiosa: o de não atrelar a apreciação a um julgamento de valor ou a fechar a discussão em uma moral que deva ser aprendida pelos alunos.

5 comentários:

  1. Moral nos contos clássicos
    Os contos de fadas estão presentes na maioria dos acervos das escolas e também nas práticas de leitura literária dos professores. Em geral, é recorrente ler esses textos e comentar sobre seus ensinamentos. Esse é um vestígio que vem da história da literatura infantil, que era a forma que os adultos recorriam, num determinado período, para ensinar as crianças.



    Contrapondo a isso, Regina Scarpa é bastante explícita em uma orientação importante: não ler uma história para pensar em uma moral ou em um ensinamento (caso precise assistir ao vídeo novamente, clique aqui: https://youtu.be/GLb3RPZHdHo).

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  2. Achei muito interessante esse tópico "Não ler uma história para pensar em uma moral".

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  3. A literatura é arte!
    Agora, veja como Maria Teresa Andruetto, autora citada por Regina Scarpa no vídeo, traz outras informações a respeito de pensar a literatura nos momentos de apreciação.



    Maria Teresa Andruetto



    “Quando um texto se propõe a ser utilizado de modo unívoco como veículo de transmissão de um conteúdo predeterminado, a primeira coisa que bate em retirada é a Plurissignificação. Deixa-se de lado a direção plural dos textos para convertê-los em pensamento global, unitário; assim, o literário subordina-se a um fim predeterminado que tende a homogeneizar a experiência. Só isso já é algo que está no sentido inverso do artístico, em que a ambiguidade e o desdobramento de significados predominam. Muitas vezes, quisemos dar à literatura uma função, esquecendo que ela a tem por si mesma. A literatura, para ser útil, deve conservar certo traço disfuncional.”



    [Maria Teresa Andruetto, em Por uma literatura sem adjetivos, Editora Pulo do Gato, 2012, p.116-126]

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  4. objetivo: Compreender que um texto literário não direciona o leitor a uma única compreensão ou mensagem

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  5. todos os comentários estão corretos, pautados nas atribuições comentadas pelo Portal Trilhas (Leitura em voz alta pelo professor)

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