Aprendizagem da Matemática
A educação matemática no Brasil
Estudar a história da matemática é a mesma coisa que estudar a história do ensino de matemática?A resposta é não. Estudar a história da educação matemática não se resume em estudar a história da matemática ou em se estudar as políticas e os projetos educacionais ao longo do tempo. Esse estudo deverá envolver o conhecimento histórico das práticas pedagógicas dos professores e de como essa prática vem se modificando ao longo do tempo.
A primeira escola a se instalar no Brasil foi a jesuíta, que chegou ao país por volta de 1550, instalando-se primeiramente em Salvador. Nessas escolas, havia pouco espaço para o conhecimento matemático, visto que o objetivo principal era a formação em humanidades clássicas (GOMES, 2012).
Com a saída dos jesuítas do Brasil em 1759 em decorrência de uma ordem do Marquês de Pombal, a educação sofreu uma grande perda no país, visto que restaram apenas poucas escolas, que eram dirigidas por outras ordens religiosas, além de instituições de ensino militar.
Durante o Brasil Imperial, a matemática estava presente no ensino das primeiras letras, que para os meninos consistia em “ler, escrever, as quatro operações aritméticas, frações ordinárias, decimais e proporções, noções gerais de geometria, gramática da língua nacional, moral cristã e doutrina católica” (GOMES, 2012, p.15).
Com a criação do Imperial Colégio D. Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1831, os alunos passaram a ter acesso às disciplinas de Aritmética, Álgebra, Geometria e Trigonometria. Nessa época, o público do colégio era constituído pela elite econômica masculina do país.Clique na imagem para observar o colégio atualmente.
Colégio Pedro II e Igreja de São Joaquim (1856). O templo foi demolido na reforma de Pereira Passos (1904).
Fonte: https://goo.gl/6cqBCV. Acesso em: 21 jun. 2017.
Vamos conhecer as datas de destaque para a matemática no Brasil:
1550 – Escola Jesuíta
1759 – Saída dos jesuítas
1772 – Aula Régia
1808 – Escolas de Engenharia
1831 – Colégio Pedro II
1890 – Reforma Benjamin Constant
Observe a seguir as datas de destaque a partir de 1900:
1920 – Escola Nova
1931 – Reforma Francisco Campos
1950 – Movimento da Matemática Moderna
1970 – Abandono da geometria
1985 – Mudanças no ensino de matemática
1996 – Lei de Diretrizes e Bases
Entre as várias tendências em educação matemática, podem-se citar seis delas. Explore a galeria para conhecê-las.
Resolução de problemas – essa metodologia desenvolve no aluno a capacidade de utilizar seus conhecimentos, juntamente com as informações fornecidas, para solucionar um problema. Ela desenvolve no aluno a criatividade, o senso crítico, a capacidade de resolver situações desafiadoras, de interagir entre os pares e de desenvolver a comunicação.
Modelagem matemática – o uso de modelos matemáticos reais como metodologia de ensino instiga o aluno a investigar situações reais. Nessa metodologia, uma situação-problema é trazida do cotidiano para estudo e discussão, no intuito de formalizar um modelo, motivando os alunos à produção do conhecimento matemático e colaborando para a formação de um sujeito crítico reflexivo quanto ao papel da matemática na sociedade.
Etnomatemática – essa metodologia considera os saberes matemáticos adquiridos em ambiente não escolar para desenvolver os conhecimentos escolares. Conhecer o ambiente sociocultural do aluno é parte fundamental para o desenvolvimento dessa metodologia.
História da matemática - o uso da história da matemática em sala de aula pode despertar nos alunos o interesse pelos matemáticos famosos, auxiliá-los a relacionar etapas da história da matemática com a evolução da humanidade e também promover a arte da descoberta e o seu método.
Jogos matemáticos – os jogos matemáticos aliam a atividade lúdica com a aprendizagem, despertando no aluno o interesse pelo assunto. Eles criam situações que permitem ao aluno desenvolver métodos de resolução de problemas e estimulam a sua criatividade num ambiente desafiador e ao mesmo tempo gerador de motivação.
Uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) - O uso das TIC como suporte às aulas de matemática possibilitam que os alunos deixem de desempenhar um papel apenas de “coadjuvante” para exercer um papel de “colaborador” em todo o processo de ensino e aprendizagem, pois ela torna o aprendizado mais dinâmico, possibilitando uma interação maior entre alunos e professores.
Segundo D´Ambrósio,
“a descontextualização da matemática é um dos maiores equívocos da Educação moderna, o que efetivamente se constata é que a mesma matemática é ensinada em todo o mundo, com algumas variantes que são bem mais estratégias para se atingir um conteúdo universalmente acordado como devendo ser a bagagem de toda criança que passa por um sistema escolar.” (1996, p.7)
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