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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Garotas Valentes, Histórias Divertidas!




Você vai assistir agora a um vídeo do canal A cigarra e a formiga, em que Daisy Carias indica livros. Assista-o na íntegra e observe o que ela destaca em cada título, selecionando critérios que conferem qualidade literária às obras.

 tipos de classificação para os textos narrativos. gêneros adotados pelo Projeto TRILHAS. São eles:

As histórias com engano
Narrativas com personagens bem caracterizados favorecem o desenvolvimento da capacidade de se colocar no lugar do outro para entender suas ideias, seus propósitos, desejos e pensamentos. No caso das histórias com engano, muitas vezes essa intenção só é percebida completamente pelo narrador, quando esse se apresenta no texto como narrador onisciente, ou seja, aquele que tem pleno conhecimento das situações narradas, dos sentimentos e objetivos de cada personagem. Os personagens não possuem o mesmo domínio da trama e, por isso, são “enganados” uns pelos outros nessas histórias. O leitor, por sua vez, tem à sua frente todas as informações necessárias para compreender a situação de engano. Ao ler esse tipo de história, as crianças interpretam que alguém está enganando quando diz uma coisa, mas pensa outra. À medida que lerem esse tipo de texto, elas serão capazes de entender a diferença entre ação e intenção. Portanto, quando temos a oportunidade de trabalhar textos com essas características, vale a pena dedicar especial atenção e incluir conversas que façam as crianças pensarem sobre a relação entre os personagens, suas ações, pensamentos e intenções ao longo da narrativa.
Caderno de orientações histórias com engano (p. 1)

As histórias com repetição
As histórias com repetição oferecem às crianças a possibilidade de imaginar acontecimentos, que ocorrem de forma muito parecida, diversas vezes em uma mesma narrativa. Por meio desse movimento repetitivo da estrutura do texto, as crianças têm a oportunidade de compreender melhor a narrativa e de se apropriar de seu texto, chegando, muitas vezes, a realizar leituras autônomas dessas histórias. Portanto, deve haver lugar no dia a dia das crianças para que elas ouçam histórias com repetição. É um bom momento para fazê-las aprender mais sobre a nossa língua. Caderno de orientações 
histórias com repetição (p. 1)

As histórias clássicas
As histórias clássicas permitem a construção de um repertório literário compartilhado, que ao longo da vida funciona como referência cultural. Oferecem vantagens interessantes, como a possibilidade de conhecer histórias que lidam com a totalidade de uma situação, em que há uma organização temporal e hierárquica entre os acontecimentos. Além do mais, essas histórias tradicionais exploram conteúdos de extremo interesse para as crianças, como medos, anseios, abandono, crescimento, engano, o bem e o mal etc. 
Em geral, as histórias clássicas já fazem parte do repertório de leitura para as crianças pequenas. Muito provavelmente elas até já conhecem algumas das histórias mais tradicionais. Excelente: quanto mais conhecida, melhor. A partir do que já sabem, torna-se possível promover atividades que permitam abordar diferentes aspectos presentes no texto, que ficam invisíveis para as crianças, se não são abordados intencionalmente.

Histórias de animais 
O que são histórias de animais?
Histórias de animais -são narrativas cujos personagens são animais com características humanas. Trata-se de uma das mais antigas maneiras de contar uma história. Em sua maioria, são fábulas, cujo desfecho reflete uma lição ou mensagem com a intenção de mostrar o que é certo e o que é errado, propriedade essencial das fábulas. A moral é o aspecto mais visível das fábulas e nem sempre aparece destacada em uma frase no final do texto. Muitas vezes, encontra-se implícita na fala final de um dos personagens, por exemplo. As histórias de animais podem também aparecer sob a forma narrativa de contos curtos, sem uma moral explícita, cujos personagens, no entanto, apresentam características e ações muito semelhantes às dos personagens que compõem as fábulas: predomínio de um comportamento típico que, em confronto com outro, provoca determinadas consequências sobre as quais se pode extrair algum ensinamento. Poderíamos dizer que as histórias de animais comunicam-se fortemente com os pequenos leitores por seu caráter verossímil (que se assemelha ao real), pois tratam de temas da realidade humana por meio da ação de personagens alegóricos que se deparam com situações muito concretas. 
Caderno de orientações histórias de animais (p. 1)

Histórias com acumulação
As histórias com acumulação
As histórias com acumulação lançam mão de um recurso muito interessante que favorece a compreensão e a memorização do texto pelas crianças, permitindo uma leitura autônoma. Por exemplo, as histórias com acumulação apresentam um evento desencadeador da narrativa, que a partir daí é contada de maneira repetitiva, ou seja, a mesma ação é realizada por diversos personagens e a repetição de um mesmo acontecimento se dá por acumulação: surge um personagem, que não consegue resolver a questão levantada pela história, aparece outro, que também não consegue, e assim sucessivamente. Esse tipo de estrutura facilita a antecipação do que virá por parte das crianças, tornando mais fáceis a leitura e a retenção da história.
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Quais critérios você utiliza?
Em uma reunião de trabalho, os professores alfabetizadores de uma escola pública foram convidados pela coordenadora a selecionarem livros para ler em voz alta a seus alunos e socializarem os critérios que os motivaram nas escolhas. A orientação foi de que cada escolha estivesse atrelada a algum aspecto literário que eles gostariam de abordar com os alunos.







Leia os depoimentos abaixo e reflita sobre o(s) que mais se aproxima(m) de seus critérios na hora de escolher um livro, para ler em voz alta, com o objetivo de abordar aspectos literários por meio da conversa literária.



Professora 1 – Busquei um livro que tivesse ilustrações que dialogassem com os textos, ou seja, que complementassem o sentido da história. Então, podemos dizer que o critério utilizado foi a relação entre texto e imagem.


Professora 2 – Eu queria um livro que tivesse um texto bem escrito, com boas descrições e uma linguagem literária que enriquecesse o repertório dos alunos. Por isso, escolhi um conto de fadas. Então, o critério utilizado foi a qualidade do texto literário.


Professora 3 – Escolhi um livro cujo tema me ajudasse a trabalhar um projeto sobre cidadania desenvolvido na escola. Então, o critério foi o tema.


Professora 4 – Para aumentar a frequência de leitura de contos, escolhi um livro que trouxesse uma coletânea com textos diversos. Então, o critério utilizado foi o gênero.


Professora 5 – Gosto de escolher livros considerando as preferências das crianças, de modo que eu possa ampliar o repertório literário delas. Então, o critério utilizado foi o interesse dos alunos. 


Professora 6 – Eu gosto de escolher livros diversos que tenham uma temática leve, que sejam próximos ao universo infantil e que não assustem as crianças. Por isso, não leio os que têm como tema a morte, a solidão ou qualquer outro assunto que considero difícil para elas. Então, meus critérios foram a diversidade e a temática.
Critérios segundo Marina Colasanti
Marina Colasanti, escritora renomada, em uma entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo defende duas posições importantes quando se refere à literatura infantil. A primeira delas é de que a literatura não está a serviço de outros conteúdos do currículo ou de princípios morais. Na segunda, ela afirma que o adulto não deve subestimar a inteligência infantil, já que as crianças são capazes de ler todos os tipos de textos, até os mais difíceis, seja pela linguagem complexa como também pelo tema abordado.
Uso utilitário da literatura
Outro pressuposto mencionado por Marina Colasanti consiste em não ler um livro para trabalhar conteúdos alheios à literatura quando se tem como intencionalidade a formação do leitor literário. Podemos identificar logo na capa e na resenha que um livro foi produzido com o objetivo de utilizar a literatura para aprender conteúdos de outras áreas.
Yolanda Reyes
Yolanda Reyes, especialista da área, afirma:“A literatura não pretende explicar valores, letras do alfabeto, regras de polidez ou mensagens ambientais. Leia nas entrelinhas e não escolha um livro só pelo seu tema, mas pela sua forma e pela maneira como um autor constrói uma voz e um mundo próprios.”[FONTE: Yolanda Reyes em Como escolher boa literatura para crianças. www.revistaemilia.com.br. Set./2011]




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