Atividades para sala de aula
- William Shakespeare foi um poeta e dramaturgo inglês, tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente dramaturgo do mundo. É chamado frequentemente de poeta nacional da Inglaterra e de "Bardo do Avon". Wikipédia
- Falecimento: 23 de abril de 1616,Stratford-upon-Avon, Reino Unido
- Cônjuge: Anne Hathaway (de 1582 a 1616)
- Plano de aula
Objetivos
Analisar, apreciar uma poesia ou peça de teatro e discutir um espetáculo teatral, se posicionando frente ao objeto artístico
Conteúdos
Crítica teatral; história do teatro
Tempo sugerido
Três aulas.
Desenvolvimento
Introdução
Se é verdade que em 1588 não havia um só teatro em Londres, não se deve
concluir que houvesse pouca atividade teatral. As Guilds não estavam ainda inteiramente
extintas, e os grupos profissionais ambulantes se multiplicavam em grande
escala; as escolas e universidades encenavam peças latinas, traduções de peças
italianas e até peças de autores locais. A Corte já vira as máscaras italianas
e pantomimas locais e, ocasionalmente, algumas companhias profissionais
estrangeiras. Autoridades também promoviam espetáculos alegóricos por ocasião
de visita de soberanos estrangeiros.
A Corte, todavia, era favorável aos atores e autores e alguns nobres consentiam
emprestar seus nomes e uma espécie de proteção às companhias de teatro. Os
puritanos começavam a atacar o drama - início de uma luta que terminaria em
1642 com o fechamento de teatros e proibição de se representar.
Foi nesse período de teatro, vigoroso e violento, que William Shakespeare
nasceu em 1564, na pacata aldeia de Stratford-on Avon, frequentou a escola
local, aprendeu um pouco de latim e deixou os estudos para ajudar seu pai nos
negócios. O certo é que ele chegou em Londres por volta de 1588 e que deixou em
sua aldeia natal sua esposa Ana Hathaway (oito anos mais velha que ele) com
quem se casou aos 18 anos com quem teve um filho. Há indícios de que começou a
trabalhar em Londres vigiando cavalos dos espectadores nas portas dos teatros, logo se tornando ator
de uma companhia e mais a frente dramaturgo.
Inicie a aula introduzindo os alunos ao universo de vida de Shakespeare, seu
contexto histórico e cultural. Levante com os alunos as peças que eles
possivelmente já leram, assistiram ou conhecem deste autor. Em geral, muitos
conhecem a peça "Romeu e Julieta", pois já viram a versão para o
cinema com o ator Leonardo Di Caprio. Pergunte também sobre a poesia dos textos
de Shakespeare. Leia uma cena de romeu e Julieta. Eles dirão que a leitura é
difícil de compreender e comentarão sobre a dificuldade de ir ao teatro por
esta questão, pois os textos em versos são muito difíceis de entender. Talvez
até lembrem de nomes de diretores consagrados como Antunes Filho, do Eduardo
Tolentino e José Celso Martinez Correa. Bem como invocarão lembranças sobre
peças estudadas em sala de aula ou feitas na própria escola. Faça a provocação
sobre por que é tão difícil entender uma poesia e como podem melhorar esse
entendimento.
Ao ouvir os apontamentos dos alunos, situe-os historicamente com relação aos
Saraus e festas onde os poetas liam seus trabalhos, bebiam muito vinho e
cortejavam suas amadas. Conte que os autores reliam as histórias conhecidas
pelas pessoas, já escritas em contos e narradas oralmente nas rodas de festas,
se apropriavam delas e escreviam suas peças.
Levante com o aluno a importância de ler em voz alta, para aprender a ouvir
novas palavras e aumentar seu vocabulário, bem como escrever redações e cartas
mais longas. É claro que se deve lembrar das novas tecnologias e refletir de
como esses conhecimentos influenciam toda a arte do século XXI.
Comente como todas essas questões e movimentos do século XXI influenciam os
artistas atuais, como podemos resgatar o valor da poesia em nossa sociedade e
pense, junto com a classe, em estratégias culturais dentro da escola para que
isto aconteça.
Abra um parênteses sobre a crítica em questão, ler juntamente com a turma a
matéria da VEJA e proponha que na próxima aula este assunto seja resgatado e
discutido.
2a aula
Nesta aula falaremos sobre a vida e a obra de Shakespeare antes de comentarmos
a matéria sobre a suposta obra do mesmo. Comente com os alunos que o autor
adquiriu fama como ator antes de se tornar célebre como autor. Supõe-se que ele
foi um bom comediante, pois seu nome aparece em várias listas de atores deste
gênero teatral e alguém escreveu que ele representava bem. Fora do palco,
gozava de simpatia de quase todos, era amável, espirituoso e bem quisto.
Tornou-se sócio de uma companhia onde montou seus maiores sucessos como autor.
Como dramaturgo é extraordinário, mais do que qualquer outro de sua época,
escreveu com maestria dramas, comédias, tragédias, peças históricas e uma infinidade
se sonetos. Dentre seus personagens mais conhecidos estão Hamlet, Romeu,
Julieta, Macbeth e Lady Macbeth, Otelo, Iago, Ofélia, Catarina, Petruchio e as
Alegres Comadres de Windsor. Aqui o professor pode estabelecer um paralelo
sobre este assunto e os conhecimentos prévios dos alunos sobre o mesmo.
Mas não só Shakespeare figurava entre os dramaturgos da época, mas é fato que
os que vieram depois dele sofrem historicamente por terem sido diretamente
apagados por sua fama. Ben Jonson, John Fletcher e John Webster teriam sido
grandes em qualquer outra época. Para comprovar esta grandeza podemos olhar
para Ben Jonson, mais erudito que Shakespeare, foi a figura mais importante
entre seus contemporâneos. Não teve grande sucesso com seus dramas, mas suas comédias
tiveram sucesso comparável ao de Shakespeare.
Nesse período não era comum a publicação das peças teatrais e muitas se
perderam ou se mantiveram inéditas em seus manuscritos. E peças como Cardenio
podem ou não terem sido escritas por Shakespeare.
Como atividade o professor pode ler com os alunos trechos das peças de
Shakespeare, poesias de poetas brasileiros e até usar letras de músicas para
mostrar a poesia que há nelas. Podemos dar como exemplos as letras das músicas
de Vinícius de Moraes e Chico Buarque de Holanda. Proponha ao grupo que escreva
uma carta, uma poesia ou uma letra de música, com estes cunhos poéticos
apresentados.
3ª aula
Nesta aula o professor poderá ressaltar que, na época de Shakespeare, era muito
comum escrever um drama, uma tragédia ou uma comédia, tendo como base uma
história conhecida; como os gregos, que utilizavam de sua mitologia nas peças
dramáticas.
A paródia surge a partir de uma nova interpretação, em geral cômica, da
recriação de uma obra já existente e, em geral, consagrada. Seu objetivo é
adaptar a obra original a um novo contexto, passando diferentes versões para um
lado mais despojado, e aproveitando o sucesso da obra original para passar um
pouco de alegria. A paródia pode ter intertextualidade.
Neste momento, retome a matéria da VEJA, e comente o quadro "Porque
Cardenio não é Shakespeare". Proponha uma reflexão com os alunos: como se
descobre que uma obra (poesia, música ou peça teatral) é ou não de um autor?
Com esta reflexão, aponte questões como autoria, plágio e direitos autorais.
Avaliação
Tendo em vista as discussões e participação nas aulas anteriores, levante quais as perguntas que os alunos fariam aos atores e ao diretor de uma peça de Shakespeare.
Bibliografia
Cheney,
Sheldon. Artigo: Shakespeare e seu
tempo. Cadernos de Teatro no. 92, Rio de Janeiro 1982.
Gassner,
John. Mestres do Teatro I São Paulo, Editora Perspectiva, série estudos,
1997.
Heliodora,
Barbara. Falando de Shakespeare. São
Paulo, Editora Perspectiva, série estudos, 1998.
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