The Adventures of Gulliver
As aventuras
de Gulliver (The
adventures of Gulliver no original, (em inglês)) é um desenho animado produzido pela Hanna-Barbera, criado em 1968. O desenho é baseado no romance As
viagens de Gulliver, de Jonathan Swift. Foram 17 episódios no total, fazendo parte do
show dos Banana Splits.
História
Na busca pelo pai, Gary
Gulliver e seu cão Tagg acabam naufragando em uma ilha. Nesta ilha existe o
reino de Lilliput, onde seus habitantes tem uma altura diminuta, de apenas
alguns centímetros. Gulliver e seu cão são aprisionados pelos Lilliputianos,
logo após o naufrágio, mas logo acabam se tornando ótimos amigos. Com a ajuda
do povo de Lilliput, Gulliver continua sua busca pelo pai e de um tesouro,
usando um mapa que seu pai lhe deu. O tesouro também está sendo procurado pelo
malvado Capitão Leech que, sempre tenta roubar o mapa de Gulliver.
Personagens
Gary Gulliver
·
Capitão Leech
·
Tagg (cachorro de Gulliver)
·
Thomas Gulliver (pai de Gulliver)
·
Rei de Lilliput
·
Egger
·
Bunko
·
Soturno (Glumm, no original)
·
Flirtácia
Episódios
1
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"Dangerous Journey"
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2
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"The Valley Of Time"
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3
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"The Capture"
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4
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"The Tiny Viking"
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5
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"The Forbidden Pool"
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6
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"The Perils Of The Lilliputs"
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7
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"Exit Leech"
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8
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"Hurricane Island"
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9
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"Mysterious Forest"
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10
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"Little Man Of The Year"
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11
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"The Rescue"
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12
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"The Dark Sleep"
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13
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"The Runaway"
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14
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"The Masquerade"
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15
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"The Missing Crown"
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16
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"Gulliver's Challenge"
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17
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"The Hero"
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Resumo
do livro
Romance
inglês com descrições muito verossímeis sobre os mais absurdos lugares. Tudo
regado com muitas e muitas sátiras. Ao contrário do que muitos pensam, Lemuel
Gulliver não viajou apenas para a terra dos pequenos, Liliput (onde há a famosa
discussão com o povo de Blefuscu sobre qual é o lado mais fácil de quebrar um
ovo), além de ser o lugar onde Gulliver torna-se o bombeiro mais não convecional do mundo.
Tampouco viajou somente para a terra dos gigantes (Brobdingnag). Ele visitou
diversos outros lugares imaginários ainda mais interessantes.
Um desses lugares é Laputa. Laputa é uma ilha voadora cujo povo só se interessa
pela matemática e pela música (acho que eu conheço um quase laputiano
Depois Gulliver segue para a capital da ilha de Balnibarbi chamada de Lagado.
Nessa cidade existe uma academia, no qual são pesquisadas as coisas mais loucas
do mundo (como máquina que transforma dejetos humanos(A.K.A coco) em comida de
novo!). Devido ao exagerado investimento em pesquisa, a população vive num
estado de muita pobreza. (...)
Comentários:
O livro conta a incrível
história de Lemuel Gulliver. Com o naufrágio de seu navio por uma tempestade,
ele é arrastado a Lilliput, uma ilha cujos habitantes eram extremamente
pequenos e estavam permanentemente em estado de guerra por absurdas
futilidades. Os lilliputianos, para Swift, eram a mais pura representação
da realidade inglesa e francesa à sua época.
No segundo
capítulo, em oposição a Liliput, Gulliver conhece Brobdingnag, uma terra
de Gigantes. Nessa representação da sociedade inglesa, Swift critica a mediocridade da
sociedade inglesa diante da sua pretensa "grandeza".
A VERDADEIRA HISTÓRIA POR TRÁS DO LIVRO AS
VIAGENS DE GULLIVER
Uma das maiores mostras da prosa
satírica, o clássico de Jonathan Swift revela um autor enfurecido com o homem e
a sua maneira de se organizar em sociedade
Único sobrevivente de um naufrágio, o
médico Lemuel Gulliver consegue alcançar uma praia desconhecida. Exausto,
desaba e adormece. Ao acordar, se vê amarrado até os cabelos ao chão e é
surpreendido por um homenzinho de menos de 16 cm que, do alto de seu queixo,
empunha um arco e flecha. Logo, está na mira de dezenas, centenas de
criaturinhas nervosas. O primeiro encontro entre o cirurgião aventureiro e os
habitantes de Lilipute é mais do que conhecido. Mas suas viagens o levarão
ainda a outras terras tão ou mais estranhas, numa saga que se tornou um texto
essencial da literatura infanto-juvenil. Antes de seguir adiante, porém, é bom
corrigir esse que é um dos maiores equívocos sobre o clássico do irlandês
Jonathan Swift: rabugento convicto, dizia não suportar as crianças. Não queria,
portanto, escrever para elas. Em carta ao amigo e poeta Alexander Pope, afirmou
que pretendia com a obra agredir o mundo, e não diverti-lo.
Tom fabulesco e prosa deliciosa
garantem fãs de todas as idades e o sucesso desde a primeira edição (Imagem:
Wikimedia Commons)
Ao publicar o livro, em 1726, sob o
título Viagens em Diversos Países Remotos do Mundo em Quatro Partes, por Lemuel
Gulliver, a Princípio Cirurgião e, Depois, Capitão de Vários Navios, queria,
sim, por meio da sátira e ironia afiadas, criar um retrato da natureza humana e
atacar sua mesquinhez. Na voz do médico (a quem faltavam pacientes e sobravam
vontade de viajar e desânimo com a vida londrina), Swift faz uma dura crítica a
formas de pensar e à organização de países, religiões e grupos sociais. O tom
fabulesco e a prosa deliciosa, porém, garantiram fãs de todas as idades e o
sucesso desde a primeira edição.
Na primeira escala em Lilipute (As
Viagens se divide em quatro livros), o aventureiro compartilha suas impressões
sobre o povo minúsculo e feroz, que se opõe em dois partidos e resolve suas
divergências em disputas. A etapa seguinte leva Gulliver à terra de
Brobdingnag, onde ele se vê na situação inversa, numa terra de gigantes 12
vezes maiores que ele. Vivem aparentemente em paz - governados por reis
contrários à violência -, mas imersos na soberba. Na terceira parada, o médico
alcança a ilha flutuante de Laputa, onde muito se pensa e pouco se realiza.
Sua última viagem o conduz ao país
dos houyhnhnms (Estes, ao que parece, representam seus ideais iluministas da verdade e da razão. Swift, através de Gulliver e suas aventuras por lugares desconhecidos e mares nunca navegados, satiriza o homem, apontando vícios, deformações, propensões censuráveis e imperfeições imperdoáveis da raça humana.)- cavalos inteligentes e virtuosos que convivem com os rudes,
grosseiros e desleixados yahoos, seres humanos usados como serviçais, na terra
mais exemplar encontrada por Gulliver. A rota completa incluiu outros países de
nomes estranhos (como Luggnagg e Glubbdubdrib) e até o Japão, onde o cirurgião
explica aos habitantes e líderes locais como as coisas funcionam na Europa -
sobretudo na Inglaterra.
A forma de contar esse enredo, cuja
veracidade é sempre destacada pelo narrador, acaba por ser uma paródia ao
estilo literário em alta na época: os relatos de viagem. O inglês Daniel Defoe
publicara em 1719 Aventuras de Robinson Crusoé com grande sucesso. "A
Inglaterra ainda vivia um processo de expansão marítima e novas descobertas.
Destacava-se o exotismo, as diferenças entre os britânicos e os nativos dessas
terras", diz Sandra Vasconcelos, professora de literatura da USP.
"Swift usa esse aparato ficcional, então muito popular, para atingir outro
objetivo: a sátira, que também tinha forte presença na literatura inglesa e nos
trabalhos do autor".
Politicamente incorreto
Se Defoe (com a superação do náufrago
Crusoé e outros textos) transborda otimismo, o colega irlandês é bem mais
cético em relação às habilidades humanas. "Matem todas as crianças da
Irlanda", sugeriu Swift no texto de 1729 Uma Modesta Proposta - Para Impedir
que os Filhos das Pessoas Pobres da Irlanda Sejam um Fardo para os seus
Progenitores ou para o País, e para Torná-los Proveitosos ao Interesse Público.
Foi impulsionado, mais uma vez, pelo inconformismo em relação à
"burrice" do homem civilizado, principalmente com a política inglesa,
responsável pela colonização, que deixara irlandeses agora colhendo as
consequências da miséria, falta de comida e trabalho, imigrando para os Estados
Unidos. Fiel ao próprio estilo, o autor recomendava aos ingleses que
garantissem a amamentação dos bebês até o primeiro ano de vida, de forma que,
gordinhos, fossem servidos como aperitivo no jantar. Seria melhor opção do que
deixar que "virassem ladrões" por falta de trabalho. Para impedir a
extinção dos irlandeses, ele sugere que 20 mil crianças fossem reservadas para
a procriação no futuro. Para o escritor francês André Breton, um dos fundadores
do movimento surrealista, no século 20, Swift foi precursor do humor negro na
literatura.
Jonathan Swift nasceu em Dublin, em
1667, filho de uma inglesa radicada na Irlanda que ficou viúva antes de dar à
luz. Abigail Erick custeou os estudos do filho com a ajuda dos cunhados. Ele se
formou bacharel em artes e foi morar em Londres, onde tornou-se secretário do
diplomata sir William Temple, parente distante de sua mãe. Com o apoio dele,
Swift fez o mestrado em Oxford e, ordenado padre em 1695, foi indicado cônego
da igreja anglicana em Kilroot, Irlanda.
Em meados do século 17, a política
inglesa estava dividida entre dois grandes grupos: os whigs (liberais, que
resistiam à ascensão de um rei católico) e os tories (conservadores e
defensores do direito divino ao trono). Em 1685, o católico James II foi
coroado. Sob forte pressão, acaba destituído pouco depois pela filha
protestante e pelo genro Guilherme III. Essa disputa divide também os
intelectuais. Swift costumava ser identificado com os whigs, mas sob o governo
da rainha Ana se aproxima dos tories. O autor começou escrevendo poemas. Só no
início do século 18, dedica-se à prosa satírica, assinando suas obras, em
geral, como Isaac Bickerstaff. Apesar de ser associado a um ou outro partido,
ele se dizia contrário a várias características da prática política e se
revelava cético sobre a sociedade setecentista. "No fim do século 17, o
poder real deixa de ser absoluto na Inglaterra, que passa a ser uma monarquia
constitucional de parlamento forte. Swift explora isso nas Viagens, mas não
toma partido", diz Sandra.
Rato na toca
Ele acaba pagando um preço pelos
textos irônicos. Em 1713, sob um governo tory, perde um importante cargo: em
vez de conseguir a Sé de Hereford, na Inglaterra, é indicado como deão da
Catedral de São Patrício, em Dublin. Swift ofende-se com a nomeação, mas crê
que o melhor a fazer é retornar à Irlanda, onde diz se sentir como um "rato
entocado".
Por mais que tivesse sua própria
visão política - sob forte influência do racionalismo e da moral anglicana
conservadora -, ao escrever sua maior obra preferiu recorrer a terras
fantasiosas, comparando as atitudes de seus habitantes com a sociedade europeia
e a política inglesa. Gulliver aprende sobre cada lugar por onde passa, mas no
cenário mais "evoluído" que encontra (com os cavalos virtuosos) acaba
sendo renegado, pois se parece com a casta inferior, a dos humanos. Ele então
abandona os mares e retoma sua vida solitária.
Os anos derradeiros de Swift também
foram de reclusão. Seguiu escrevendo ensaios satíricos. Estava convencido de
que a estupidez humana estava por trás de todos os males sociais. Por causa
disso, chegou a desejar a loucura, que o ajudaria a "esquecer a
idiotice". Em 1736, ironicamente, adoece, fica surdo e é diagnosticado
como louco. Hoje se entende que ele tenha sofrido de Alzheimer ou da síndrome
de Ménière, que afeta o equilíbrio e a audição. Internado num asilo, para o qual
doaria quase toda a sua herança, serviu de atração para curiosos (devido à sua
doença, e não à sua obra). Foi sua última viagem. Morreu em 1745.
Novos mundos
Os principais destinos de Gulliver
Lilipute
Os liliputianos são 12 vezes menores que os humanos. Agressivos,
estão sempre às voltas com conflitos e lutam contra a ilha vizinha, Blefescu.
Gulliver ajuda Lilipute na guerra, mas seus pontos de vista causam revolta. É
condenado à cegueira, porém foge antes da punição. O livro I é comparado ao
racha entre tories e whigs.
Brobdingnag
Os gigantes que habitam o país
parecem repugnantes para Gulliver. Após servir de brinquedo e atração para os
nativos, tem longas conversas com o rei e o acha ignorante. Entretanto, chega a
ter vontade de viver naquela terra pacífica, de governo racional e organização
simples, retratada no livro II.
Laputa
Numa crítica à nova ciência da época,
Gulliver chega à ilha flutuante, onde o conhecimento se concentra na teoria e
não chega à prática. Os sábios são incapazes de se organizar, resolver questões
do cotidiano ou desfrutar de prazeres e distrações comuns. A academia local é
uma referência à Royal Society, fundada em 1660.
Houyhnhnm
Numa crítica à nova ciência da época,
Gulliver chega à ilha flutuante, onde o conhecimento se concentra na teoria e
não chega à prática. Os sábios são incapazes de se organizar, resolver questões
do cotidiano ou desfrutar de prazeres e distrações comuns. A academia local é
uma referência à Royal Society, fundada em 1660. Fred Linardi (Revista Aventuras na História,
fevereiro de 2011).
Na ilha flutuante de
Laputa, Swift critica o
governo inglês na Irlanda e faz uma condenação feroz ao pensamento cientifico
que não tem preocupações com a melhoria da sociedade e não traz benefício algum
para a humanidade.
Sua derradeira obra, chamada A Conversação Polida, escrita em 1738, é o resultado de anos de
observação e pesquisa. Desmascara neste ensaio o discurso frívolo dos ingleses,
das banalidades e incorreções que levam-no ao ridículo.
Em 19 de outubro de 1745, surdo e
louco, morre Jonathan Swift, em Dublin. No epitáfio escrito por ele mesmo em
latim consta: Aqui jaz o corpo de Jonathan Swift, doutor em
Teologia e deão desta catedral, onde a colérica indignação não poderá mais
dilacerar-lhe o coração. Segue, passante, e imita, se puderes, esse que se
consumiu até o extremo pela causa da Liberdade".
Fonte
http://rebobinandomemoria.blogspot.com.br/2012/08/a-verdadeira-historia-por-tras-do-livro.html
( Aventuras na história, imagens retiradas do Google)
( Aventuras na história, imagens retiradas do Google)
pt.wikipedia.org
Fred Linardi
(Revista Aventuras na História, fevereiro de 2011).
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