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e-book "Supere a si mesmo todos os dias"
quinta-feira, 25 de março de 2021
quarta-feira, 24 de março de 2021
sexta-feira, 19 de março de 2021
terça-feira, 9 de março de 2021
TEORIAS PEDAGÓGICAS E DIDÁTICA
Sandra Regina dos Reis
Fonte:UNOPAR -março 2021
Iniciaremos nosso estudo diferenciado teoria educacional, teoria pedagógica,organização do trabalho pedagógico e didática. |
A teoria educacional trata dos fins da educação e da relação da educação e sociedade, apontando as relações que se estabelecem entre essas duas realidades. A teoria pedagógica se propõe a objetivar e orientar o trabalho do professor e da instituição escolar no processo de ensino e aprendizagem. A organização do trabalho pedagógico ou a organização pedagógica do trabalho se inclui dentro da teoria pedagógica com uma especificidade de condução do processo de trabalho em sala de aula. A didática é uma parte ou uma dimensão da organização do trabalho pedagógico que se refere mais especificamente ao fazer do professor enquanto ensinante e ao fazer do aluno enquanto aprendente. A didática possibilita a articulação entre ensino e sociedade, buscando a compreensão de qual concepção de homem e sociedade fundamentam determinada forma de se organizar os objetivos, os conteúdos, os procedimentos, os recursos e a avaliação da aprendizagem. Mas, então, o que estuda a didática? Na formação do professor, a didática consiste em uma disciplina que discute o processo de ensino e aprendizagem, possibilitando uma reflexão sobre o papel social da escola, em uma visão contextualizada e histórica. Para Libâneo (2002, p. 8) a didática consiste em uma disciplina que se dedica ao estudo do “[...] processo de ensino no qual os objetivos, os conteúdos, os métodos e as formas de organização da aula se combinam entre si, de modo a criar as condições e os modos de garantir aos alunos uma aprendizagem significativa”. O ensino pode ser definido como um processo de comunicação com propósitos bem definidos, sendo uma ação intencional, que acontece através de ações planejadas, possibilitando a construção do conhecimento necessário à inserção social. O trabalho em sala de aula está associado às concepções sobre educação que o professor acredita. A sala de aula é um espaço rico de interações, onde todos podem ter acesso ao conhecimento se respeitada suas individualidades.
Para saber mais, leia “O essencial da didática e o trabalho de professor – em busca de novos caminhos” de José Carlos Libâneo, disponível em: http://www.ucg.br/site_docente/edu/libaneo/pdf/didaticadoprof.pdf |
Considerando que o campo da didática é o ensino, compete a ela, investigar os nexos entre ensino e aprendizagem para propor princípios, formas, diretrizes comuns e fundamentais ao ensino (Libâneo, 2002). Porém, para compreendermos a didática precisamos situá-la no tempo, isto é, conhecer sua evolução no contexto da história da educação. A didática desde os seus primórdios percorreu um longo caminho, do ponto de vista de sua teoria e prática, sendo voltada na escola tradicional para conteúdos e regras, caracterizada por um formalismo lógico. Falar em didática tradicional é lembrar autores como Comênio, que escreveu o livro denominado “Didática Magna” sendo considerado, dessa forma, o pai da Didática. Comênio (1592-1670) defende um método único e define a didática como a arte de ensinar tudo a todos. Comênio partia do princípio que a educação deve oferecer a sabedoria, a moralidade, a religião e levar o homem a felicidade eterna com Deus, pois é um direito natural das pessoas. Acreditava que a assimilação dos conhecimentos não acontecia de forma instantânea e valorizava a percepção sensorial dos alunos, sendo que o planejamento de ensino deveria obedecer à natureza infantil, ou seja, cada conteúdo de uma vez. No tocante ao Brasil, Veiga (2000) caracteriza o percurso histórico da didática dividindo-o em dois momentos: de 1549 até 1930 e o segundo de 1930 até a atualidade. O período inicial da Didática de 1549 a 1930 iniciou com a vinda dos padres jesuítas ao Brasil. “A educação não era considerada um valor social importante. A tarefa educativa estava voltada para a catequese e instrução dos indígenas, entretanto, para a elite colonial, outro tipo de educação era oferecido”. (VEIGA, 2000, p. 34). A educação dos jesuítas era contrária ao senso crítico e pregava formas dogmáticas de pensamento, privilegiando a memória e a formação do caráter. Pregavam uma educação não crítica, valorizando a memória e o raciocínio e privilegiando formação dos padres e a didática era voltada para um conjunto de regras. Com a expulsão dos jesuítas, inicia-se uma nova fase com Marquês de Pombal que é marcada pela educação laica, na qual professores leigos assumem o ensino por meio das aulas régias. O ensino permaneceu centrado no professor, transmissor da cultura geral de forma enciclopédica. A didática nesse período estava centrada no “intelecto, na essência, atribuindo um caráter dogmático aos conteúdos, os métodos são princípios universais e lógicos” (VEIGA, 2000, p. 36). O método aplicado era o de Hebart que propunha os como passos: a preparação, a apresentação, a comparação, a assimilação, a generalização e a aplicação.
Aprofunde seu conhecimento, lendo o texto “A trajetória histórica da didática “ de Amélia Domingues de Castro, disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_11_p015-025_c.pdf |
Assista ao vídeo Didática Geral: A Identificação da Didática, disponível em: http://youtu.be/pDMjytkuJJw
Agora que assistiu ao vídeo, reflita como a didática evoluiu e como os avanços nesse campo tem contribuído para o processo de ensino e aprendizagem.
Vamos agora, dar sequência ao nosso estudo, conehcendo mais um pouquinho sobre a didática e as tendências pedagógica.
O segundo período da história da didática marcado por Veiga (2000), que se inicia na década de 30 e estende-se até a atualidade. No período de 1930 a 1945, ocorreram transformações de cunho socioeconômico, e se iniciou no Brasil o período republicano marcado pelas concepções humanistas. Em 1932, o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova contou com a participação de vários educadores como Lourenço Filho e Anísio Teixeira. Caracterizou-se como um movimento de reação ao desinteresse político da época pela educação, sendo influenciado por ideias humanistas e pelas ideias de Dewey. A escola nova é respaldada em princípios psicológico, voltado ao desenvolvimento humano. Valoriza a pedagogia experimental, na qual os conteúdos cognitivos se deslocam para os métodos e processos pedagógicos, o centro do processo de ensino passa a ser o aluno. Preocupa-se com o interesse, a espontaneidade, a qualidade. Ensinar é criar condições de aprendizagem. O importante não é aprender, mas aprender a aprender. O professor assume o papel de estimulador e orientador da aprendizagem. Essas ideias perdem força no período de 1937 a 1945 com a ditadura Militar de Getúlio Vargas. Porém, ressurgem com o movimento desenvolvimentista e a educação popular de Paulo Freire no final dos anos 50 e início dos anos 60. Novamente são abortadas com a ditadura militar dos anos 60 e 70. Nesse período, o Brasil importa modelos de educação por meio de diversos acordos com os Estados Unidos, baseados na tendência tecnicista “inspirada nos princípios da racionalidade, eficiência e produtividade”. Ocorre a fragmentação do trabalho pedagógico (VEIGA, 2000, p. 34). O tecnicismo na educação é marcados pela visão da escola como empresa (centrado no fordismo), pela racionalidade técnica, pela valorização do planejamento, pela divisão de tarefas entre quem planeja e quem executa, pela tecnologia educacional e por questões metodológicas colocadas acima do próprio conhecimento. A didática assume um caráter técnico e prescritivo, sendo encarada como mero repasse de técnicas e formas de ensinar. Com esse perfil, é introduzida como disciplina nos cursos de formação de professores. Acentua-se ainda mais a desvinculação entre teoria e prática e “o formalismo didático por meio dos planos elaborados de acordo com normas prefixadas. A Didática é concebida como estratégia para alcance dos produtos previstos para o processo ensino e aprendizagem” (VEIGA, 2000, p. 41). Surgem no Brasil, na década de 80 as teorias crítico-reprodutivistas ou progressistas que buscam combater o caráter reprodutor da escola. Nessas, a didática deixa em segundo lugar a dimensão técnica e o senso crítico, passa a ser objetivo de professores e alunos. A perspectiva dialética traz desafios como a superação do formalismo didático priorizando a articulação e o trabalho dialético, avançando na reflexão. A educação não é mais ou processo de facilitação ou transmissão, mas de mediação, voltando-se para as camadas desfavorecidas economicamente. A didática vai além dos “métodos e das técnicas, procurando associar escola-sociedade, teoria-prática, conteúdo-forma, técnico-político, ensino-pesquisa” (VEIGA, 2000, p. 39). Assim, a didática busca recuperar suas atividades pedagógicas, analisando a realidade social e buscando mudanças na docência, através de seu compromisso com a formação.
Aprofunde seu conhecimento, lendo o texto “Tendências Pedagógicas” disponível em http://academico.ifam.edu.br/Uploads/MATERIAIS_AULAS/29039-Tend%C3%AAncias_Pedag%C3%B3gicas.pdf |
Resumo:
Nessa webaula você foi levado a conhecer um pouco sobre a didática e as teorias pedagógicas. Fizemos um breve passeio pelo contexto histórico, a fim de conhecer a história da didática e conceituá-la. Situamos o surgimento das teorias pedagógicas nas tendências pedagógicas que marcaram cada época e que ainda são presentes até os dias de hoje.
Referências
LIBÂNEO, José Carlos. Didática: velhos e novos temas. Edição do autor. Maio de 2002. Disponível em: http://www.iesp-rn.com.br/ftpiesp/Disciplinas%20PROISEP/M%F3dulo%203/2-DID%C1TICA_DO_ENSINO/Texto%20Complementar%20-%20Did%E1tica%20-%20Velhos%20e%20novos%20temas.pdf
VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Coord.). Repensando a didática. 16. ed. Campinas: Papirus, 2000.
segunda-feira, 1 de março de 2021
Cidadania: origem do conceito
Fonte: Unopar março 2020
A
palavra cidadania tem origem do latim civitas que quer dizer cidade. Sua
origem remonta à Grécia antiga, nas cidades-estados, a polis, ou seja, as cidades-estados gregas, cujas características eram
equivalentes ao que conhecemos hoje como cidade. Neste contexto histórico
estava relacionado aquele indivíduo que vivia na cidade-estado e gozava de
plenos direitos de vida. Era cidadão nas cidades gregas aquele que era livre e
podia usar, por exemplo, da palavra em locais públicos, neste caso na ágora,
praça pública Grega. A civilização grega inaugurava uma grande revolução na história da
humanidade. As decisões eram tomadas publicamente, na ágora,
por meio da palavra, do argumento,
não mais pela força, pela violência. Trata-se da superação institucional da
força em detrimento do argumento. Algo inédito da história da humanidade. Era um modo de
diferenciar pessoas gregas das demais, escravizadas em razão da dominação de
suas comunidades pelos gregos.
Mulheres
e escravos, os metecos,
não podiam fazer uso da palavra, o direito de falar era restrito a homens
adultos. Mesmo que nos pareça estranho era um avanço significativo que
culminou, gradativamente, com as mudanças que temos hoje.
São
dos gregos e seu sistema político que estruturamos muitas das vivências
atuais. Tratavam-se de povos bastante avançados para sua época e
guardadas as devidas proporcionalidades históricas, muito avantes em
relação ao seu tempo. É deles também a responsabilidade pelo desenvolvimento do
conceito de Democracia. Algo que não é tema de nossa aula neste momento.
Enfim,
é na Antiguidade Grega que a humanidade deu um passo importante afim de superar
o entendimento da
condição de nascimento. Até então, um indivíduo possuía determinadas
obrigações e concessões (não podemos falar em direito nesta época, porque esse
conceito ainda não existia) em razão do seu nascimento ou por suas conquistas
físicas, por meio da força. Inaugura-se uma nova forma de condição no mundo, a
capacidade de argumentar, ou seja, um resultado do pensamento,
da racionalização da vida humana.
Portanto,
todo
homem adulto que pertencia à cidade, e não fosse escravo ou mulher, era igual
entre si, e podia ter a
mesma condição.
Ao
longo de muitos séculos o conceito de cidadania aprimorou-se e
semanticamente não quer dizer atualmente apenas que alguém mora ou pertence a
uma cidade, está relacionado à capacidade e à condição de
exercer direitos e deveres em uma determinada comunidade e contexto social. Desenvolvemos
direitos civis e políticos e todos, indistintamente, sejam mulheres,
homens, negros, brancos, crianças, de qualquer nacionalidade ou idade, podem exigir e
exercer seus direitos.
Algo
que remonta a milhares de anos atrás, fruto da ação filosófica da humanidade, resultou em
algo tão crucial e determinativo para que nossa vida atual fosse mais
confortável. Uma das formas de exercer a cidadania é o voto.
CIDADANIA E VOTO
O voto é uma das formas de exercermos a cidadania e é sobre esse
exercício que vamos tratar aqui.
VOTE CONSCIENTE. MAS,
CONSCIENTE DO QUÊ ?
Uma
das frases mais ouvidas em época de eleições é faça um voto consciente.
Certamente você já ouviu isso algumas vezes nessa época de campanhas. Mas a
verdade é que votar consciente é muito mais fácil falado do que dito. Qual
seria a fórmula para votar consciente? Que passos você deve seguir para ter
certeza de que está fazendo uma boa escolha? Vamos aqui trazer algumas ideias
que você deve ter em mente na hora de escolher seus candidatos.
O QUE, AFINAL, É UM VOTO CONSCIENTE?
Quando
se fala em votar conscientemente, faz-se referência à importância de um voto
tomado a partir de informações adequadas, que apontem ao eleitor que o votado é
quem está mais apto a atender às demandas da população. Em certo nível,
trata-se também de um voto “desapegado”: antes de pensarem vantagens pessoais,
o eleitor deve pensar na coletividade, nas pessoas que o rodeiam: o que elas
querem? O que eu acredito que elas precisam? É esse tipo de questionamento que
deve estar na mente de um eleitor na hora de definir seu voto.
Um
voto consciente é feito com a consciência de que foi feita uma escolha
adequada. Você deve ser capaz de dizer: com um conhecimento adequado sobre os
candidatos em questão, escolhi aquele que acredito estar mais apto a gerir o
patrimônio e o interesse públicos.
ALGUNS PONTOS PARA OBSERVAR ANTES DE DEFINIR SEU VOTO
Enumeramos
algumas das melhores práticas na hora de definir o voto. Veja:
1)
CONHEÇA OS CARGOS A QUE OS CANDIDATOS ESTÃO CONCORRENDO
Em
2016, temos eleições para os cargos de prefeito e vereador. Ambos possuem
diferenças entre si. Muitas vezes, um candidato pode ser uma ótima pessoa, mas
simplesmente não ter perfil para o cargo a que está concorrendo.
2)
CONHEÇA OS CANDIDATOS, PARTIDOS E/OU COLIGAÇÕES
Cada
candidato deve elaborar e apresentar um programa de governo. Conheça as
propostas principais de cada candidato e veja com quais delas você mais se
identifica. A afinidade ideológica é muito importante, afinal existem grandes
ideias sobre a melhor maneira de se gerir uma sociedade.
Entretanto,
ainda fica faltando considerar um aspecto importante: a lisura do candidato.
Seria aquele um candidato corrupto, interessado apenas no que ele pode ganhar
para si com a política? Qual o passado desse candidato? Outro ponto importante
é perceber se o candidato possui uma vida dedicada à política. Estar envolvido
com a política há muito tempo pode ser um sinal positivo –já que pode
demonstrar que o candidato realmente se dedica a isso –, como pode também ser
um sinal negativo, afinal, existe a possibilidade de ele estar envolvido em
negociatas escusas que existem nesse meio.
De
qualquer forma, saber a história do seu candidato em detalhes revelará coisas
importantes sobre seu passado e suas convicções e lhe dará uma ideia melhor
sobre sua aptidão ao cargo em questão. E como ir atrás dessas informações? O
Tribunal Superior Eleitoral mantém um site com diversas informações sobre os
candidatos durante as eleições. A internet oferece farto material sobre a
política brasileira e pode trazer muitas informações sobre os candidatos que
você está avaliando.
Além
disso, o horário eleitoral gratuito pode ser uma importante ferramenta nessa
tarefa, apesar que de que você deve levar em conta que os principais candidatos
possuem mais tempo de propaganda, como também são respaldados por equipes
profissionais de marketing, que calculam todos os movimentos deles, a fim de
torná-los mais agradáveis ao público.
Outro
ponto importante é: em que partido ele milita? Esse partido formou coligações
com outros partidos? Quais foram eles? Tudo isso é importante, afinal não
há candidaturas independentes no Brasil. Assim, todos os candidatos estão
inseridos na lógica da política partidária. Quer saber mais sobre os partidos
políticos brasileiros?
3)
CONHEÇA AS REGRAS DO JOGO
As
eleições podem ser encaradas como um grande jogo, uma disputa condicionada a um
conjunto de regras que as tornam (em teoria) mais justas e democráticas.
· Você sabe como ficaram
as regras do financiamento de campanhas?
· Já ouviu falar sobre o
quociente eleitoral, que ajuda a definir quem estará na câmara de vereadores da
sua cidade?
· Sabe como se divide o
tempo no horário eleitoral? E o que é permitido ou proibido como parte de uma
campanha política (showmícios, distribuição de brindes, etc.)? Todos esses
detalhes contam bastante e é importante que você, como eleitor, os entenda.
4)
SAIBA EM DETALHES AS OPÇÕES QUE VOCÊ TEM NA HORA DE VOTAR
Não
esqueça os números de seus candidatos! De preferência, anote-os e leve com você
no dia da votação. Você pode anular seu voto ou deixá-lo em branco. É um
direito seu, mas lembre-se: ambos acabam por invalidar seu voto
e ter impacto zero na apuração do resultado (apenas dá uma forcinha para o
candidato mais votado). Cabe a você decidir se anular o voto é mesmo a decisão
mais acertada.
5)
NÃO VENDA SEU VOTO!
Além
de ser obviamente uma prática ilegal, tratar seu voto como mercadoria é de um
descaso inadmissível. Ao fazer isso, você já elege uma pessoa que se utilizou
de métodos imorais para chegar a um mandato político. Seu trabalho junto ao
poder público já nasce manchado e não tem a menor garantia de que será pautado
em prol do cidadão. E você abdica de seu papel como cidadão. A democracia é
jogada no lixo.
6)
NÃO SE ESQUEÇA DA IMPORTÂNCIA DO VOTO
Todos
estamos carecas de ouvir sobre a importância de votar. Desde pequenos nos falam
que votar é uma questão de cidadania; que é um direito social conquistado a
duras penas no Brasil; e que é expressão da vontade popular, que é soberana em
uma democracia.
Infelizmente,
votar parece ser mais uma daquelas situações em que existe uma grande
dificuldade de se associar a ação à sua consequência. Muitos acreditam que não
faz a menor diferença gastar tempo pensando no melhor candidato –afinal, dizem,
eles são todos iguais e no fim das contas sempre se revelam corruptos. Ainda
pior do que esse grupo de pessoas descrentes da política são aqueles que
negociam seu voto por vantagens pessoais, como cargos comissionados e benesses
“informais” (para não dizer ilegais) junto ao poder público –apenas mais um dos
traços do patrimonialismo ainda presente no Estado brasileiro. Ainda existem
aqueles que acreditam que a política é um jogo de cartas marcadas e que os
políticos são apenas fantoches na mão das pessoas e empresas que realmente
possuem o poder.
O
fato é que um voto consciente sempre será melhor do que um voto não consciente:
um voto vendido, anulado, ou feito na brincadeira. Se existem problemas que
precisam de uma mudança que vai além da consciência ou da instrução dos
eleitores, eles não podem impedir ninguém de exercer sua responsabilidade como
cidadão.
CIDADANIA E VOTO
O voto é uma das formas de exercermos a cidadania e é sobre esse
exercício que vamos tratar aqui.
VOTE CONSCIENTE. MAS,
CONSCIENTE DO QUÊ ?
Uma
das frases mais ouvidas em época de eleições é faça um voto consciente.
Certamente você já ouviu isso algumas vezes nessa época de campanhas. Mas a
verdade é que votar consciente é muito mais fácil falado do que dito. Qual
seria a fórmula para votar consciente? Que passos você deve seguir para ter
certeza de que está fazendo uma boa escolha? Vamos aqui trazer algumas ideias
que você deve ter em mente na hora de escolher seus candidatos.
O QUE, AFINAL, É UM VOTO CONSCIENTE?
Quando
se fala em votar conscientemente, faz-se referência à importância de um voto
tomado a partir de informações adequadas, que apontem ao eleitor que o votado é
quem está mais apto a atender às demandas da população. Em certo nível, trata-se
também de um voto “desapegado”: antes de pensarem vantagens pessoais, o eleitor
deve pensar na coletividade, nas pessoas que o rodeiam: o que elas querem? O
que eu acredito que elas precisam? É esse tipo de questionamento que deve estar
na mente de um eleitor na hora de definir seu voto.
Um
voto consciente é feito com a consciência de que foi feita uma escolha
adequada. Você deve ser capaz de dizer: com um conhecimento adequado sobre os
candidatos em questão, escolhi aquele que acredito estar mais apto a gerir o
patrimônio e o interesse públicos.