A
Psicopedagogia não esta adoecendo nossas Crianças, esta dando Esperança.
Mas
que história é essa?
Recentemente milhares de
psicopedagogos se depararam com uma triste publicação: A Psicopedagogia esta adoecendo
as nossas crianças
É realmente muito triste quando pessoas com o nível intelectual tão alto
não conseguem se expressar adequadamente, ou seja, com cautela e acabam
machucando milhares de profissionais que se dedicam tanto para alcançarem seus
objetivos e atuar em suas áreas de formação.
Queremos mostrar um novo olhar sobre
a visão da autora do artigo e provar que nós enquanto psicopedagogos não
estamos adoecendo ninguém, ao contrário, estamos dando ESPERANÇA.
Antes de alguém afirmar que: “após a realização de uma pós graduação em
psicopedagogia e/ou neuropsicopedagogia não estamos aptos a avaliar e a
diagnosticar alunos” é preciso se informar melhor, vejam o porque:
A formação do Psicopedagogo, no Brasil,
vem ocorrendo em caráter regular e oficial, desde a década de setenta em
instituições universitárias. Esta formação é regulamentada pelo MEC em
cursos de pós-graduação e especialização, com carga mínima de 360 horas, sendo
que a maioria dos cursos são oferecidos com 600 horas ou mais, conforme
orientação da ABPp estabelecida nas Diretrizes Básicas de Formação de Psicopedagogos no Brasil.
Também é preciso ter cuidado ao
realizar outra afirmação errônea como a “que NÃO EXISTE A PROFISSÃO DE PSICOPEDAGOGO” é necessário
pesquisar um pouco mais, vejam o que diz o Ministério
de Trabalho e Emprego e a Comissão de Educação, Cultura e Esporte no site
do senado https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2013/10/16/projeto-que-regulamenta-profissao-de-psicopedagogo-e-aprovado-pela-ce
O psicopedagogo é o profissional
habilitado para atuar com os processos de aprendizagem junto aos indivíduos,
aos grupos, às instituições e às comunidades. Desde 2002, pela Classificação
Brasileira de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a
Psicopedagogia foi inserida na Família Ocupacional 2394-25 dos Programadores,
Avaliadores e Orientadores de Ensino.
Projeto que regulamenta profissão de
psicopedagogo é aprovado pela CE
A Comissão de Educação, Cultura e
Esporte (CE) aprovou nesta quarta-feira (16) projeto de lei com o objetivo de
regulamentar o exercício da atividade de Psicopedagogia. Conforme o PLC
31/2010, originário da Câmara dos Deputados, a profissão poderá ser
exercida não apenas por graduados em Psicopedagogia, mas também por portadores
de diploma superior em Psicologia, Pedagogia ou Licenciatura que tenham
concluído curso de especialização em Psicopedagogia, com duração mínima de 600
horas e 80% da carga horária dedicada à área.
O projeto também autoriza o exercício aos portadores de diploma de curso
superior que já venham exercendo, ou tenham exercido, comprovadamente,
atividades profissionais de Psicopedagogia em entidade pública ou privada, até
a data de publicação da lei.
Entre as atribuições da Psicopedagogia, o projeto inclui intervenção
psicopedagógica com o objetivo de solucionar problemas de aprendizado, com
enfoque na pessoa ou na própria instituição onde se desenvolva a aprendizagem.
E a Neuropsicopedagogia graças ao
trabalho árduo da SBNPp – Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia já avançou
muito, vejam:
A Neuropsicopedagogia no Brasil, já conta com o
reconhecimento obtendo seu CBO
– Classificação Brasileira de Ocupação. Neuropsicopedagogo
Clínico (2394-40) e do Neuropsicopedagogo Institucional
(2394-45) como profissões oficias.
Para algumas pessoas nossa luta para
conquistarmos o respeito no mercado de trabalho pode não significar nada, mas
para nós que amamos o que fazemos, cada pequena vitória vale muito, e temos
certeza que chegaremos lá.
A
pergunta é:
Quem
se forma profissional em 360 h à distância?
A resposta é simples. Atualmente milhares de profissionais em todo
Brasil.
Para
todos aqueles que não compreendem ainda como funciona a absorção (assimilar
algo) de conhecimento, vamos lá.
Ninguém pode determinar o tempo de
aprendizagem do outro. Todo ser humano apresenta um ritmo único no processo de
evolução. Cada pessoa tem uma história particular e única, formada por sua
estrutura biológica, psicológica, social e
cultural. Dessa forma não é possível alguém afirmar que NINGUÉM
PODE APRENDER EM 360H.
Além
de absurdo chega ser chocante ouvir isso.
Tudo isso nos faz pensar no GRANDE PRÉ-CONCEITO E PRECONCEITO que ainda
permeia infelizmente em nossa sociedade. Algumas pessoas pensam que quem estuda
a distância não desenvolve as mesmas habilidades de quem estuda na modalidade
presencial, e isso não é verdade, porque a
aprendizagem depende do esforço e dedicação de cada um e não
especificamente apenas do fator, tempo.
Ensino
Presencial ou a Distância?
Muitas instituições oferecem cursos
tanto na modalidade presencial quanto de ensino a distância (EaD). Ambas têm suas vantagens e cada
estudante deve escolher de acordo com o que melhor se alinha com suas
prioridades. Os dados do Censo de Ensino Superior de 2016 confirmam isso e
mostram que o ensino presencial teve uma queda anual de 1,2% nas matrículas
enquanto o EAD teve uma expansão de 7,2%.
Especialistas defendem que o futuro do ensino é híbrido. Nem 100% online nem 100% sentado em sala de aula
ouvindo o professor.
Aprender requer esforço e muito estudo por parte do estudante. Não
sejamos preconceituosos, precisamos respeitar o tempo e a opção de cada um.
Sejamos
realistas, sinceros, porém PRUDENTES em nossos julgamentos.
Sim, é verdade que existem Psicopedagogos e Neuropsicopedagogos atuando sem
qualificação. Existem profissionais nesse segmento que estão sim,
desrespeitando e invadindo o que não lhes competem enquanto
profissional. Não vamos questionar tal afirmação pois, enquanto
profissionais sabemos que isso existe.
Mas também não podemos agora baseados
nisso generalizar e começar a afirmar que são basicamente todos os Psicopedagogos e Neuropsicopedagogos que se
formaram no ensino a distancia ou todos que possuem uma carga horária
de 360 horas. Anos de profissão
e experiência devem servir para que julgamentos como esse não sejam feitos de
maneira torpe, cruel e por vezes até desumana.
Por
que isso acontece?
Na maioria das vezes não é culpa das
instituições de ensino e sim da falta de esforço e de compromisso que cada um
tem em suas ações. Não é justo afirmar que só na Psicopedagogia e na Neuropsicopedagogia que
encontramos profissionais desqualificados. Em todas as PROFISSÕES vemos isso acontecer. Veja o
que o célebre médico psiquiatra, professor e escritor Augusto Cury ressalta em seu livro:
“Em
todo o mundo, neurologistas, psiquiatras e
psicopedagogos estão fazendo diagnósticos
errados”
Vejam
que ainda fica bem pior quando pesquisamos um pouco mais sobre erros e
diagnósticos.
Um estudo brasileiro mostrou que “eventos adversos” – erros, negligência
ou baixa qualidade do serviço – podem ser a primeira ou segunda causa de óbitos
no país, à frente das doenças cardiovasculares, que mataram 339.672 pessoas, ou
câncer, com 196.954 óbitos, em 2013. A cada três minutos, cerca de dois
brasileiros morrem em um hospital por consequência de um erro que poderia ser
evitado.
Leia toda a reportagem no site: https://veja.abril.com.br/saude/erro-medico-mata-mais-que-cancer-no-brasil/
Fica
a dúvida:
“Será que esses tais “eventos
adversos” também foram causados por profissionais que tiveram apenas 360 h
de ensino à distância ou que estudaram em universidades por anos?
De
quem é a responsabilidade, afinal?
De
todos nós é o que parece. Deveríamos ajudar mais uns aos
outros ao invés de ficar criticando,
julgando, menosprezando, fingindo que não estamos vendo nada, ou bem pior,
ficar acreditando que somos capazes de concertar o mundo sozinhos. Ficar horas e
horas procurando os culpados pela situação que encontra-se nosso país ou
buscando sempre jogar a culpa nos outros para diminuir a nossa responsabilidade
com a sociedade, não ajuda muito não é mesmo? Acreditamos que bastaria
que cada um fizesse a sua parte da melhor maneira possível, com muito amor,
esforço e dedicação que muitas coisas seriam diferentes e consequentemente bem
melhores.
Por fim, podemos realmente entender que somente através do respeito e do
amor poderemos resgatar nossos crianças. Precisamos mudar nossa maneira de
enxergar o outro, não devemos julgar e expor todos por causa de uns que não
possuem ética naquilo que escolheram fazer.
É muito importante acreditarmos que tudo é possível
quando temos humildade e respeito pelo nosso próximo. (Oliveira, 2019)
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