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quinta-feira, 23 de abril de 2020


Conheça as 20 metas do Plano Nacional de Educação
 27/04/2017 - 09h52 - Por Thaís Ferraz


Em 2014, o Ministério da Educação (MEC) oficializou o Plano Nacional de Educação (PNE), que determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional brasileira nos próximos dez anos. O documento, construído a partir de discussões e debates entre diversos setores da sociedade, também serviu como base para a elaboração dos planos estaduais e municipais de educação. Com a Emenda Constitucional nº 59/2009, o PNE passou a ser uma exigência constitucional — a cada dez anos, um novo documento será elaborado.
O Plano Nacional de Educação em vigência (2014-2024) apresenta 20 metas para a Educação no Brasil. Para chegar lá, 254 estratégias são sugeridas. Confira as metas, separadas em quatro blocos temáticos:
Primeiro bloco — Metas estruturantes para a garantia do direito a educação básica com qualidade
  • Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE.

  • Meta 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco porcento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.
  • Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).
  • Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental.
  • Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta porcento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco porcento) dos(as) alunos(as) da educação básica.
  • Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2 no ensino médio.

  • Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.
  • Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.
  • Meta 11: triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.
Segundo bloco — Redução das desigualdades e valorização da diversidade
  • Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.
  • Meta 8: elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25%  mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Terceiro bloco — Valorização dos profissionais da educação
  • Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
  • Meta 16: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.
  • Meta 17: valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.
  • Meta 18: assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de carreira para os(as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos(as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Quarto bloco — Ensino Superior
  • Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.
  • Meta 13: elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.
  • Meta 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.

segunda-feira, 13 de abril de 2020



PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA
"Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo". (Hermann Hesse)

▼fonte:http://taismarapsicopedagoga.blogspot.com/2012/10/relacao-de-materiais-e-equipamentos.html?m=1

quarta-feira, 31 de outubro de 2012
MATERIAIS PARA CONSULTÓRIO PSICOPEDAGÓGICO


RELAÇÃO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PARA MONTAR SEU CONSULTÓRIO PSICOPEDAGÓGICO:(Modelo) COLABORAÇÃO DA PSICOPEDAGOGA REGINA PICOLI DE PARANÁ


 Teste das Matrizes Progressivas Coloridas Raven;
 Escala de Inteligência Wechsler para Crianças (WISC – III);
 Teste Columbia de Maturidade Mental;
 Material para anamnese: entrevista semi-estruturada; formulários; fichas de avaliação e acompanhamento.
 Materiais como: lápis de cor, folhas, giz de cera, canetinhas, caneta...
 Livros que abordam temas específicos.
 Jogos para avaliação de algumas habilidades como: atendimento a ordens; nomeação de objetos e figuras; interação social; persistência e atenção; sequenciação e motricidade. Sugestão de alguns jogos:
 Caixa-encaixa;
 Pranchas de encaixes;
 Lotos;
 Tabua de pinos.
 Jogo de alfabeto móvel;
 Jogo de alfabeto ilustrado;
 Jogo de alfabeto com figuras;
 Jogo e alfabeto e sílabas;
 Jogo de alfabeto de encaixe (letra cursiva);
 Jogo de alfabeto e palavras;
 Jogo de loto leitura;
 Jogo de mico de palavras;
 Jogo de baralho para classificação;
 Jogo de carimbos (diversos);
 Conjunto de viso, perceptivo com 10 jogos;
 Bloco de construção;
 Conjunto de esquema corporal (quebra-cabeça);
 01 fazendinha;
 01 caixa quadrado vazado;
 Caixa triângulo vazado;
 Jogo de linha (matemática);
 Jogo de numerais e quantidades 0 a 9;
 16 jogos de memória (diversos);
 02 jogos de dominó associação de idéias;
 01 jogo de dominó associação geométrica;
 Jogos de dominó de frases;
 01 jogo de dominó de quantidades;
 Jogo de dominó de metade;
 Jogos de dominó de subtração;
 Jogos de dominó de multiplicação;
 Jogos de dominó de divisão silábica;
 Jogos de dominó de horas;
 Jogos de dominó de divisão;
 Jogos de divisão de figuras e fundos;
 Jogos de dominó de torre cor de rosa;
 01 casinha de encaixe;
 01 jogo de fantoches família branca (com 6 peças);
 01 jogo de fantoches família preta (com 6 peças);
 01 jogo de fantoches de animais (com 10 peças);
 Ábaco de plástico;
 Ábaco de madeira;
 09 jogos de seqüência lógica;
 Blocos lógicos;
 Quebra cabeça (diversos);
 Rádio com CD;
 01 jogo completo de Maria Montenoria;
 02 baús criativos;
 CDs de música (diversos);
 Fitas de vídeo (diversos);
 Livros de histórias (diversos);
 01 jogo CDTECA;
 Brinquedos diversos.

Créditos:
http://psicolucia.blogspot.com.br/2009/02/relacao-de-materiais-e-equipamentos.html

Atividades para aplicação em ambiente virtual

domingo, 12 de abril de 2020



BRINCANDO E APRENDENDO

O aprendizado começa nas brincadeiras, portanto criar espaço e condição para as crianças brincarem é proporcioná-las desenvolvimento saudável e criativo.

Fonte:http://cibelealvespsicopedagoga.blogspot.com/2012/03/desenhos-de-crianca.html?m=1
quarta-feira, 14 de março de 2012

MODELO DE AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

EOCA

A EOCA (Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem) é a primeira sessão realizada com o sujeito para se descobrir o vinculo que tem com a aprendizagem é nela que vamos perceber o que a criança sabe fazer e o que aprendeu a fazer.
Para Visca, o que nos interessa observar na EOCA são “... seus conhecimentos, atitudes, destrezas, mecanismos de defesa, ansiedades, áreas de expressão da conduta, níveis de operatividade, mobilidade horizontal e vertical etc (1987, p. 73).

Arrumei sobre a mesa da sala de informática da escola, os seguintes materiais: Papel sulfite (branco e colorido), folha pautada, lápis de cor (fechado), tesoura, canetas hidrocolor, lápis (sem ponta), apontador, borracha, gibi, revista de vídeo game, alfabeto móvel e um dominó (de figuras e palavras).
¨ Iniciei perguntando se ele sabia o nome daqueles materiais ¨
Ele ma respondeu que sim e, foi nomeando cada um, porém com bastante insegurança, sempre olhando para mim, para confirmar. Esqueceu o nome do gibi, dominó e caneta hidrocolor. Durante este tempo ele nomeou, mas não tocou em nada.
Dei a seguinte consigna: Este material é para você me mostrar o que sabe fazer, o que lhe ensinaram e o que você aprendeu.
Ele respondeu:
_ Não sei fazer nada, nunca me ensinaram nada.
P- Você pode mexer neste material.
O aprendente timidamente pegou o alfabeto móvel, olhando letra por letra.
P- Você consegue formar sílaba?
Ele responde que sim, mas não sabe escrever. Pedi que tentasse. Ele pegou a letra b, a, l e, perguntou se a letra o formava a palavra bola.
E no papel, o que você sabe me mostrar?
Ele pegou o papel, o lápis e, me disse que o lápis estava sem ponta. Falei que ele poderia apontar, ele fez tudo bem devagar, foi até o lixo e apontou o lápis, voltou e disse. ¨ só sei escrever o meu nome ¨
P- E números, você conhece? Ele escreveu de 1 a 10 e, disse que era só isto que sabia fazer.
Ele guardou as letras do alfabeto e não mexeu mais em nada.

Elaboração do primeiro sistema de hipóteses

Para Visca o que obtemos nesta primeira entrevista é o conjunto de observações que deverão ser submetidas a uma verificação mais rigorosa, constituindo o próximo passo para o processo diagnóstico. (1987, p74)
Na E.O.C.A é necessário observar três aspectos para formar o sistema de hipóteses para outros momentos do diagnóstico: temática, dinâmica e produto.
 Quanto a temática, o aprendente  me demonstrou uma certa resistência quanto ao seu aprendizado, sempre dizendo que não sabia fazer nada e que, não te ensinaram nada.
Em relação à Dinâmica, o aprendente me pareceu muito nervoso, roeu unhas, levantou e sentou algumas vezes. Teve muita resistência em mexer nos objetos. Pegou timidamente o alfabeto móvel, demonstrando o quanto aquilo era importante para ele - confesso que imaginei que ele iria olhar a revista de game, pois me disse que gostava muito de game.
No que se refere ao Produto gravou o seu nome no papel e disse que era a única coisa que sabia fazer, ao ser indagado sobre números escreveu de 1 à 10 e disse que não sabia fazer mais nada, mas escreveu bola com o alfabeto móvel.

As hipóteses levantadas é que o aluno possui um vinculo negativo quanto ao aprendizado, diz que quer aprender, mas isto se tornou muito conflitante, pois quer aprender e não consegue e as pessoas envolvidas não têm paciência. Sua modalidade de aprendizagem é hipoassimilativa. Possui problemas na fala, baixa autoestima, fixação oral, provável problema de visão, porque chega muito perto para escrever. Como I. não consegue ler, tem problemas na fala e bastante falha de memória é necessário uma análise mais profunda, possível caso de uma dislexia. 


Provas operatórias

Segundo Sampaio, através das provas operatórias teremos condições de conhecer o funcionamento e desenvolvimento das funções lógicas do sujeito. (2009, p.41)
As provas operatórias podem ajudar a identificar crianças com defasagem cognitiva, pois a sua idade cognitiva pode ser diferente da sua idade cronológica.
Como I. é um adolescente de 14 anos comecei por provas Conservação de volume. Peguei dois copos iguais e com a mesma quantidade de líquido, porém um com colorido de vermelho e o outro de amarelo. Perguntei. O que ele poderia me dizer sobre o material. Ele responde que é copo com suco. Falei que não era suco e sim água com corante. Perguntei se neles tinham a mesma quantidade de líquido, ele olhou e disse que sim. Pedi que ele escolhesse duas massas de modelar, que estavam na caixa. Ele escolheu a preta e a azul, fez duas bolas iguais. Perguntei se as bolas tinham a mesma quantidade de massa. Ele disse que sim. Perguntei que se eu colocasse a bola negra no líquido amarelo, o que iria acontecer. Ele disse que a água iria subir. Por quê? Porque a massa vai afundar e o líquido vai subir. Repeti a pergunta com a outra bola e o outro líquido. A resposta foi a mesma. Pedi que ele fizesse uma salsicha com a massa negra. Fiz as mesmas perguntas e ele conservou. Ele disse que a massa só mudou de forma, mas era a mesma quantidade, e sabia disto porque tinha tirado as duas da caixa e estavam com a mesma quantidade. Durante toda a prova I. se mostrou conservador.
Prova conservação de comprimento o aprendente se mostrou conservador e, sorriu quando fiz contra argumentação.

Prova de inclusão de classes nesta prova troquei o conjunto de flores por conjunto de ferramentas, pois tinha mais a ver com o aluno. Conjunto de 10 serrotes e três martelos feitos de EVA:
O que você pode-me dizer sobre este material? São ferramentas
Conhece estas ferramentas? Sim, martelinhos e serrotinhos
Serrote é ferramenta? Sim
Pedi que ele colocasse todas em uma mini caixa de madeira e perguntei:
Nesta caixa tem mais serrote ou ferramentas? Ele riu e, me disse: - Os dois são ferramentas.
Um menino me disse que tinha mais serrotes que ferramenta. - Mas são todas ferramentas.
Como você sabe? – O meu pai tem uma caixa de ferramenta no carro e serrote e martelo são ferramentas.

Técnicas projetivas

As técnicas projetivas psicopedagógicas têm o objetivo de investigar a rede de vínculos que o sujeito possui em três domínios: o escolar, o familiar e consigo mesmo. Em cada um destes domínios, guardando as diferenças individuais, é possível reconhecer três níveis em relação ao grau de consciência dos distintos aspectos que constituem um vínculo, o vínculo de aprendizagem.
Segundo Sara Pain, o que podemos avaliar no desenho ou relato é a capacidade do pensamento para construir uma organização coerente e harmoniosa e elaborar a emoção. Também permitirá avaliar à deteriorização que se produz no próprio pensamento. (1992, p.61)

Vinculo escolar – nesta sessão pedi a I. que desenhasse duas pessoas: uma que ensina e outra que aprende.
I. Ficou muito inquieto e disse que isto ele não sabia desenhar e que, não iria desenhar uma professora, disse a ele que a gente aprende com muitas pessoas e não só com a professora. Ele pediu para ir ao banheiro, deixei, porque vi que ele estava bastante agitado. Quando ele voltou resolveu desenhar. Depois que acabou me disse- é isto que sei desenhar. Ele desenhou um garotinho olhando o mar e um peixe saltando do mar.
Perguntei o que ele tinha desenhado? - me respondeu que era o mar, mas ele achava que estava errado, porque ele desenhou o mar nas laterais da folha como se fosse uma cachoeira.


Você já viu o mar?  - Não
Gostaria de ver? – claro, deve ser bonito
E isto aqui (apontei para o desenho) o que é?  - Um peixe pulando do mar
Por que ele está pulando do mar? – não sei
E este garoto, quem é? – não sei
Gostaria de dar um nome a ele? - não
Você quer pintar o desenho? – não, porque não sei pintar.
O seu avô pescava? – não e, não quero falar dele
E o seu pai? - também não.
Fiz esta pergunta para saber se este não era uma aprendizagem interiorizada do aluno. Uma das duas figuras paternas poderia ter ensinado isto a ele.
Percebi que o aprendente estava muito agitado e resolvi deixá-lo escolher um jogo e, nós terminamos a sessão com um jogo da memória de números. Este jogo consiste em um certo número de figuras, que a criança tem que contar e depois pegar a outra peça com o número correspondente, percebi que ele conta figuras até o número 13, mas na hora de pegar a peça com o número correspondente ele esquece.
Vinculo Familiar - Nesta sessão pedi que ele desenhasse a planta de sua  casa.
O aprendente pegou a folha e, antes de desenhar me avisou que não vai desenhar nada da escola. Perguntei o porquê? – porque não sei.
I. desenhou os cômodos de sua casa e me explicou como era a sua casa, disse que queria um quarto só para ele, mas dormia com a mãe e a irmã no mesmo quarto e que, a mãe havia prometido que no natal o irmão mais velho vai embora e ele vai para o outro quarto.
Onde você faz lição de casa? – Quando eu faço- faço na cozinha   
O adolescente me mostrou no desenho os cômodos de sua casa, fez comentários sobre a sala, onde fica o seu vídeo game, me disse que quando for para o seu quarto irá dormir até mais tarde.
Diferente da outra prova o aluno me pareceu bastante calmo, desinibido e até contente em me mostrar a sua casa. I. tem um relacionamento bastante equilibrado com sua família, porém algumas vezes me reclamou sobre a mãe não deixá-lo sair com o pai, quando este aparece. O seu maior tabu é falar sobre o avô falecido quando ele estava com 10 anos.
Elaboração do segundo sistema de hipóteses

O educando apresentou nível 3 em sua avaliação cognitiva, conservou em todas as provas e ainda ria de mim quando eu fazia uma contra argumentação. Quanto às provas projetivas, ele demonstrou um péssimo vinculo com o aprendizado e com as pessoas que fazem parte deste sistema. Fiz perguntas sobre as suas professoras, tanto as do ano em questão como as anteriores, mas ele não gosta de falar delas e disse não lembrar o nome de nenhuma professora. Porém esquecer os nomes pode estar relacionado a curta memória apresentada pelo aprendente, mas o não querer nem falar demonstra as dificuldades que o aluno passou neste caminho de aprendizado frustrante. Em determinado momento ele me disse que só lembrava dos professores gritando com ele, porque ele não conseguia escrever e todos achavam que ele era preguiçoso, para I  ele está sozinho em seu aprendizado e, sente que não pode contar com ninguém, segundo ele nunca tiveram paciência ao ensiná-lo e isto não ocorreu somente no ambiente escolar, mas com seus familiares também. Em relação a provas de vinculo familiar o aluno apresentou um bom vinculo com a família, mas reclamou da falta de participação do pai e da super proteção da mãe que não o deixa sair nem para brincar. Apresentou interesse em sair do quarto da mãe para ter mais independência nos seus horários e objetos.

Teste de snellen

O sistema padrão universal para avaliar a visão é o teste de Snellen. Este teste, que a maioria de nós conhecemos, consiste em ler linhas de letras cujo tamanho vai diminuindo e as quais estão penduradas a uma distância padronizada da pessoa a ser testada. Cada linha na tabela diz respeito a uma graduação que representa a acuidade visual.
Cada fileira é designada por um número, correspondente a distância na qual um olho normal é capaz de ler todas as letras da fileira. Por exemplo, as letras na fileira "40" são suficientemente grandes para que um olho normal veja na distância de 40 pés.
Neste teste foi diagnosticada uma acuidade visual de 50% da visão normal, portanto é necessário encaminhamento ao oftalmologista.


Teste motor

I. não consegue recortar  desenhos, mesmo com linhas tracejadas, não tem firmeza para segurar a tesoura, fica todo perdido para fazer esta atividade. Sua lateralidade não é definida, confunde lado esquerdo e lado direito de seu corpo. Apresentou dificuldades quanto à orientação temporal.


Testes pedagógicos

I. Está no nível intermediário entre pré-silábico e silábico, ainda escreve algumas coisas sem sentido, mas em alguns momentos o som faz sentido em sua escrita, porém se pegar o alfabeto móvel ele escreve palavras com sentido e não confunde fonemas. Passei algumas atividades para ele com figuras e nessas atividades ele escreveu palavras com sentido e, entende o que escreveu. O aluno faz cópias da lousa no caderno, mas não entende nada que escreveu. Ele me disse que aprendeu a fazer isto porque assim os professores não gritam mais com ele, porque ele fica o tempo todo ocupado, fazendo cópias.


Testes de matemática


Neste teste trabalhamos a soma e depois subtração, quando tentei fazer com dois algarismos o aprendente não conseguiu.
Utilizei de colagem de figuras para desenvolver uma situação problema com o aluno. Fui ditando e ele procurando e colando as figuras e, anotando a quantidade de objetos comprados pela mãe, na situação problema, ao final ele contou nos dedos a quantidade de objetos para dar o valor.


Teste fonológico


Neste teste o aluno não fez confusão entre os fonemas P e B, T e D e, V e F. Ele se surpreendeu ao ver que ele conseguia escrever ouvindo o que eu falava, pois segundo ele não sabia escrever. A palavra gata ele quis escrever para me mostrar que sabia. Descobri que houve um progresso durante a fase diagnóstica, porque o educando na EOCA demonstrou conhecer apenas os grafemas e não tinha consciência de que a escrita representa o som da fala, durante os testes expliquei para ele que era assim que funcionava e, deixei o alfabeto móvel a sua disposição e sempre que possível mostrava o som das silabas para ele. Assim ele fez uma ligação entre grafema e fonema. O aprendente necessita de acompanhamento psicopedagógico, pois pode avançar muito mais nesta trajetória da aprendizagem.
Outra atividade pedagógica feita com o educando, foi prova de rimas, porém ele não conseguiu completar a atividade, em palavras como panela ele tentou rimar com fogão. Mesmo com explicações e exemplos sobre som, ele não conseguiu.


Elaboração do terceiro sistema de hipóteses 

           O aprendente demonstrou um baixo nível de aprendizado para a sua idade cronológica e seu nível educacional, porém não confundiu fonemas, mas não conseguiu rimar. No teste de snellen apresentou dificuldades visuais. No teste matemático, demonstrou saber fazer adição e subtração com unidades, porém com decimais ele não consegue. Em teste de interpretação, o aluno consegue interpretar bem o texto, desde que outra pessoa leia para ele. Solicitarei a família avaliações com outros profissionais como, oftalmologista, neurologista e fonoaudiólogo, para verificar possível dislexia.


                       
Cibele Alves ABPP-SP 179 às 17:19
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A Psicopedagogia não esta adoecendo nossas Crianças, esta dando Esperança.
Mas que história é essa?
Recentemente milhares de psicopedagogos se depararam com uma triste publicação:  A Psicopedagogia esta adoecendo as nossas crianças


É realmente muito triste quando pessoas com o nível intelectual tão alto não conseguem se expressar adequadamente, ou seja, com cautela e acabam machucando milhares de profissionais que se dedicam tanto para alcançarem seus objetivos e atuar em suas áreas de formação.
Queremos mostrar um novo olhar sobre a visão da autora do artigo e provar que nós enquanto psicopedagogos não estamos adoecendo ninguém, ao contrário, estamos dando ESPERANÇA.
Antes de alguém afirmar que: “após a realização de uma pós graduação em psicopedagogia e/ou neuropsicopedagogia não estamos aptos a avaliar e a diagnosticar alunos” é preciso se informar melhor, vejam o porque:
A formação do Psicopedagogo, no Brasil, vem ocorrendo em caráter regular e oficial, desde a década de setenta em instituições universitárias. Esta formação é regulamentada pelo MEC em cursos de pós-graduação e especialização, com carga mínima de 360 horas, sendo que a maioria dos cursos são oferecidos com 600 horas ou mais, conforme orientação da ABPp estabelecida nas Diretrizes Básicas de Formação de Psicopedagogos no Brasil.
Também é preciso ter cuidado ao realizar outra afirmação errônea como a  “que NÃO EXISTE A PROFISSÃO DE PSICOPEDAGOGO” é necessário  pesquisar um pouco mais, vejam o que diz o Ministério de Trabalho e Emprego e a Comissão de Educação, Cultura e Esporte no site do senado https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2013/10/16/projeto-que-regulamenta-profissao-de-psicopedagogo-e-aprovado-pela-ce
O psicopedagogo é o profissional habilitado para atuar com os processos de aprendizagem junto aos indivíduos, aos grupos, às instituições e às comunidades. Desde 2002, pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Psicopedagogia foi inserida na Família Ocupacional 2394-25 dos Programadores, Avaliadores e Orientadores de Ensino.
Projeto que regulamenta profissão de psicopedagogo é aprovado pela CE
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta quarta-feira (16) projeto de lei com o objetivo de regulamentar o exercício da atividade de Psicopedagogia. Conforme o PLC 31/2010, originário da Câmara dos Deputados, a profissão poderá ser exercida não apenas por graduados em Psicopedagogia, mas também por portadores de diploma superior em Psicologia, Pedagogia ou Licenciatura que tenham concluído curso de especialização em Psicopedagogia, com duração mínima de 600 horas e 80% da carga horária dedicada à área.
O projeto também autoriza o exercício aos portadores de diploma de curso superior que já venham exercendo, ou tenham exercido, comprovadamente, atividades profissionais de Psicopedagogia em entidade pública ou privada, até a data de publicação da lei.
Entre as atribuições da Psicopedagogia, o projeto inclui intervenção psicopedagógica com o objetivo de solucionar problemas de aprendizado, com enfoque na pessoa ou na própria instituição onde se desenvolva a aprendizagem.
E a Neuropsicopedagogia graças ao trabalho árduo da SBNPp – Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia já avançou muito, vejam:
Neuropsicopedagogia no Brasil, já conta com o reconhecimento obtendo seu CBO – Classificação Brasileira de OcupaçãoNeuropsicopedagogo Clínico (2394-40) e do Neuropsicopedagogo Institucional (2394-45) como profissões oficias.

Para algumas pessoas nossa luta para conquistarmos o respeito no mercado de trabalho pode não significar nada, mas para nós que amamos o que fazemos, cada pequena vitória vale muito, e temos certeza que chegaremos lá.
A pergunta é: 
Quem se forma profissional em 360 h à distância?
A resposta é simples. Atualmente milhares de profissionais em todo Brasil.
Para todos aqueles que não compreendem ainda como funciona a absorção (assimilar algo) de conhecimento, vamos lá.
Ninguém pode determinar o tempo de aprendizagem do outro. Todo ser humano apresenta um ritmo único no processo de evolução. Cada pessoa tem uma história particular e única, formada por sua estrutura biológica, psicológica, social e cultural. Dessa forma  não é possível alguém afirmar que NINGUÉM PODE APRENDER EM 360H.
Além de absurdo chega ser chocante ouvir isso.
Tudo isso nos faz pensar no GRANDE PRÉ-CONCEITO E PRECONCEITO que ainda permeia infelizmente em nossa sociedade. Algumas pessoas pensam que quem estuda a distância não desenvolve as mesmas habilidades de quem estuda na modalidade presencial, e isso não é verdade, porque a aprendizagem depende do esforço e dedicação de cada um e não especificamente apenas do fator, tempo.
Ensino Presencial ou a Distância? 
Muitas instituições oferecem cursos tanto na modalidade presencial quanto de ensino a distância (EaD). Ambas têm suas vantagens e cada estudante deve escolher de acordo com o que melhor se alinha com suas prioridades. Os dados do Censo de Ensino Superior de 2016 confirmam isso e mostram que o ensino presencial teve uma queda anual de 1,2% nas matrículas enquanto o EAD teve uma expansão de 7,2%. Especialistas defendem que o futuro do ensino é híbrido. Nem 100% online nem 100% sentado em sala de aula ouvindo o professor.
Aprender requer esforço e muito estudo por parte do estudante. Não sejamos preconceituosos, precisamos respeitar o tempo e a opção de cada um.
Sejamos realistas, sinceros, porém PRUDENTES em nossos julgamentos.
Sim, é verdade que existem Psicopedagogos e Neuropsicopedagogos atuando sem qualificação. Existem profissionais nesse segmento que estão sim, desrespeitando e invadindo o que não lhes competem enquanto profissional. Não vamos questionar tal afirmação pois, enquanto profissionais sabemos que isso existe.
Mas também não podemos agora baseados nisso generalizar e começar a afirmar que são basicamente todos os Psicopedagogos e Neuropsicopedagogos que se formaram  no ensino a distancia ou todos que possuem uma carga horária de 360 horas. Anos de profissão e experiência devem servir para que julgamentos como esse não sejam feitos de maneira torpe, cruel e por vezes até desumana.
Por que isso acontece?
Na maioria das vezes não é culpa das instituições de ensino e sim da falta de esforço e de compromisso que cada um tem em suas ações. Não é justo afirmar que só na Psicopedagogia e na Neuropsicopedagogia que encontramos profissionais desqualificados. Em todas as PROFISSÕES vemos isso acontecer. Veja o que o célebre médico psiquiatra, professor e escritor Augusto Cury ressalta em seu livro:
“Em todo o mundo, neurologistas, psiquiatras e psicopedagogos estão fazendo diagnósticos errados”
Vejam que ainda fica bem pior quando pesquisamos um pouco mais sobre erros e diagnósticos.
Um estudo brasileiro mostrou que “eventos adversos” – erros, negligência ou baixa qualidade do serviço – podem ser a primeira ou segunda causa de óbitos no país, à frente das doenças cardiovasculares, que mataram 339.672 pessoas, ou câncer, com 196.954 óbitos, em 2013. A cada três minutos, cerca de dois brasileiros morrem em um hospital por consequência de um erro que poderia ser evitado.
Fica a dúvida:
“Será que esses tais “eventos adversos” também foram causados por profissionais que tiveram apenas 360 h de ensino à distância ou que estudaram em universidades por anos?
De quem é a responsabilidade, afinal?
De todos nós é o que parece. Deveríamos ajudar mais uns aos outros ao invés de ficar criticando, julgando, menosprezando, fingindo que não estamos vendo nada, ou bem pior, ficar acreditando que somos capazes de concertar o mundo sozinhos. Ficar horas e horas procurando os culpados pela situação que encontra-se nosso país ou buscando sempre jogar a culpa nos outros para diminuir a nossa responsabilidade com a sociedade,  não ajuda muito não é mesmo? Acreditamos que bastaria que cada um fizesse a sua parte da melhor maneira possível, com muito amor, esforço e dedicação que muitas coisas seriam diferentes e consequentemente bem melhores.
Por fim, podemos realmente entender que somente através do respeito e do amor poderemos resgatar nossos crianças. Precisamos mudar nossa maneira de enxergar o outro, não devemos julgar e expor todos por causa de uns que não possuem ética naquilo que escolheram fazer.

É muito importante acreditarmos que tudo é possível quando temos humildade e respeito pelo nosso próximo. (Oliveira, 2019)