Este espaço está destinado a todo aquele que admira Arte, Literatura, em especial um cantinho reservado às Letras.. Sugestões,atividades, vídeos,curiosidades,cursos,opiniões, informações,mensagens,assuntos pedagógicos,psicopedagógicos, e muito mais nesse universo chamado LETRAS e também para iniciar uma metanoia...E ter o privilégio de conhecer nossos infoprodutos: e-book,cursos e mentorias.
e-book "Supere a si mesmo todos os dias"
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domingo, 26 de novembro de 2017
sábado, 25 de novembro de 2017
terça-feira, 21 de novembro de 2017
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
domingo, 19 de novembro de 2017
quarta-feira, 15 de novembro de 2017
sábado, 7 de outubro de 2017
Apenas para reflexão..pensando sobre o assunto...
Cosson - 2006 -
"Na escola, a leitura literária tem a função de nos ajudar a ler melhor, não
apenas porque possibilita a criação do hábito de leitura ou porque seja
prazerosa, mas sim, e, sobretudo, porque nos fornece, como nenhum outro
tipo de leitura faz, os instrumentos necessários para conhecer e articular
com proficiência o mundo feito linguagem. (p. 30)"
FONÉTICA E FONOLOGIA
FONÉTICA E FONOLOGIA
Texto:
por: Equipe Português.com.br
Classificação das Vogais e Consoantes
1- Quanto à zona de articulação:
A zona de articulação está relacionada com a região da boca onde as vogais são articuladas.
a- média - é articulada com a língua abaixada, quase em repouso. Ex.: a (pasta).
b- anteriores - são articuladas com a língua elevada em direção ao palato duro, próximo ao dentes. Ex.: é (pé), ê (dedo), i (botina).
c- posteriores - são articuladas quando a língua se dirige ao palato mole. Ex.: ó (pó), ô (lobo), u (resumo).
2- Quanto ao papel das cavidades, bucal e nasal:
A corrente de ar pode passar só pela boca (orais) ou simultaneamente pela boca e fossas nasais (nasais).
a- orais: (pata), (sapé), (veia), (vila), (sol), (aborto), (fluxo).
b- nasais: (fã), (tempo), (cinto), (sombrio), (fundo).
3- Quanto à intensidade:
A intensidade está relacionada com a tonicidade da vogal.
a- tônicas: café, cama.
b- átonas: massa, bote.
4- Quanto ao timbre:
O timbre está relacionado com a abertura da boca.
a- abertas: (sapo), (neve), (bola).
b- fechadas: ê (mesa), ô (domador), i (bico), u (útero) e todas as nasais.
c- reduzidas: são as vogais reduzidas no timbre, já que são vogais átonas (orais ou nasais, finais ou internas). Exemplos: (cara, cantei).
Curiosidades:
Alguns autores citam um terceiro tipo de vogal quanto à intensidade, as subtônicas. Ver CEGALLA E LUFT
Ex.: pazinha
Classificação das Consoantes
As consoantes são classificadas de acordo com quatro critérios:
1- Modo de articulação: é a forma pela qual as consoantes são articuladas. Quanto ao modo de articulação, as consoantes podem ser oclusivas ou constritivas.
a- Nas oclusivas existe um bloqueio total do ar.
b- Nas constritivas existe um bloqueio parcial do ar.
2- Ponto de articulação: é o lugar onde a corrente de ar é articulada (lábios, dentes, palato...). De acordo com o ponto onde é articulada, as consoantes são classificadas em:
a - bilabiais- lábios + lábios.
b- labiodentais- lábios + dentes superiores.
c- linguodentais- língua + dentes superiores.
d- alveolares- língua + alvéolos dos dentes.
e- palatais- dorso do língua + céu da boca.
f- velares- parte superior da língua + palato mole.
3- Função das cordas vocais: se a cordas vocais vibrarem, a consoante será sonora; caso contrário, a consoante será surda.
4- Função das cavidades, bucal e nasal: caso o ar saia somente pela boca, as consoantes serão orais; se sair também pelas fossas nasais, as consoantes serão nasais.
Texto:
por: Equipe Português.com.br
Classificação das Vogais e Consoantes
1- Quanto à zona de articulação:
A zona de articulação está relacionada com a região da boca onde as vogais são articuladas.
a- média - é articulada com a língua abaixada, quase em repouso. Ex.: a (pasta).
b- anteriores - são articuladas com a língua elevada em direção ao palato duro, próximo ao dentes. Ex.: é (pé), ê (dedo), i (botina).
c- posteriores - são articuladas quando a língua se dirige ao palato mole. Ex.: ó (pó), ô (lobo), u (resumo).
2- Quanto ao papel das cavidades, bucal e nasal:
A corrente de ar pode passar só pela boca (orais) ou simultaneamente pela boca e fossas nasais (nasais).
a- orais: (pata), (sapé), (veia), (vila), (sol), (aborto), (fluxo).
b- nasais: (fã), (tempo), (cinto), (sombrio), (fundo).
3- Quanto à intensidade:
A intensidade está relacionada com a tonicidade da vogal.
a- tônicas: café, cama.
b- átonas: massa, bote.
4- Quanto ao timbre:
O timbre está relacionado com a abertura da boca.
a- abertas: (sapo), (neve), (bola).
b- fechadas: ê (mesa), ô (domador), i (bico), u (útero) e todas as nasais.
c- reduzidas: são as vogais reduzidas no timbre, já que são vogais átonas (orais ou nasais, finais ou internas). Exemplos: (cara, cantei).
Curiosidades:
Alguns autores citam um terceiro tipo de vogal quanto à intensidade, as subtônicas. Ver CEGALLA E LUFT
Ex.: pazinha
Classificação das Consoantes
As consoantes são classificadas de acordo com quatro critérios:
1- Modo de articulação: é a forma pela qual as consoantes são articuladas. Quanto ao modo de articulação, as consoantes podem ser oclusivas ou constritivas.
a- Nas oclusivas existe um bloqueio total do ar.
b- Nas constritivas existe um bloqueio parcial do ar.
2- Ponto de articulação: é o lugar onde a corrente de ar é articulada (lábios, dentes, palato...). De acordo com o ponto onde é articulada, as consoantes são classificadas em:
a - bilabiais- lábios + lábios.
b- labiodentais- lábios + dentes superiores.
c- linguodentais- língua + dentes superiores.
d- alveolares- língua + alvéolos dos dentes.
e- palatais- dorso do língua + céu da boca.
f- velares- parte superior da língua + palato mole.
3- Função das cordas vocais: se a cordas vocais vibrarem, a consoante será sonora; caso contrário, a consoante será surda.
4- Função das cavidades, bucal e nasal: caso o ar saia somente pela boca, as consoantes serão orais; se sair também pelas fossas nasais, as consoantes serão nasais.
quinta-feira, 21 de setembro de 2017
quarta-feira, 16 de agosto de 2017
terça-feira, 15 de agosto de 2017
segunda-feira, 7 de agosto de 2017
Roda de leitura
Tenho verificado a falta de orientação para que as rodas de leituras aconteçam satisfatoriamente, por isso a seguir encontrarão vídeos que nos ajudarão como melhor procedermos nas rodas de leituras e obtermos o resultado almejado.Os vídeos são excelentes, dessa feita suas postagens falam por si só.Convido a deixarem seus comentários:tertúlias, clube de leituras,saraus e leitura em voz alta e suas práticas. Obrigada.
Professora Netinha
sábado, 5 de agosto de 2017
quinta-feira, 3 de agosto de 2017
terça-feira, 1 de agosto de 2017
domingo, 30 de julho de 2017
domingo, 23 de julho de 2017
quinta-feira, 6 de julho de 2017
fonte: Nova Escola
Qual é a diferença entre "senão" e "se
não"?
Senão
É usado quando assume as seguintes funções no texto:
1. De conjunção alternativa, podendo ser substituída por
"caso contrário" ou “a não ser que”. Exemplo:
Devemos trabalhar, senão [caso
contrário] o contrato será cancelado.
2. De conjunção adversativa, sendo possível trocá-la por
"mas". Exemplo:
Vencemos a partida de futebol não por
sorte, senão [mas] por competência.
3. De preposição, tendo o mesmo significado de "com
exceção de" ou "exceto". Exemplo:
A quem, senão [exceto] a ele, devo fazer
referência durante a palestra?
4. E de substantivo masculino, significando
"falha" ou "defeito". Exemplo:
Minha namorada é quase perfeita. Ela só tem
um senão [defeito].
Se não
Só deve ser usado quando o "se" é uma conjunção
condicional (substituível por "caso") ou integrante (quando toda a
expressão pode ser trocada, com a oração que ela introduz, por
"isso", "isto" ou "aquilo").
Exemplos:
Se não chover [caso não chova], irei encontrar meus
amigos.
Perguntei se não iriam chegar
atrasados [perguntei isso].
Qual é a diferença entre "esse" e
"este" e quando empregar os dois termos?
Esse ou essa
Usado para retomar um termo, uma ideia ou uma oração já
mencionados. Também pode indicar algo localizado próximo ao ouvinte, quem está
recebendo a mensagem. Exemplos:
A Terra gira em torno do Sol. Esse movimento é conhecido
como translação.
Essa caneta que você está segurando é muito boa. (A
caneta está próxima do ouvinte)
Este ou esta
Introduz uma ideia nova, ainda não mencionada. Também
pode indicar algo próximo de quem está falando. Exemplos:
Este argumento de que os homens não choram é
ultrapassado.
Paguei barato por estes sapatos que estou usando. (Os
sapatos estão próximos do falante)
Consultoria Sandra Quarezemin, doutora em Linguística e
professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).Fonte: Nova Escola
sexta-feira, 12 de maio de 2017
La Educación Prohibida - Película Completa HD
Deixe seu comentário..
Análise crítica e reflexiva do filme a partir da visão de algumas alunas do curso de Formação de Professores - IGH - professora Osvanete.Junho 2017.
Relata o sistema atual de educação que fera uma série de problemas sociais e psicológicos nas pessoas e isso se dá por conta de um dogma, estabelecido ao longo do tempo, que pressupõe que só podemos qualificar o quanto aprendemos sobre um assunto através de exames, no entanto, essa forma de avaliar o aprendizado gera enormes conglitos nas crianças e nos adolescentes, por impor um exagerado grau de competição entre eles.sendo ele, de extrema importância para os formando em docência, pois leva-nos a refletir essa prática na nossa realidade.(aluna Guiomar Luana f. da Silva - Formação de professores -junho 2017).
Finalmente os educadores nos mostram a visão do recomeçar, onde não remos "ensinadores" e sim educadores, onde o que importa é conhecer o ser humano e que devemos seguir a criança na prática e não na teroria, visando suas necessidades enão a dos adultos.
A essência é o aprender e o ambiente é de fromação do ser, impulsionando seu desenvolvimento e sua expressão. O aprender deixa de ser um processo massante, com conhecimentos frios e repetições, e passa a ser de compreensão, onde a aprendizage, flui através do interess, o conhecimento passa a ser compreendido com alegria, o prazer no aprendizado vem através do lúdico e o descobrim ento vira aprendizagem. Entende-se que aprendizagem não consiste só em verdade, mas em descobertas e dúvidas. Se aprende errando e melhorando para enfim acertar, repensando e questionando sempre. A motivação deve estar no caminho, não no objetivo ou resultado. O conhewciemnto vem a longo prazo, em um processo enterno, autônomo, baseado no interesse não na obrigação, relacionado a vontade e atenção da criança e sua forma de expressão. Aprendizagens diferentes, vistas com diversidade e originalidade com base nas experiências. Atividades criativas realizadas de forma espontânea, baseadas em sua expressão e emoção, e finalizadas com o reconhecimento.
Faz-se num todo um compartilhamento e intefração de idades, transformando a escola em unitária, onde o desenvolvimento das capacidades v em no relacionamento com os outros.A disciplina se revela na atividade da conduta e a autodisciplina na criação da própria conduta. A vivência é realizada como em uma comunidade, onde se atua com diálogo e ajuda. O professor é a figura do guia, mediador, trabalha com a observação, percepção, comunicação e verdade. Esse passa pro um contínuo processo de auto conhecimento, onde busca-se educar com amor e felicidade, e sempre trabalhando em equipe.
O aprendizado passa a ser integrado a família, pois as crianças são o reflexo da sociedade, e tem que ser cuidadas com aceitação, amor e liberta às descobewrtas. Crianças questionadora, críticas são propensad ao saber, Educando com amor, o conhecimento bem naturalmente com o tempo.Visa-se ainda um futuro com aprendizagem sem escola, em todos os lugares, com total integração.
A aprendizagem é constituída de uma transformaçã ocontínua, por tanto precisa-se reinterpretar e alterar o sistema, construir todos juntos um novo paradigma educacional. Essa noba realidade de alguma forma já vem sendo implantada espera-se que todo o mundo se abra a esse questionamento e a essa nova visão de educação.(aluna Cintya Coelho Guimarães - formação de Professores - junho 2017)
Infelizmente, esse foi o modelo que se espalhou pela Europa e depois pelas Américas . Sua principal falha está em um projeto que não leva em consideração a natureza da aprendizagem, a liberdade de escolha ou a importância do amor e relações humanas no desenvolvimento individual e coletivo.O sistema educacional vigente acaba refletindo verdadeiras estruturas políticas ditatoriais que produzem cidadãos adestrados ara servir o sistema, nestes termos qualquer metodologia educacional que busque algo diferente será proibida.
Assim fracassados somos todos econômica e social ,muito forte, que forma "!robôs" para o mercado de trabalho. Os professores ficam presos a um conteudismo e poco se tem , da educação. Segungo documentário a escola virou um depósito de crianças, em tanto aluno quanto professores estão insatisfeitos, os professores vem de modelo ultrapassado enão conseguem superá-lo e transformá-lo para as próximas gerações.
Neste documentário vemos a importância de que se cative as crianças cedo para que leas não olhem para a escola como uma obrigação, mas como um lugar que será útil de alguma forma, assim se tornando mais produtiva, do que sentada na cadeita desconfortável . O ensino em tempo integral deveria oferecer atividades para que os alunos pudessem empor em prática aquilo que gostam parece por mais que a sociedade mude , a pedagogia se desenvolva, a educação continua tendo vomo base os valores como o medo, a competição e a obrigaroriedade. Não é surpresa isso, pois temos uma sociedade violenta e assustada. Precisamos melhorar a educação, asim a partir daí melhorarmos as escoals. Não é o estdante que fracassa, mas o sistema que está mal projetado.( aluna Danielle Torres Ferreira - formação de Professores - IGH - junho 2017).
4- O documentário "A Educação proibida " nos mostra que tudo que vai contra o modelo tradicional educacional está teminantemente proibido. Não podemos discutir ou opinar na educação porque as entidades (escolas) já estão fazendo "tudo" que podem para ajudar.Embora tudo que nos tentam passar( igualdade, solidariedade, cooperação, liberdade), sabemos que não é b em assim , a escola nos promove totalmente ao contrário ( a concorrência, descriminaçãi, individualismo...). Esse documentário nos mostra que o atual sistema de educação tem como foco principal, formar pessoas a com petir, a serem sempre as melhores. A escola está muito parecida com presídio , poque tem mutos , grades, horários de entrada , de saída. Isso faz que o cidadão haja feito robôs na sociedade. A história de início ( o mito da caverna) uma história escrita pelo filósofoplatão, relata sobre uma caverna onde as pessoas que haviam la dentro só tinham a refer~encia do mundo exterior através de outras pessoas, e na escola na maioria das vezes é assim, poque os alunos estão lá dentro e só têm referência da "realidade" atraves do professor ou atraves do adulto que está ensinando.na realidade, utilizamos "muito' poucodas coisas que aprendemos na escola no dia a dia. A escola parece que vive uma realidade a
parte , uma realidade que só vemos lá dentro da escola.
Acaba que estudamos para sermos melhores, não melhores como pessoas, mas pessoas melhores que as outras. Tudo tem competição;na escola tudo é conteúdo, regras, currículo, querem cumprir e esquecem do que realmente importa.
O professor deveria guiar-lo, conduzi-lo para o melhor caminho, para a vida toda. Pessoa melhor para uma sociedade melhor.( aluna Shirla Karla - Formação de Professores - IGH - junho 2017).
quarta-feira, 10 de maio de 2017
A Maior Flor do Mundo | José Saramago
Literatura
A maior flor do mundo – José Saramago
Por revista prosa verso
e arte
"A maior flor do mundo" de José Saramago, dirigido
por Juan Pablo Etcheverry
“E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura
obrigatória para os adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que há
tanto tempo têm andado a ensinar?“
– José Saramago, em “A maior flor do mundo”.
Apresentação
A maior flor do mundo é uma magnífica história para
crianças, mas, antes de tudo, é um legítimo Saramago. Transformando-se em
personagem, o autor nos conta que uma vez teve uma ideia para um livro
infantil, inventou uma história sobre um menino que faz nascer a maior flor do mundo.
Não se julgava capaz de escrever para crianças, mas chegou a imaginar que, se
tivesse as qualidades necessárias para colocar a ideia no papel, ela resultaria
verdadeiramente extraordinária: “seria a mais linda de todas as que se
escreveram desde o tempo dos contos de fadas e princesas encantadas…”.
É dessa fantasia de grandiosidade que nasce o livro. Os
leitores são chamados para uma divertida brincadeira, pois Saramago narra-lhes
a história do menino e da flor não como se ela fosse a história de verdade, mas
como se fosse apenas o esboço do que ele teria contado se tivesse o poder de
fazer o impossível: escrever a melhor história de todos os tempos.
Entrando no jogo com o autor, os pequenos leitores vão saber
que ninguém nunca teve nem terá esse poder. Vão saber também que a literatura é
o lugar do impossível: o menino desta história faz uma simples flor dar sombra
como se fosse um carvalho. Depois, quando ele “passava pelas ruas, as pessoas
diziam que ele saíra da aldeia para ir fazer uma coisa que era muito maior do
que o seu tamanho e do que todos os tamanhos”. Como nos velhos livros de
literatura infantil, Saramago conclui: “E é essa a moral da história”.
O CONTO
José Saramago: “A maior flor do mundo”. ilustração de João
Caetano
A maior flor do mundo
As histórias para crianças devem ser escritas com palavras
muito simples… Quem me dera saber escrever essas histórias…
Se eu tivesse aquelas qualidades, poderia contar, com
pormenores, uma linda história que um dia inventei… Seria a mais linda de todas
as que se escreveram desde o tempo dos contos de fadas e princesas encantadas…
Havia uma aldeia… e um menino.…
… Sai o menino pelos fundos do quintal, e, de árvore em
árvore, como um pintassilgo, desce o rio e depois por ele abaixo…
Em certa altura, chegou ao limite das terras até onde se
aventurara sozinho. Dali para diante começava o “planeta Marte”. Dali para
diante, para o nosso menino, será só uma pergunta: «Vou ou não vou?» E foi.
O rio fazia um desvio grande, afastava-se, e de rio ele
estava já um pouco farto, tanto que o via desde que nascera. Resolveu cortar a
direito pelos campos, entre extensos olivais, ladeando misteriosas sebes
cobertas de campainhas brancas, e outras vezes metendo pelos bosques de altas
árvores onde havia clareiras macias sem rasto de gente ou bicho, e ao redor um
silêncio que zumbia, e também um calor vegetal, um cheiro de caule fresco.
Ó que feliz ia o menino! Andou, andou, foram rareando as
árvores, e agora havia uma charneca rasa, de mato ralo e seco, e no meio dela
uma inclinada colina redonda como uma tigela voltada.
Deu-se o menino ao trabalho de subir a encosta, e quando
chegou lá acima, que viu ele? Nem a sorte nem a morte, nem as tábuas do
destino… Era só uma flor.
Mas tão caída, tão murcha, que o menino se achegou, de
cansado. E como este menino era especial de história, achou que tinha de salvar
a flor. Mas que é da água? Ali, no alto, nem pinga. Cá por baixo, só no rio, e
esse que longe estava!…
Não importa.
Desce o menino a montanha, atravessa o mundo todo, chega ao
grande rio, com as mãos recolhe quanta de água lá cabia, volta o mundo
atravessar, pelo monte se arrasta, três gotas que lá chegaram, bebeu-as a flor
com sede. Vinte vezes cá e lá…
José Saramago. “A maior flor do mundo”. ilustração de João
Caetano
Mas a flor aprumada já dava cheiro no ar, e como se fosse
uma grande árvore deitava sombra no chão. O menino adormeceu debaixo da flor.
Passaram as horas, e os pais, como é costume nestes casos,
começaram a afligir-se muito. Saiu toda a família e mais vizinhos à busca do
menino perdido. E não o acharam. Correram tudo, já em lágrimas tantas, e era
quase sol-pôr quando levantaram os olhos e viram ao longe uma flor enorme que
ninguém se lembrava que estivesse ali.
Foram todos de carreira, subiram a colina e deram com o
menino adormecido. Sobre ele, resguardando-o do fresco da tarde, estava uma
grande pétala perfumada… Este menino foi levado para casa, rodeado de todo o
respeito, como obra de milagre.
Quando depois passava pelas ruas, as pessoas diziam que ele
saíra da aldeia para ir fazer uma coisa que era muito maior do que o seu
tamanho e do que todos os tamanhos.
FIM
Este era o conto que eu queria contar. Tenho muita pena de
não saber escrever histórias para crianças. Mas ao menos ficaram sabendo como a
história seria, e poderão contá-la doutra maneira, com palavras mais simples do
que as minhas, e talvez mais tarde venham a saber escrever histórias para
crianças…
Quem sabe se um dia virei a ler outra vez esta história,
escrita por ti que me lês, mas muito mais bonita?…
– José Saramago. “A maior flor do mundo”. [ilustração João
Caetano]. Lisboa: Caminho, 2001.
sexta-feira, 21 de abril de 2017
Desculpas
domingo, 26 de março de 2017
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