Redações comentados -O que se espera e se observa nas redações:
– domínio do idioma– adequação ao tema proposto– como
argumentar– como apresentar soluções
1." Redes sociais: o uso exige cautela", por Camila
Pereira Zucconi Viçosa-MG
É um ótimo TÍTULO e já indica a posição da candidata sobre o
tema.
Uma característica inerente às sociedades humanas é sempre
buscar novas maneiras de se comunicar: cartas, telegramas e telefonemas são
apenas alguns dos vários exemplos de meios comunicativos que o homem
desenvolveu com base nessa perspectiva. E, atualmente, o mais recente e talvez
o mais fascinante desses meios são as redes virtuais, consagradas pelo uso, que
se tornam cada vez mais comuns.
A contextualização desta INTRODUÇÃO é muito boa. A candidata
acerta ao citar a evolução sofrida pelos meios de comunicação.
Orkut, Twiter e Facebook são alguns exemplos das redes
sociais (virtuais) mais acessadas do mundo e, convenhamos, a popularidade das
mesmas se tornou tamanha que não ter uma página nessas redes é praticamente
como não estar integrado ao atual mundo globalizado. Através desse novo meio as
pessoas fazem amizades pelo mundo inteiro, compartilham ideias e opiniões,
organizam movimentos, como os que derrubaram governos autoritários no mundo
árabe e, literalmente, se mostram para a sociedade. Nesse momento é que nos
convém cautela e reflexão para saber até que ponto se expor nas redes sociais
representa uma vantagem.
A autora do texto entendeu satisfatoriamente a proposta. Ao desenvolver
sua ideia, mostra um conhecimento de mundo amplo, citando amizades, informações
disseminadas e movimento políticos. Cabe destacar um ponto negativo na
passagem: o uso do termo "convenhamos", típico da língua falada e que
deve ser evitado em textos mais formais.
Não saber os limites da nossa exposição nas redes virtuais
pode nos custar caro e colocar em risco a integridade da nossa imagem perante a
sociedade. Afinal, a partir do momento em que colocamos informações na rede,
foge do nosso controle a consciência das dimensões de até onde elas podem
chegar. Sendo assim, apresentar informações pessoais em tais redes pode nos
tornar um tanto quanto vulneráveis moralmente.
A primeira frase é bastante adequada. A partir dela, são
discutidos prejuízos à integridade do indivíduo em razão do mau uso das redes
sociais.
Percebemos, portanto, que o novo fenômeno das redes sociais
se revela como uma eficiente e inovadora ferramenta de comunicação da
sociedade, mas que traz seus riscos e revela sua faceta perversa àqueles que
não bem distinguem os limites entre as esferas públicas e privadas “jogando” na
rede informações que podem prejudicar sua própria reputação e se tornar objeto
para denegrir a imagem de outros, o que, sem dúvidas, é um grande problema.
O parágrafo relaciona as duas ideias desenvolvidas
anteriormente, o que é positivo. Há, contudo, um reparo a ser feito: a
utilização de um único e longo período. Essa construção deve ser evitada, pois
dá margem a erros e dificulta a leitura.
Dado isso, é essencial que nessa nova era do mundo virtual,
os usuários da rede tenham plena consciência de que tornar pública determinadas
informações requer cuidado e, acima de tudo, bom senso, para que nem a própria
imagem, nem a do próximo possa ser prejudicada. Isso poderia ser feito pelos
próprios governos de cada país, e pelas próprias comunidades virtuais através
das redes sociais, afinal, se essas revelaram sua eficiência e sucesso como
objeto da comunicação, serão, certamente, o melhor meio para alertar os usuários
a respeito dos riscos de seu uso e os cuidados necessários para tal.
A solução sugerida nesta CONCLUSÃO é adequada porque procura
combater o problema apresentado: a confusão entre público e privado. A autora
faz um apelo ao bom senso, acrescentando que estado e comunidades virtuais
devem cooperar no assunto. A posição satisfaz a orientação do Enem, que demanda
do estudante uma proposta de intervenção específica e realizável.
2. Redação de Alline Rodrigues da Silva (Uberaba-MG)
A crescente popularização do uso da internet em grande parte
do globo terrestre é uma das principais características do século XXI. Tal
popularização apresenta grande relevância e gera impactos sociais, políticos e
econômicos na sociedade atual.
Nesta INTRODUÇÃO, a estudante opta por iniciar tratando do
fenômeno da internet, deixando de fora a questão público/privado. Assim mesmo,
ela deixa claro que entendeu a proposta, ao abordar o assunto logo no início do
parágrafo seguinte. O emprego da expressão "tal popularização"
garante a ligação entre as ideias, o que é essencial para a coesão do texto.
Um importante questionamento em relação a esse expressivo
uso da internet é o fato de existir uma linha tênue entre o público e privado
nas redes sociais. Estas, constantemente são utilizadas para propagar ideias,
divulgar o talento de pessoas até então anônimas, manter e criar vínculos
afetivos, mas, em contrapartida também podem expor indivíduos mais do que o
necessário, em alguns casos agredindo a sua privacidade.
Ao escolher expressões como "uma linha tênue",
"propagar ideias" e "vínculos afetivos", a autora expressa
visão crítica sobre o assunto. Problemas de pontuação: uso errado de vírgulas
nos trechos "Estas, constantemente são..." (seperando sujeito e
verbo) e "... mas, em contrapartida também" (falta o sinal após
"contrapartida"). Apesar disso, os erros não comprometem a clareza do
raciocínio.
Recentemente , ocorreram dois fatos que exemplificam ambas
as situações. A “Primavera Árabe”, nome dado a uma série de revoluções
ocorridas em países árabes, teve as redes sociais como importante meio de
disseminação de ideias revolucionárias e conscientização desses povos dos
problemas políticos, sociais e econômicos que assolam esses países. Neste caso,
a internet agiu e continua agindo de forma benéfica, derrubando governos
autoritários e pressionando melhorias sociais.
O argumento tem estreita relação com a tese defendida e
revela um raciocínio lógico da aluna.
Em outro caso, bastante divulgado também na mídia, a
internet serviu como instrumento de violação da privacidade. Fotos íntimas da
atriz hollywoodiana Scarlett Johansson foram acessadas por um hacker através de
seu celular e divulgadas pela internet para o mundo inteiro, causando um enorme
constrangimento para a atriz.
Os argumentos são precisos e evidenciam o caráter analítico
do texto. Os exemplos escolhidos cumprem o papel de fundamentar as críticas e
validar a proposta futura de que há necessidade de conscientização em relação
às informações postadas nas redes.
Analisando situações semelhantes às citadas anteriormente,
conclui-se que é necessário que haja uma conscientização por parte dos
internautas de que aquilo que for uma utilidade pública ou algo que não agrida
ou exponha um indivíduo pode e deve ser divulgado. Já o que for privado e
extremamente pessoal deve ser preservado e distanciado do mundo virtual , que
compartilha informações para um grande número de pessoas em um curto intervalo
de tempo. Dessa forma, situações realmente desagradáveis no incrível universo
da internet serão evitadas.
Nesta CONCLUSÃO, o mérito da solução não está na inovação
absoluta da proposta, mas na articulação clara e coerente com a tese defendida
pela candidata desde o início do texto, além do reconhecimento de que o meio
virtual é "incrível", ou seja, não representa um mal por si só.
Como Fazer um Texto Dissertativo Argumentativo
O texto dissertativo argumentativo tem como principais
características a apresentação de um raciocínio, a defesa de um ponto de vista
ou o questionamento de uma determinada realidade. O autor se vale de
argumentos, de fatos, de dados, que servirão para ajudar a justificar as ideias
que ele irá desenvolver. As três características básicas de um texto
dissertativo são:
Apresentação do ponto de vista
Discussão dos argumentos
Análise crítica do texto
A diferença desse modelo para um texto narrativo, por
exemplo, é que o texto narrativo descreve uma história, contendo alguns
elementos importantes como personagens, local, tempo (intervalo no qual
ocorreram os fatos), enredo (fatos que motivaram a escrita). O texto
dissertativo, por outro lado, tem como objetivo defender um ponto de vista
usando argumentos.
Uma redação dissertativa argumentativa pode ser escrita na
terceira pessoa do plural (objetiva) ou na primeira pessoa do singular
(subjetiva), veremos a seguir exemplos de cada uma delas:
Dissertação Objetiva
Na dissertação objetiva, o autor não se identifica com o
leitor, já que os argumentos são expostos de forma impessoal. Isso, aliás,
confere ao texto um ar de imparcialidade, embora se saiba que é a visão do
autor que está sendo discutida. Esse procedimento faz o leitor aceitar mais
facilmente as ideias expostas no texto.
Dissertação Subjetiva
No texto dissertativo subjetivo, o autor se mostra por meio
do uso da primeira pessoa do singular (eu), evidenciando que os argumentos são
resultados da opinião pessoal de quem escreve (não que no texto objetivo também
não o sejam, afinal, a influência das ideias do autor estão presentes também
neste último caso).
Vamos mostrar dois exemplos, o primeiro é um trecho de um
texto objetivo e o segundo é um trecho de um texto subjetivo. Repare na
diferença que existe entre os dois:
1) “Há tipos diferentes de ruínas. Mas elas são sempre
resultado de uma demolição ou desconstrução de edificações. Existe um primeiro
tipo que simboliza um tempo passado que evoluiu e foi deixando ruínas devido às
mudanças dos gostos e da riqueza dos donos.”
2) “Não sou do tipo que se impressiona com boatos, mas não
posso ficar indiferente aos últimos acontecimentos no cenário público do
Brasil. Toda essa movimentação em torno dos casos de corrupção que assolam a
nação me fez pensar sobre a importância da ética nas relações sociais em todos
os níveis. Não quero me convencer de que um valor moral tão importante esteja
sendo banido da sociedade, substituído pelo direito de garantia de privilégios
pessoais a qualquer custo.”
Podemos notar claramente a diferença no uso da terceira e da
primeira pessoa.
Na prática, escrever na primeira pessoa (eu/nós) dá origem a
frases do tipo:
– “Precisamos estar conscientes da importância do cuidado ao
meio ambiente”
– “Sabemos que o Brasil precisa de mudanças”
– “Tive bons professores, mas nem todo estudante tem esse
privilégio”.
As mesmas frases acima escritas na terceira pessoa do plural ficariam:
– “É preciso estar consciente da importância do cuidado ao
meio ambiente”
– “Sabe-se que o Brasil precisa de mudanças”
– “Alguns estudantes têm bons
professores, mas nem todos têm esse privilégio”.
Repare que quando você escreve na terceira pessoa do plural,
nunca utiliza os verbos conjugados pessoalmente (utilizando o “eu” ou o “nós”).
As frases sempre ficam impessoais.
Essas duas maneiras de escrita são aceitas, mas é muito
importante que você escolha e mantenha o mesmo estilo do início ao fim! Se você
escolheu a escrita objetiva, não utilize a subjetiva e vice-versa. É muito
comum misturar as duas coisas, a grande maioria dos candidatos mistura esses
dois estilos ao longo do texto e são penalizados na nota por isso. Fique atento
a esse detalhe. Sempre que você for escrever alguma frase, lembre-se de qual
estilo você escolheu e seja fiel a ele até o fim!
O mais recomendado é que você escolha a terceira pessoa do
plural, pois essa forma de escrever é mais informal e mais fácil de ser seguida
com fidelidade. O texto objetivo também tem a vantagem de dar um aspecto de
“autoridade” aos argumentos. Quando se opta pelo texto subjetivo, tem-se uma
impressão de que tudo está somente de acordo com a opinião do autor, enquanto
que no objetivo tem-se a impressão de que a opinião é de todos. Isso é o que
fortalece o caráter objetivo.
Recomendamos também que você pratique suas redações
utilizando sempre o mesmo estilo para se acostumar. Isso vai ajudar você a não
misturar as coisas depois. Então comece a praticar desde já o texto objetivo
para chegar no dia da prova afiado e não colocar traços subjetivos misturados.
A Argumentação do Texto Dissertativo
Um texto argumentativo, como já comentamos, é
aquele em que defendemos uma ideia, opinião ou ponto de vista, procurando fazer
com que o leitor acredite nele. Para conseguir esse objetivo, utilizamos os
argumentos.
A palavra ARGUMENTO tem uma origem curiosa: vem do latim
ARGUMENTUM; significa: fazer brilhar, iluminar.
É fácil encontrar os argumentos de um texto, pois basta que
se identifique a tese (ideia principal), para então fazer a pergunta “por quê”?
Por exemplo: o autor é contra a pena de morte (tese). Porque… (argumentos).
Um bom texto dissertativo deve apoiar-se principalmente em
uma boa argumentação (por isso o nome: dissertativo argumentativo). Para que
isso ocorra, é preciso que se organizem as ideias que serão expostas.
Mostraremos abaixo os tipos mais comuns de argumentos que podem ser utilizados
em uma redação:
Tipos de argumentos
– Argumento de Autoridade: É aquele que se apoia no
conhecimento de um especialista da área. É um modo de trazer para o texto o
peso e a credibilidade da autoridade citada. Por exemplo: “Conforme afirma
Bertrand Russel, não é a posse de bens materiais o que mais seduz os homens,
mas o prestígio decorrente dela”.
– Argumento de consenso: Alguns enunciados não exigem a
demonstração de um especialista para que se prove o conteúdo argumentado. Nesse
caso, não precisamos citar uma fonte de confiança. Por exemplo: “O investimento
na Educação é indispensável para o desenvolvimento econômico do país”. Repare
que essa afirmação não precisa de embasamento teórico, pois é um consenso
global.
– A Comprovação pela Experiência ou Observação: Esse tipo de
argumentação é fundamentada na documentação com dados que comprovam ou
confirmam sua veracidade. Por exemplo: “O acaso pode dar origem a grandes
descobertas científicas. Alexander Flemming, que cultivava bactérias, por acaso
percebeu que os fungos surgidos no frasco matavam as bactérias que ali estavam.
Da pesquisa com esses fungos, ele chegou à penicilina”. Observe que, nesse
caso, o argumento que validou a afirmação “O acaso pode dar origem a grandes
descobertas” foi a documentação da experiência de Flemming.
– A Fundamentação Lógica: A argumentação nesse caso se
baseia em operações de raciocínio lógico, tais como as implicações de causa e
efeito, consequência e causa, etc. Por exemplo: “Ao se admitir que a vida
humana é o bem mais precioso do homem, não se pode aceitar a pena de morte, uma
vez que existe sempre a possibilidade de um erro jurídico que, no caso, seria irreparável”.
Note que a ideia que o leitor tentou passar era: Não se pode aceitar a pena de
morte. Para isso, foi mencionado o caso de falha humana na sentença, o que
permitiu que se chegasse a tal conclusão.
Qualquer um desses tipos de argumentos citados é válido na
construção de um texto argumentativo.
A título de nomenclatura, muitas provas de vestibulares e
concursos utilizam o nome “texto dissertativo”, “texto argumentativo” ou ainda
“texto dissertativo argumentativo”, mas todos se referem a esse mesmo padrão de
texto que mencionamos nesse artigo.
Exemplo de um bom desenvolvimento
Mostraremos um exemplo de desenvolvimento agora para você
ver isso tudo que foi ensinado. A introdução está no
primeiro bloco/parágrafo, e o desenvolvimento está dividido em 3 parágrafos. A conclusão-último parágrafo.
TEMA: A Presença da Agressividade no Comportamento Humano
Presente nos mais diversos campos de ação, a agressividade
acompanha os passos do homem desde a sua existência, influenciando,
diretamente, os seus atos. Esse comportamento, manifestando-se de várias
maneiras, continua questionável, uma vez que suas consequências não agradam a
todos.
A humanidade primitiva conseguiu se desenvolver à medida que
o seu domínio sobre os instrumentos de combate aumentava. A sobrevivência do
mais forte, ainda hoje, é uma realidade que define o destino da vida, fruto da
competitividade que – aliás – sempre existiu. As atitudes agressivas, que
garantiram a permanência da espécie humana, são utilizadas, atualmente, por
pessoas que querem superar seus adversários a qualquer custo. Nicolau
Maquiavel, com sua teoria, influenciou reinos e países a conseguirem o
progresso. Evidentemente, existem controvérsias quanto a essa ideologia, dita
por muitos como antiética, que – inclusive – é ensinada em cursos como os de
administração de empresas, por exemplo.
Entende-se por agressividade qualquer ação que pretende
danificar algo ou alguém. É compreensível, portanto, que a ela sejam atribuídas
características negativas (solução imoral, recurso deplorável). Esse
comportamento precisa ser evitado para que se obtenha uma personalidade
pacífica e cortês (ideal para um relacionamento). Na política, por exemplo, é
constante a violência verbal, às vezes também física, dos candidatos ao
governo, fato que faz a população ter uma aversão a essas atitudes,
consideradas falta de controle emocional de quem as pratica. Segundo
estudiosos, o que ocasiona esse procedimento de “ataque” é a inconformidade com
a situação. Intrigante, porém, é o fato de um comportamento hostil como esse
ter o poder de fazer alguém atingir o sucesso. Afinal, ele é ruim até que
ponto?
Em âmbito competitivo, agressividade é sinônimo de
determinação, que ajuda as pessoas a alcançarem seus objetivos. As constantes
manifestações com as quais o homem convive contribuem para a reprodução desse
comportamento quando se toma como exemplo o retrospecto dos bem-sucedidos. Para
trabalhar em uma empresa é preciso ter atitude, o que explica o fato de
empresários contratarem indivíduos de caráter ofensivo quanto a negócios e
comércios em geral. Em uma partida de xadrez, o jogador mais agressivo
geralmente vence, pois obriga o adversário a permanecer na defensiva,
restringindo – cada vez mais – as jogadas do oponente e posicionando-se para
dar o esperado xeque-mate. Isso tudo prova que ambição e coragem de atacar são
importantes, e talvez até essenciais, para a realização de metas e a superação
de desafios.
Apesar das críticas e definições atribuídas à agressividade,
ela não pode ser descartada da vivência humana, pois faz parte do caráter do
homem. Cabe então à população saber empregar esse comportamento de maneira
adequada, ajustando os fatores para, com ética, construir o seu futuro.
Como concluir um texto
Podemos resumir tudo o que foi ensinado nesse capítulo
destacando a importância que há no desenvolvimento (e sua argumentação) na
formação da conclusão. É dele que vai partir o raciocínio que vai formar a
conclusão.
Quando você for concluir seu texto, responda pelo menos uma
dessas perguntas sobre sua redação:
– Que lição pode ser tirada disso?
– Como resumir a solução para esse problema?
– O que merece ser destacado nesse raciocínio?
Elabore sua conclusão respondendo essas perguntas em relação
ao seu texto e você terá uma boa conclusão.
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