Atividades que desenvolvem oralidade, escrita e leitura
“… Aprender a ler, a escrever,
alfabetizar-se é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender
o seu contexto, não numa manipulação mecânica de palavras, mas numa relação
dinâmica que vincula linguagem e realidade.”
(Paulo Freire)
(Paulo Freire)
Ao se falar em alfabetização, o que
deve vir a mente são os três eixos norteadores da mesma: a oralidade, a escrita
e a leitura. Uma está ligada a outra incondicionalmente. Alfabetizar é levar a
criança a ter prazer, gostar de falar, escrever e ler. Então, alfabetizar não é
simplesmente decodificar códigos, símbolos, mas sim decodificar e interpretar o
significado, fazer uma análise crítica de algo.
Cada criança chega à escola em uma
fase da alfabetização – o nível de compreensão depende das possibilidades
prévias de contato com o mundo da escrita. Apesar de uma classe ter alunos em
estágios diferentes de conhecimento, todos podem aprender. O ambiente escolar
deve ser pensado para propiciar inúmeras interações com a língua escrita. O
papel do professor é mediar interações.
Sugestões de Atividades
1- Leitura em roda
Diariamente na roda
de conversas o professor deve ler em voz alta textos literários, jornalísticos,
regras de jogos etc. Os gêneros devem variar para que o repertório se amplie.
Além de contos de fadas, valem notícias que tratem de algum assunto do
interesse das crianças. É imprescindível garantir a qualidade do material.
O que a criança aprende: Os usos e as funções da escrita, as características que distinguem os gêneros e as diferenças entre o oral e o escrito. Ela se familiariza com a linguagem e os elementos dos livros (que contam histórias), dos jornais (que trazem notícias) e dos textos instrucionais (que incluem regras de jogos ou receitas culinárias).
O que a criança aprende: Os usos e as funções da escrita, as características que distinguem os gêneros e as diferenças entre o oral e o escrito. Ela se familiariza com a linguagem e os elementos dos livros (que contam histórias), dos jornais (que trazem notícias) e dos textos instrucionais (que incluem regras de jogos ou receitas culinárias).
2 – Jogo de identificação de palavras
e interpretação
Escrever, em letra
de forma, em pedaços de cartolina, palavras que pertençam a diversas categorias
(animais, flores, brinquedos, etc.).
Como Jogar: mostrando as “plaquinhas”, uma a uma, aos alunos, o(a) professor(a) lhes pede que identifiquem, por exemplo, quais palavras são nomes de animais. Para incrementar a brincadeira, as crianças imitam o animal que acabam de identificar. Em outro momento, a professora espalha as placas no chão e pede a cada aluno que procure palavras iguais.
Como Jogar: mostrando as “plaquinhas”, uma a uma, aos alunos, o(a) professor(a) lhes pede que identifiquem, por exemplo, quais palavras são nomes de animais. Para incrementar a brincadeira, as crianças imitam o animal que acabam de identificar. Em outro momento, a professora espalha as placas no chão e pede a cada aluno que procure palavras iguais.
3 – Jogo de formação de frases
Faça várias
cartelas em cores diferenciadas, contendo: os substantivos, ações, conectivos e
pontuação, separadamente. (ex: substantivos em rosa, conectivos em azul, etc.).
Como jogar: O(a) professor(a) entrega a uma dupla de alunos cartelas contendo palavras, vogais e pontuação embaralhadas. Em seguida, propõe que formem as frases corretamente. Em outro momento, pergunta-lhe se é possível trocar elementos frasais com as demais duplas. Assim, os alunos treinam, de maneira lúdica, a comparação entre frases e entre elementos que estruturam uma frase, sem preocupar-se com nomenclatura. Em momento algum, o(a) professor(a) comenta a divisão de cores dos elementos. É importante deixar o aluno descobrir as diferenciações. Outra forma de brincar é fazer com que uma criança monte a frase e a outra a leia em voz alta.
Como jogar: O(a) professor(a) entrega a uma dupla de alunos cartelas contendo palavras, vogais e pontuação embaralhadas. Em seguida, propõe que formem as frases corretamente. Em outro momento, pergunta-lhe se é possível trocar elementos frasais com as demais duplas. Assim, os alunos treinam, de maneira lúdica, a comparação entre frases e entre elementos que estruturam uma frase, sem preocupar-se com nomenclatura. Em momento algum, o(a) professor(a) comenta a divisão de cores dos elementos. É importante deixar o aluno descobrir as diferenciações. Outra forma de brincar é fazer com que uma criança monte a frase e a outra a leia em voz alta.
4 – Comunicação oral
Mensalmente realizar atividades em
que a garotada narra histórias, declama poemas, apresenta seminários e realiza
entrevistas. Podem ser feitos saraus e apresentações para expor um tema usando
cartazes para apoiar a fala.
O que a criança aprende: A utilizar a linguagem oral com eficiência, defendendo pontos de vista,
relatando acontecimentos, formulando perguntas e adequando sua fala a
diferentes situações formais.
Para a realização destas atividades é essencial que haja constantemente registros da cultura oral dos alunos
Registre as diversas manifestações da cultura oral do aluno. Por exemplo. Peça que cante uma música de que gostem; estimule a classe a aprendê-la. Escreva a letra da música em uma cartolina diante dos alunos, vá lendo as palavras conforme for escrevendo cada uma. Leia-as e peça aos alunos que “brinquem de ler”. Varie a proposta utilizando poemas, trava-línguas, provérbios, adivinhações, etc.
Para a realização destas atividades é essencial que haja constantemente registros da cultura oral dos alunos
Registre as diversas manifestações da cultura oral do aluno. Por exemplo. Peça que cante uma música de que gostem; estimule a classe a aprendê-la. Escreva a letra da música em uma cartolina diante dos alunos, vá lendo as palavras conforme for escrevendo cada uma. Leia-as e peça aos alunos que “brinquem de ler”. Varie a proposta utilizando poemas, trava-línguas, provérbios, adivinhações, etc.
5 – Boliche do Alfabeto
Objetivos:
§
Identificar as letras do alfabeto
relacionando-as com o fonema inicial de cada palavra;
§
Desenvolver a coordenação ampla.
Materiais necessários: embalagens de
refrigerante e bola.
Modo de jogar: Ao derrubar as
garrafas, deverá identificar a letra e dizer uma palavra que inicie com a
mesma.
Variantes:
§
Desafiar os alunos a derrubarem
somente a letra inicial do seu nome.
§
Solicitar que ao derrubarem as
garrafas procurem registrar as letras que derrubaram em uma caixa de areia.
§
Desafiar os alunos a derrubarem as
letras e, em seguida, listarem o maior número de palavras possíveis que iniciam
com aquela letra. O(a) professor(a) age como escriba.
6 – Ache o estranho
Recorte de revistas: rótulos,
logomarcas, embalagens, etc. Agrupe-os por categoria, deixando sempre um
“estranho”. (ex: 3 alimentos e um produto de limpeza; 4 coisas geladas e 1
quente; 3 marcas começadas por “A” e uma por “J”) Cole cada grupo em uma folha
e desafie os alunos a encontrarem qual é o estranho.
É fundamental que as crianças justifiquem suas respostas.
É fundamental que as crianças justifiquem suas respostas.
7 – Ditado em baralho
Prepare cartas com imagens na frente
e a escrita da palavra relacionada no verso.
Como jogar:
§
Os jogadores embaralham as cartas;
§
As cartas ficarão empilhadas, uma em
cima da outra, na mesa;
§
Sorteiam quem irá iniciar o jogo;
§
O jogador que iniciou o jogo tira a
sorte em um dado e o número que cair, será o número da carta sorteada. Por
exemplo: se caiu o número três no dado, o jogador pegará a terceira carta e as
outras passarão para a parte de trás da pilha;
§
O jogador verá o desenho da carta e
escreverá o nome da figura, após ele ter escrito, a carta será virada ao
contrário para verificar a escrita correta.
§
Se o nome estiver correto ele continua
no jogo, se errar será eliminado;
§
Ganha o que acertar mais nome de
figuras.
Outras sugestões interessantes:
§
Trabalhar com gibis: selecionar com
as crianças os preferidos. Escolher as histórias, ler com as crianças e
fazê-las recontar, oralmente e por escrito, recriando a fala dos personagens.
§
Orientar correspondências entre
classes: propor à classe que escreva bilhetes para as demais.
§
Trabalhar a sequencia lógica de
histórias: formar pequenos grupos e distribuir várias histórias e solicitar que
as crianças reordenem e escrevam a historia em grupo. A classe escolhe a
história de que mais gostou. Esta deverá ser registrada por escrito pelas
crianças.
§
Confeccionar uma televisão com caixa
de papelão para apresentação de avisos, recados ou histórias dramatizadas.
Por PATY FONTE – Educadora
especialista em pedagogia de projetos, escritora, autora de livros e
palestrante.
Idealizadora e
diretora dos sites: http://www.patyfonte.com.br/
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