Resumo elaborado pela professora Osvanete
O que ensinar em Língua Portuguesa?
O
ensino atual da disciplina foca a prática no dia a dia e mescla atividades de
fala, leitura e produção de textos desde cedo.
Metodologias mais
comuns no ensino de Língua Portuguesa
As aulas
de Língua Portuguesa, desde o século 19, foram marcadas pelos métodos
de ensino de leitura e escrita nos anos iniciais de escolaridade e normativos nos anos
seguintes. Foram às pesquisas dos últimos 30 anos que mudaram esse enfoque.
MÉTODOS SINTÉTICOS.
MÉTODOS SINTÉTICOS.
Foram
predominantes no ensino da leitura desde meados do século 19. A escrita era vista como
uma habilidade motora que requeria prática mecânica. Passada a alfabetização,
os alunos deveriam aprender regras gramaticais.
Foco: A alfabetização se inicia com o ensino de letras e sílabas e sua correspondência com os sons para a leitura de sentenças. Nas séries finais, só os clássicos são trabalhados, já que a intenção é ensinar a escrever usando a língua culta e a ler para conhecer modelos consagrados.
Estratégia de ensino: As técnicas de leitura adotadas desde cedo são a silábica, alfabética ou fônica. Os mais velhos copiam textos literários sem levar em conta o contexto e o interlocutor.
MÉTODOS ANALÍTICOS.
Surgiram no fim do século 19, em contraposição aos sintéticos. A alfabetização segue como uma questão de treino e o enfoque dos anos seguintes voltado ao debate das normas.
Foco: A alfabetização parte do todo para o entendimento das sílabas e letras. Pouco muda nas técnicas para as séries finais do Ensino Fundamental.
Estratégia de ensino: Mostrar pequenos textos, sentenças ou palavras para, então, analisar suas partes constituintes e o funcionamento da língua.
PROPOSTA CONSTRUTIVISTA
Ganhou
força na década de 1980, com as pesquisas psicogenéticas e didáticas e a
concepção interacionista de linguagem.
Foco: O estudante deve refletir sobre o sistema de escrita, seus usos e suas funções. Os objetos de ensino são o sistema alfabético e os comportamentos leitores e escritores.
Estratégia de ensino: Leitura e escrita feitas pelo professor, produção de textos, leitura (individual e coletiva) dos próprios estudantes e reflexão sobre a língua. Textos de diversos gêneros devem ser trabalhados desde o início da alfabetização até os anos finais.
Atividades comuns à Leitura e a Escrita:
As
Oficinas de Leitura e Escrita consistem basicamente sobre histórias da
Literatura Infantil ou histórias de vida das crianças, orais ou escritas, onde
o professor motiva a(s) leitura(s) dos textos, ilustrações (desenho, pintura),
dramatizações, e onde ele obtém das crianças a produção de um texto escrito (em
geral, também ilustrado). Esse texto pode também ser escrito pelo professor com
a colaboração das crianças.
Essa produção é geralmente a construção de pequenas narrativas, descrições, reprodução ou reconstrução de textos trabalhados, ou ainda, a produção de textos muito criativos, em que se pode verificar a representação do imaginário infantil das crianças.
Essa produção é geralmente a construção de pequenas narrativas, descrições, reprodução ou reconstrução de textos trabalhados, ou ainda, a produção de textos muito criativos, em que se pode verificar a representação do imaginário infantil das crianças.
O
funcionamento de Oficinas de Leitura e Escrita possibilita o enriquecimento
progressivo dos textos produzidos pelas crianças, a partir de textos
espontâneos até a produção de textos que apresentem um maior nível de
complexidade, em termos organizacionais. Os professores também proporcionam a
exploração de textos pelas crianças, assim como a utilização de pequenas
narrativas e de jogos didáticos para sanar dificuldades ortográficas.
Em
etapas em que o desempenho das crianças já aponta para textos mais elaborados,
os professores começam a introduzir critérios de avaliação sobre as produções,
com o objetivo de acompanhar e estimular a produção escrita. Nesse momento,
dá-se uma maior atenção ao processo de construção dos textos, às ilustrações, à
organização de macro-textos a partir de um texto inicial, e, ainda, à
divulgação das produções das crianças.
Ainda
no sentido de estimular a produção escrita, a elaboração de um jornal com
produções dos alunos tem como finalidade fazê-lo circular entre as crianças,
possibilitando, assim, a divulgação do trabalho realizado.
Atividades
dessa natureza levam as crianças a uma maior compreensão da língua, e a
utilizarem essa língua como meio de expressão de si mesmas, revelando, ainda, a
sua compreensão das coisas e do mundo.
Redigir textos a
partir de uma proposta e ler mecanicamente para responder às perguntas só contribuem para os
professores analisarem os conhecimentos que já foram adquiridos pelos alunos, conhecimentos
que eles já dominam ou que precisam dominar.
Podemos dizer que fizemos uma
avaliação; fizemos uma sondagem e cabe ao professor, em todas as séries
iniciais do Ensino Fundamental, a tarefa de fazer com que o aluno adquira sempre
novos conhecimentos que possibilitem a ele um maior domínio da língua materna para que conclua a 4a série
apto a produzir e interpretar diversos tipos de texto.
"Ler e escrever - abrir horizontes, desvendar
mundos, dar asas à imaginação, refletir para transformar e ampliar a visão de
mundo."
Análise e produção de diferentes tipos de texto: do informativo ao
literário
No
nosso dia a dia nos deparamos com
diversos tipos de texto. Quando andamos na rua estamos cercados de textos
portados os lados. As mensagens nos chegam sob diversos modos. A leitura
acontece em cada instante; desde
que algo tenha um sentido e
nos transmita uma mensagem, vivenciamos um processo de
comunicação.
Pela
manhã, ao acordarmos, se olharmos pela janela e verificarmos o céu, poderemos
extrair muitas conclusões a partir da
análise que fizermos da cor das nuvens, do vento; isso exemplifica que tudo
pode significar alguma coisa, dependendo da forma como vemos ou lemos os
pequenos sinais que estão ao nosso redor.
Pense
na sua rotina diária, desde o momento em que acorda até o fim do dia. Perceba
como está envolvido em diversos tipos de
texto.
- placas de rua;
- contas de luz e de telefone;
- propagandas;
- mapas;
- nomes de ônibus;
- placas de trânsito;
- bulas de remédio;
- dinheiro (cédulas);
- extrato bancário; receitas, etc.
Ler é muito mais do que apenas compreender
o que está escrito com letras. Ler é ir além, é compreender algo sem palavras,
é observar e interpretar uma obra de arte, uma escultura, uma arquitetura, uma
dança, um mar bravio, folhas secas no chão, um abraço apertado, um simples
sorriso.
Quando
trabalhamos com a Língua Portuguesa, devemos trabalhá-la em situações reais de uso.
Para isso é importante selecionar diversos tipos de texto, uma vez que a
criança está em contato com essa variedade.
Os textos têm funções específicas
(divertir, informar, anunciar, comunicar...), por isso a escola deve propiciar
trabalhos com os diferentes materiais escritos. No processo de comunicação,
muitos elementos estão envolvidos e os textos têm variedade e funções
diferentes por causa
das situações específicas de interlocução. É importante considerarmos as suas especificidades e
características.
Quando classificamos os tipos de
texto, temos como referência suas condições de
produção, finalidade
social e seu funcionamento. Por isso o leitor deve sempre se perguntar:
- Para que serve esse
texto?
- Quem o escreveu?
- Para quem foi escrito?
Os textos podem ser classificados em:
Informativos
• reportagens;
• anúncios;
• cartazes, notícias;
• placas, etc.
Instrucionais
• regras de jogos;
• regulamentos;
• receita;
• bula, etc.
Lúdicos
• trava-línguas;
• parlendas;
• rimas;
• adivinhações, etc.
Narrativos
• histórias em quadrinhos;
• fábulas;
• lendas;
• crônicas;
• contos, etc.
De correspondência
• telegramas;
• bilhetes;
• cartas, etc.
Humorísticos
Manuel foi ao dentista e perguntou-lhe:
- Doutor, quanto o senhor cobra para
extrair um dente?
- Cem reais.
- Então só afrouxe-os,
pois só tenho cinquenta reais.
Gráficos
Poéticos
Extraverbais
• figuras;
• ilustrações;
• histórias em quadrinhos;
• quadros; Gesto;
• Música; Charge;
• Arquitetura, etc.
______________________________________________
A criança, antes de entrar na
escola, já esteve em contato com essa variedade de textos no seu ambiente
diário. A escola deve criar condições que deem continuidade às experiências que
a criança já adquiriu. Há muito tempo a escola fica presa ao ensino dos mesmos
tipos de texto (narrações, descrições, dissertações, cartas /bilhetes) e
esquece-se de trabalhar com aquilo que é concreto para o aluno.
À medida que trabalhamos com uma diversidade de textos, estamos propiciando condições para que o aluno
construa conhecimentos necessários para a leitura e escrita de textos variados.
O aluno não deve apenas reconhecer os diversos tipos de texto, ele deve também
produzir cada tipo de texto. Isso facilitará a descoberta do mecanismo da
escrita, as regras que determinam esse mecanismo.
Análise
e produção de diferentes tipos de composição: descrição, narração e dissertação (mostrar de um
ponto de vista, ou seja, a defesa de uma opinião).
Sugestões
faça
uma coletânea de materiais, utilizando os dois tipos de linguagens; isso
facilitará o seu trabalho;
faça
brincadeiras, envolvendo mímica;
trabalhe
com fotos recentes e antigas;
crie
cartas enigmáticas;
utilize
músicas para que os alunos se expressem no desenho;
confeccione livros de
história, utilizando a linguagem não verbal
O melhor método para a alfabetização é um discussão antiga entre os especialistas no assunto e também entre os pais quando vão escolher uma escola para seus filhos começaram a ler as primeiras palavras e frases. No caso brasileiro, com os elevados índices de analfabetismo e os graves problemas estruturais na rede pública de ensino, especialistas debate qual seria o melhor método para revolucionar, ou pelo menos, melhorar a educação brasileira. Ao longo das décadas, houve uma mudança da forma de pensar a educação, que passou de ser vista da perspectiva de como o aluno aprende e não como o professor ensina.
São muitas as formas de alfabetizar e cada uma delas destaca um aspecto no aprendizado. Desde o método fônico, adotado na maioria dos países do mundo, que faz associação entre as letras e sons, passando pelo método da linguagem total, que não utiliza cartilhas, e o alfabético, que trabalha com o soletramento, todos contribuem de uma forma ou de outra, para o processo de alfabetização.
Qual é o melhor método?
A proposta, não é apontar o melhor método de alfabetização, até porque os educadores e especialistas não têm um consenso sobre o tema. Pretendemos apenas mostrar as características de cada método para que os pais conheçam mais profundamente o método que está sendo aplicado na educação de seus filhos.
• Método Sintético
O método sintético estabelece uma correspondência entre o som e a grafia, entre o oral e o escrito, através do aprendizado por letra por letra, ou sílaba por sílaba e palavra por palavra.
Os métodos sintéticos podem ser divididos em três tipos: o alfabético, o fônico e o silábico. No alfabético, o estudante aprende inicialmente as letras, depois forma as sílabas juntando as consoantes com as vogais, para, depois, formar as palavras que constroem o texto.
No fônico, também conhecido como fonético, o aluno parte do som das letras, unindo o som da consoante com o som da vogal, pronunciando a sílaba formada. Já no silábico, ou silabação, o estudante aprende primeiro as sílabas para formar as palavras.
Por este método, a aprendizagem é feita primeiro através de uma leitura mecânica do texto, através da decifração das palavras, vindo posteriormente a sua leitura com compreensão.
Neste método, as cartilhas são utilizadas para orientar os alunos e professores no aprendizado, apresentando um fonema e seu grafema correspondente por vez, evitando confusões auditivas e visuais.
Como este aprendizado é feito de forma mecânica, através da repetição, o método sintético é tido pelos críticos como mais cansativo e enfadonho para as crianças, pois é baseado apenas na repetição e é fora da realidade da criança, que não cria nada, apenas age sem autonomia.
• Método Analítico
O método analítico, também conhecido como “método olhar e dizer”, defende que a leitura é um ato global e audiovisual. Partindo deste princípio, os seguidores do método começam a trabalhar a partir de unidades completas de linguagem para depois dividi-las em partes menores. Por exemplo, a criança parte da frase para extrair as palavras e, depois, dividi-las em unidades mais simples, as sílabas.
Este método pode ser divido em palavração, setenciação ou global. Na palavração, como o próprio nome diz, parte-se da palavra. Primeiro, existe o contato com os vocábulos em uma sequência que engloba todos os sons da língua e, depois da aquisição de certo número de palavras, inicia-se a formação das frases.
Na setenciação, a unidade inicial do aprendizado é a frase, que é depois dividida em palavras, de onde são extraídos os elementos mais simples: as sílabas. Já no global, também conhecido como conto e estória, o método é composto por várias unidades de leitura que têm começo, meio e fim, sendo ligadas por frases com sentido para formar um enredo de interesse da criança. Os críticos deste método dizem que a criança não aprende a ler, apenas decora.
• Método Alfabético
Um dos mais antigos sistemas de alfabetização, o método alfabético, também conhecido como soletração, tem como princípio de que a leitura parte da decoração oral das letras do alfabeto, depois, todas as suas combinações silábicas e, em seguida, as palavras. A partir daí, a criança começa a ler sentenças curtas e vai evoluindo até conhecer histórias.
Por este processo, a criança vai soletrando as sílabas até decodificar a palavra. Por exemplo, a palavra casa soletra-se assim c, a, ca, s, a, sa, casa. O método Alfabético permite a utilização de cartilhas.
As principais críticas a este método estão relacionadas à repetição dos exercícios, o que o tornaria tedioso para as crianças, além de não respeitar os conhecimentos adquiridos pelos alunos antes de eles ingressarem na escola.
O método alfabético, apesar de não ser o indicado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, ainda é muito utilizado em diversas cidades do interior do Nordeste e Norte do país, já que é mais simples de ser aplicado por professores leigos, através da repetição das Cartas de ABC, e na alfabetização doméstica.
• Método Fônico
O método fônico consiste no aprendizado através da associação entre fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras. Esse método de ensino permite primeiro descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico próprio de sua língua, através de textos produzidos especificamente para este fim.
O método é baseado no ensino do código alfabético de forma dinâmica, ou seja, as relações entre sons e letras devem ser feitas através do planejamento de atividades lúdicas para levar as crianças a aprender a codificar a fala em escrita e a decodificar a escrita no fluxo da fala e do pensamento.
O método fônico nasceu como uma crítica ao método da soletração ou alfabético. Primeiro são ensinadas as formas e os sons das vogais. Depois são ensinadas as consoantes, sendo, aos poucos, estabelecidas relações mais complexas. Cada letra é aprendida como um fonema que, juntamente com outro, forma sílabas e palavras. São ensinadas primeiras as sílabas mais simples e depois as mais complexas.
Visando aproximar os alunos de algum significado é que foram criadas variações do método fônico. O que difere uma modalidade da outra é a maneira de apresentar os sons: seja a partir de uma palavra significativa, de uma palavra vinculada à imagem e som, de um personagem associado a um fonema, de uma onomatopeia ou de uma história para dar sentido à apresentação dos fonemas. Um exemplo deste método é o professor que escreve uma letra no quadro e apresenta imagens de objetos que comecem com esta letra. Em seguida, escreve várias palavras no quadro e pede para os alunos apontarem a letra inicialmente apresentada. A partir do conhecimento já adquirido, o aluno pode apresentar outras palavras com esta letra.
Os especialistas dizem que este método alfabetiza crianças, em média, no período de quatro a seis meses. Este é o método mais recomendado nas diretrizes curriculares dos países desenvolvidos que utilizam a linguagem alfabética.
A maior crítica a este método é que não serve para trabalhar com as muitas exceções da língua portuguesa. Por exemplo, como explicar que cassa e caça tem a mesma pronúncia e se escrevem de maneira diferente?
FONTE: http://mundinhodacrianca.blogspot.com.br Por Christianne
Visvanathan
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Gutierrez, Francisco. Linguagem Total - Uma pedagogia nos meios de comunicação. São Paulo: Summus Editorial, 1994.
KRAMER, S. Alfabetização, leitura e escrita: formação de professores em curso. Rio de Janeiro: Escola de Professores, 1995.
SMOLKA, A.L. A criança na fase inicial da escrita. São Paulo: Cortez, 1988.
SOARES, M.B. Linguagem e escola. São Paulo: Ática, 1988.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
RUSSO, M.F.VIAN, Maria I. Alfabetização: um processo em construção. São Paulo: Saraiva, 1996.
FONTE: http://pessoas.hsw.uol.com.br/metodo-de-alfabetizacao.htm
Gutierrez, Francisco. Linguagem Total - Uma pedagogia nos meios de comunicação. São Paulo: Summus Editorial, 1994.
KRAMER, S. Alfabetização, leitura e escrita: formação de professores em curso. Rio de Janeiro: Escola de Professores, 1995.
SMOLKA, A.L. A criança na fase inicial da escrita. São Paulo: Cortez, 1988.
SOARES, M.B. Linguagem e escola. São Paulo: Ática, 1988.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
RUSSO, M.F.VIAN, Maria I. Alfabetização: um processo em construção. São Paulo: Saraiva, 1996.
FONTE: http://pessoas.hsw.uol.com.br/metodo-de-alfabetizacao.htm
Gêneros Textuais e seus suportes
A
apresentação dos textos é outro ponto essencial:
eles devem ser trabalhados em seu suporte real. Se você quer usar reportagens,
tem de levar para a sala jornais
e revistas de verdade. Para explorar
receitas, é preciso que os alunos manuseiem obras de culinária. Na análise de
biografias, é fundamental cada um dispor de livros desse tipo. E assim
sucessivamente. Portanto, nada de oferecer apenas uma carta que está publicada
(ou resumida) nas páginas do livro didático. Hora
de mergulhar nos currículos. O fio condutor que aproxima as duas propostas é a
preocupação de fazer a turma transitar pelas três posições enunciativas do
texto: ouvinte, leitor e escritor. É nessa "viagem" de possibilidades
que a garotada exercita os tais comportamentos leitores e escritores.
Ao
ouvir, os alunos se familiarizam com diversos exemplos de texto, apreciando-os
e aprendendo a identificar características. Ao mesmo tempo, eles atuam como
leitores, comparando diferentes versões de um conto, por exemplo, com o
objetivo de refletir sobre os recursos linguísticos escolhidos pelos autores. E
o professor ainda põe a garotada para trabalhar - pede que todos caracterizem
um personagem e, portanto, escrevam. Nessa hora, eles vão usar termos como
"bom", "mau", "bonito", "nervoso" etc.
"Só então cabe explicar que esses termos são chamados de adjetivos e são
muito importantes em diversos textos, sobretudo os contos e as propagandas, mas
não são adequados em outros, como as notícias", explica Beth Marcuschi.
Nessa
integração de atividades com diferentes propósitos, os estudantes vão muito
além das características de cada gênero - e aprendem de fato a ler e escrever,
inclusive fazendo uso da ortografia e da gramática em situações reais. Tudo
isso permite dar o pontapé inicial ao que os especialistas chamam de
"caminho da autoria". Uma possibilidade é propor a reescrita
(individual) de um conto. Mas o percurso pelas três posições enunciativas só
estará completo quando a garotada produzir o próprio conto (no caso de Novo
Lima, isso é feito no semestre seguinte, com direito a ler as produções para
outras turmas).
Gêneros Textuais e seu uso em sala de aula
Há
cerca de dez anos, durante uma sessão de fechamento dos trabalhos do Congresso
de Leitura (Cole), evento organizado a cada dois anos pela Associação de Leitura do Brasil na Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP), um eminente pesquisador da área dizia-se
impressionado pelo modo como o conceito de gênero textual marcara presença
entre os trabalhos apresentados naquele ano.
Segundo
o professor, a tendência era o conceito aparecer cada vez mais. Ele tinha mesmo razão. "Gênero"
tornou-se uma referência comum em pesquisas, propostas curriculares e nas
práticas de sala durante as aulas de Língua Portuguesa.
De
fato, há grande consenso quanto ao interesse em se explorar a noção de gênero
textual em contexto didático. Entretanto, para que essa atividade seja
proveitosa, é necessário que o professor esteja bastante consciente de alguns
fatores:
- Quais as razões para selecionar determinado gênero;
- Quais características o configuram;
- Quais as funções específicas do gênero
selecionado;
- Quais objetivos de aprendizagem (específicos à
área) o gênero selecionado propicia atingir junto a seu grupo de alunos;
- Que saberes prévio e estratégias de leitura ativa
o gênero selecionado mobiliza?
O que é um gênero textual?
Como
nos ensina Bakhtin, gêneros textuais definem-se principalmente por sua função
social. São textos que se realizam por uma (ou mais de uma) razão determinada
em uma situação comunicativa (um contexto) para promover uma interação
específica. Trata-se de unidades
definidas por seus conteúdos, suas propriedades funcionais, estilo e composição
organizados em razão do objetivo que cumprem na situação comunicativa.
Explicando
melhor: isso significa que, a cada vez produzo um texto,
seleciono um gênero...
... Em função daquilo que desejo comunicar;
... Em função do efeito que desejo produzir em meu
interlocutor;
... Em função da ação que desejo produzir no meio
em que me inscrevo
.
.
Isso
vale das trocas mais prosaicas do cotidiano, nos bilhetes registrados em
post-its colados nas geladeiras, passando pelas mensagens eletrônicas,
entrevistas (orais e escritas), bulas de remédio, orações, cordéis,
dissertações, romances, piadas etc. Uma das principais características dos
gêneros é o fato de serem enunciados que apresentam relativa estabilidade. É
esse aspecto que permite,
justamente, com que sejam compreendidos.
Um
exemplo extremo disso está no gênero "bula de remédio". Nos idos dos
anos 1980, a linguista francesa Sophie Moirand mostrou como a estabilidade
desse tipo de enunciado permitiria que qualquer falante do francês sem
conhecimento nenhum de grego pudesse localizar informações (nome comercial,
princípio ativo e posologia, por exemplo).
Os
Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles
orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se
mantêm sempre muito parecidas, com características comuns, procuram atingir
intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Pode-se
dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa sociedade,
sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio,
podendo então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas
características. Exemplos:
Notícia: podemos
perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se
deu em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo
determinadas personagens. Características do lugar, bem como dos personagens
envolvidos são, muitas vezes, minuciosamente descritos.
Reportagem: é um gênero
textual jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A reportagem tem, por
objetivo, informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com
linguagem direta.
Carta ao leitor: é
um gênero do tipo dissertativo-argumentativo que possui uma linguagem mais
pessoal e leve, em que se escreve aos leitores.
Propaganda: é
um gênero textual dissertativo-expositivo onde há a o intuito de propagar
informações sobre algo,
buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das
vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo.
Bula de remédio: é
um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que tem por
obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do
medicamento.
Receita: é
um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a
fórmula para preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo
destes, além disso, com verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que
o leitor siga corretamente as instruções.
Editorial: é
um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento da
empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade.
Tutorial: é
um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao
leitor, passo a passo e de maneira simplificada, como fazer algo.
Entrevista: é
um gênero textual dialogal e dissertativo-expositivo que é representado pela
conversação de duas ou mais pessoas, o entrevistador e o(s) entrevistado(s),
para obter informações sobre ou do entrevistado ou de algum outro assunto.
História em quadrinhos: é um gênero narrativo que consiste em enredos
contados em pequenos quadros através de diálogos diretos entre seus
personagens, gerando uma espécie de conversação.
Charge: é
um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica,
através de caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou
comentário sobre algum acontecimento atual, em sua grande maioria.
Gêneros literários:
·
Gênero Narrativo: Na Antiguidade Clássica, os padrões literários
reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos
anos, o gênero épico passou a ser considerada apenas uma variante do gênero
literário narrativo, devido ao surgimento de concepções de prosa com
características diferentes: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula.
Porém, praticamente todas as obras narrativas possuem elementos estruturais e
estilísticos em comum e devem responder a questionamentos, como: quem? o que?
quando? onde? por quê?
Vejamos a seguir:
Vejamos a seguir:
·
Épico (ou Epopeia): os textos épicos são geralmente longos e narram
histórias de um povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens,
gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é, de
valorização de seus heróis e seus feitos. Três belos exemplos são Os Lusíadas,
de Luís de Camões, e Odisseia, de Homero.
·
Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens
bem definidos e de caráter mais verossímil. Também conta as façanhas de um
herói, mas principalmente uma história de amor vivida por ele e uma mulher,
muitas vezes, “proibida” para ele. Apesar dos obstáculos que o separam, o casal
vive sua paixão proibida, física, adúltera, pecaminosa e, por isso, costuma ser
punido no final. É o tipo de narrativa mais comum na Idade Média. Ex: Tristão e
Isolda.
·
Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre
a longevidade do romance e a brevidade do conto. Como exemplos de novelas,
podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose,
de Kafka.
·
Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente
em prosa, que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores (conto
popular). Caracteriza-se por personagens previamente retratados. Inicialmente,
fazia parte da literatura oral. Boccaccio foi o primeiro a reproduzi-lo de
forma escrita com a publicação de Decamerão.
·
Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser
inverossímil. As personagens principais são não humanas e a finalidade é
transmitir alguma lição de moral.
·
Crônica:
é uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com linguagem
coloquial. Pode ter um tom humorístico ou um toque de crítica indireta,
especialmente, quando aparece em seção ou artigo de jornal, revistas e
programas da TV..
·
Crônica
narrativo-descritiva: Apresenta alternância entre os momentos
narrativos e manifestos descritivos.
·
Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético
e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a
respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. Consiste
também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema
(humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental,
etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou
dedutivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, de José
Saramago e Ensaio sobre a tolerância, de John Locke.
Gênero Dramático: Trata-se
do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, não há um
narrador contando a história. Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada
por atores, que assumem os papéis das personagens nas cenas.
·
Tragédia:
é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e
terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era "uma representação duma
ação grave, de alguma extensão e completa, em linguagem figurada, com atores
agindo, não narrando, inspirando dó e terror". Ex: Romeu e Julieta, de
Shakespeare.
·
Farsa: é uma pequena peça teatral, de caráter ridículo e
caricatural, que critica a sociedade e seus costumes; baseia-se no lema latino
ridendo castigat mores (rindo, castigam-se os costumes). A farsa consiste no
exagero do cômico, graças ao emprego de processos grosseiros, como o absurdo,
as incongruências, os equívocos, os enganos, a caricatura, o humor primário, as
situações ridículas.
·
Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos trágicos e
cômicos. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário.
·
Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com
forte apelo linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e
da realidade vivida por este povo.
MAIS DE 50 BRINCADEIRAS PARA ALFABETIZAR
Use
a sua criatividade e promova jogos e atividades que ampliarão
as possibilidades de LEITURA e ESCRITA das crianças. Aí vão algumas
dicas:
·
Jogo dos 07 erros
·
01 - A prof.ª elabora uma lista de palavras e, em 7
delas, substitui umaletrapor outra que não faça parte da
palavra. A criança deve localizar essas 7 substituições.
·
02 - A prof.ª elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, inverte a ordem de 2 letras(ex: cachorro – cachorro). A criança
deve achar esses 7 erros.
·
03 - A prof.ª elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, omite uma
letra. O aluno deve localizar os 7 erros.
·
04 - A prof.ª elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, acrescenta 1
letra que não existe. A criança deve localizar quais são elas.
·
05 - A prof.ª escreve um texto conhecido (música, parlenda, etc.) e substitui 7
palavras por outras, que não façam parte do texto. O aluno deve achar quais são
elas.
·
06 - A prof.ª escreve um texto conhecido (música, parlenda, etc.) e
omite 7 palavras. O aluno devedescobrir quais são
elas.
·
07 - A prof.ª escreve um texto conhecido (música, parlenda, etc.) e
inverte a ordem de 7 palavras. O aluno deve localizar essas inversões.
·
08 - A profª escreve um texto conhecido (música, parlenda, etc.) e
acrescenta 7 palavras que não façam parte dele. A criança deve localizar quais
são elas.
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Caça palavras
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01 - A prof.ª monta o quadro e dá só uma pista: “Ache 5 nomes de animais” por exemplo.
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02 - A prof.ª monta o quadro e escreve, ao lado, as palavras que o aluno
deve achar.
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03 - A prof.ª dá um texto ao aluno e destaca palavras a serem
encontradas por ele, dentro do texto.
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Jogo da Memória
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01- O par deve ser composto pela escrita da mesma palavra nas duas
peças, sendo uma em letra bastão, e a outra, cursiva.
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02 - O par deve ser idêntico e, em ambas as peças, deve haver a figura
acompanhada do nome.
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03 - O par deve ser composto por uma peça contendo a figura, e a outra,
o seu nome.
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01- A prof.ª monta a cruzadinha convencionalmente, colocando os desenhos
para a criança pôr o nome. Mas, para ajudá-las, faz uma tabela com todas as
palavras da cruzadinha em ordem aleatória. Assim, a criança consulta a tabela e
“descobre” quais são os nomes pelo número de letras, letra inicial,
final, etc.
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02 - A prof.ª monta a cruzadinha convencionalmente, colocando os
desenhos para a criança pôr o nome. Mas, para ajudá-las, faz um quadro com todos os
desenhos e seus respectivos nomes, para que a criança só precise copiá-los,
letra a letra.
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03 - A prof.ª monta a cruzadinha convencionalmente, colocando os
desenhos para a criança escreva seus nomes.
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As cartelas devem conter letras variadas. Algumas podem conter só letras
do tipo bastão; as outras, somente cursivas; e outras letras dos dois tipos, misturadas.
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Bindo das Letras -
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Bingo de palavras - as cartelas devem
conter palavras variadas. Algumas podem conter só palavras do tipo bastão; as
outras, somente cursivas; e outras letras dos dois tipos.
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Bingo de iniciais - a profª deve
eleger uma palavra iniciada por cada letra do alfabeto e distribuí-las,
aleatoriamente, entre as cartelas. (+/- 6 palavras por cartela). A profª
sorteia a letra e o aluno assinala a palavra sorteada por ela.
·
Bingo de letras variadas - as cartelas devem
conter letras variadas. A profª dita palavras e a criança deve procurar, em sua
cartela, a inicial da palavra
ditada.
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A profª monta quebra cabeças de rótulos e logomarcas conhecidas e, na
hora de montar, estimula a criança a pensar sobre a “ordem das letras”Quebra
Cabeça de rótulos -
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Dominó de palavras - em cada parte da
peça deve estar uma palavra, com a respectiva ilustração.
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Ache o estranho-a prof.ª recorta, de revistas,
rótulos, logomarcas, embalagens, etc. Agrupa-os por categoria, deixando sempre
um “estranho” (ex: 3 alimentos e um produto de limpeza; 4 coisas geladas e 1
quente; 3 marcas começadas por “A” e uma por “J”; 4 marcas com 3 letras e 1 com
10, etc.) Cola cada grupo em uma folha, e pede ao aluno para achar o estranho.
·
Procure seu irmão 1 -os pares devem ser
um rótulo ou logomarca conhecidos e, seu respectivo nome, em letra bastão.
·
Procure seu irmão 2 -os pares devem ser
uma figura e sua respectiva inicial.
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Jogo do alfabeto - Utilize um
alfabeto móvel (1 consoante para cada 3 vogais). Divida a classe em grupo e
entregue um jogo de alfabeto para cada um. Vá dando as tarefas, uma a uma: -
levantar a letra; - organizar em ordem alfabética; - o professor fala uma letra
e os alunos falam uma palavra que inicie com ela;- formar frases com a palavra
escolhida;- formar palavras com o alfabeto móvel;- contar as letras de cada
palavra; - separar as palavras em sílabas; - montar histórias com as palavras
formadas;- montar o nome dos colegas da sala;- montar os nomes dos
componentes do grupo.
·
Pares de Palavras - Objetivo:
utilizar palavras do dicionário. Destreza predominante: expressão oral
Desenvolvimento: O professor escolhe algumas palavras e as escreve na lousa
dentro de círculos (um para cada palavra). Dividir a classe em duplas. Cada
dupla, uma por vez, dirigir-se-á até a lousa e escolherá um par de palavras formando uma frase
com elas. A classe analisará a frase e se acharem que é coerente a dupla ganha
1 ponto e as palavras são apagadas da lousa. O jogo termina quando todas as
palavras forem apagadas.
·
Formando palavras-Número de jogadores: quatro
por grupo. Material: 50 cartões diferentes (frente e verso).Um kit de alfabeto
móvel por grupo (com pelo menos oito cópias de cada letra do
alfabeto)Desenvolvimento: Embaralhe os cartões e entregue dez deles para cada
grupo;Marque o tempo – 20 minutos – para formarem a palavra com o alfabeto
móvel no verso de cada desenho. Ganha o jogo o grupo que primeiro preencher
todos os cartões. Variações: Classificar (formar conjuntos) de acordo:- com o
desenho da frente dos cartões; - com o número de letras das palavras constantes
dos cartões; - com o número de sílabas das palavras dos cartões; - com a letra
inicial;
·
Treino de rimas-Várias cartas com figuras
de objetos que rimam de três formas diferentes são colocadas diante das
crianças. Por exemplo, pode haver três terminações: /ão/, /ta/, /ço/. Cada
criança deve então retirar uma carta, dizer o nome da figura e colocá-la numa
pilha com outras figuras que tenham a mesma rima. O teste serve para mostrar as
palavras que terminam com o mesmo som. Ao separá-las de acordo com o seu final,
juntam-se as figuras em três pilhas com palavras de terminações diferentes.
·
Treino de aliterações-Em uma folha com
figuras, a criança deve colorir as que comecem com a mesma sílaba de um
desenho-modelo (por exemplo, desenho-modelo: casa; desenhos com a mesma sílaba
inicial: caminhão, cama, caracol; desenhos com sílabas iniciais diferentes:
xícara, galinha, tartaruga). A mesma atividade pode ser depois repetida
enfatizando-se a sílaba final das palavras (por exemplo, desenho-modelo:
coração; desenhos com o mesmo final: televisão, leão, balão, mão; desenhos com
finais diferentes: dado, uva, fogo).
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Treino de consciência de palavras- Frases com
palavras esquisitas, que não existem de verdade, são ditadas para a criança,
que deve corrigir a frase. Substitui-se a pseudopalavra por uma palavra
correta. Por exemplo, troca-se "Eu tenho cinco fitos em cada mão" por
"Eu tenho cinco dedos em cada mão". Nesse jogo, palavras irreais são
trocadas por palavras que existem de verdade, deixando a frase com sentido.
Mostra-se que, ao criar frases com palavras que não existem, essas não têm
significado.
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Quantas sílabas têm?A professora fala
uma palavra e o aluno “bate palma(s)” de acordo com o número de sílabas.
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Qual é a palavra?A professora fala uma palavra
(BATATA) e os alunos repetem omitindo a sílaba inicial (TATA) ou a final (BATA)
·
Lá vai a barquinha carregadinha de... A professora fala
uma LETRA (ou sílaba) e as crianças escolhem as palavras. Ex.: frutas iniciadas
com M - maçã, morango, melão, etc...
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Adivinhando a palavra - O professor fala
uma palavra omitindo a sílaba final e os alunos devem adivinhar a palavra. (ou
a inicial)
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Quantas sílabas tem a palavra?A professora fala
uma palavra e a criança risca no papel de acordo com o número de sílabas (ou
faz bolinhas)
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Descoberta de palavras com o mesmo sentido- Ajude o aluno a
perceber que o mesmo significado pode ser representado por mais de uma palavra.
Isso é fácil de constatar pela comparação de frases como as que se seguem: • O
médico trata dos doentes • O doutor trata dos doentes. Forneça, em frases,
exemplos do emprego de sinônimos de uso comum como: • Bonita, bela; • Malvado,
mau; • Rapaz; moço • Bebê; neném; • Saboroso; gostoso...
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Descoberta de palavras com mais de um significado - Com essa
atividade, os alunos perceberão que palavras iguais podem ter significados
diferentes. Ajude-os a formar frases com as palavras: manga, botão, canela,
chato; corredor; pena, peça; etc
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Respondendo a perguntas engraçadas - Faça-as pensar
sobre a existência de homônimos através de brincadeiras ou adivinhações: • a
asa do bule tem penas? • O pé da mesa usa meio? • A casa do botão tem telhado?
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Escrita com música
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-1) dividir os alunos em equipes de 4
elementos; 2) distribuir, entre as equipes, uma folha de papel; 3) apresentar
às equipes uma música previamente selecionada pelo professor; 4) pedir que o
aluno 1 de cada uma das equipes registre, na folha, ao sinal dado pelo
professor, suas ideias, sentimentos, emoções apreendidas ao ouvir a música; 5)
solicitar-lhe que, findo o seu tempo, passe a folha ao aluno 2, que deverá
continuar a tarefa. E assim sucessivamente, até retornar ao aluno 1, que
deverá ler o produto
final de todo o trabalho para toda a classe.Observação: a folha de papel deverá
circular no sentido horário.
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Conversa por escrito
·
-1) dividir a classe
em duplas; 2) entregar a cada uma das duplas uma folha de papel; 3) pedir às
duplas que iniciem uma conversa entre seus elementos (ou pares), mas por
escrito.Observações: 1) a dupla poderá conversar sobre o que quiser, mas deverá
registrar a conversa na folha recebida; 2) a dupla não precisará ler sua
conversa à classe; apenas o fará, se estiver disposta a tanto.Objetivo
específico dessa atividade: ensejar a reflexão sobre as diferenças entre a
linguagem oral e a escrita.
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Interpretando por escrito
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-1) dividir os alunos
em equipes de 4 elementos cada uma; 2) numerá-los de 1 a 4; 3) distribuir,
entre as mesmas, pequenas gravuras (se possível de pinturas abstratas); 4)
solicitar que cada uma das equipes registre, por escrito, o que entendeu sobre
os quadros propostos; 5) ler as interpretações obtidas.
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Brincando com as cores
·
-1) dividir a classe em equipes de 4
elementos; 2) numerar os participantes de cada uma; 3) distribuir, entre elas,
as cores: atribuir uma cor (vermelho, verde, amarelo, azul, etc.) a cada uma
das equipes ou grupos; 4) pedir que cada um dos elementos de cada uma das
equipes registre, numa folha de papel que circulará entre os participantes,
suas impressões a respeito da cor recebida; 5) solicitar das equipes a leitura
das impressões registradas.Observações: a mesma atividade poderá ser realizada,
mas sem a entrega de cores às equipes. Neste caso, cada um dos grupos deverá
produzir um pequeno texto sobre uma cor, sem nomeá-la, mas procurando “dar
pistas” a respeito da mesma, a fim de que os colegas possam descobri-la.
Algumas equipes poderão ler seus textos e, se a cor não for descoberta, o
professor poderá organizar uma discussão sobre esse fato, apontando, alguns
fatores que talvez tenham dificultado a não identificação. Outra atividade com
cores poderá ser a dramatização por meio de gestos, ou mímica, de uma cor
escolhida pela(s) equipe(s).
·
·
Compondo um belo texto-poema
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-1) dividir os alunos em equipes ou
grupos; 2) indicar a cada uma três substantivos - chave do poema: mar, onda,
coqueiro; 3) marcar, no relógio, 10 (dez) minutos para a composição dos poemas;
5) expor, no mural de classe, os textos produzidos pelas equipes.
·
Cinema imaginário
·
-1) dividir a sala em equipes ou grupos;
2) apresentar às equipes três ou quatro trechos (curtos) de trilhas sonoras de
filmes; 3) solicitar que os alunos imaginem cenas cinematográficas referente às
trilhas ouvidas; 4) interrogar os alunos sobre o que há de semelhante e o que
há de diferente nas cenas imaginadas por eles.“A partir das respostas a essas
perguntas, o professor discutirá, com os alunos, o papel do conhecimento prévio
e o das experiências pessoais e culturais que compartilhamos, para que possamos
compreender textos (verbais, não verbais, musicados, ...)
·
Criação de um país imaginário
·
-1) dividir os alunos
em equipes ou grupos; 2) pedir-lhes que produzam um texto, com ou sem
ilustração, descrevendo um país imaginário, de criação da equipe; 3) solicitar
que cada uma dessas leia para as demais o texto produzido por ela; 4) afixar,
no mural da sala, os textos produzidos pelas equipes.
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“ Se eu fosse ...”
·
-1) dividir a classe
em equipes ou grupos; 2) pedir que cada uma complete as lacunas ou pontilhado
com o nome de um objeto, animal, planta, personagem ou personalidade humana que
gostaria de ser; 3) solicitar que escrevam e/ou desenhem a respeito do que
gostariam de ser; 4) pedir que exponham suas produções aos colegas; 5) sugerir
que as coloquem no mural ou varal de classe.
·
Jogo do segredo (telefone sem fio) - Dizer uma pequena
frase a uma criança e ela diz essa frase ao ouvido da criança que está ao seu
lado e assim sucessivamente até percorrer as crianças todas. A ultima diz a
frase em voz alta para vermos se coincidiu com a frase inicial.
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Jogo de formação de frases - Montagem: faça
várias cartelas em cores diferenciadas, contendo: os substantivos, ações,
conectivos e pontuação, separadamente. (ex: substantivos em rosa, conectivos em
azul, etc.). Como jogar: a professora entrega a uma dupla de alunos cartelas
contendo palavras, vogais e pontuação embaralhadas. Em seguida, pede a ela que
forme as frases corretamente. Em outro momento, pergunta-lhe se é possível
trocar elementos frasais com as demais duplas. Assim, os alunos treinam, de
maneira lúdica, a comparação entre frases e entre elementos que estruturam uma
frase, sem preocupar-se com nomenclatura. Em momento algum, a professora
comenta a divisão de cores dos elementos. Ela deixa o aluno descobrir as
diferenciações, instigando-o a reparar as diferenças. Outra forma de brincar é
fazer com que uma criança monte a frase e a outra a leia em voz alta.
·
Jogo da caixa com
nomes
Material: fichas com os nomes das crianças e três caixas de sapato.
Finalidade: Terminar primeiro os nomes da caixa.
Números de participantes: Total de alunos divididos em três grupos.
Regras:
·
Organizar as crianças em três filas e deixar uma caixa na frente de cada
fila.
·
Cada caixa deverá conter os nomes das crianças daquela fila.
·
Dado um sinal, na ordem da fila, cada criança procura seu nome na caixa
e, encontrá-lo, corre para o final da fila permitindo que o seguinte prossiga o
jogo.
·
Ganha a competição o grupo que terminar primeiro.
Variação: Encontrar na caixa o nome do colega que está atrás.
Atravessando o rio
Material: desenhar no chão a paisagem de um rio. Confeccionar
fichas em forma de pedras com os nomes.
Finalidade: atravessar o rio lendo todos os nomes.
Número de participantes: toda turma dividida em dois grupos.
Regras:
·
Convidar um aluno de cada grupo para atravessar o rio sem cair.
·
Os alunos deverão atravessar o rio lendo os nomes que estão escritos nas
pedras.
·
Os outros componentes do grupo poderão ajudar quando houver dificuldade.
·
Aquele que errar, cai no rio e se afoga, perdendo ponto o seu grupo.
·
O aluno que pular todas as pedras, sem cair, ganha ponto para o seu
grupo.
Variação: A professora dita os nomes e os alunos escrevem nas
pedras.
Caracol do Alfabeto
Material: Desenho no chão de um caracol bem grande com todas as
letras do alfabeto. Confeccionar um dado grande com caixa de papelão.
Finalidade: Chegar primeiro no final do caracol.
Número de participantes: todos os alunos.
Regras:
·
Fazer uma fila na entrada do caracol.
·
O primeiro da fila lança o dado e anda a quantidade correspondente ao
número do dado.
·
A professora faz perguntas para toda turma: Que letra é essa? Tem algum
aluno na nossa turma que começa com essa letra? Quem? Que outras coisas também
começam com essa letra?
·
Repetir o procedimento com todos.
·
Vence o jogo quem chegar primeiro no final do caracol.
Variação: Cada aluno procura a casinha com a primeira letra do seu
nome e se coloca dentro dela. Fazer perguntas do tipo: Em qual casinha do
caracol está o Bruno? Qual casinha vem antes da casinha da Lidiane? Por quais
casinhas a Eliane precisa passar para chegar à casinha da Jaiane?...
Caixinhas com nomes
Material: Caixinhas de fósforos encapadas com a foto dos alunos
colados em cima, e dentro as letras que formam o nome daquele aluno. Papel
ofício.
Finalidade: Formar e fazer análise grafofônica dos nomes.
Números de participantes: alunos divididos em grupos.
Regras:
·
Cada grupo escolhe as caixinhas que preferem.
·
Formar os nomes dos colegas com as letras que estão dentro da caixinha.
·
Depois registrar no papel o nome formado, a primeira letra, a quantidade
de letras que foi preciso para formar o nome e a quantidade de vezes que abrem
a boca para falar aquele nome.
Sugestão
de oficinas que deverão ser adaptadas de acordo com a série em que os alunos
estão.
Oficina
nº 4 – Produção escrita
1-Objetivos:
•
Produzir textos escritos de gêneros diversos, adequados aos objetivos, ao
destinatário e ao contexto de circulação.
•
Utilizar diferentes gêneros e suportes.
•
Capacidade de usar a variação linguística adequada ao gênero de texto que se
está produzindo, aos objetivos que se
cumprir com o texto, aos conhecimentos e interesses dos leitores previstos, ao suporte em que o texto
vai ser difundido, fazendo escolhas adequadas
quanto ao vocabulário e gramática.
•
Valer-se dos recursos expressivos apropriados ao gênero e aos objetivos do
texto (produzir encantamento, comover, fazer rir, ou convencer racionalmente).
•
Adquirir capacidades de revisar e reelaborar a própria escrita, segundo
critérios adequados aos objetivos,
ao destinatário e ao contexto de circulação previsto.
•
Recriar textos, usando recursos de textualização adequados ao discurso, ao
gênero, ao suporte, ao
destinatário e ao objeto da interação.
•
Explorar fato e opinião nos diversos textos.
• Desenvolver
capacidades necessárias para o uso da escrita em diversos contextos sociais.
•
Dominar as regularidades e irregularidades ortográficas.
•
Planejar a escrita do texto considerando o tema central e seus desdobramentos.
2- Materiais
necessários:
• Placas
•
Rótulos
•
Embalagens comerciais
•
Revistas
•
Jornais
•
Contratos
• Livros
científicos
• Obras
literárias
• Listas
telefônicas
•
Histórias em quadrinhos, charges
• Som e
CD
• Papel
A4
•
Documentos (identidade, CPF, Bolsa-família, certidões, título eleitoral etc.)
•
Dinheiro, cartão telefônico, talões de água, luz, telefone, etc.
3-Tempo
previsto: 5 a 6 horas
4-
Aquecimento para o tema (sensibilização: compreensão e valorização da cultura
escrita)
Primeiramente será
feita uma reflexão sobre a importância da escrita em nossas vidas e na sociedade e o uso efetivo e
autônomo da língua escrita em práticas sociais diversificadas.Em seguida, será
feita uma excursão por alguns bairros da cidade para que percebam que vivemos em uma sociedade letrada, em que a
língua escrita está presente de maneira visível e marcante nas atividades cotidianas. Chamar a
atenção para o fato de que sempre estaremos em contato com textos escritos e criar
situações em que os alunos formulem hipóteses sobre sua utilidade, seu funcionamento, sua
configuração. Explicar que a não vivência em sala de aula desses textos pode reduzir e artificializar o
objeto de aprendizagem que é a escrita.