e-book "Supere a si mesmo todos os dias"

https://pay.hotmart.com/I84444557Q

domingo, 20 de abril de 2014

Resumo elaborado pela professora Osvanete
O que ensinar em Língua Portuguesa?
            O ensino atual da disciplina foca a prática no dia a dia e mescla atividades de fala, leitura e produção de textos desde cedo.
Metodologias mais comuns no ensino de Língua Portuguesa
            Aaulas de Língua Portuguesa, desde o século 19, foram marcadas pelos métodos de ensino de leitura e escrita nos anos iniciais de escolaridade e normativos nos anos seguintes. Foram às pesquisas dos últimos 30 anos que mudaram esse enfoque.

MÉTODOS SINTÉTICOS. 
            Foram predominantes no ensino da leitura desde meados do século 19. A escrita era vista como uma habilidade motora que requeria prática mecânica. Passada a alfabetização, os alunos deveriam aprender regras gramaticais. 

Foco: A alfabetização se inicia com o ensino de letras e sílabas e sua correspondência com os sons para a leitura de sentenças. Nas séries finais, só os clássicos são trabalhados, já que a intenção é ensinar a escrever usando a língua culta e a ler para conhecer modelos consagrados. 

Estratégia de ensino: As técnicas de leitura adotadas desde cedo são a silábica, alfabética ou fônica. Os mais velhos copiam textos literários sem levar em conta o contexto e o interlocutor.

MÉTODOS ANALÍTICOS.

            Surgiram no fim do século 19, em contraposição aos sintéticos. A alfabetização segue como uma questão de treino e o enfoque dos anos seguintes voltado ao debate das normas. 

Foco: A alfabetização parte do 
todo para o entendimento das sílabas e letras. Pouco muda nas técnicas para as séries finais do Ensino Fundamental. 

Estratégia de ensino: Mostrar pequenos textos, sentenças ou palavras para, então, analisar suas 
partes constituintes e o funcionamento da língua.


PROPOSTA CONSTRUTIVISTA
            Ganhou força na década de 1980, com as pesquisas psicogenéticas e didáticas e a concepção interacionista de linguagem. 

Foco: O 
estudante deve refletir sobre o sistema de escrita, seus usos e suas funções. Os objetos de ensino são o sistema alfabético e os comportamentos leitores e escritores. 

Estratégia de ensino: Leitura e escrita feitas pelo professor, produção 
de textos, leitura (individual e coletiva) dos próprios estudantes e reflexão sobre a língua. Textos de diversos gêneros devem ser trabalhados desde o início da alfabetização até os anos finais.

Atividades comuns à Leitura e a Escrita:

                As Oficinas de Leitura e Escrita consistem basicamente sobre histórias da Literatura Infantil ou histórias de vida das crianças, orais ou escritas, onde o professor motiva a(s) leitura(s) dos textos, ilustrações (desenho, pintura), dramatizações, e onde ele obtém das crianças a produção de um texto escrito (em geral, também ilustrado). Esse texto pode também ser escrito pelo professor com a colaboração das crianças.
                Essa produção é geralmente a construção de pequenas narrativas, descrições, reprodução ou reconstrução de textos trabalhados, ou ainda, a produção de textos muito criativos, em que se pode verificar a representação do imaginário infantil das crianças.
                O funcionamento de Oficinas de Leitura e Escrita possibilita o enriquecimento progressivo dos textos produzidos pelas crianças, a partir de textos espontâneos até a produção de textos que apresentem um maior nível de complexidade, em termos organizacionais. Os professores também proporcionam a exploração de textos pelas crianças, assim como a utilização de pequenas narrativas e de jogos didáticos para sanar dificuldades ortográficas.
                Em etapas em que o desempenho das crianças já aponta para textos mais elaborados, os professores começam a introduzir critérios de avaliação sobre as produções, com o objetivo de acompanhar e estimular a produção escrita. Nesse momento, dá-se uma maior atenção ao processo de construção dos textos, às ilustrações, à organização de macro-textos a partir de um texto inicial, e, ainda, à divulgação das produções das crianças.
                Ainda no sentido de estimular a produção escrita, a elaboração de um jornal com produções dos alunos tem como finalidade fazê-lo circular entre as crianças, possibilitando, assim, a divulgação do trabalho realizado.

                Atividades dessa natureza levam as crianças a uma maior compreensão da língua, e a utilizarem essa língua como meio de expressão de si mesmas, revelando, ainda, a sua compreensão das coisas e do mundo.
            Redigir textos a partir de uma proposta e ler mecanicamente para responder    às perguntas só contribuem para os professores analisarem os conhecimentos que já  foram adquiridos pelos alunos, conhecimentos que eles já dominam ou que precisam dominar.
            Podemos dizer que fizemos uma avaliação; fizemos uma sondagem e cabe ao professor, em todas as séries iniciais do Ensino Fundamental, a tarefa de fazer com que o aluno adquira sempre novos conhecimentos que possibilitem a ele um maior domínio da  língua materna para que conclua a 4a série apto a produzir e interpretar diversos tipos de texto.
            "Ler e escrever - abrir horizontes, desvendar mundos, dar asas à imaginação, refletir para transformar e ampliar a visão de mundo."

Análise e produção de diferentes tipos de texto: do informativo ao literário

            No nosso dia a dia nos deparamos  com diversos tipos de texto. Quando andamos na rua estamos cercados de textos portados os lados. As mensagens nos chegam sob diversos modos. A leitura acontece em     cada instante;    desde que   algo tenha   um sentido e    nos transmita uma  mensagem, vivenciamos um processo de comunicação.
            Pela manhã, ao acordarmos, se olharmos pela janela e verificarmos o céu,     poderemos
extrair muitas conclusões a partir da análise que fizermos da cor das nuvens,         do vento; isso exemplifica que tudo pode significar alguma coisa, dependendo da forma como vemos ou lemos os pequenos sinais que estão ao nosso redor.
            Pense na sua rotina diária, desde o momento em que acorda até o fim do dia.      Perceba
como está envolvido em diversos tipos de texto.
- placas de rua;
- contas de luz e de telefone;
- propagandas;
- mapas;
- nomes de ônibus;
- placas de trânsito;
- bulas de remédio;
- dinheiro (cédulas);
- extrato bancário; receitas, etc.
            Ler é muito mais do que apenas compreender o que está escrito com letras. Ler é ir além, é compreender algo sem palavras, é observar e interpretar uma obra de arte, uma escultura, uma arquitetura, uma dança, um mar bravio, folhas secas no chão, um abraço apertado, um simples sorriso.

            Quando trabalhamos com a Língua Portuguesa, devemos trabalhá-la em situações reais de uso. Para isso é importante selecionar diversos tipos de texto, uma vez que a criança está em contato com essa variedade.
            Os textos têm funções específicas (divertir, informar, anunciar, comunicar...), por isso a escola deve propiciar trabalhos com os diferentes materiais escritos. No processo de comunicação, muitos elementos estão envolvidos e os textos têm variedade e         funções
diferentes por causa das situações específicas de interlocução. É importante  considerarmos as suas especificidades e características.
            Quando classificamos os tipos de texto, temos como referência suas condições   de
produção, finalidade social e seu funcionamento. Por isso o leitor deve sempre se perguntar:
- Para que serve esse texto?
- Quem o escreveu?
- Para quem foi escrito?

Os textos podem ser classificados em:

Informativos
• reportagens;
• anúncios;
• cartazes, notícias;
• placas, etc.
Instrucionais
• regras de jogos;
• regulamentos;
• receita;
• bula, etc.
Lúdicos
• trava-línguas;
• parlendas;
• rimas;
• adivinhações, etc.
Narrativos
• histórias em quadrinhos;
• fábulas;
• lendas;
• crônicas;
• contos, etc.
De correspondência
• telegramas;
• bilhetes;
• cartas, etc.
Humorísticos
Manuel foi ao dentista e perguntou-lhe:
- Doutor, quanto o senhor cobra para extrair um dente?
- Cem reais.
- Então só afrouxe-os, pois só tenho cinquenta reais.

Gráficos

Poéticos

Extraverbais
• figuras;
• ilustrações;
• histórias em quadrinhos;
• quadros; Gesto;
• Música; Charge;
• Arquitetura, etc.
______________________________________________
            A criança, antes de entrar na escola, já esteve em contato com essa variedade de textos no seu ambiente diário. A escola deve criar condições que deem continuidade às experiências que a criança já adquiriu. Há muito tempo a escola fica presa ao ensino dos mesmos tipos de texto (narrações, descrições, dissertações, cartas /bilhetes) e esquece-se de trabalhar com aquilo que é concreto para o aluno.
            À medida que trabalhamos com uma  diversidade de    textos,             estamos propiciando condições para que o aluno construa conhecimentos necessários para a leitura e escrita de textos variados. O aluno não deve apenas reconhecer os diversos tipos de texto, ele deve também produzir cada tipo de texto. Isso facilitará a descoberta do mecanismo da escrita, as regras que determinam esse mecanismo.

Análise e produção de diferentes tipos de composição: descrição, narração e dissertação (mostrar de um ponto de vista, ou seja, a defesa de uma opinião).
Sugestões
faça uma coletânea de materiais, utilizando os dois tipos de linguagens; isso facilitará o seu trabalho;
faça brincadeiras, envolvendo mímica;
trabalhe com fotos recentes e antigas;
crie cartas enigmáticas;
utilize músicas para que os alunos se expressem no desenho;
confeccione livros de história, utilizando a linguagem não verbal




            O melhor método para a alfabetização é um discussão antiga entre os especialistas no assunto e também entre os pais quando vão escolher uma escola para seus filhos começaram a ler as primeiras palavras e frases. No caso brasileiro, com os elevados índices de analfabetismo e os graves problemas estruturais na rede pública de ensino, especialistas debate qual seria o melhor método para revolucionar, ou pelo menos, melhorar a educação brasileira. Ao longo das décadas, houve uma mudança da forma de pensar a educação, que passou de ser vista da perspectiva de como o aluno aprende e não como o professor ensina.


            São muitas as formas de alfabetizar e cada uma delas destaca um aspecto no aprendizado. Desde o método fônico, adotado na maioria dos países do mundo, que faz associação entre as letras e sons, passando pelo método da linguagem total, que não utiliza cartilhas, e o alfabético, que trabalha com o soletramento, todos contribuem de uma forma ou de outra, para o processo de alfabetização.


Qual é o melhor método?

            A proposta, não é apontar o melhor método de alfabetização, até porque os educadores e especialistas não têm um consenso sobre o tema. Pretendemos apenas mostrar as características de cada método para que os pais conheçam mais profundamente o método que está sendo aplicado na educação de seus filhos.

• Método Sintético

            O método sintético estabelece uma correspondência entre o som e a grafia, entre o oral e o escrito, através do aprendizado por letra por letra, ou sílaba por sílaba e palavra por palavra.

            Os métodos sintéticos podem ser divididos em três tipos: o alfabético, o fônico e o silábico. No alfabético, o estudante aprende inicialmente as letras, depois forma as sílabas juntando as consoantes com as vogais, para, depois, formar as palavras que constroem o texto.

            No fônico, também conhecido como fonético, o aluno parte do som das letras, unindo o som da consoante com o som da vogal, pronunciando a sílaba formada. Já no silábico, ou silabação, o estudante aprende primeiro as sílabas para formar as palavras.

            Por este método, a aprendizagem é feita primeiro através de uma leitura mecânica do texto, através da decifração das palavras, vindo posteriormente a sua leitura com compreensão.

            Neste método, as cartilhas são utilizadas para orientar os alunos e professores no aprendizado, apresentando um fonema e seu grafema correspondente por vez, evitando confusões auditivas e visuais.

            Como este aprendizado é feito de forma mecânica, através da repetição, o método sintético é tido pelos críticos como mais cansativo e enfadonho para as crianças, pois é baseado apenas na repetição e é fora da realidade da criança, que não cria nada, apenas age sem autonomia.



• Método Analítico

            O método analítico, também conhecido como “método olhar e dizer”, defende que a leitura é um ato global e audiovisual. Partindo deste princípio, os seguidores do método começam a trabalhar a partir de unidades completas de linguagem para depois dividi-las em partes menores. Por exemplo, a criança parte da frase para extrair as palavras e, depois, dividi-las em unidades mais simples, as sílabas.

            Este método pode ser divido em palavração, setenciação ou global. Na palavração, como o próprio nome diz, parte-se da palavra. Primeiro, existe o contato com os vocábulos em uma sequência que engloba todos os sons da língua e, depois da aquisição de certo número de palavras, inicia-se a formação das frases.

            Na setenciação, a unidade inicial do aprendizado é a frase, que é depois dividida em palavras, de onde são extraídos os elementos mais simples: as sílabas. Já no global, também conhecido como conto e estória, o método é composto por várias unidades de leitura que têm começo, meio e fim, sendo ligadas por frases com sentido para formar um enredo de interesse da criança. Os críticos deste método dizem que a criança não aprende a ler, apenas decora.


• Método Alfabético

            Um dos mais antigos sistemas de alfabetização, o método alfabético, também conhecido como soletração, tem como princípio de que a leitura parte da decoração oral das letras do alfabeto, depois, todas as suas combinações silábicas e, em seguida, as palavras. A partir daí, a criança começa a ler sentenças curtas e vai evoluindo até conhecer histórias.

            Por este processo, a criança vai soletrando as sílabas até decodificar a palavra. Por exemplo, a palavra casa soletra-se assim c, a, ca, s, a, sa, casa. O método Alfabético permite a utilização de cartilhas.

            As principais críticas a este método estão relacionadas à repetição dos exercícios, o que o tornaria tedioso para as crianças, além de não respeitar os conhecimentos adquiridos pelos alunos antes de eles ingressarem na escola.
            O método alfabético, apesar de não ser o indicado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, ainda é muito utilizado em diversas cidades do interior do Nordeste e Norte do país, já que é mais simples de ser aplicado por professores leigos, através da repetição das Cartas de ABC, e na alfabetização doméstica.


• Método Fônico

            O método fônico consiste no aprendizado através da associação entre fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras. Esse método de ensino permite primeiro descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico próprio de sua língua, através de textos produzidos especificamente para este fim.

            O método é baseado no ensino do código alfabético de forma dinâmica, ou seja, as relações entre sons e letras devem ser feitas através do planejamento de atividades lúdicas para levar as crianças a aprender a codificar a fala em escrita e a decodificar a escrita no fluxo da fala e do pensamento.

            O método fônico nasceu como uma crítica ao método da soletração ou alfabético. Primeiro são ensinadas as formas e os sons das vogais. Depois são ensinadas as consoantes, sendo, aos poucos, estabelecidas relações mais complexas. Cada letra é aprendida como um fonema que, juntamente com outro, forma sílabas e palavras. São ensinadas primeiras as sílabas mais simples e depois as mais complexas.

            Visando aproximar os alunos de algum significado é que foram criadas variações do método fônico. O que difere uma modalidade da outra é a maneira de apresentar os sons: seja a partir de uma palavra significativa, de uma palavra vinculada à imagem e som, de um personagem associado a um fonema, de uma onomatopeia ou de uma história para dar sentido à apresentação dos fonemas. Um exemplo deste método é o professor que escreve uma letra no quadro e apresenta imagens de objetos que comecem com esta letra. Em seguida, escreve várias palavras no quadro e pede para os alunos apontarem a letra inicialmente apresentada. A partir do conhecimento já adquirido, o aluno pode apresentar outras palavras com esta letra.

            Os especialistas dizem que este método alfabetiza crianças, em média, no período de quatro a seis meses. Este é o método mais recomendado nas diretrizes curriculares dos países desenvolvidos que utilizam a linguagem alfabética.

            A maior crítica a este método é que não serve para trabalhar com as muitas exceções da língua portuguesa. Por exemplo, como explicar que cassa e caça tem a mesma pronúncia e se escrevem de maneira diferente?

FONTE: http://mundinhodacrianca.blogspot.com.br Por Christianne Visvanathan


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Gutierrez, Francisco. Linguagem 
Total - Uma pedagogia nos meios de comunicação. São Paulo: Summus Editorial, 1994.

KRAMER, S. Alfabetização, leitura e escrita: formação de professores em curso. Rio de Janeiro: Escola de Professores, 1995.

SMOLKA, A.L. A criança na fase inicial da escrita. São Paulo: Cortez, 1988.

SOARES, M.B. Linguagem e escola. São Paulo: Ática, 1988.

VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

RUSSO, M.F.VIAN, Maria I. Alfabetização: um processo em construção. São Paulo: Saraiva, 1996.


FONTE: http://pessoas.hsw.uol.com.br/metodo-de-alfabetizacao.htm



Gêneros Textuais e seus suportes



            A apresentação dos textos é outro ponto essencial: eles devem ser trabalhados em seu suporte real. Se você quer usar reportagens, tem de levar para a sala jornais e revistas de verdade. Para explorar receitas, é preciso que os alunos manuseiem obras de culinária. Na análise de biografias, é fundamental cada um dispor de livros desse tipo. E assim sucessivamente. Portanto, nada de oferecer apenas uma carta que está publicada (ou resumida) nas páginas do livro didático.  Hora de mergulhar nos currículos. O fio condutor que aproxima as duas propostas é a preocupação de fazer a turma transitar pelas três posições enunciativas do texto: ouvinte, leitor e escritor. É nessa "viagem" de possibilidades que a garotada exercita os tais comportamentos leitores e escritores.

            Ao ouvir, os alunos se familiarizam com diversos exemplos de texto, apreciando-os e aprendendo a identificar características. Ao mesmo tempo, eles atuam como leitores, comparando diferentes versões de um conto, por exemplo, com o objetivo de refletir sobre os recursos linguísticos escolhidos pelos autores. E o professor ainda põe a garotada para trabalhar - pede que todos caracterizem um personagem e, portanto, escrevam. Nessa hora, eles vão usar termos como "bom", "mau", "bonito", "nervoso" etc. "Só então cabe explicar que esses termos são chamados de adjetivos e são muito importantes em diversos textos, sobretudo os contos e as propagandas, mas não são adequados em outros, como as notícias", explica Beth Marcuschi.

            Nessa integração de atividades com diferentes propósitos, os estudantes vão muito além das características de cada gênero - e aprendem de fato a ler e escrever, inclusive fazendo uso da ortografia e da gramática em situações reais. Tudo isso permite dar o pontapé inicial ao que os especialistas chamam de "caminho da autoria". Uma possibilidade é propor a reescrita (individual) de um conto. Mas o percurso pelas três posições enunciativas só estará completo quando a garotada produzir o próprio conto (no caso de Novo Lima, isso é feito no semestre seguinte, com direito a ler as produções para outras turmas).


Gêneros Textuais e seu uso em sala de aula


            Há cerca de dez anos, durante uma sessão de fechamento dos trabalhos do Congresso de Leitura (Cole), evento organizado a cada dois anos pela Associação de Leitura do Brasil na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), um eminente pesquisador da área dizia-se impressionado pelo modo como o conceito de gênero textual marcara presença entre os trabalhos apresentados naquele ano.

            Segundo o professor, a tendência era o conceito aparecer cada vez mais. Ele tinha mesmo razão. "Gênero" tornou-se uma referência comum em pesquisas, propostas curriculares e nas práticas de sala durante as aulas de Língua Portuguesa.

            De fato, há grande consenso quanto ao interesse em se explorar a noção de gênero textual em contexto didático. Entretanto, para que essa atividade seja proveitosa, é necessário que o professor esteja bastante consciente de alguns fatores:
- Quais as razões para selecionar determinado gênero;
- Quais características o configuram;
- Quais as funções específicas do gênero selecionado;
- Quais objetivos de aprendizagem (específicos à área) o gênero selecionado propicia atingir junto a seu grupo de alunos;
- Que saberes prévio e estratégias de leitura ativa o gênero selecionado mobiliza?

O que é um gênero textual?

            Como nos ensina Bakhtin, gêneros textuais definem-se principalmente por sua função social. São textos que se realizam por uma (ou mais de uma) razão determinada em uma situação comunicativa (um contexto) para promover uma interação específica.   Trata-se de unidades definidas por seus conteúdos, suas propriedades funcionais, estilo e composição organizados em razão do objetivo que cumprem na situação comunicativa.

            Explicando melhor: isso significa que, a cada vez produzo um texto, seleciono um gênero...

... Em função daquilo que desejo comunicar;

... Em função do efeito que desejo produzir em meu interlocutor;
... Em função da ação que desejo produzir no meio em que me inscrevo
.
            Isso vale das trocas mais prosaicas do cotidiano, nos bilhetes registrados em post-its colados nas geladeiras, passando pelas mensagens eletrônicas, entrevistas (orais e escritas), bulas de remédio, orações, cordéis, dissertações, romances, piadas etc. Uma das principais características dos gêneros é o fato de serem enunciados que apresentam relativa estabilidade. É esse aspecto que permite, justamente, com que sejam compreendidos.

            Um exemplo extremo disso está no gênero "bula de remédio". Nos idos dos anos 1980, a linguista francesa Sophie Moirand mostrou como a estabilidade desse tipo de enunciado permitiria que qualquer falante do francês sem conhecimento nenhum de grego pudesse localizar informações (nome comercial, princípio ativo e posologia, por exemplo).


 Gêneros Textuais


            Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características. Exemplos:

Notícia: podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se deu em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas personagens. Características do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas vezes, minuciosamente descritos.

Reportagem: é um gênero textual jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A reportagem tem, por objetivo, informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com linguagem direta.

Carta ao leitor: é um gênero do tipo dissertativo-argumentativo que possui uma linguagem mais pessoal e leve, em que se escreve aos leitores.

Propaganda: é um gênero textual dissertativo-expositivo onde há a o intuito de propagar informações sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo.

Bula de remédio: é um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que tem por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento.

Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula para preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, com verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções.

Editorial: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento da empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade.

Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao leitor, passo a passo e de maneira simplificada, como fazer algo.

Entrevista: é um gênero textual dialogal e dissertativo-expositivo que é representado pela conversação de duas ou mais pessoas, o entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter informações sobre ou do entrevistado ou de algum outro assunto.

História em quadrinhos: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros através de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação.

Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, através de caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum acontecimento atual, em sua grande maioria.

Gêneros literários: 

·         Gênero Narrativo: Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos anos, o gênero épico passou a ser considerada apenas uma variante do gênero literário narrativo, devido ao surgimento de concepções de prosa com características diferentes: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. Porém, praticamente todas as obras narrativas possuem elementos estruturais e estilísticos em comum e devem responder a questionamentos, como: quem? o que? quando? onde? por quê?
 Vejamos a seguir: 

·         Épico (ou Epopeia): os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de um povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é, de valorização de seus heróis e seus feitos. Três belos exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisseia, de Homero. 

·         Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos e de caráter mais verossímil. Também conta as façanhas de um herói, mas principalmente uma história de amor vivida por ele e uma mulher, muitas vezes, “proibida” para ele. Apesar dos obstáculos que o separam, o casal vive sua paixão proibida, física, adúltera, pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no final. É o tipo de narrativa mais comum na Idade Média. Ex: Tristão e Isolda. 

·         Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a brevidade do conto. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka. 

·         Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores (conto popular). Caracteriza-se por personagens previamente retratados. Inicialmente, fazia parte da literatura oral. Boccaccio foi o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão. 

·         Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As personagens principais são não humanas e a finalidade é transmitir alguma lição de moral. 

·         Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial. Pode ter um tom humorístico ou um toque de crítica indireta, especialmente, quando aparece em seção ou artigo de jornal, revistas e programas da TV..

·          Crônica narrativo-descritiva: Apresenta alternância entre os momentos narrativos e manifestos descritivos.

·          Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago e Ensaio sobre a tolerância, de John Locke. 

Gênero Dramático: Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador contando a história. Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os papéis das personagens nas cenas.

·         Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era "uma representação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando dó e terror". Ex: Romeu e Julieta, de Shakespeare. 

·         Farsa: é uma pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, que critica a sociedade e seus costumes; baseia-se no lema latino ridendo castigat mores (rindo, castigam-se os costumes). A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego de processos grosseiros, como o absurdo, as incongruências, os equívocos, os enganos, a caricatura, o humor primário, as situações ridículas.

·          Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil. Sua origem grega está ligada às festas populares. 

·         Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômicos. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário. 

·         Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte apelo linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida por este povo. 

MAIS DE 50 BRINCADEIRAS PARA ALFABETIZAR
            Use a sua criatividade e promova jogos e atividades que ampliarão as possibilidades de LEITURA e ESCRITA das crianças. Aí vão algumas dicas:


·         Jogo dos 07 erros
·         01 - A prof.ª elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, substitui umaletrapor outra que não faça parte da palavra. A criança deve localizar essas 7 substituições.
·         02 - A prof.ª elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, inverte a ordem de 2 letras(ex: cachorro – cachorro). A criança deve achar esses 7 erros.
·         03 - A prof.ª elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, omite uma letra. O aluno deve localizar os 7 erros.
·         04 - A prof.ª elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, acrescenta 1 letra que não existe. A criança deve localizar quais são elas.
·         05 - A prof.ª escreve um texto conhecido (música, parlenda, etc.) e substitui 7 palavras por outras, que não façam parte do texto. O aluno deve achar quais são elas.
·         06 - A prof.ª escreve um texto conhecido (música, parlenda, etc.) e omite 7 palavras. O aluno devedescobrir quais são elas.
·         07 - A prof.ª escreve um texto conhecido (música, parlenda, etc.) e inverte a ordem de 7 palavras. O aluno deve localizar essas inversões.
·         08 - A profª escreve um texto conhecido (música, parlenda, etc.) e acrescenta 7 palavras que não façam parte dele. A criança deve localizar quais são elas.

·         Caça palavras
·         01 - A prof.ª monta o quadro e dá só uma pista: “Ache 5 nomes de animais” por exemplo.
·         02 - A prof.ª monta o quadro e escreve, ao lado, as palavras que o aluno deve achar.
·         03 - A prof.ª dá um texto ao aluno e destaca palavras a serem encontradas por ele, dentro do texto.

·         Jogo da Memória
·         01- O par deve ser composto pela escrita da mesma palavra nas duas peças, sendo uma em letra bastão, e a outra, cursiva.
·         02 - O par deve ser idêntico e, em ambas as peças, deve haver a figura acompanhada do nome.
·         03 - O par deve ser composto por uma peça contendo a figura, e a outra, o seu nome.

·         Cruzadinha
·         01- A prof.ª monta a cruzadinha convencionalmente, colocando os desenhos para a criança pôr o nome. Mas, para ajudá-las, faz uma tabela com todas as palavras da cruzadinha em ordem aleatória. Assim, a criança consulta a tabela e “descobre” quais são os nomes pelo número de letras, letra inicial, final, etc.
·         02 - A prof.ª monta a cruzadinha convencionalmente, colocando os desenhos para a criança pôr o nome. Mas, para ajudá-las, faz um quadro com todos os desenhos e seus respectivos nomes, para que a criança só precise copiá-los, letra a letra.
·         03 - A prof.ª monta a cruzadinha convencionalmente, colocando os desenhos para a criança escreva seus nomes.
·         As cartelas devem conter letras variadas. Algumas podem conter só letras do tipo bastão; as outras, somente cursivas; e outras letras dos dois tipos, misturadas.

·         Bindo das Letras -
·         Bingo de palavras - as cartelas devem conter palavras variadas. Algumas podem conter só palavras do tipo bastão; as outras, somente cursivas; e outras letras dos dois tipos.

·         Bingo de iniciais - a profª deve eleger uma palavra iniciada por cada letra do alfabeto e distribuí-las, aleatoriamente, entre as cartelas. (+/- 6 palavras por cartela). A profª sorteia a letra e o aluno assinala a palavra sorteada por ela.

·         Bingo de letras variadas - as cartelas devem conter letras variadas. A profª dita palavras e a criança deve procurar, em sua cartela, a inicial da palavra ditada.

·         A profª monta quebra cabeças de rótulos e logomarcas conhecidas e, na hora de montar, estimula a criança a pensar sobre a “ordem das letras”Quebra Cabeça de rótulos -

·         Dominó de palavras - em cada parte da peça deve estar uma palavra, com a respectiva ilustração.

·         Ache o estranho-a prof.ª recorta, de revistas, rótulos, logomarcas, embalagens, etc. Agrupa-os por categoria, deixando sempre um “estranho” (ex: 3 alimentos e um produto de limpeza; 4 coisas geladas e 1 quente; 3 marcas começadas por “A” e uma por “J”; 4 marcas com 3 letras e 1 com 10, etc.) Cola cada grupo em uma folha, e pede ao aluno para achar o estranho.

·         Procure seu irmão 1 -os pares devem ser um rótulo ou logomarca conhecidos e, seu respectivo nome, em letra bastão.

·         Procure seu irmão 2 -os pares devem ser uma figura e sua respectiva inicial.

·         Jogo do alfabeto - Utilize um alfabeto móvel (1 consoante para cada 3 vogais). Divida a classe em grupo e entregue um jogo de alfabeto para cada um. Vá dando as tarefas, uma a uma: - levantar a letra; - organizar em ordem alfabética; - o professor fala uma letra e os alunos falam uma palavra que inicie com ela;- formar frases com a palavra escolhida;- formar palavras com o alfabeto móvel;- contar as letras de cada palavra; - separar as palavras em sílabas; - montar histórias com as palavras formadas;- montar o nome dos colegas da sala;- montar os nomes dos componentes do grupo.

·         Pares de Palavras -  Objetivo: utilizar palavras do dicionário. Destreza predominante: expressão oral Desenvolvimento: O professor escolhe algumas palavras e as escreve na lousa dentro de círculos (um para cada palavra). Dividir a classe em duplas. Cada dupla, uma por vez, dirigir-se-á até a lousa e escolherá um par de palavras formando uma frase com elas. A classe analisará a frase e se acharem que é coerente a dupla ganha 1 ponto e as palavras são apagadas da lousa. O jogo termina quando todas as palavras forem apagadas.

·         Formando palavras-Número de jogadores: quatro por grupo. Material: 50 cartões diferentes (frente e verso).Um kit de alfabeto móvel por grupo (com pelo menos oito cópias de cada letra do alfabeto)Desenvolvimento: Embaralhe os cartões e entregue dez deles para cada grupo;Marque o tempo – 20 minutos – para formarem a palavra com o alfabeto móvel no verso de cada desenho. Ganha o jogo o grupo que primeiro preencher todos os cartões. Variações: Classificar (formar conjuntos) de acordo:- com o desenho da frente dos cartões; - com o número de letras das palavras constantes dos cartões; - com o número de sílabas das palavras dos cartões; - com a letra inicial;

·         Treino de rimas-Várias cartas com figuras de objetos que rimam de três formas diferentes são colocadas diante das crianças. Por exemplo, pode haver três terminações: /ão/, /ta/, /ço/. Cada criança deve então retirar uma carta, dizer o nome da figura e colocá-la numa pilha com outras figuras que tenham a mesma rima. O teste serve para mostrar as palavras que terminam com o mesmo som. Ao separá-las de acordo com o seu final, juntam-se as figuras em três pilhas com palavras de terminações diferentes.

·         Treino de aliterações-Em uma folha com figuras, a criança deve colorir as que comecem com a mesma sílaba de um desenho-modelo (por exemplo, desenho-modelo: casa; desenhos com a mesma sílaba inicial: caminhão, cama, caracol; desenhos com sílabas iniciais diferentes: xícara, galinha, tartaruga). A mesma atividade pode ser depois repetida enfatizando-se a sílaba final das palavras (por exemplo, desenho-modelo: coração; desenhos com o mesmo final: televisão, leão, balão, mão; desenhos com finais diferentes: dado, uva, fogo).

·         Treino de consciência de palavras- Frases com palavras esquisitas, que não existem de verdade, são ditadas para a criança, que deve corrigir a frase. Substitui-se a pseudopalavra por uma palavra correta. Por exemplo, troca-se "Eu tenho cinco fitos em cada mão" por "Eu tenho cinco dedos em cada mão". Nesse jogo, palavras irreais são trocadas por palavras que existem de verdade, deixando a frase com sentido. Mostra-se que, ao criar frases com palavras que não existem, essas não têm significado.

·         Quantas sílabas têm?A professora fala uma palavra e o aluno “bate palma(s)” de acordo com o número de sílabas.

·         Qual é a palavra?A professora fala uma palavra (BATATA) e os alunos repetem omitindo a sílaba inicial (TATA) ou a final (BATA)

·         Lá vai a barquinha carregadinha de... A professora fala uma LETRA (ou sílaba) e as crianças escolhem as palavras. Ex.: frutas iniciadas com M - maçã, morango, melão, etc...

·         Adivinhando a palavra - O professor fala uma palavra omitindo a sílaba final e os alunos devem adivinhar a palavra. (ou a inicial)

·         Quantas sílabas tem a palavra?A professora fala uma palavra e a criança risca no papel de acordo com o número de sílabas (ou faz bolinhas)

·         Descoberta de palavras com o mesmo sentido- Ajude o aluno a perceber que o mesmo significado pode ser representado por mais de uma palavra. Isso é fácil de constatar pela comparação de frases como as que se seguem: • O médico trata dos doentes • O doutor trata dos doentes. Forneça, em frases, exemplos do emprego de sinônimos de uso comum como: • Bonita, bela; • Malvado, mau; • Rapaz; moço • Bebê; neném; • Saboroso; gostoso...

·         Descoberta de palavras com mais de um significado - Com essa atividade, os alunos perceberão que palavras iguais podem ter significados diferentes. Ajude-os a formar frases com as palavras: manga, botão, canela, chato; corredor; pena, peça; etc

·         Respondendo a perguntas engraçadas - Faça-as pensar sobre a existência de homônimos através de brincadeiras ou adivinhações: • a asa do bule tem penas? • O pé da mesa usa meio? • A casa do botão tem telhado?

·         Escrita com música
·         -1) dividir os alunos em equipes de 4 elementos; 2) distribuir, entre as equipes, uma folha de papel; 3) apresentar às equipes uma música previamente selecionada pelo professor; 4) pedir que o aluno 1 de cada uma das equipes registre, na folha, ao sinal dado pelo professor, suas ideias, sentimentos, emoções apreendidas ao ouvir a música; 5) solicitar-lhe que, findo o seu tempo, passe a folha ao aluno 2, que deverá continuar a tarefa. E assim sucessivamente, até retornar ao aluno 1, que deverá ler o produto final de todo o trabalho para toda a classe.Observação: a folha de papel deverá circular no sentido horário.

·         Conversa por escrito
·          -1) dividir a classe em duplas; 2) entregar a cada uma das duplas uma folha de papel; 3) pedir às duplas que iniciem uma conversa entre seus elementos (ou pares), mas por escrito.Observações: 1) a dupla poderá conversar sobre o que quiser, mas deverá registrar a conversa na folha recebida; 2) a dupla não precisará ler sua conversa à classe; apenas o fará, se estiver disposta a tanto.Objetivo específico dessa atividade: ensejar a reflexão sobre as diferenças entre a linguagem oral e a escrita.

·         Interpretando por escrito
·          -1) dividir os alunos em equipes de 4 elementos cada uma; 2) numerá-los de 1 a 4; 3) distribuir, entre as mesmas, pequenas gravuras (se possível de pinturas abstratas); 4) solicitar que cada uma das equipes registre, por escrito, o que entendeu sobre os quadros propostos; 5) ler as interpretações obtidas.

·         Brincando com as cores
·         -1) dividir a classe em equipes de 4 elementos; 2) numerar os participantes de cada uma; 3) distribuir, entre elas, as cores: atribuir uma cor (vermelho, verde, amarelo, azul, etc.) a cada uma das equipes ou grupos; 4) pedir que cada um dos elementos de cada uma das equipes registre, numa folha de papel que circulará entre os participantes, suas impressões a respeito da cor recebida; 5) solicitar das equipes a leitura das impressões registradas.Observações: a mesma atividade poderá ser realizada, mas sem a entrega de cores às equipes. Neste caso, cada um dos grupos deverá produzir um pequeno texto sobre uma cor, sem nomeá-la, mas procurando “dar pistas” a respeito da mesma, a fim de que os colegas possam descobri-la. Algumas equipes poderão ler seus textos e, se a cor não for descoberta, o professor poderá organizar uma discussão sobre esse fato, apontando, alguns fatores que talvez tenham dificultado a não identificação. Outra atividade com cores poderá ser a dramatização por meio de gestos, ou mímica, de uma cor escolhida pela(s) equipe(s).
·          
·         Compondo um belo texto-poema
·         -1) dividir os alunos em equipes ou grupos; 2) indicar a cada uma três substantivos - chave do poema: mar, onda, coqueiro; 3) marcar, no relógio, 10 (dez) minutos para a composição dos poemas; 5) expor, no mural de classe, os textos produzidos pelas equipes.

·         Cinema imaginário
·         -1) dividir a sala em equipes ou grupos; 2) apresentar às equipes três ou quatro trechos (curtos) de trilhas sonoras de filmes; 3) solicitar que os alunos imaginem cenas cinematográficas referente às trilhas ouvidas; 4) interrogar os alunos sobre o que há de semelhante e o que há de diferente nas cenas imaginadas por eles.“A partir das respostas a essas perguntas, o professor discutirá, com os alunos, o papel do conhecimento prévio e o das experiências pessoais e culturais que compartilhamos, para que possamos compreender textos (verbais, não verbais, musicados, ...)

·         Criação de um país imaginário
·          -1) dividir os alunos em equipes ou grupos; 2) pedir-lhes que produzam um texto, com ou sem ilustração, descrevendo um país imaginário, de criação da equipe; 3) solicitar que cada uma dessas leia para as demais o texto produzido por ela; 4) afixar, no mural da sala, os textos produzidos pelas equipes.

·         “ Se eu fosse ...”
·          -1) dividir a classe em equipes ou grupos; 2) pedir que cada uma complete as lacunas ou pontilhado com o nome de um objeto, animal, planta, personagem ou personalidade humana que gostaria de ser; 3) solicitar que escrevam e/ou desenhem a respeito do que gostariam de ser; 4) pedir que exponham suas produções aos colegas; 5) sugerir que as coloquem no mural ou varal de classe.

·         Jogo do segredo (telefone sem fio) - Dizer uma pequena frase a uma criança e ela diz essa frase ao ouvido da criança que está ao seu lado e assim sucessivamente até percorrer as crianças todas. A ultima diz a frase em voz alta para vermos se coincidiu com a frase inicial.

·         Jogo de formação de frases - Montagem: faça várias cartelas em cores diferenciadas, contendo: os substantivos, ações, conectivos e pontuação, separadamente. (ex: substantivos em rosa, conectivos em azul, etc.). Como jogar: a professora entrega a uma dupla de alunos cartelas contendo palavras, vogais e pontuação embaralhadas. Em seguida, pede a ela que forme as frases corretamente. Em outro momento, pergunta-lhe se é possível trocar elementos frasais com as demais duplas. Assim, os alunos treinam, de maneira lúdica, a comparação entre frases e entre elementos que estruturam uma frase, sem preocupar-se com nomenclatura. Em momento algum, a professora comenta a divisão de cores dos elementos. Ela deixa o aluno descobrir as diferenciações, instigando-o a reparar as diferenças. Outra forma de brincar é fazer com que uma criança monte a frase e a outra a leia em voz alta.
·          
Jogo da caixa com nomes

Material: fichas com os nomes das crianças e três caixas de sapato.
Finalidade: Terminar primeiro os nomes da caixa.
Números de participantes: Total de alunos divididos em três grupos.
Regras:
·         Organizar as crianças em três filas e deixar uma caixa na frente de cada fila.
·         Cada caixa deverá conter os nomes das crianças daquela fila.
·         Dado um sinal, na ordem da fila, cada criança procura seu nome na caixa e, encontrá-lo, corre para o final da fila permitindo que o seguinte prossiga o jogo.
·         Ganha a competição o grupo que terminar primeiro.
Variação: Encontrar na caixa o nome do colega que está atrás.

Atravessando o rio

Material: desenhar no chão a paisagem de um rio. Confeccionar fichas em forma de pedras com os nomes.
Finalidade: atravessar o rio lendo todos os nomes.
Número de participantes: toda turma dividida em dois grupos.
Regras:
·         Convidar um aluno de cada grupo para atravessar o rio sem cair.
·         Os alunos deverão atravessar o rio lendo os nomes que estão escritos nas pedras.
·         Os outros componentes do grupo poderão ajudar quando houver dificuldade.
·         Aquele que errar, cai no rio e se afoga, perdendo ponto o seu grupo.
·         O aluno que pular todas as pedras, sem cair, ganha ponto para o seu grupo.
Variação: A professora dita os nomes e os alunos escrevem nas pedras.

Caracol do Alfabeto

Material: Desenho no chão de um caracol bem grande com todas as letras do alfabeto. Confeccionar um dado grande com caixa de papelão.
Finalidade: Chegar primeiro no final do caracol.
Número de participantes: todos os alunos.
Regras:
·         Fazer uma fila na entrada do caracol.
·         O primeiro da fila lança o dado e anda a quantidade correspondente ao número do dado.
·         A professora faz perguntas para toda turma: Que letra é essa? Tem algum aluno na nossa turma que começa com essa letra? Quem? Que outras coisas também começam com essa letra?
·         Repetir o procedimento com todos.
·         Vence o jogo quem chegar primeiro no final do caracol.
Variação: Cada aluno procura a casinha com a primeira letra do seu nome e se coloca dentro dela. Fazer perguntas do tipo: Em qual casinha do caracol está o Bruno? Qual casinha vem antes da casinha da Lidiane? Por quais casinhas a Eliane precisa passar para chegar à casinha da Jaiane?...

Caixinhas com nomes

Material: Caixinhas de fósforos encapadas com a foto dos alunos colados em cima, e dentro as letras que formam o nome daquele aluno. Papel ofício.
Finalidade: Formar e fazer análise grafofônica dos nomes.
Números de participantes: alunos divididos em grupos.
Regras:
·         Cada grupo escolhe as caixinhas que preferem.
·         Formar os nomes dos colegas com as letras que estão dentro da caixinha.
·         Depois registrar no papel o nome formado, a primeira letra, a quantidade de letras que foi preciso para formar o nome e a quantidade de vezes que abrem a boca para falar aquele nome.


Sugestão de oficinas que deverão ser adaptadas de acordo com a série em que os alunos estão.
Oficina nº 4 – Produção escrita
1-Objetivos:
• Produzir textos escritos de gêneros diversos, adequados aos objetivos, ao destinatário e  ao contexto de circulação.

• Utilizar diferentes gêneros e suportes.

• Capacidade de usar a variação linguística adequada ao gênero de texto que se está  produzindo, aos objetivos que se cumprir com o texto, aos conhecimentos e interesses dos  leitores previstos, ao suporte em que o texto vai ser difundido, fazendo escolhas  adequadas quanto ao vocabulário e gramática.

• Valer-se dos recursos expressivos apropriados ao gênero e aos objetivos do texto (produzir encantamento, comover, fazer rir, ou convencer racionalmente).
• Adquirir capacidades de revisar e reelaborar a própria escrita, segundo critérios adequados aos objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação previsto.

• Recriar textos, usando recursos de textualização adequados ao discurso, ao gênero, ao  suporte, ao destinatário e ao objeto da interação.

• Explorar fato e opinião nos diversos textos.

• Desenvolver capacidades necessárias para o uso da escrita em diversos contextos sociais.

• Dominar as regularidades e irregularidades ortográficas.

• Planejar a escrita do texto considerando o tema central e seus desdobramentos.

2- Materiais necessários:
• Placas
• Rótulos
• Embalagens comerciais
• Revistas
• Jornais
• Contratos
• Livros científicos
• Obras literárias
• Listas telefônicas
• Histórias em quadrinhos, charges
• Som e CD
• Papel A4
• Documentos (identidade, CPF, Bolsa-família, certidões, título eleitoral etc.)
• Dinheiro, cartão telefônico, talões de água, luz, telefone, etc.

3-Tempo previsto: 5 a 6 horas

4- Aquecimento para o tema (sensibilização: compreensão e valorização da cultura escrita)

Primeiramente será feita uma reflexão sobre a importância da escrita em nossas vidas e na sociedade e o uso efetivo e autônomo da língua escrita em práticas    sociais diversificadas.Em seguida, será feita uma excursão por alguns bairros da cidade para que percebam  que vivemos em uma sociedade letrada, em que a língua escrita está presente de maneira visível  e marcante nas atividades cotidianas. Chamar a atenção para o fato de que sempre estaremos  em contato com textos escritos e criar situações em que os alunos formulem hipóteses sobre sua  utilidade, seu funcionamento, sua configuração. Explicar que a não vivência em sala de aula  desses textos pode reduzir e artificializar o objeto de aprendizagem que é a escrita.