As funções executivas são habilidades cognitivas, desenvolvidas principalmente na infância e na adolescência, essenciais no controle e expressão dos nossos pensamentos, emoções e ações. Cada vez mais esse assunto está presente entre os Pedagogos que discutem como introduzir, na sala de aula, atividades e dinâmicas capazes de evoluir essa habilidade nas crianças, a fim de as tornarem adultos altamente sociais e com poder de resolução criativo e autêntico.
APROFUNDE SEUS CONHECIMENTOS EM FUNÇÕES EXECUTIVAS E APRENDIZAGEM!
A ciência nos ensina que cérebro e mentes não nascem simplemente do querer humano, mas são construídos ao longo dos anos, e, no centro dessa arquitetura dinâmica, está um conjunto de habilidades chamadas de Funções Executivas. Nas crianças, essas funções são ferramentas fundamentais para o seu desempenho durante a vida. Não se trata apenas de aprender símbolos, números, línguas e cores. A sociedades exige que elas, ao amadurecerem, sejam aptas a trabalhar efetivamente com os outros, com as distrações e as múltiplas demandas. Com isso, os educadores são peças fundamentais para o desenvolvimento dessas habilidades, havendo uma necessidade de se pensar em estratégias para mudanças curriculares que auxiliem, cada vez mais, no desenvolvimento dessas habilidades em crianças e adolescente.
Mas o que são as Funções Executivas?
As Funções executivas são as habilidades cognitivas necessárias para controlar e regular nossos pensamentos, emoções e ações. Provavelmente, a melhor maneira de pensar sobre isso seria como uma espécie de um sistema de controle de tráfego aéreo no cérebro. Da mesma forma que um sistema de tráfego aéreo tem que controlar muitos aviões, em muitas pistas diferentes e em um tempo exato, a criança tem que controlar um número enorme de informações e controlá-las para evitar distrações. Os especialistas acreditam que estão envolvidos nisso a memória de trabalho, o controle inibitório e a flexibilidade mental.
- A memória de trabalho está relacionada com a capacidade de armazenamento e atualização das informações na mente, sendo essencial para a realização de tarefas cognitivas, tais quais fazer cálculos de cabeça, estabelecer ordens de prioridade entre as atividades e fazer relação entre dois assuntos.
- O controle inibitório se faz presente na inibição de uma resposta impulsiva ou automática quando o indivíduo está empenhado na execução de uma determinada tarefa e ao criar réplicas usando a atenção e o raciocínio.
- A flexibilidade mental é a capacidade de mudar a postura de atenção e cognição, através do pensamento criativo, entre dimensões ou aspectos distintos, mas relacionados, de uma certa tarefa. Essa habilidade é essencial no auxílio de resolução de problemas usando a imaginação e a criatividade.
Se tomarmos como exemplo algumas crianças tendo que se revezarem entre si em alguma atividade. Em primeiro lugar, a criança tem que ser controle inibitório. Ou seja, ela precisa para tudo o que estiver fazendo e deixar a outra criança ter a vez, mas quando for a sua vez novamente ela tem de lembrar o que supostamente deveria estar fazendo. Isso está na memória de trabalho. Se a criança que vier depois fizer algo fora do previsto, você tem que ser capaz de ajustar o que deve ser feito a seguir, e isso exige flexibilidade mental.
Crianças que ficam se debatendo com essas capacidades, normalmente parecem crianças que, simplesmente, não estão prestando atenção, ou que não tem a capacidade de controlar a si mesmas. Se essa criança não tem autorregulação, ela reage de forma contrariada e o professor tende a colocar para o fora da sala. Ela perde parte do aprendizado e fica chateada porque ficou para trás em comparação aos colegas, entrando nessa espiral descendente.
Crianças que ficam se debatendo com essas capacidades, normalmente parecem crianças que, simplesmente, não estão prestando atenção, ou que não tem a capacidade de controlar a si mesmas. Se essa criança não tem autorregulação, ela reage de forma contrariada e o professor tende a colocar para o fora da sala. Ela perde parte do aprendizado e fica chateada porque ficou para trás em comparação aos colegas, entrando nessa espiral descendente.
Como as Funções Executivas se desenvolvem?
Na fase bebê e em crianças pequenas, as raízes das habilidades do funcionamento executivo começam a aparecer. O que acontece no cérebro, nessa fase, é extremamente complexo e complicado. O desenvolvimento do potencial máximo das funções executivas é um processo que exige tempo e isso se explica, em parte, pela lentidão do amadurecimento do córtex pré-frontal ou terça parte frontal do cérebro.
As funções executivas mudam ao longo da vida, mas a evolução exponencial acontece ao longo dos primeiros anos. Elas continuam evoluindo ao longo da adolescência, mas é somente na fase adulta que as redes neurais estão fortemente ativadas e que se conectam juntas com todas as regiões do cérebro. Porém, os especialistas acreditam que as funções executivas podem ser treinadas. É como ir à academia, ou seja, quanto mais você pratica essas áreas, maiores são as chances de aumentar sua capacidade, já que as neuroconexões do cérebro estão sendo fortalecidas.
Lentamente, mas de forma segura, você estará apto a distanciar-se, e a criança entrará em um mundo com suas próprias habilidades, que permitem a elas conviver com outras pessoas, mudar regras e ser flexível, realizar coisas novas sem ter medo.
Se não desenvolvermos essas habilidades durante a infância e a adolescência, que são os momentos mais oportunos, iremos nos tornar adultos com déficit de habilidades essenciais para, por exemplo, manter um emprego, um casamento, criar os filhos, relacionar-se com os outros, para, assim, fazer parte integral da sociedade.
Lentamente, mas de forma segura, você estará apto a distanciar-se, e a criança entrará em um mundo com suas próprias habilidades, que permitem a elas conviver com outras pessoas, mudar regras e ser flexível, realizar coisas novas sem ter medo.
Se não desenvolvermos essas habilidades durante a infância e a adolescência, que são os momentos mais oportunos, iremos nos tornar adultos com déficit de habilidades essenciais para, por exemplo, manter um emprego, um casamento, criar os filhos, relacionar-se com os outros, para, assim, fazer parte integral da sociedade.