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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Gerenciando a sala de aula - Ambiente emocional

Ambiente Emocional, não apenas do aluno mas do Educador 


Enquanto adultos temos a nossa história de vida, passamos por muitos aprendizados, temos uma perspectiva de ver o mundo e as pessoas.

Os nossos alunos, quer sejam do Infantil até o Ensino Médio também tem a sua visão de mundo, a qual mudará certamente, baseado nas experiências que terão ao longo da vida.

Entretanto, enquanto eles vivem essas experiências em cada fase da vida, um turbilhão de sentimentos se faz presente e por vezes alguns deles acabam tomando a frente e então temos que lidar com eles na nossa sala de aula.

Uma das questões que frequentemente surge na sala de aula é a questão da indisciplina, mas não é somente esse comportamento que atrapalha o gerenciamento da sala. Há também a timidez, o bullying, a criança que usa de mentiras, de chantagens, há os que não tem amigos, os que conversam demais, os que provocam os outros e um sem número de situações ligadas a sentimentos e a relacionamentos.

Não importa o comportamento inadequado apresentado, o fato é que eles podem ser enquadrados em quatro grandes motivos:

- Busca de Atenção: 
Eles querem ser amados, elogiados, vistos e valorizados e como não conseguem ter o que buscam de um modo natural, provocam situações negativas para ter alguma atenção. Afinal ser repreendido, receber uma advertência é melhor que não receber nada. 

- Busca de Poder: 
A criança ou jovem tem exemplos no lar de que ter poder é ter controle sobre as coisas, ou as pessoas, é ter controle para receber o que se quer, então ela usa da força, da manipulação, mentira e obtém o resultado desejado.

- Busca de Vingança:
A criança ou jovem vive ressentida com as pessoas, acredita que é sempre deixada para trás em todas as situações. É sempre alvo das brincadeiras de mau gosto, por isso vive querendo dar o troco.

- Busca de auto-confiança:
São aqueles alunos que apresentam comportamento de sempre estarem envolvidos em fofocas e confusões. No grupo são aqueles que vivem instigando uns contra os outros, tentando ser agradável com todos não querendo desgostar ninguém.

Quando você olha para os alunos sob o enfoque do Ambiente Emocional deles, fica claro que uma advertência, uma suspensão, um bilhete na agenda de pouco adiantará, muito menos enviar o aluno para a sala da Coordenação ou da Direção.

Dar conta do Ambiente Emocional dos alunos é levar em consideração esses sentimentos e ter um plano de ação para criar um ambiente seguro afetivamente. O texto " Como cativar os seus alunos " enviado anteriormente oferece várias dicas de como você pode começar a estruturar esse ambiente.

Lembre-se de uma coisa: PRIMERO: conhecemos SEGUNDO: conquistamos TERCEIRO: confiamos.
Para chegar no terceiro passo com os seus alunos é preciso começar pelo primeiro: conhecê-los.


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Síndrome do 6o Ano





Você já ouviu falar da Síndrome do 6o  Ano ? Talvez você não saiba o que é, porém tenho certeza que  se você é Professor do Ensino Fundamental II,  vivencia todos os anos vários problemas relacionados com a Síndrome do 6o Ano.

Os Professores do Fundamental II queixam-se de que os alunos do  6º Ano são “ avoados”, “ negligentes”, apresentam muitas dificuldades, gostam apenas de “brincar” e são muito “ dependentes” e até “muito indisciplinados”. Esse conjunto de situações que ocorrem, especificamente na mudança de um segmento para outro, e neste caso do 5º. Para o 6º Ano, é conhecido como “Síndrome do 6o Ano”.

Agora vamos aos fatos: Os alunos que estavam no 5o. ano, tinham apenas 1 ou 2 professores, e a rotina assegurava um maior controle por parte do Professor.

Já no 6o ano, esta rotina muda, pois a estrutura das aulas requer que a cada 50 minutos o Professor saia da aula e entre outro professor para a próxima aula. Então eles sentem-se muito soltos, e o que fazem em uma aula o outro professor não fica sabendo e como são vários professores,  cada um realiza um ” gerenciamento da sala de aula” de um jeito diferente.

Desta forma, o aluno vê nessa  “desorganização” e nessa falta de unidade, uma brecha enorme para fazer o que quer. Afinal nas séries iniciais a Professora tende a ter uma abordagem mais maternal, enquanto que no Fundamental II isso não ocorre, e esse distanciamento é visto pelo aluno como um estímulo à impunidade já que o mesmo sente-se protegido pelo anonimato.

Mas será que a Síndrome do 6o Ano ocorre apenas por conta desse distanciamento por parte do Professor? Abaixo elencamos mais algumas circunstâncias que também contribuem para que a síndrome do 6o ano seja algo recorrente, são elas:

- Descontinuidade do Processo de Ensino

Quer seja do Ensino Infantil ao 1º. Ano, do 9º. Ano ao 1º. Ano do Ensino Médio ou do 5º. Ao 6º Ano, o fato é que os Professores não estão atentos em realizar a preparação do aluno para que ocorra uma transição tranquila entre um segmento e outro.

Então ocorre que o aluno do 1º. Ano e o do 6º Ano estranham demais os novos procedimentos e rotinas, demoram a se inteirarem desta nova realidade e como consequência o seu aprendizado fica comprometido.

Isso sem falar, que é comum os Professores que recebem esses alunos alegarem que os mesmos estão chegando sem nenhuma base de aprendizado, ou com uma base deficiente.

Em tese um segmento deveria ser a continuidade do anterior e estarem alinhavados pelos conteúdos e sequências didáticas, porém não é o que ocorre de fato.
Neste caso a  Síndrome do 6o ano ocorre porque os Professores aulistas, não investem em dedicar tempo para  auxiliar os alunos a incorporar a nova rotina ajudando-os desta forma nesta transição.

Os Professores também acabam contribuindo para a Síndrome do 6o Ano pois cada um tem uma metodologia de trabalho diferente da que aquele aluno do 5º. Ano estava habituado. Estas diferentes metodologias comprometem a compreensão dos conteúdos, além do mais como cada professor está mais preocupado com sua própria disciplina acaba elegendo critérios de avaliação e práticas didáticas desconectadas o que  proporciona um sentimento de confusão no aluno.

No 5º. Ano o aluno tinha apenas um Professor, que oferecia procedimentos claros de avaliação, metodologia e certa quantidade de tarefas e trabalhos. Já no 6º Ano o número de professores aumenta e a carga de atividades e trabalhos para entregar também.

- Mais Responsabilidade

Uma criança que não era tão responsável assim com os estudos em novembro, vai tornar-se, milagrosamente, responsável em fevereiro só porque entrou no 6º Ano? Claro que não !

Mas, infelizmente, a fala dos Pais e Professores é: “ no 6º Ano você vai ter de ser mais responsável”, “ vai ter de estudar mais”, “ agora começa o estudo sério”. Ora, no infantil e fundamental I não precisava ser responsável? Não precisava dedicação?

A responsabilidade é preciso ser desenvolvida desde sempre, começa lá no infantil a cobrança, o nível de exigência, dedicação nas tarefas etc, porém o que ocorre é que de uma forma mais “ maternal” o Professor conduz esse segmento e quando o aluno chega no fundamental II, é cobrado de um volume de responsabilidades e tarefas  o qual não estava acostumado.

Alunos do 6º. Ano ainda são muito imaturos e manifestam uma grande predisposição ao lúdico, então quando encontram tantas “ facilidades” e “ oportunidades” na dinâmica e organização da rotina do fundamental II eles sentem-se no paraíso das possibilidades.
Tantas oportunidades nessa organização escolar favorece e reforça a Síndrome do 6o Ano e o aparecimento da indisciplina.

- Mudanças psicológicas e físicas

Alunos do 6º Ano são imaturos nas suas atitudes e comportamentos. Estão no que Piaget denomina de estágio operatório-concreto, ou seja, ainda não estão suficientemente maduros para enfrentar as demandas desta nova fase escolar com tantas disciplinas que exigem e envolvem maior abstração e subjetividade, enquanto que até o 5º. Ano a utilização de materiais concretos e situações mais vivenciais marcavam este período.

Além do mais as mudanças físicas também são marcantes na entrada da adolescência. Agora o interesse é por atividades em grupos, o interesse no sexo oposto, a preocupação com a aparência. Todo esse turbilhão de sentimentos e situações novas acabam contribuindo para o aparecimento de indisciplina e tudo isso potencializa o quadro já caótico da Síndrome do 6o Ano.

- Expectativas x Realidade

Os alunos de 5º. Ano criam altas expectativas quando ingressam no 6º Ano, acreditam que agora deixarão de ser  tratados como “ crianças” pois  terão mais autonomia e independência.

É nesta fase que muitas famílias permitem que o aluno vá sozinho à escola, é nesta fase também que, infelizmente, os Pais param de olhar a Agenda Escolar e a perguntar sobre o dia a dia dos filhos na escola. Então as crianças não se sentem mais “ vigiadas” como antes e então começam a vislumbrar as oportunidades de não precisarem levar tão a sério os estudos.
Porém com a liberdade vem também a responsabilidade de: dar conta de várias disciplinas e professores, organizarem os estudos para melhor aproveitamento, realizar vários trabalhos para entrega, muitas vezes na mesma semana, realizar até mais de uma prova por dia. Afinal os Professores não querem saber se outro Professor já marcou prova no mesmo dia que ele.

Então, se por um lado as expectativas mais fantasiosas se realizam para alguns, para muitos também se apresenta a dura realidade: mais trabalho, mais tarefas, mais responsabilidades. Todo esse conjunto faz com que os alunos detestem o 6º Ano.
Como minimizar ou até coibir a Síndrome do 6o Ano? Aqui vão algumas sugestões:

- ROTINAS, REGRAS, CONSEQUENCIAS: Todos os professores do fundamental II reunirem-se para definir uma rotina padrão quanto a tarefas, lição de casa, entrega de trabalhos, gerenciamento do tempo da aula, provas, procedimento para a quebra de regras, estabelecimento de consequências, pacto da sala de aula, etc.

- PRÁTICAS DE ENSINO/METODOLOGIA: levantamento das práticas e metodologias em uso no fundamental II e as possíveis adequações para os alunos do 6º Ano.

- TRANSIÇÃO EM CURSO: Intercalar o uso de metodologias e práticas de ensino mais lúdicas e utilização de material concreto, de forma a possibilitar que o aluno vá se inteirando desse novo segmento de modo mais suave e tranquilo.

- TRANSIÇÃO PLANEJADA: Oriente os Professores do 5º.ano, por meio de reuniões, a respeito da rotina do fundamental II e sugira que novos procedimentos sejam incorporados no 5º. Ano, de modo que os alunos já comecem a se inteirar de forma gradativa com uma nova sistemática de rotina que os espera no ano seguinte.
Outra medida é realizar um dia na série, onde os alunos do 5º. Ano vivenciariam um dia no 6º Ano. Este evento geram expectativas positivas nos alunos, promove uma oportunidade deles esclarecerem possíveis dúvidas e inquietações e também favorece que os Professores do Fundamental II possam realizar uma avaliação diagnóstica para levantar o nível de aprendizado desses alunos, podendo assim propor para a Professora do 5º. Ano algumas intervenções no sentido de auxiliar os alunos que não demonstraram bom desempenho.

Agora você está  melhor preparada e devidamente instrumentalizada para minimizar os problemas decorrentes da Síndrome do 6o Ano, e poderá ter um ano letivo mais tranquilo, pelo menos no que refere-se a esta turminha.

Roseli Brito
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REFERENCIAS
FERREIRA, Berta Weil. A teoria de Jean Piaget. In: ______O cotidiano do adolescente. Petrópolis: Vozes, 1995. p.116-123
NOVAES, Maria Helena. Psicologia escolar. Rio de Janeiro: Vozes, 1970. p. 163 – 178
PIAGET, Jean. A epistemologia genética. Rio de Janeiro: Vozes, 1972. ____________Problemas de psicologia genética. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p. 211-215


sábado, 7 de fevereiro de 2015

Indisciplina: "A meninada nunca para quieta!" Docentes contam como lidam com pequenos desrespeitos que tiram qualquer um do sério Com apuração de Paula Peres (novaescola@fvc.org.br). Editado por Elisa Meirelles




Andar pela sala, conversar enquanto o professor explica, usar celular em momentos indevidos, gritar e ser grosseiro com os colegas são exemplos de pequenas atitudes que atrapalham, e muito, a aprendizagem. Certamente, você já se deparou com esses problemas em classe. De acordo com a Pesquisa Internacional de Ensino e Aprendizagem (Talis) 2013, da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), os professores brasileiros passam 20% do tempo de aula lidando com a bagunça dos alunos, enquanto a média internacional é de 13%. 

Mas o que fazer para melhorar o convívio em sala? Não há uma receita única, mas algumas práticas merecem atenção. Conflitos são importantes para o desenvolvimento da turma, sendo uma oportunidade para trabalhar regras e valores. Eles não devem ser remediados, mas discutidos. 

Os problemas que ocorrem na escola podem ser divididos em dois grandes grupos: as manifestações perturbadoras e as de caráter violento. Os exemplos citados no começo deste texto fazem parte do primeiro, e são chamados de incivilidades, termo usado para nomear pequenos conflitos que desrespeitam as normas de boa convivência. 

Adriana Ramos, coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (Gepem) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que as intervenções para lidar com as incivilidades têm de fazer parte do planejamento de gestores e docentes. "É preciso criar um ambiente cooperativo e amistoso", orienta.

"Vi um aluno falando ao celular em sala, fiquei muito brava 
e comecei a discutir na frente da turma. Depois, percebi
que a atitude foi errada. Conversamos, entendi as razões
dele e buscamos uma solução."

Elenice Rodrigues Souza e Silva, professora da Escola
Projeto Vida, em São Paulo
Mesmo fazendo ações preventivas, no entanto, conflitos surgem. Elenice Rodrigues Souza e Silva dava aulas de Língua Portuguesa para turmas de 9º ano da Escola Projeto Vida, em São Paulo, quando passou por duas situações emblemáticas. 

A primeira está relacionada à utilização de celulares em classe. Depois de muitas tentativas de acordo com os alunos, a direção optou por proibir o uso dos aparelhos. Alguns estudantes passaram a brincar com a regra, fingindo que estavam ligando para que os professores dessem broncas. Um dia, Elenice pensou que um garoto estava simulando estar ao telefone. "Achei que fosse só uma provocação. Quando percebi que ele realmente estava falando, fiquei muito brava e ordenei que desligasse." O menino enfrentou a professora e disse que não faria isso. Os dois protagonizaram uma intensa discussão, com ameaças de advertência e gritos. "Ficou uma situação muito ruim. A sala dividida: alguns queriam que eu exercesse minha autoridade, outros defendiam o colega." 

Quando os ânimos se acalmaram, a docente percebeu que a reação não tinha sido boa e procurou resolver a questão. "Conversamos em particular e falei quanto tinha sido ruim a situação para nós dois." Ele, então, explicou que atendeu porque era uma ligação da mãe dando instruções de como voltar para casa. Combinamos que a coordenação conversaria com a família para esclarecer as regras sobre o uso do telefone. 

Telma indica que, se o problema é com um único aluno, deve ser resolvido individualmente, questionando-o sobre o que podem fazer de diferente da próxima vez. "Caso envolva mais de um estudante, vale elaborar com a turma um código de boa convivência", sugere. A história de fingir que está no celular para irritar a professora, por exemplo, poderia ser parte dessa conversa. 

A experiência ajudou Elenice a avaliar sua prática. Em um novo conflito, ocorrido no outro 9º ano em que lecionava, ela reagiu de uma maneira que considerou melhor. Havia na sala um jovem com características antissociais, que ficava isolado. A moçada olhava o garoto com estranhamento, havia embates e os docentes sempre intervinham em prol dele. "Isso irritava a turma, que via nele um privilegiado", diz. 

Um dia, o clima ficou muito ruim e Elenice decidiu prestar atenção no que os alunos diziam. Ela descobriu, então, que todos estavam revoltados com uma atitude que o jovem repetia com frequência. Ele era alto, míope e sentava na primeira carteira. Sempre que o incomodavam, arrumava a postura para atrapalhar a visão dos demais e impedir que enxergassem o quadro. 

A docente resolveu fazer uma roda de conversa para que todos pudessem falar. A turma reclamou da atitude e o garoto se colocou pela primeira vez, dizendo que se entristecia com os olhares que recebia. A classe fez alguns acordos, Elenice ampliou as intervenções, passando a trabalhar filmes e livros sobre o respeito às individualidades, e a convivência melhorou. Ouvir os estudantes e buscar entender os conflitos é essencial. "Eles têm de perceber que alguém presta atenção aos seus incômodos", explica Telma.



Raul Alves de Souza, professor de Educação Física da EMEB Maria Mercedes de Araújo, em Itatiba, a 88 quilômetros de São Paulo, incluiu o tema nas aulas do 6º ano e obteve bons resultados. Os alunos estavam juntos desde o 1º, e a sala era conhecida por desrespeitar regras e conversar bastante. "Eles falavam muito durante as aulas, todos ao mesmo tempo, e com frequência gritavam palavrões uns com os outros." 

Souza aproveitou que a turma gostava de futebol e organizou uma sequência didática sobre a história e o regulamento do esporte. "No início, deixei que jogassem sem nenhuma regra. Eles tiveram muita dificuldade e as partidas ficaram violentas." Ao longo das aulas, a turma foi convidada a acrescentar diretrizes que julgasse válidas. Souza conversou sobre o valor desses combinados dentro e fora do jogo. Propôs, então, que fizessem uma revisão das regras de sala. A turma pegou a lista acordada no início do ano e avaliou quais faziam sentido, as que deveriam ser incluídas e aquelas que não eram mais necessárias. 

De acordo com Adriana, revisitar o regulamento é uma intervenção importante para mantê-lo válido e para minimizar as incivilidades. "Muitas escolas criam as regras na primeira semana de aulas e não voltam a elas. Isso não é suficiente para que sejam cumpridas", explica. 

Na escola de Souza, os novos combinados passaram a valer primeiro nas aulas de Educação Física. Com o diálogo entre os professores, foram sendo incorporados por todos. Para Telma Vinha, docente da Unicamp e colunista de NOVA ESCOLA, essa conversa entre as disciplinas é também um ponto essencial. "Quando cada educador lida de um jeito com os problemas, uma imagem de incoerência é passada para os alunos."