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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Textos literários e não literário





Os diferentes tipos de textos devem-se, principalmente, às diferenças de 
 finalidade/função e ao público destinatário de cada um deles.


Fique atento: as funções da linguagem ajudam a diferenciar um texto literário 
 de um texto não literário.


Para perceber se um texto é ou não literário, é preciso analisar sua função 

 predominante, isto é, qual é seu objetivo principal. Se este for informar algo 
de modo objetivo, de acordo com os conhecimentos que se tem da realidade
 exterior, ou se tiver um compromisso com a verdade científica, o texto não
 é literário, mesmo que, ao elaborar a linguagem, seu autor tenha feito uso 
de figuras de estilo, utilizado recursos estilísticos de expressão. O texto 
 literário trata de um assunto/problema concreto da realidade. A função
 predominante neste tipo de texto é a referencial.


Já o texto literário não tem essa função nem esse compromisso com a 

realidade exterior: é expressão da realidade interior e subjetiva de seu
 autor. São textos escritos para entreter, emocionar e sensibilizar o leitor; 
por isso muitas vezes utilizam a linguagem poética. Esse tipo de texto cria
 uma história ficcional a partir de dados da realidade. A função emotiva e 
a poética predominam no texto literário.

São esses os critérios que devemos considerar ao analisar e classificar um 
 texto em literário ou em não literário.


Exemplos de textos não literários: notícias e reportagens jornalísticas, 

textos de livros didáticos, textos científicos em geral, manuais de instrução, 
receitas culinárias, bulas de remédio, cartas comerciais etc.


Exemplos de textos literários: poemas, romances literários, contos, novelas, 
letras de música, peças de teatro, crônicas etc.


Perceba que existem publicações que veiculam textos dos dois tipos. Os jornais 

e as revistas, por exemplo, que, além de notícias e reportagens, contêm fotos, 
desenhos, charges, passatempos, receitas, resenhas, sinopses, resumos, 
poemas, crônicas, editoriais etc.
As pessoas leem jornal para se informar, mas dentro dele também há textos literários


Como preparar Plano de aula:

Roteiro básico para Plano de Aula


(Cada aula obedecerá a um plano específico)
I. Plano de Aula: Data:
II. Dados de Identificação:
Escola:
Professor (a):
Professor (a) estagiário (a):
Disciplina:
Série:
Turma:
Período:
III. Tema:
- o tema específico a ser desenvolvido nesta aula
- conceito fundamental: referência sucinta de base historiográfica que sustenta o tema
IV. Objetivos: a serem alcançados pelos alunos e não pelo estagiário; objetos da avaliação (item VIII); 
Objetivo geral: projeta resultado geral relativo a execução de conteúdos e procedimentos
Objetivos específicos: especificam resultados esperados observáveis (geralmente de 3 a 4).
OBS.: começa-se sempre com verbos indicativos de habilidades como, por exemplo:
ao nível de conhecimento – associar, comparar, contrastar, definir, descrever, diferenciar, distinguir, identificar, indicar, listar, nomear, parafrasear, reconhecer, repetir, redefinir, revisar, mostrar, constatar, sumariar, contar;
ao nível de aplicação – calcular, demonstrar, tirar ou extrair, empregar, estimar, dar um exemplo, ilustrar, localizar, medir, operar, desempenhar, prescrever, registrar, montar, esboçar, solucionar, traçar, usar;
ao nível de solução de problemas – advogar, desafiar, escolher, compor, concluir, construir, criar, criticar, debater, decidir, defender, derivar, desenhar, formular, inferir, julgar, organizar, propor, ordenar ou classificar, recomendar.
V. Conteúdo: conteúdos programados para a aula organizados em tópicos (de 4 a 8)
VI. Desenvolvimento do temadescrição da abordagem teórica e prática do tema
VII. Recursos didáticos: (quadro, giz, retro-projetor, etc.) e fontes histórico-escolares (filme, música, quadrinhos, etc.)
VIII. Avaliação: pode ser realizada com diferentes propósitos (diagnóstica, formativa e somativa). Discriminar, com base nos objetivos estabelecidos para a aula:
- atividades (ex: respostas às perguntas-problema ao final da aula, discussão de roteiro, compreensão de gravuras, trabalho com documentos, etc.)
- critérios adotados para correção das atividades.
XIX. Bibliografia: indicar toda a bibliografia consultada para o planejamento da aula dividindo-a entre  básica e complementar





segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Observações gramaticais

(http://www.infoescola.com/portugues/alomorfia/)


De acordo com o dicionário, alomorfia significa ‘passagem de uma forma para outra diferente, metamorfose’. Sendo assim, quando há alomorfia existe uma mudança apenas na forma, porém conserva-se função e significado daquele fonema. A alomorfia é a mudança na forma de um morfema.
Para entendermos melhor, vejamos as ocorrências do prefixo IN-: infeliz, incomum, indubitável, inconstante, etc. Percebemos que em todos os casos o fonema tem a mesma função, a de negar o significado da palavra que vem em seguida a ele. Acontece, porém, que também temos as palavras imoral, ilegal, ilícito, irrepreensível, às quais é acrescido o prefixo I-, que tem exatamente o mesmo significado que IN. Não é coincidência. Neste caso, o prefixo IN sofreu uma alomorfia, uma mudança de forma, e pode ser identificado através de dois ALOMORFES: IN e I.
Alomorfes são, portanto, as diferentes formas que um mesmo morfema pode adquirir ao sofrer o processo de alomorfia. Esta mobilidade, este processo de mutação constante na língua ocorre por conta de uma das suas principais características: o dinamismo da língua. Como ela não é parada, estática, vemos muitas mudanças ocorrerem todos os dias, cada vez que alguém cria uma palavra ou expressão nova, ou cada vez que utiliza de maneira inusitada aquela palavra comum, à qual todos já estão acostumados.

Esse processo não é novo e nem exclusivo dos morfemas. Assim como acontece na MORFOLOGIA, também acontece na FONOLOGIA, um processo idêntico, porém envolvendo os sons das palavras, os FONEMAS.  Quando um mesmo fonema aparece com dois sons diferentes, dizemos que ele sofreu uma ALOFONIA, e cada um dos sons que ele assume é, pois, chamado de ALOFONE.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Exercícios para treinar a Língua Portuguesa - parte I

Português 01

01 Todas as orações a seguir têm o mesmo tipo de predicado, EXCETO:
A)  Você acha certo isso?
B)  Já nasceu rico.
C)  A casa estava fechada.
D)  Chamei-lhe muitas vezes de ladrão.
   
02 Indique a alternativa em que tenha ocorrido ERRO de concordância nominal.
A)  Seguem juntos os recibos.
B)  Junto à moça ficavam os cães.
C)  Encerrado as inscrições, apuraram o número de candidatos.
D)  Na estrada, era necessário atenção redobrada em dias de chuva.
   
03 Indique a alternativa em que tenha ocorrido ERRO de concordância verbal.
A)  Os Estados Unidos mantém rígido controle em seus aeroportos.
B)  Devem-se pesquisar novos medicamentos para a doença.
C)  Dez por cento da produção será exportada pela empresa.
D)  Grande número de moças saiu da sala antes de encerrarem a seção.
   
04 Assinale a alternativa CORRETA com relação à concordância verbal.
A)  Quais de vós cometeu o maior pecado?
B)  Fui eu quem pagou as despesas.
C)  Falta três segundos para o término da partida.
D)  Mais de cem pessoas foi testemunha do assalto.
   
05 Assinale a alternativa CORRETA com relação à regência verbal.
A)  Comunicou as alunas que não haveria aula na semana seguinte.
B)  Ainda não pagamos os honorários aos advogados do processo.
C)  Paguei o advogado, mas não me sobrou muito dinheiro.
D)  Sua decisão obsta o progresso da empresa.
   
06 Assinale a alternativa INCORRETA com relação à regência nominal.
A)  Ele era residente na Rua Progresso.
B)  Era preferível morrer a ceder a seus impulsos.
C)  Minha falta à escola foi satisfatoriamente justificada.
D)  Sempre fui apaixonado com ela.
   
07 Todas as alternativas estão corretas com relação à colocação do pronome átono, EXCETO:
A)  Maria não vai casar-se outra vez.
B)  Disseram-me que a jóia era falsa.
C)  Os presos já tinham rebelado-se mais de duas vezes no ano.
D)  Vê-la-ia mais vezes se pudesse.
   
08 Marque a alternativa em que a pontuação tenha sido feita de acordo com a norma culta.
A)  Ainda não o encontrei; não posso portanto, marcar o jantar.
B)  Tudo era permitido no mosteiro, ou melhor, quase tudo.
C)  Levarei a mercadoria mas, não posso pagá-la à vista.
D)  A mim me acusam ainda, de ingênuo.
   
09 Assinale a alternativa INCORRETA com relação ao uso de todo e suas variações.
A)  Por lei, todo edifício construído na cidade deve ter escadas de segurança.
B)  Todo homem é mortal, mas todo o homem não é mortal.
C)  Toda a cidade possui nome.
D)  Toda a região ficou às escuras durante o temporal.
   
10 Todos os substantivos têm somente uma forma para ambos os números, EXCETO:
A)  porta-jóias
B)  pires
C)  clipes
D)  conta-gotas

RESPOSTAS

Questão 1 alternativa C
Questão 2 alternativa C
Questão 3 alternativa A
Questão 4 alternativa B
Questão 5 alternativa B
Questão 6 alternativa D
Questão 7 alternativa C
Questão 8 alternativa B
Questão 9 alternativa C
Questão 10 alternativa C


Português 02
01 Assinale a alternativa CORRETA quanto à grafia.
A)  discrição
B)  degladiar
C)  vigir
D)  suscinto
   
02 Todas as palavras a seguir devem ser acentuadas graficamente, EXCETO:
A)  hifen
B)  item
C)  biquini
D)  juizes
   
03 Todas as palavras abaixo devem obrigatoriamente ser grafadas com trema, EXCETO:
A)  liquidação
B)  pinguim
C)  tranquilidade
D)  lingüiça
   
04 Todas as palavras a seguir apresentam o mesmo número de sílabas e são paroxítonas, EXCETO:
A)  gratuito
B)  silencio
C)  insensível
D)  melodia
   
05 Assinale a alternativa em que a forma verbal em destaque tenha sido CORRETAMENTE empregada.
A)  Preveu-se que faria mau tempo no fim de semana.
B)  A mãe interviu na briga e acalmou os ânimos.
C)  Após o encontro, os operários anteveram uma melhora salarial.
D)  A babá entretinha os meninos enquanto eu cuidava do lanche.
   
06 Assinale a alternativa que NÃO apresenta encontro consonantal.
A)  supermercado
B)  assoalho
C)  admissão
D)  fúcsia
   
07 Assinale a alternativa INCORRETA quanto à descrição da palavra.
A)  distinguir: um encontro consonantal e dois dígrafos
B)  cinqüentão: dois encontros consonantais, um ditongo crescente e um di-tongo decrescente
C)  qüiproquó: dois ditongos crescentes e um encontro consonantal
D)  antiguidade: dois dígrafos e nenhum ditongo
   
08 Assinale a alternativa CORRETA quanto à divisão silábica, à ortografia e à análise da estrutura fonética da palavra em destaque.
A)  SE-RI-ÍS-SI-MO - vocábulo proparoxítono, com um hiato e um dígrafo
B)  AR-RIT-MIA - vocábulo oxítono, com dois encontros consonantais e um ditongo decrescente
C)  FLU-I-DOS - vocábulo paroxítono, com um encontro consonantal e um hiato
D)  PRE-TEN-CI-O-SO - vocábulo paroxítono, com um encontro consonantal, um dígrafo e um hiato
   
09 Assinale a alternativa em que a classificação e a forma plural do termo destacado, indicadas entre parênteses, estejam CORRETAS.
A)  O rapaz, que era escrivão, não tinha a aprovação dos pais da noiva. (adjetivo, escrivães)
B)  Tomamos bastante cerveja na festa. (advérbio, bastantes)
C)  Dei-lhe um bom-dia seco e saí. (substantivo composto, bons-dias)
D)  Chego em primeiríssimo lugar. (numeral, primeiriíssimos)
   
10 Assinale a alternativa em que esteja INCORRETA a classificação do período e da oração destacada.
A)  Soube-se que ela chega hoje. (Período composto por subordinação; oração subordinada substantiva subjetiva.)
B)  Carlos saiu cedo e voltou de madrugada. (Período composto por coordenação; oração coordenada sindética aditiva.)
C)  Parece que vai chover novamente. (Período composto por subordinação; oração subordinada substantiva objetiva direta.)
D)  O certo é que a cidade cresceu muito. (Período composto por subordinação; oração subordinada substantiva predicativa.)

RESPOSTAS

Questão 1 alternativa A
Questão 2 alternativa B
Questão 3 alternativa A
Questão 4 alternativa A
Questão 5 alternativa D
Questão 6 alternativa B
Questão 7 alternativa B
Questão 8 alternativa A
Questão 9 alternativa C
Questão 10 alternativa C


Português 03
01 ''Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil''.
O pronome relativo que refere-se
A)  a português.
B)  a fala gostoso.
C)  à língua.
D)  a porque.
E)  a ele.
   
02 ''... que eu não entendia bem.''
Se pluralizarmos a palavra eu, do verso acima, teremos a forma verbal
A)  entendíamos.
B)  entenderíamos.
C)  entendemos.
D)  entenderemos.
E)  entendi.
   
03 Em: ''Nós macaqueamos a sintaxe lusíada'', verificamos que a frase está na voz ativa. Passando-a para a voz passiva, o verbo terá a forma
A)  tinha sido macaqueada.
B)  era macaqueada.
C)  terá sido macaqueada.
D)  é macaqueada.
E)  foi macaqueada.
   
04 Na frase:
''Fale bem o português do Brasil.''
O verbo fale está no imperativo afirmativo e indica que o ouvinte é você (3ª pessoa do singular). Passando o verbo para o imperativo negativo e conservando a mesma pessoa gramatical, teremos:
A)  não fales.
B)  não fala.
C)  não fale.
D)  não falai.
E)  não faleis.
   
05 Dadas as frases:
I. Os jornais, os livros, a boca do povo, tudo traz a vida.
II. Faz anos que macaqueamos a sintaxe lusíada.
III. O problema são as pessoas fofoqueiras.
Considerando as normas de concordância, concluímos que
A)  apenas III está correta.
B)  todas as frases estão corretas.
C)  apenas I está correta.
D)  apenas II está correta.
E)  todas as frases estão incorretas.
   
06 Observe as frases:
I. Há bastantes informações sobre o português.
II. Hoje, há menas pessoas falando bem o português.
III. É necessário aprendizagem da língua materna.
Quanto às regras de concordância, concluímos que
A)  todas estão incorretas.
B)  apenas I e II estão incorretas.
C)  apenas I está incorreta.
D)  apenas II está incorreta.
E)  apenas III está incorreta.
   
07 Indique a alternativa incorreta quanto à regência:
A)  Ninguém tem respeito pela língua do povo.
B)  A cidade em que morei é muito calma.
C)  Ele criticou o filme a que assistiu ontem.
D)  Refiro-me à cidade em cujo centro foi armado um circo.
E)  Obedeçamos as leis que a vida nos impõe.
   
08 Observe: ''A vida vinha da boca do povo.''
Na oração acima, o termo grifado é:
A)  um adjunto adnominal.
B)  um adjunto adverbial.
C)  objeto indireto.
D)  objeto direto.
E)  complemento nominal.
   
09 ''... O que fazemos
é macaquear ...''
No período acima, o verbo fazer tem sujeito
A)  claro e simples.
B)  indeterminado.
C)  simples - a palavra que.
D)  inexistente.
E)  oculto.
   
10 ''O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada.''
A palavra, acima destacada, formou-se por:
A)  derivação sufixal.
B)  derivação prefixal.
C)  derivação imprópria.
D)  composição por justaposição.
E)  composição por aglutinação.

RESPOSTAS

Questão 1 alternativa E
Questão 2 alternativa A
Questão 3 alternativa D
Questão 4 alternativa C
Questão 5 alternativa B
Questão 6 alternativa D
Questão 7 alternativa E
Questão 8 alternativa B
Questão 9 alternativa E
Questão 10 alternativa A


Português 04
01 Todos os termos sublinhados exercem a mesma função sintática, EXCETO:
A)  Quem avisa amigo é.
B)  Falta um mês para o casamento.
C)  Acabou-se o encanto.
D)  Ele é tudo o que sempre quis.
   
02 Assinale a alternativa cujo trecho grifado deva ocorrer OBRIGATORIAMENTE entre vírgulas.
A)  O médico a quem sempre paguei em dólares recusou-se a me receitar pelo telefone.
B)  A lei promulgada em 1928 ainda está em vigor na cidade.
C)  A garota que ainda ontem vimos pela TV acabou de sair daqui.
D)  Amanhã que é domingo poderei dormir até tarde.
   
03 Assinale a alternativa que traga forma verbal no futuro do subjuntivo.
A)  Se encontrar Teresa, avise-a da minha enfermidade.
B)  Que Deus a guarde de todos os males!
C)  Se ele quisesse, teria tido minha ajuda.
D)  Dormir é sempre bom.
   
04 Assinale a alternativa CORRETA com relação ao emprego do pronome relativo.
A)  Aquela é a ponte por baixo de cujos arcos nos escondemos.
B)  A casa que moro não é tão grande quanto a sua.
C)  O jantar o qual fui convidado pouco me empolgou.
D)  Ela é a pessoa quem sempre mais obedeci.
   
05 Todas as palavras grifadas pertencem à mesma classe, EXCETO:
A)  Bebia todo o vinho que lhe davam.
B)  A cidade onde ela reside é bem pequena.
C)  Quando tal ouvi, desmaiei.
D)  A mulher cujas lágrimas enxuguei no passado só me faz chorar.
   
06 Todos os adjetivos compostos a seguir variam em número, EXCETO:
A)  médico-odontológico
B)  verde-amarelo
C)  surdo-mudo
D)  azul-turquesa
   
07 Nas sentenças a seguir, os substantivos grifados são femininos, EXCETO:
A)  Não aceitei o drinque porque não bebo aguardente.
B)  Na verdade, o que ele tinha na pele era eczema.
C)  Toda festa na casa de João vira bacanal.
D)  De entrada, comeremos salada de alface.
   
08 Todas as orações grifadas a seguir exercem a mesma função, EXCETO:
A)  Não vi quando ele entrou.
B)  Soubemos que ele comprou as entradas.
C)  Se ela chega hoje eu não sei.
D)  Que ela voltaria logo era esperado.
   
09 Assinale a alternativa em que o acento indicador de crase tenha sido empre-gado INCORRETAMENTE.
A)  Esta camisa é igual à que comprei.
B)  Refiro-me à Vossa Excelência.
C)  Fui à Madri de meus sonhos antes da Copa.
D)  Foi um baile à fantasia.
   
10 Marque a alternativa que traga ERRO no emprego do verbo haver.
A)  Houveram-na por louca.
B)  Minha colega havia-me por milionária.
C)  As pessoas haviam chegado cedo à festa.
D)  Na verdade, haviam outras questões em jogo.

RESPOSTAS

Questão 1 alternativa D
Questão 2 alternativa D
Questão 3 alternativa A
Questão 4 alternativa A
Questão 5 alternativa C
Questão 6 alternativa D
Questão 7 alternativa B
Questão 8 alternativa D
Questão 9 alternativa B
Questão 10 alternativa D


Português 05
01 Marcar o item cuja frase se apresenta redigida da forma mais adequada, considerando-se clareza, elegância, precisão e correção.
A)  Quais de vós pretendem fazer da exceção uma regra a fim de melhorarem nossa imagem?
B)  Quais de vós pretendeis fazer da exceção uma regra afim de melhorarem nossa imagem?
C)  Quais de vós pretendem fazer da excessão uma regra a fim de melhorar nossa imagem?
D)  Quais de vós pretendeis fazer da exceção uma regra a fim de melhorardes nossa imagem?
E)  Quais de vós pretendem fazer da excessão uma regra afim de melhorarem nossa imagem?
   
02 Marcar o item cuja frase se apresenta redigida da forma mais adequada, considerando-se clareza, elegância, precisão e correção.
A)  Espero que grande parte dos advogados averigúe a qüestão da lentidão judicial.
B)  Espero que grande parte dos advogados averigüe a questão da lentidão judicial.
C)  Espero que grande parte dos advogados averigüem a qüestão da lentidão judicial.
D)  Espero que grande parte dos advogados averigúem a questão da lentidão judicial.
E)  Espero que grande parte dos advogados averigüe a qüestão da lentidão judicial.
   
03 Marcar o item cuja frase se apresenta redigida da forma mais adequada, considerando-se clareza, elegância, precisão e correção.
A)  Ontem só 20% dos advogados foram de encontro as idéias divulgadas pela imprensa.
B)  Ontem, 20% só dos advogados foram de encontro às idéias divulgadas, pela imprensa.
C)  Ontem, só 20% dos advogados foi ao encontro às idéias divulgadas pela imprensa.
D)  Ontem, 20% dos advogados só foram de encontro das idéias divulgadas pela imprensa.
E)  Ontem, só 20% dos advogados foram de encontro às idéias divulgadas pela imprensa.
   
04 Marcar o item cuja frase se apresenta redigida da forma mais adequada, considerando-se clareza, elegância, precisão e correção.
A)  O juiz chegou antes deles decidirem sobre o custo dos telefonemas e cartas enviadas.
B)  O juíz chegou antes de eles decidirem sobre o custo das telefonemas e cartas enviadas.
C)  O juiz chegou antes de eles decidirem sobre o custo dos telefonemas e cartas enviadas.
D)  O juíz chegou antes deles decidirem sobre o custo das telefonemas e cartas enviados.
E)  O juíz chegou antes deles decidirem sobre o custo dos telefonemas e cartas enviados.
   
05 Marcar o item cuja frase se apresenta redigida da forma mais adequada, considerando-se clareza, elegância, precisão e correção.
A)  O propietário informou aos seus subordinados das novas regras para a análise do balanço.
B)  O propietário informou aos seus subordinados as novas regras para a análise do balanço.
C)  O proprietário informou os seus subordinados das novas regras para a análize do balanço.
D)  O proprietário informou os seus subordinados das novas regras para a análise do balanço.
E)  O proprietário informou aos seus subordinados das novas regras para a análize do balanço.
   
06 Marcar o item cuja frase se apresenta redigida da forma mais adequada, considerando-se clareza, elegância, precisão e correção.
A)  Se reouver o prestígio abalado, a Justiça reivindicará salários mais altos.
B)  Se reaver o prestígio abalado, a justiça reivindicará salários mais altos.
C)  Se reaver o prestígio abalado, a Justiça revindicará salários mais altos.
D)  Se reaver o prestígio abalado, a justiça revindicará salários mais altos.
E)  Se reouver o prestígio abalado, a Justiça revindicará salários mais altos.
   
07 Assinale a opção na qual o termo em negrito tem valor de substantivo.
A)  É necessário que todos participem do processo.
B)  Você trouxe o café que eu pedi?
C)  Que bom você ter vindo...
D)  Ele tinha um quê de agressividade.
E)  O rapaz a que me refiro acaba de chegar.
   
08 Assinale a opção em que todas as palavras devem ser acentuadas graficamente.
A)  cafezinho - decano - gratuito - rubrica
B)  polen - tenis - camera - perdoo
C)  miosotis - ferteis - condor - barbarie
D)  cateter - filatelia - levedo - hifens
E)  torax - hifen - conduta - parabens
   
09 Na oração ''Roubaram-lhe todos os tostões'', o termo em negrito tem a função de
A)  predicativo do sujeito.
B)  complemento nominal.
C)  adjunto adnominal.
D)  objeto direto.
E)  objeto indireto.
   
10 Assinale a opção em que todas as palavras estão grafadas corretamente.
A)  entitulado - gerimum - sargeta - tigela
B)  magestade - maizena - cerejeira - ferruginoso
C)  pagem - ogeriza - diligência - gorgeta
D)  rigidez - exceção - megera - submersão
E)  cangica - disperção - extenso - mixto

RESPOSTAS

Questão 1 alternativa A
Questão 2 alternativa D
Questão 3 alternativa E
Questão 4 alternativa C
Questão 5 alternativa D
Questão 6 alternativa A
Questão 7 alternativa D
Questão 8 alternativa B
Questão 9 alternativa C
Questão 10 alternativa D

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Algumas dicas caso queiram organizar um cerimonial para os seus alunos...

Cerimonial de formatura – Roteiro

Para facilitar a organização de sua formatura, mostramos a seguir o roteiro do cerimonial de formatura, que pode ser infantil, do ensino médio ou superior. Pois, sabemos que a conclusão de um curso, qualquer que seja, é com certeza uma data muito importante, é um dos momentos mais belos da jornada, é a conclusão dela, e é justamente nessa data em que tudo deve está perfeito, no seu devido lugar e absolutamente nada pode sair errado.
O cerimonial de formatura é um momento de magnitude da Instituição de Ensino, quando dirigentes, professores, funcionários, pais e alunos expressam seus sentimentos para provar que a missão de ensinar foi cumprida e o esforço valeu a pena.
Por isso é essencial o prévio planejamento  de tudo, desde o local do evento e a decoração até o traje dos formandos. É necessário seguir um roteiro no cerimonial para que nada saia dos conformes, por isso selecionamos aqui uma lista dos atos obrigatórios  que devem estar, na ordem, presentes no cerimonial de formatura.

Modelo de cerimonial de formatura – Confira o roteiro

- Abertura
- Composição de mesa
- Entrada de Formandos
- Ato cívico
- Abertura da sessão
- Orador da turma
- Juramento
- Outorga de grau
- Homenagens
- Discursos
- Apresentação dos novos profissionais
- Pronunciamento do reitor e encerramento
- Saída dos formandos.
Considerando que um cerimonial de formatura é um momento único  na vida do formando, com certeza vale a pena investir nisso e ter a garantia de que tudo correrá bem, sem que você precise se preocupar com os detalhes práticos da ocasião, assim poderá relaxar e curtir o momento com tudo que tem direito, festejando a sua conquista com seus amigos e familiares!

Músicas para formatura
·          
·         Músicas para formatura  – A formatura é o momento mais especial do curso, marca o seu término, a tão esperada conclusão. Durante a festa, é comum que na entrada dos formandos toque a música escolhida de forma individual ou então uma canção que sirva para toda a turma. As músicas escolhidas são aquelas que traduzem o momento vivido por eles, destacando futuro ou alguma passagem especial.  Algumas pessoas optam por músicas mais ritmadas e que envolvam todos os convidados com o espírito de animação da turma. De esse for o objetivo, o ideal é músicas modernas para turmas mais descontraídas e clássicas para turmas mais discretas.
·         Muitas vezes, as músicas são escolhidas para cada momento da formatura, a entrada dos formandos, vídeo da turma, confraternização, entrega do canudo e outras para os discursos de alunos, paraninfos, professores etc. Para aqueles que estão prestes a se formar, mas ainda não escolheram a música tema da formatura, vamos listar algumas das músicas mais tocadas nessas festas e as que mais condizem com a ocasião. Confira a lista abaixo e escolha a sua!
·         Vou deixar – Skank
·         Uma louca tempestade – Ana Carolina
·         I’ll be there for you – The Rembrandts
·         Walk On –U2
·         Just Older – Bon Jovi
·         É preciso saber viver – Titãs
·         A new day has come – Celine Dion
·         We are the champions – Queen
·         Como nossos pais – Elis Regina
·         Breakaway – Kelly Clarkson
·         Get Me Away From Here I’m Dying – Belle & Sebastian
·         Summer Song – Joe Satriani
·         Você acabou de ver algumas das músicas mais utilizadas nesse evento, não gostou? Achou as músicas ultrapassadas? Procure em seu arquivo musical algum hit interessante que posso relacionar-se a essa passagem tão importante, essa é uma decisão muito pessoal, converse com sua turma, leve algumas sugestões e escolham aquela que mais representa o espírito da turma.
-          Decoração básica do ambiente
-          Sonorização
-          Colocação das bandeiras do Brasil, Estado e Município
-          Execução mecânica do Hino Nacional
-          cívico
-          Juramento
-          Abertura
-          Composição da mesa  (Diretor da Unidade, Coordenador do Curso, Membro do Conselho Universitário)
-          Entrada e acomodação dos formandos
-          Ato Outorga de Grau
-          Entrega de Diplomas ou Certificados
-          Pronunciamento do Diretor da Unidade Acadêmica ou representante legal e encerramento
Os formandos deverão chegar ao Anfiteatro com 30 minutos de antecedência.

1.       Do traje

O uso da beca não é exigido nas solenidades oficiais de Colação de Grau  ou Os formandos devem comparecer vestidos com traje esporte fino.
As personalidades participantes da mesa devem usar traje social para mulheres e traje esporte fino completo para homens.
Aos  formandos não é permitido o uso de micro-saias, transparências ou decotes ousados, chinelos ou tênis.

Mestre de Cerimônias
É a pessoa encarregada de conduzir o evento. Deve ser uma pessoa que tenha as seguintes características: Boa dicção e bom timbre de voz, estar bem informado a respeito do evento e vestir traje adequado. O chefe de cerimonial, que possui uma função diferente, deve passar para o mestre de cerimônias toda a programação do
evento com pelo menos um dia de antecedência, a fim de que este possa se familiarizar com o programa e possa efetuar pesquisa sobre os participantes, se necessário.



Análise da poesia: As sem-razões do amor
Análise do poema

As sem-razões do amor
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabê-lo.

         Aqui ele quis dizer que o amor não tem uma razão de acontecer, que não é preciso entendê-lo para amar, não é preciso ser correto para sentir.

Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.

         Aqui o eu lírico nos fala que para se amar não é preciso querer nada em troca,que ele vem do nada e que surge como uma brisa suave,que vai nos envolvendo até que estejamos totalmente rendidos.

Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.

         O eu lírico não conceitua o amor nesta estrofe , ele simplesmente diz que o amor não há porquês, não há razões, regras a serem seguidas,basta que ele complete a pessoa que ama e que é amada.

Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

         Aqui o poeta compara o amor com a morte,pois o amor contribui para nosso crescimento ou para nossa poda. O amor possui caminhos difíceis e agrestes, mas nada nos dá mais força e nos tira a mesma se não o amor, pois ele nada mais quer que atinjamos toda a sua plenitude e isso implica sentir, viver, morrer e amar por amor.

         A poesia, ou gênero lírico, ou lírica é uma das sete artes tradicionais, pela qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos. “Poesia, segundo o modo de 
falar comum, quer dizer duas coisas. A arte, que a ensina, e a obra feita com a arte; a arte é a poesia, a obra poema, o poeta o artífice.”[1] O sentido da mensagem poética também pode ser importante (principalmente se o poema for em louvor de algo ou alguém, ou o contrário: também existe poesia satírica), ainda que seja a forma estética a definir um texto como poético. A poesia compreende aspectos metafísicos (no sentido de sua imaterialidade) e da possibilidade de esses elementos transcenderem ao mundo fático. Esse é o terreno que compete verdadeiramente ao poeta.[2]

         Num contexto mais alargado, a poesia aparece também identificada com a própria arte, o que tem razão de ser já que qualquer arte é, também, uma forma de linguagem (ainda que, não necessariamente, verbal).
A poesia, no seu sentido mais restrito, parte da linguagem verbal e, através de uma atitude criativa, transfigura-a da sua forma mais corrente e usual (a prosa), ao usar determinados recursos formais. Em termos gerais, a poesia é predominantemente oral - mesmo quando aparece escrita, a oralidade aparece sempre como referência quase obrigatória, aproximando muitas vezes esta arte da música.

Gêneros poéticos

         Os gêneros de poesia permitem uma classificação dos poemas conforme suas características. Por exemplo, o poema épico é, geralmente, narrativo, de longa extensão, grandiloqüente, aborda temas como a guerra ou outras situações extremas. Dentro do genéro épico, destaca-se a epopéia. Já o poema lírico pode ser muito curto, podendo querer apenas retratar um momento, um flash da vida, um instante emocional. Poesia é a expressão de um sentimento, como por exemplo o amor. Vários poemas falam de amor. O poema, é o seu sentimento expressado em belas palavras, palavras que tocam a alma. Poesia é diferente de poema. o Poema é a forma que se está escrito e a poesia é o que dá a emoção ao texto.
         Definição sucinta de poesia: é a arte de exprimir sentimentos por meio da palavra ritmada. Essa definição torna-se insuficiente quando se volta o olhar para a poesia social, a política ou a metapoesia. Com o advento da poesia concreta, o próprio ritmo da palavra foi anulado como definição de poesia, valorizando mais o sentido. O poema passa a ter função de exprimir sucintamente e entre linhas o pensamento do eu-lírico.    A narrativa também pode fazer isso, mas a maioria dos poemas, com exceção dos épicos, não se baseia num enredo. A mensagem do autor é muito mais importante do que a compreensão de algum fato.

Licença poética

         A poesia pode fazer uso da chamada licença poética, que é a permissão para extrapolar o uso da norma culta da língua, tomando a liberdade necessária para recorrer a recursos como o uso de palavras de baixo-calão, desvios da norma ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a utilização de figuras de estilo como a hipérbole ou outras que assumem o carácter "fingidor" da poesia, de acordo com a conhecida fórmula de Fernando Pessoa ("O poeta é um fingidor").
A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática. Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade das falas.
         Será que o amor existe? Por que se ele existe não pode ser traduzido em palavras, e se é traduzido não é o amor? Então, é possível descrever o amor? Traduzi-lo em palavras? O que é o amor afinal? O que sinto é amor? Como dizer que é amor? Certa vez uma poetisa inglesa escreveu para o seu esposo que também era poeta um lindo poema. Neste poema ela tentava expressar sua maior preocupação enquanto esposa: tenho medo que um dia você me diga por que me amas.

         Se formos pensar bem, será que essa poetisa estava louca ao escrever isso para o seu marido? Pois qual mulher ou pessoa não gostaria de ouvir da boca do seu amado (a) as razões que o leva a amar? Quem não se sentiria bem de saber os motivos que o faz ser amado? Só um louco ou uma loca não gostaria de saber. Nesse sentido será que os poetas são loucos? Talvez o sejam, mas com uma loucura bem especial. Entretanto, se são loucos, o são bem diferentes uns dos outros, o que permite dizer: “cada louco com as suas loucuras”.

         Nesse sentido, vale observar as loucuras, ou melhor, a loucura de um bem conhecido pelo nome de Carlos Drummond, autor de As Sem-Razões do Amor. Neste poema tentaremos entender o que quer dizer as sem-razões do amor. Seria o mesmo que dizer que o amor não tem razões nenhuma de Ser? E se não tem, por que será que não tem? E se não tem razões nenhuma como é que o amor se sustenta? Depois desta análise estudaremos o poema O Amor do poeta tocantinense Angelly Bernardo. Não será um estudo comparado literalmente pelo próprio disparate que existe entre um e outro, não só pelas questões relacionadas à temporalidade, mas até mesmo de experiência na arte de descrever as metáforas. Todavia, não será o poeta o nosso objeto de estudo, mas os poemas como “expressões” ou a linguagem do “eu – profundo” no dizer de Moisés. 

         Neste sentido vale ressaltar a diferença entre poesia e poema que na visão de Moisés, o poema seria a materialização da poesia. Assim, o poema, fragmento de essência subterrânea existente no âmago do poeta, uma vez transcrita graficamente, ou seja, materializado é que será o objeto de estudo deste trabalho. 
Uma vez realizado essa primeira abordagem será discutido as diferenças existentes nos dois poemas. Isso tudo sem fechar o assunto por considerá-lo de fundamental importância dentro da critica literária.

         As sem-razões do amor, poema de Carlos Drummond de Andrade, poeta da segunda geração modernista brasileira, também conhecida como a “geração de trinta”, que teve início em 1930 com a publicação de “Alguma poesia”, de Drummond e foi encerrada em 1945. Esta geração incorpora as conquistas de 22: “O verso livre, a liberdade temática, a introdução do prosaico, do coloquial e do irônico no contexto poético”.

         Um traço próprio desta geração na poesia e na prosa é a mudança de enfoque quanto à temática nacionalista de 22. A consciência nacionalista que predominou em 1920, e a partir de 1930, começou a se ampliar e tornar-se uma consciência social, mais ampla, elevando assim, as questões regionais e locais a um lugar de destaque, num contexto universalista.

         É neste contexto que está inserida a poesia de Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores nomes da poesia brasileira, se não o maior, questiona alguns especialistas no assunto.

         Desta forma, o poema “As sem-razões do amor”, retrata a maturidade humana e poética do sujeito lírico. Poema que trás como tema, uma conceituação do amor. Do amor tal como ele é ou deveria ser, na sua significação mais profunda: amor como doação total. Amor gratuito: “O amor é dado de graça”, canta o sujeito lírico. E continua o seu belo hino sobre o amor: O amor não é interesseiro, nem tira proveito, “eu amo porque te amo”. Ama porque quer amar, não porque quer ser amado, afinal, quem ama, ama porque só se realiza amando, como dizia São Francisco de Assis: “O amor não é amado”. E ainda, o amor é forte, invencível, supera tudo: “O amor é primo da morte e da morte vencedor”. Ainda que me matem, não poderão impedir-me que o ame. E se não à morte física, o amor sempre me rejuvenescerá.

         E mais, o amor é forte, invencível como já foi dito, mas não é para ser vendido. O verdadeiro amor é doação. É doação porque é dom, e dom não se vende, nem se troca, mas se doa. Amor é para dar.

         Assim vai o eu poético, voando sobre o amor, como um pássaro a voar, “sobre os vales e ribeiras”¹, decifrando os seus enigmas ou somente admirando-os: o “amor é estado de graça”. É como se esbarrasse diante deste sublime dom, e parecesse às vezes contemplar somente. Afinal, diante do amor, são pobres todas as palavras: “O amor foge a dicionários..., não se conjuga nem se ama, (...) porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo”. É como se maravilhado, cheio de entusiasmo, se perguntasse: o que mais dizer do amor? Se o amor é tudo? Neste sentido o sujeito lírico assemelha-se a Paulo apóstolo, quando descrevia o grande hino sobre o amor, em 1Corintios 13. Em outras palavras; diante do amor, parece que só o silêncio é digno de se expressar. Tudo mais, não passa de vagas e meras expressões que por mais impregnadas de sentidos que sejam, são incapazes de descrever o real sentido do amor. Não esgotando jamais.

         Desenvolvido em quatro estrofes, os versos livres, sem preocupação de rimas, embora apareçam em alguns momentos: “... da morte vencedor”, “... a cada instante de amor”. Dançam numa certa musicalidade, talvez para demonstrar melhor a liberdade de criação e expressão do sujeito lírico. Dessa forma, a liberdade nos versos aproxima também do próprio tema que é o amor, essencialmente dinâmico e livre em si mesmo.

         O sujeito lírico não se preocupa com o espaço físico, embora subtenda que este exista em outras categorias intrínsecas ao sujeito que ama. A razão de ausência do espaço físico se deve ao fato de não está se tratando de um encontro propriamente dito, mas do amor em si, ou seja, de como “eu te amo...”. Neste caso só a necessidade do tempo, que neste poema está no presente, demonstrado pelo verbo “ser”; “amor é dado..., amor é estado..., amor é primo...” etc. Isto se justifica, porque o sujeito lírico romanticamente não se refere a um caso particular de amor nem a uma paixão passada, mas simplesmente faz afirmações sobre o amor, tal como inicia o poema: “Eu amo porque te amo”.


         A repetição dos versos é uma forma de fortalecer, alicerçar, estruturar, imortalizar o seu pensamento. É como se dissesse: eu amo porque amo, e quero deixar gravado, eternizado, e ninguém tem nada a ver com isso. Por isso ele fala, e fala de novo, e de novo fala, como se dissesse: o amor é isso e nada mais.

         O amor “é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse”. Em outros termos, amar é semear flores à beira do caminho da nossa existência, ainda quando não temos certeza se um dia, pelos mesmos voltaremos. Mesmo assim, vale à pena amar. Porque amar é viver, e revivescer, a cada instante de amor.

         Neste poema percebe-se que o amor como foi dito é elevado ao nível mais alto de conceituação, fugindo assim dos “dicionários” e dos “regulamentos vários”, entretanto o poeta não escapa de cai no velho golpe platônico de elevar as coisas do mundo concreto para o mundo das ideias. Ou seja, o amor verdadeiro não é este que existe por ai, mas sim o verdadeiro Amor fugindo dos dicionários mora no mundo das ideias. No mundo onde quem ama, ama por amar e não por querer ser amado. Por outras palavras isso é tão religioso quanto às palavras de Jesus de Nazaré ou como o pregava à maioria dos profetas. Sem dúvida é lindo esse irreal amor que também é amor. É amor distante “ou demais a mim”. Então, o que dizer do amor? Que existe? Ou não existe? Talvez o tocantinense com o seu amor tocante, tão tocante como o são as águas do rio Tocantins, possa dar uma explicação menos racional, menos platônica e mais concreta.


O “AMOR” DE ANGELLY BERNARDO, POETA TOCANTINENSE.

Amor
É sentimento guardado no peito,
É a busca de tudo que tem emoção,
É o grito forte de minha canção.

É felicidade, alegria e muito respeito,
É aquilo que guardo dentro do peito,
É o direito de um gostar tão perfeito.

É a vida que levo sempre sorrindo,
É a estrela que me deixa tão lindo,
É o amar sem medida que vem vindo.

É não ter medo algum de amar,
É o que vive sempre a me chamar,
É o que sinto na terra ou no mar.

É saber viver perto de alguém,
É ser amado e poder amar também,
É viver e querer o outro bem.

É essa enorme grandeza de sentimento,
É o que sinto nesse jubiloso momento,
É o fim e o começo de um sofrimento.
( Angelly Bernardo, 2004: p.24).

Angelly é um autor tocantinense e como já sabemos a literatura do Tocantins dá os seus primeiros passos. Por ser considerada literatura tocantinense, isto é, uma literatura nova, vale a pena ser estudada, já que, muitas obras publicadas aqui nem chegam a ser lida como deveriam. Sabemos ainda, que nem todas as obras publicadas na atualidade podem ser consideradas contemporâneas. Por isso, bom seria se todas as obras tocantinenses passassem por uma critica literária que sem dúvida contribuiriam para que estas tivessem mais consistência, contribuindo assim, com os autores e também com os leitores que se sentiriam convidados a conhecer este universo.

A questão do desconhecimento devido ao processo de ilhamento de algumas obras e seus autores se dá desde o processo de colonização. Neste período se formavam as colônias e geralmente só os mais dotados de poder aquisitivo tinham acesso ao conhecimento. Devido essas colônias ficarem nas regiões sul e sudeste, se tornaram grandes pólos de comercialização e conseqüentemente todos corriam para lá, o que permitiu que se criasse a idéia de que só quem vai para estas regiões podem obter sucesso. Esta informação é dada por Alfredo Bosi no livro Dialética da colonização..

Vale ressaltar também que a contemporaneidade é marcada por uma dicção que teve inicio na geração de 22. Isto é, a liberdade temática, o verso livre, o social..., como já foi abordado anteriormente na introdução do estudo de Drummond, começou a fazer parte da literatura com muito mais afinco. A contemporaneidade por sua vez presa mais pela temática social, muitas vezes, transformando a poesia em denúncia social como nos poemas de Cantigas de Resistência de Paulo Aires Marinho. O poema que o poeta escolhe para iniciar o livro, o mesmo que explica os motivos porque escreve, retrata bem o que estamos falando: 

Escrevo
olhando o mundo
mergulhado no verbo humano.
Escrevo
Porque não vivo só,
porque preciso dizer o que sinto
sobre o mundo e as pessoas
o tempo e a matéria
o sonho e o desespero.
Escrevo
para testemunhar 
que este é ainda um tempo sombrio;
que cultivo um canteiro de teimosas flores
e a poesia não pode negar a vida.
(Marinho, 2003: p.17).



         Neste cenário está o poema de Angelly Bernardo. Se não com uma forte carga social, mas com um forte e intrigante sentimental(ismo) que é muito próprio desta geração. Ou seja, a contemporaneidade também é marcada por este desabafo sentimental que diferentemente do Romantismo que muitas vezes ficavam apenas no platonismo utópico se encarrega de concretizar ainda que, só seja “eterno enquanto dure” o momento. 

         Desde o início, o eu - lírico de o Amor parece se preocupar ainda que em vão em uma possível conceitualização do amor. Em vão, se considerarmos as categorias de “Ato” e “potência” de Aristóteles. Ou seja, neste poema ainda que o tempo esteja no presente (Amor é), o sujeito lírico fica entre o Amor e o amor conjugado. Ou melhor, sem querer, parece que o eu - poeta faz uma conjugação do Amor. E com isso ele retira o amor de uma condição de essência e o põe numa condição de amor - para, como “sentimento”, “paixão”, etc. Aqui, não basta apenas amar. O amado sente necessidade de ser correspondido à altura de seu amor, como uma condição de continuar amando: “É ser amado e poder amar também”. Porque o amor           “É viver e querer o outro bem”; “é o amar sem medida que vem vindo”, etc.

         Poema dividido em seis estrofes com versos curtos e rimas sempre nos finais das frases o poeta parece querer indicar alguma surpresa a cada nova rima, a cada novo verso. Entretanto, o poeta não consegue atingir um grau de maturidade suficiente para evitar que uma chuva de sentimentos, emoções invada o seu poema. Isso, não só empobrece o Amor como aproxima o Amor de um sentimento egoísta, interesseiro, que só se realiza não amando, mas sendo amado. Por outro lado a relação parece imbuída de espírito capitalista que por trás desta relação impulsiona o desejo, não permitindo que o amante nada espere em troca.

Segundo Moisés (2005: p. 229):

         À proporção que o poeta se empenha em transmitir o sentimento, muda a expressão correspondente, pela simples razão de que o sentimento também se transforma: O sentimento se altera de acordo com os estágios cronológicos e psicológicos que constitui o corpo do poema. 

         É o que acontece com o eu - poético de o Amor, o objetivo é conceituar o amor, no entanto, parece confuso de mais durante o processo de conceituação. 

         Pois o ato de exprimir o conteúdo lírico constitui alteração em sua essência: entre o expresso e a expressão se estabelece um acordo de reciprocidade que impede ao crítico saber até que ponto foi o sentimento ou a expressão, isoladamente, que se alterou. ( Moisés, 2005: 229).

         Isto faz com que o sentimento diferencie do sentimento expresso pelo eu - lírico de As Sem-Razões do Amor.

         Em o Amor de Angelly o eu - poético parece travar uma luta entre o Amor de Drummond e o amor dos demais homens. Isto significa que o eu - poético de As Sem-Razões do Amor presa mais em conceituar o amor propriamente dito. Não faz parte de sua intenção falar do amor pragmático vivenciado pela maioria das pessoas.

         Se em Drummond o amor não é amado, em Angelly ele só o é amor na medida em que ama e é amado ao mesmo tempo. Neste último, o amor sofre com uma carga de carência muito grande. Ou seja, o Amor aqui não é um sentimento perfeito como e Drummond, embora o poeta diga ele “É o direito de um gostar tão perfeito”. 

         Se em As Sem-Razões do Amor o Amor é escrito com letra maiúscula, Em Angelly ele não pode por uma questão definição: Em Drummond ele é o mais perfeito sentimento, o mais puro e abstrato desejo de dá-se. Aqui ele (o amor) só o é, enquanto está em constante troca. O amor é recíproco.

         Se o amor é o que “sinto neste jubiloso momento”, então, o amor é mais sentimento do que razão, o que diferencia de Drummond.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
¹ LIMA. Pe. Héber Salvador de, A valsas das flores. 6 ed. São Paulo: Loyola. 
BIBLIA SAGRADA
CALVINO, Ítalo. Seis propostas para o próximo milênio. 2 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
MOISÉS, Massaud. A criação literária: Poesia. 14 ed. São Paulo: Cultrix, 2000.
_____________. A criação literária: Prosa I. 16 ed. São Paulo: Cultrix, 2003.
_____________. A criação literária: Prosa II. 18 ed. São Paulo: Cultrix, 2003.
MOISÉS, Massaud. A criação literária: poesia. 14.ed. São Paulo: Cultrix, 2000.
BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

         O Eu lírico é um termo usado dentro da literatura para demonstrar o pensamento geral daquele que está narrando o texto; A junção de todos os sentimentos, expressões, opiniões e críticas feitas pela pessoa superior ao texto, que no caso seria o narrador ou a pessoa central ao qual o texto está se referindo. O Eu-lírico é o "eu" que fala na poesia. É geralmente muito usado em textos de gênero lírico, que são caracterizados por não expressar, mas necessariamente, os sentimentos do autor.
         Temos um exemplo incomum, o eu lírico técnico, ou seja, quando há mais de um eu lírico no poema.
Exemplo:A flor sentiu o ódio igual a mim
Eu lírico técnico é quando há mais de um eu lírico no poema.
         Temos um exemplo incomum, o eu lírico técnico, ou seja, quando há mais de um eu lírico no poema.
Exemplo:A flor sentiu o ódio igual a mim
Eu lírico técnico é quando há mais de um eu lírico no poema.
         É quando o poeta expressa sentimentos que realmente não sentiu, tratando-se então não de seu eu real, mas de um eu poético, ou lírico. O eu lírico é a "voz" que fala no poema ou texto em prosa. Isso significa dizer que os sentimentos, ideias, emoções presentes nesses textos não são necessariamente do autor dele. O autor cria um dono para esses sentimentos.

         Temos como exemplo o poema do poeta holandês Hendrik Marsman Herinnering aan Holland (português: Lembrança da Holanda) de1936 encontra-se entre os mais conhecidos poemas neerlandeses.1

Denkend aan Holland zie ik breede rivieren traag door oneindig laagland gaan
—Hendrik Marsman


Em português:
Pensando na Holanda, vejo largos rios a atravessarem lentamente as infinitas planícies — Hendrik Marsman
         Neste poema, o eu-lírico demonstra o seu patriotismo e amor pelo seu país, a Holanda. O eu-lírico expressa os sentimentos do poema. Se o autor não fosse holandês, o eu-lírico seria. Muitas vezes, o autor "exporta" para o eu-lírico os seus desejos (no caso, se o autor não fosse natural da Holanda, o eu-lírico seria).
Referências

  Diferenças entre "eu-lírico" (sujeito poético, sujeito lírico, eu-poético - voz enunciadora no texto) e "eu-biográfico" (o próprio autor).
         O “eu” romântico valoriza o sentimento e a emoção individual, como inspiração da alma.
         Acredita ser este um meio de expressar a si próprio e à natureza.
         Este "eu" do lirismo romântico, é um ser egocêntrico que pretende, muitas vezes de maneira confessional, expressar-se partindo de suas experiências diante do mundo.
         Esta concepção de expressão ainda é muito utilizada e confundida, principalmente por aqueles que acreditam que a literatura deva expressar uma "realidade".
         Basicamente, quando as crianças ou adolescentes desejam produzir "poemas" na escola,  que surgem são textos que são marcados pelo sentimentalismo e até por relatos do que viveram. Isso se deve, na maioria das vezes, pela incapacidade de dissociar o "autor" (quem produz o texto) do "enunciador" (quem se expressa no texto).

"EU-LÍRICO"  ≠ "EU-BIOGRÁFICO"

         Na poesia moderna, a partir do Simbolismo (final do séc. XIX), poetas como Rimbaud e Mallarmé demonstraram ser relativa à subjetividade num poema.
         O sujeito explicitado como “eu” não se refere a uma pessoa particular. Rimbaud explicita isso na "Carta dita do Vidente", escrita a Georges Izambard, em 1871, quando afirma que "Eu é um outro".

         O poeta moderno entende que sua visão do mundo é, antes de tudo, linguagem, e para ele basta. A linguagem funciona como mediação entre o poeta e a realidade, deixando a ilusão da poesia clássica que acreditava na expressão de uma verdade.