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segunda-feira, 17 de junho de 2013

O blog está com problemas ao postar novos artigos. Estamos procurando solucionar as dificuldades. Agradeço a compreensão de todos os seguidores.

Níveis de linguagem NÍVEIS DE LINGUAGEM A língua é um código de que se serve o homem para elaborar mensagens, para se comunicar. Existem basicamente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas funcionais: 1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base a norma culta, forma lingüística utilizada pelo segmento mais culto e influente de uma sociedade. Constitui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comunicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colaborando na educação, e não justamente o contrário; 2) a língua funcional de modalidade popular; língua popular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais diversas, tem o seu limite na gíria e no calão. Norma culta: A norma culta, forma lingüística que todo povo civilizado possui, é a que assegura a unidade da língua nacional. E justamente em nome dessa unidade, tão importante do ponto de vista político-cultural, que é ensinada nas escolas e difundida nas gramáticas. Sendo mais espontânea e criativa, a língua popular se afigura mais expressiva e dinâmica. Temos, assim, à guisa de exemplificação: Estou preocupado. (norma culta) Tô preocupado. (língua popular) Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a espontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para viver; urge conhecer a língua culta para conviver. Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das normas da língua culta. O conceito de erro em língua: Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos casos de ortografia. O que normalmente se comete são transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num momento íntimo do discurso, diz: "Ninguém deixou ele falar", não comete propriamente erro; na verdade, transgride a norma culta. Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa praia, vestido de fraque e cartola. Releva considerar, assim, o momento do discurso, que pode ser íntimo, neutro ou solene. O momento íntimo é o das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre amigos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas perfeitamente normais construções do tipo: Eu não vi ela hoje. Ninguém deixou ele falar. Deixe eu ver isso! Eu te amo, sim, mas não abuse! Não assisti o filme nem vou assisti-lo. Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo. Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a norma culta, deixando mais livres os interlocutores. O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se alteram: Eu não a vi hoje. Ninguém o deixou falar. Deixe-me ver isso! Eu te amo, sim, mas não abuses! Não assisti ao filme nem vou assistir a ele. Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe. Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista, etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgressões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas, quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço à causa do ensino, e não o contrário. O momento solene, acessível a poucos, é o da arte poética, caracterizado por construções de rara beleza. Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume. Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o comete, passando, assim, a constituir fato lingüístico registro de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda que não tenha amparo gramatical. Exemplos: Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!) Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.) Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos dispersar e Não vamos dispersar-nos.) Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de sair daqui bem depressa.) O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no seu posto.) Têxtil, que significa rigorosamente que se pode tecer, em virtude do seu significado, não poderia ser adjetivo associado a indústria, já que não existe indústria que se pode tecer. Hoje, porém, temos não só como também o operário têxtil, em vez da indústria de fibra têxtil e do operário da indústria de fibra têxtil. As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos impedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos também de transgressões ou "erros" que se tornaram fatos lingüísticos, já que só correm hoje porque a maioria viu tais verbos como derivados de pedir, que tem, início, na sua conjugação, com peço. Tanto bastou para se arcaizarem as formas então legítimas impido, despido e desimpido, que hoje nenhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de usar. Em vista do exposto, será útil eliminar do vocabulário escolar palavras como corrigir e correto, quando nos referimos a frases. "Corrija estas frases" é uma expressão que deve dar lugar a esta, por exemplo: "Converta estas frases da língua popular para a língua culta". Uma frase correta não é aquela que se contrapõe a uma frase "errada"; é, na verdade, uma frase elaborada conforme as normas gramaticais; em suma, conforme a norma culta. Língua escrita e língua falada. Nível de linguagem: A língua escrita, estática, mais elaborada e menos econômica, não dispõe dos recursos próprios da língua falada. A acentuação (relevo de sílaba ou sílabas), a entoação (melodia da frase), as pausas (intervalos significativos no decorrer do discurso), além da possibilidade de gestos, olhares, piscadas, etc., fazem da língua falada a modalidade mais expressiva, mais criativa, mais espontânea e natural, estando, por isso mesmo, mais sujeita a transformações e a evoluções. Nenhuma, porém, se sobrepõe a outra em importância. Nas escolas principalmente, costuma se ensinar a língua falada com base na língua escrita, considerada superior. Decorrem daí as correções, as retificações, as emendas, a que os professores sempre estão atentos. Ao professor cabe ensinar as duas modalidades, mostrando as características e as vantagens de uma e outra, sem deixar transparecer nenhum caráter de superioridade ou inferioridade, que em verdade inexiste. Isso não implica dizer que se deve admitir tudo na língua falada. A nenhum povo interessa a multiplicação de línguas. A nenhuma nação convém o surgimento de dialetos, conseqüência natural do enorme distanciamento entre uma modalidade e outra. A língua escrita é, foi e sempre será mais bem-elaborada que a língua falada, porque é a modalidade que mantém a unidade lingüística de um povo, além de ser a que faz o pensamento atravessar o espaço e o tempo. Nenhuma reflexão, nenhuma análise mais detida será possível sem a língua escrita, cujas transformações, por isso mesmo, se processam lentamente e em número consideravelmente menor, quando cotejada com a modalidade falada. Importante é fazer o educando perceber que o nível da linguagem, a norma lingüística, deve variar de acordo com a situação em que se desenvolve o discurso. O ambiente sociocultural determina. O nível da linguagem a ser empregado. O vocabulário, a sintaxe, a pronúncia e até a entoação variam segundo esse nível. Um padre não fala com uma criança como se estivesse dizendo missa, assim como uma criança não fala como um adulto. Um engenheiro não usará um mesmo discurso, ou um mesmo nível de fala, para colegas e para pedreiros, assim como nenhum professor utiliza o mesmo nível de fala no recesso do lar e na sala de aula. Existem, portanto, vários níveis de linguagem e, entre esses níveis, se destacam em importância o culto e o cotidiano, a que já fizemos referência. A gíria: Ao contrário do que muitos pensam, a gíria não constitui um flagelo da linguagem. Quem, um dia, já não usou bacana, dica, cara, chato, cuca, esculacho, estrilar? O mal maior da gíria reside na sua adoção como forma permanente de comunicação, desencadeando um processo não só de esquecimento, como de desprezo do vocabulário oficial. Usada no momento certo, porém, a gíria é um elemento de linguagem que denota expressividade e revela grande criatividade, desde que, naturalmente, adequada à mensagem, ao meio e ao receptor. Note, porém, que estamos falando em gíria, e não em calão. Ainda que criativa e expressiva, a gíria só é admitida na língua falada. A língua escrita não a tolera, a não ser na reprodução da fala de determinado meio ou época, com a visível intenção de documentar o fato, ou em casos especiais de comunicação entre amigos, familiares, namorados, etc., caracterizada pela linguagem informal. Níveis de Linguagem Toda nossa vida em sociedade supõe um problema de intercâmbio e comunicação que se realiza fundamentalmente pela língua, sendo, portanto, o suporte de uma dinâmica social, que compreende não só as relações diárias entre os membros da comunidade como também uma atividade intelectual, que vai desde o fluxo informativo dos meios de comunicação de massa, até a vida cultural, científica ou literária. A língua funciona como um elemento de interação entre o indivíduo e a sociedade em que ele atua. É através dela que a realidade se transforma em signos pela associação de significantes sonoros a significados arbitrários, com os quais se processa a comunicação lingüística. É, com efeito, na língua e pela língua que indivíduo e sociedade se determinam mutuamente. A sociedade não é possível a não ser pela língua; e pela língua também o indivíduo. O despertar da consciência na criança coincide sempre com o aprendizado da linguagem, que a introduz pouco a pouco como indivíduo na sociedade. Assim, a linguagem representa a forma mais alta de uma faculdade que é inerente à condição humana, a faculdade de simbolizar. Os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo. Não devemos, porém, cometer o erro de condicionar diretamente a língua aos fatores culturais ou raciais, embora se reconheça que pode haver uma ligação entre eles, em especial no que se refere ao vocabulário de uma língua. Existe uma ciência, chamada sociolingüística, que estuda a diversidade lingüística; levando em conta três dimensões: a do emissor, a do receptor e a da situação ou contexto. A primeira envolve a identidade social do emissor, onde as diferenças de fala se condicionam com a estratificação social; a segunda envolve a condição social do receptor ou ouvinte, seria relevante onde quer que vocabulários especiais de respeito sejam usados em se falando com superiores; a terceira engloba todos os elementos relevantes possíveis no contexto de comunicação, com exceção da identidade dos sujeitos envolvidos. Várias são as tentativas de classificação desses fatores extralingüísticos, que influem na maneira de falar, e elas envolvem distinções geográficas, históricas, econômicas, políticas, sociológicas, estéticas. Logo, podemos dizer que as variações extralingüísticas que podem manifestar-se no diálogo são de três espécies: 1. Geográficas: que envolvem variações regionais. 2. Sociológicas: que compreendem as variações provenientes da idade, sexo, profissão, nível de estudos, classe social, localização dentro da mesma região, raça, as quais podem determinar traços originais dentro da linguagem individual. 3. Contextuais: que constam de tudo aquilo que pode determinar influências na linguagem do locutor, por influências alheias a ele, como, por exemplo, o assunto, o tipo de ouvinte, o lugar em que o diálogo ocorre e as relações que unem os interlocutores. Pode-se dizer que a linguagem é um princípio de classificação social, pois influem na linguagem o contexto social do enunciado específico, a posição social do locutor, sua origem geográfica e sua idade. Tratando-se da variedade da individualidade do saber lingüístico, podemos Ter dos grandes grupos: 1. Variedades sincrônicas: cronologicamente simultâneas, que compreenderiam as variações causadas por fatores geográficos (dialetos ou falares próprios de influência regional _ cidade, vila ou aldeia); sócio-culturais (família, classe, padrão cultural, atividades habituais); e estilísticos (observadas de momento para momento na atividade lingüística de um único sujeito, traduzindo-se na escolha de formas e esquemas combinatórios a usar); 2. Variedades diacrônicas, que compreendem aquelas dispostas em vários planos de uma só tradição histórica. A fala do indivíduo considerada isoladamente dentro do grupo, não é sempre a mesma. A isto se acrescenta que a linguagem toma diferente colorido segundo o tema da conversação. Considerando ainda as variações da linguagem, podemos levar em conta os seguintes fatores: 1. As diferenças entre gerações; 2. As diferenças dialetais entre comunidades; 3. As diferenças entre os meios sociais; 4. As diferenças ligadas às condições em que se produziu o diálogo. O rádio, a televisão, o cinema e a imprensa mostram variações de língua de toda ordem, identificações entre tipos sociais e lingüísticos, entre comportamentos individuais e estruturas específicas para representá-los. Além disso, podemos acrescentar outro fator de igual importância no condicionamento social: a propaganda. Esta, para atingir seus objetivos, busca uma aproximação mais eficiente com o público consumidor, procurando uma variação de linguagem como forma de identificação com o consumidor-ouvinte. E isto tem colaborado até para uma nova compreensão do problema erro na língua, aceitando a comunidade padrões antes repudiados, num processo de desmitificação da chamada linguagem padrão (norma culta). É interessante refletir acerca de até que ponto o conhecimento lingüístico expresso pelo indivíduo no diálogo revelaria seu nível de linguagem, pois o indivíduo não sabe apenas falar mas sabe também como outros falam. Além das formas e esquemas lingüísticos de que habitualmente se serve ao funcionar como emissor na multiplicidade de atos de fala que diariamente realiza, ele conhece outras formas e esquemas que não utiliza mas que são usados por outros, sem Ter a necessidade de realizar um grande número de formas que os outros atualmente produzem. Assim, os conhecimentos lingüísticos utilizados pelo indivíduo ao se expressar na fala seriam um idioleto produtivo. Já o idioleto receptivo seria os conhecimentos passivos, provenientes da linguagem do emissor. Levemos em consideração que o idioleto é a língua enquanto falada pelo indivíduo. A Sociolingüística , a Etnolingüística e a Psicolingüística são três ciências que estudam as variedades lingüísticas sob o ponto de vista social, étnico e psicológico. Conforme já citamos acima, podemos levar em consideração três variedades: 1. Geográficas (ou diatópicas): é o plano horizontal da língua, onde concorrem as comunidades lingüísticas, formando os chamados regionalismos, provenientes de dialetos ou falares locais. Conduzem a uma oposição fundamental: linguagem urbana/ linguagem rural. A primeira cada vez mais próxima da linguagem comum, pela ação decisiva que recebe dos fatores culturais (escola, meios de comunicação de massa, literatura). A segunda, mais conservadora e isolada, extingue-se com a chegada da ‘civilização’. Ex.: falares: amazônico, nordestino, baiano, fluminense mineiro, sulino, etc. 2. Sócio-culturais (ou diastráticas): ocorrem no plano vertical da língua, isto é, dentro da linguagem de uma comunidade específica (urbana ou rural). Podem se influenciadas por fatores ligados diretamente ao falante (ou ao grupo a que pertence), ou à situação ou a ambos simultaneamente. Entre eles: • Idade; • Sexo (diferenças determinadas devido aos tabus morais, diferenciadores da linguagem do homem e da mulher, que atualmente não mais existem devido à influência dos meios de comunicação de massa); • Raça (etnia ou cultura); • Profissão (seria o caso do vocabulário de vendedores ambulantes, de médicos, de advogados); • Posição social (de acordo com o status do falante ou do ouvinte existe uma maior preocupação com a linguagem); • Grau de escolaridade (é o caso do domínio da norma culta, como: a concisão, a economia lingüística e o uso das formas cultas); • Local em que reside na comunidade (existem diferenças nas áreas urbanas, enfatizadas na fala, ou fonologia da língua); • Religião (vocabulário específico de cada crença). Dentro das variações sociais teríamos a linguagem culta ou padrão e a linguagem popular ou subpadrão. O dialeto culto é eleito pela própria comunidade como o de maior prestígio, refletindo um índice de cultura a que todos pretendem chegar. O dialeto social culto é quase sempre usado pela literatura e por outras espécies de linguagem escrita, exceto, as cartas familiares, a literatura dita popular ( o cordel, por exemplo), os diálogos mais realistas dos romances, os versos das músicas populares etc. Quanto ao léxico, ou vocabulário, há maior variedade na linguagem culta, maior precisão no emprego dos significados maior incidência de vocábulos técnicos; ao passo que na linguagem popular, predomina o vocabulário restrito, o uso abusivo da gíria, de recursos enfáticos e obscenos. Há, além disso, um dialeto intermediário entre o culto e o popular, sendo o dialeto comum. O uso de uma ou de outra variedade importa sempre num problema de maior ou menor prestígio. O dialeto social culto se prende mais às regras da gramática tradicionalmente considerada, normativa, muito mais conservadora, ao passo que o dialeto popular é mais aberto às transformações da linguagem oral do povo. Dá-se o nome de níveis de fala, ou níveis de linguagem ou registros, às variações determinadas pelo uso da língua pelo falante, em situações diferentes. Estas variações quanto ao uso da linguagem pelo mesmo falante, em função das variações de situação, podem ser de duas espécies: nível de fala ou registro formal, empregado em situações de formalidade, com predominância da linguagem culta, comportamento mais tenso, mais refletido, incidência de vocabulário técnico; e nível de fala ou registro coloquial, para situações familiares, diálogos informais onde ocorre maior intimidade entre os falantes, com predominância de estruturas e vocabulário da linguagem popular, gíria e expressões obscenas ou de natureza afetiva. Os limites entre o registro formal e o coloquial são indefinidos, por isso existe um nível de fala intermediário entre o formal e o coloquial, correspondendo ao dialeto comum. A variação de uso da linguagem pelo mesmo falante, ou seja, a dos níveis de fala ou registros, poderia também ser chamada de variedade estilística, no sentido de que o usuário escolhe, de acordo com a situação, um estilo que julga conveniente para transmitir seu pensamento, em certas circunstâncias. Falamos, então, em um estilo formal e um coloquial ou informal. Estrutura morfossintática dos dialetos sociais Dialeto Culto • Indicação precisa das marcas do gênero, número e pessoa; • Uso de todas as pessoas gramaticais do verbo; • Emprego de todos os modos e tempos verbais; • Correlação verbal entre tempos e modos; • Coordenação e subordinação; • Maior utilização da voz passiva; • Largo emprego de preposições nas regências; • Organização gramatical da frase; • Variedade de construções da frase Dialeto Popular • Economia nas marcas de gênero, número e pessoa; • Redução das pessoas gramaticais do verbo; • Redução dos tempos da conjugação verbal; • Falta de correlação verbal entre os tempos; • Redução de processo subordinativo em beneficio da frase simples e da coordenação; • Maior emprego da voz ativa, em lugar da passiva; • Predomínio das regências diretas nos verbos; • Simplificação gramatical da frase; • Emprego dos pronomes pessoais retos como objetos. Resumindo: Dialetos sociais: 1. Culto: possui padrão lingüístico; maior prestígio social; usado em situações formais, por falantes cultos; possui um vocabulário mais amplo e técnico. 2. Popular: subpadrão lingüístico; menor prestígio; usado em situações menos formais; seu vocabulário é restrito; está fora do padrão gramatical; usa gírias, linguagens obscenas e familiares. 3. Comum: é o utilizado na maioria das situações, está entre o culto e o popular, ora possui características de um , ora do outro. Níveis de fala ou registros: 1. Formal: usado em situações de formalidade; predomina a linguagem culta; emprega um comportamento lingüístico mais refletido; utiliza um vocabulário técnico. 2. Coloquial: utilizado em situações familiares ou de menor formalidade; predomina a linguagem popular; uso de gírias, linguagem familiar ou afetiva, expressões obscenas. 3. Comum: é a fala do dia-a-dia, que utiliza tanto características do nível formal como do coloquial. Postado por Silvia Ferreira Lima Planos e níveis da linguagem, estudando Evanildo Bechara Bechara nos diz que "A linguagem como atividade humana universal do falar, que se realiza individualmente, mas sempre de acordo com tradições de comunidades históricas, pode diferenciar-se em 3 planos relativamente autônomos: a) UNIVERSAL ou do falar em geral: o plano universal alude àquilo que faz parte de todo falar, não importa em que língua. b) HISTÓRICO ou da língua concreta: língua portuguesa, espanhola etc. O adjetivo pátrio aponta para uma tradição histórica determinada. c) INDIVIDUAL: a atividade de falar de um indivíduo segundo a conveniência de uma circunstância determinada chama-sediscurso (diferente de produto do discurso = texto). 3 pontos de vista diferentes da atividade cultural e real de falar: a) como a própria atividade criadora, e capaz de criar saber linguístico. Enérgeia = forma e potência. b) como o saber, ou competência = dínamis (Aristóteles). c) como o produto criado pelo falar, ou seja, o érgon = texto. 3 planos de saber linguístico correspondentes aos 3 níveis acima: a) O saber elocutivo ou competência linguística geral. Relativos ao conhecimento geral que o humano tem do mundo empírico. b) O saber idiomático ou competência linguística particular. É o falar em uma determinada língua histórica. c) O saber expressivo ou competência textual. Um saber fazer gramatical e estilístico. Humboldt "A linguagem não é na essência érgon 'produto', 'coisa feita', mas enérgeia, 'atividade', atividade criadora, isto é, que vai além da técnica 'aprendida', além do seu saber (dínamis)" 3 planos do ponto de vista do produto: a) não só o já falado, mas tudo o que ainda pode ser criado na linguagem. b) o produto do falar de uma língua já concretizado em gramáticas e que já é objeto da linguística da tal língua. c) o produto do falar individual é o texto, tal como pode ser anotado ou escrito. Bibliografia: BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37a. Edição Revista e Ampliada. 16a. Reimpressão. Editora Lucerna, RJ 2006. POSTADO POR WILLIAM MENDES